Aula 03 - Moodle@FCT

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Física I
2009/2010
Aula 03
Movimento em Duas e Três Dimensões
Sumário
Movimento a duas e três dimensões
•
•
•
•
Posição e deslocamento
Velocidade média e velocidade instantânea
Aceleração média e aceleração instantânea
Movimento do projéctil
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2
Movimento a duas e três dimensões
Estamos ainda interessados no deslocamento, na
velocidade e na aceleração.
A utilização dos sinais + ou – não é suficiente para
descrever completamente estas grandezas no movimento
em mais do que uma dimensão.
Temos de recorrer aos vectores para descrever o
movimento de forma completa.
Na cinemática do movimento a duas ou três dimensões, as
coisas passam-se como no movimento unidimensional,
excepto no facto de termos de utilizar notação vectorial
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Componentes de um vector
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Componentes de um vector
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5
Componentes de um vector
Vectores unitários
Componentes escalares
dos vectores
ax  ax i
ay  ay j
bx  bx i
by  by j
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Posição e Deslocamento
A posição de um
objecto é descrita pelo 
seu vector de posição, r
(2 m) j
(5 m)k
r = xi + yj  zk
(3 m)i

(5 m)k
r =  3 m  i +  2 m  j   5 m  k
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Posição e Deslocamento
O deslocamento do
objecto (partícula) é
definido como a
variação da sua
posição
r = r  r
2
1

Posição
inicial
Posição
mais
tarde
Trajectória da
partícula
 
r = x2i + y2 j  z2 k  x1i + y1 j  z1k

r =  x2  x1  i   y2  y1  j   z2  z1  k
r = xi + yj  zk
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Problema
O vector posição de
uma partícula é,
inicialmente,
r1 =  3.0 m  i   2.0 m  j   5.0 m  k
e, 2 s mais tarde
Posição
inicial
Posição
mais
tarde
Trajectória da
partícula
r2 =  9.0 m  i   2.0 m  j  8.0 m  k
Qual é o deslocamento da partícula neste intervalo de tempo?
r  r2  r1 =  9.0 m    3.0 m  i   2.0 m    2.0 m  j  8.0 m    5.0 m  k
 12.0 m  i   0.0 m  j   3.0 m  k
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Velocidade média
A velocidade média num
determinado intervalo de
tempo é a razão do
deslocamento pelo intervalo
de tempo
r
vmed 
Direcção de
  
r1 r2 r3
t
A direcção e o sentido da
velocidade média são os do vector
deslocamento, Δr
r
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no ponto A
Velocidade média
Em termos de vectores
unitários, a velocidade média
é
vmed
xi + yj  zk x
y
z
=

i +
j 
k
t
t
t
t
No problema anterior, a
velocidade média entre os
dois pontos é
vmed =
12 m  i
  3.0 m  k
2.0 s
Posição
inicial
Trajectória
da
partícula
vmed 
r
t
Posição
mais
tarde
  6.0 m/s  i + 1.5 m/s  k
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Velocidade média.
A velocidade média entre dois
pontos, no mesmo intervalo de
tempo, é independente da
trajectória seguida
Posição
inicial
Posição
mais
tarde
Trajectória
da
partícula
Resulta do facto de depender apenas do deslocamento, que
é independente da trajectória
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A Velocidade Instantânea
A velocidade instantânea é
o limite da velocidade
média quando Δt tende
para zero
A direcção da velocidade
instantânea é a da tangente à
trajectória da partícula e o
sentido é o do movimento
tangente
trajectória
r dr

dt
t 0 t
v  lim
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A Velocidade Instantânea
A velocidade instantânea
pode ser escrita na forma


d
dx
dy
dz
v
xi  yj  zk  i 
j 
j
dt
dt
dt
dt
ou
v  vx i  v y j  v z k
tangente
De onde
dx
dy
dz
vx = ; v y = ; vz =
dt
dt
dt
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trajectória
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A Aceleração Média
A aceleração média de uma partícula em
movimento é definida como a variação da
velocidade instantânea dividida pelo intervalo de
tempo em que essa variação teve lugar.
amed
v f  vi
v


t f  ti
t
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A Aceleração Média
Ao longo do movimento
da partícula, v pode
ser obtido por vários
processos
A aceleração média é
uma grandeza vectorial
com a direcção e
sentido de v
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A Aceleração Instantânea
A Aceleração Instantânea é o limite
da aceleração média, v / t ,
quando Δt tende para zero
v dv
a  lim

dt
t 0 t
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A Aceleração Instantânea
Em termos dos vectores unitários, a
aceleração escreve-se


dv y
dvx
dvz
d
a
vx i  v y j  vz k 
i 
j 
k
dt
dt
dt
dt
ou
a  ax i  a y j  a z k
de onde
dv y
dvx
dvz
ax 
; ay 
; ay 
dt
dt
dt
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trajectória
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Origem da Aceleração
Uma aceleração pode surgir devido a diferentes
processos de variação da velocidade
• Pode variar o módulo do vector velocidade
• Pode variar a direcção e/ou o sentido do
vector velocidade
Mesmo que o módulo não varie
Todas estas características podem variar
simultaneamente
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Equações da Cinemática do Movimento Bi- e
Tridimensional
Quando existe aceleração constante no movimento
bi- ou tridimensional, pode ser desenvolvido um
conjunto de equações para descrever o movimento
Estas equações são análogas às da cinemática
unidimensional
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Equações da Cinemática
Como a aceleração é
constante, podemos obter
uma expressão para a
velocidade em função do
tempo:
vf  vi  at
O vector velocidade pode
ser representado pelas
suas componentes
Em geral, não tem a
direcção e o sentido de vi
ou at
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Equações da Cinemática
O vector posição pode também
ser expresso como função do
tempo:
1 2
rf  ri  vi t  at
2
Indica que o vector posição é a
soma de três outros vectores:
O vector posição inicial
ri
O deslocamento resultante de vi t
O deslocamento resultante de
1 2
at
2
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Equações da Cinemática,
Componentes
As equações da velocidade final e da posição final
são equações vectoriais, podendo portanto ser
escritas em termos das componentes
Isto mostra que o movimento bi- ou tri-dimensional
é equivalente a dois ou três movimentos
independentes
Um movimento na direcção do eixo dos x, outro na direcção
do eixo dos y e, eventualmente, outro na direcção do eixo
dos z
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Equações da Cinemática,
Componentes
A equação vectorial
vf  vi  at
é equivalente às duas equações escalares
 vxf  vxi  axt

v yf  v yi  a y t
A equação vectorial
1 2
rf  ri  vi t  at
2
é equivalente às duas equações escalares
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1 2

x

x

v
t

axt
i
xi
 f
2

y  y  v t  1 a t2
i
yi
y
 f
2
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Movimento de um Projéctil
Ao movimento bidimensional em que a componente da
aceleração segundo o eixo horizontal (em geral, o eixo dos x) é
nula e a componente da aceleração segundo o eixo vertical
(em geral, o eixo dos y) é constante, dá-se o nome de
movimento de um projéctil
A aceleração de queda livre, g ,é constante durante todo o
movimento, tem a direcção vertical e aponta para baixo
Despreza-se a resistência do ar
Nestas condições, um objecto com movimento de projéctil
seguirá uma trajectória parabólica
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Problema
As personagens principais do filme “Speed”, que em Portugal
teve o nome “Terror na Auto-estrada”, viajam num autocarro
em que existe uma bomba, que rebentará se a velocidade do
autocarro se tornar inferior a 80 km/h.
O autocarro viaja na direcção de um viaduto, cujo tabuleiro
está interrompido numa extensão de 15 m.
Os ocupantes decidem fazer o autocarro saltar de um lado
para o outro do viaduto, “voando” através do espaço. A rampa
que conduz ao viaduto tem uma inclinação de 5º em relação à
horizontal e o autocarro viajava a 110 km/h quando entrou no
viaduto.
Conseguirá o autocarro saltar com sucesso?
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Problema
O problema que nos pomos é o seguinte:
A cena apresentada no filme é realista, isto é,
naquelas condições um autocarro real conseguiria
saltar ou é tudo ficção de cinema?
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Problema
Dados:

Módulo da velocidade inicial: v0  110 km/h
Ângulo que a velocidade inicial faz com a horizontal:
Distância horizontal a transpor:
 0  5º
  15 m
Pretende-se determinar se, nestas condições a trajectória
de voo do autocarro irá passar no outro lado do viaduto
ou na zona em que o tabuleiro está interrompido
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Problema
Modelo utilizado:
- Vamos considerar o autocarro como pontual
- Vamos desprezar a resistência do ar
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Obtenção da Equação da Trajectória
Vamos escolher o sistema de referência
O eixo dos x é horizontal
O eixo dos y é vertical e aponta para cima
Colocamos a origem no ponto em que o autocarro deixa o tabuleiro
Fazemos t =0 no instante em que o autocarro deixa o tabuleiro
y
Componentes da aceleração
neste sistema de referência
ay = -g e ax = 0
v0
Componentes da velocidade
inicial
0
o
5
x
15 m
vx0= v0 cos  0 e vy0 = v0 sin 0
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Obtenção da Equação da Trajectória
Componentes do deslocamento, a partir da origem do
referencial, no instante de tempo t
x = vx0 t = (v0cos 0 t
y = vy0t + ½ay t2 = (v0sin 0t - ½ gt2
Combinando estas equações :

 2
g
y   tan 0  x   2
x
2
 2v0 cos 0 
Esta equação é da forma
parábola
y = ax – bx2, que é a equação de uma
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Análise do Movimento de um Projéctil
Pode considerar-se este movimento como a sobreposição
dos movimentos nas direcções dos eixos dos x e dos y
Na direcção do eixo dos x a velocidade é constante
porque ax = 0
Na direcção do eixo dos y o movimento é de queda livre
ay = -g (porque o eixo dos y aponta para cima)
A posição num determinado instante de tempo é dada por:
1 2
r  r0  v0t  gt
2
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Vectores no Movimento de um Projéctil
1 2
r  r0  v0t  gt
2
A posição final é o vector
soma de:
- posição inicial
- deslocamento resultante da
velocidade inicial
- deslocamento resultante da
aceleração
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1 2
gt
2
v0 t
r
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Diagrama do Movimento de um Projéctil
Durante todo o movimento,
a aceleração é constante
 
ag
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Características do Movimento de um Projéctil
A componente da velocidade segundo o eixo dos x é constante em todos
os pontos da trajectória
A componente da velocidade segundo o eixo dos y é nula na altura
máxima da trajectória
A aceleração é a mesma em todos os pontos da trajectória
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Características do Movimento de um Projéctil
Na imagem vemos o vector variação da velocidade média do projéctil em
instantes de tempo sucessivos.
Concluímos que a aceleração mantém-se constante no movimento.
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Alcance e Altura Máxima de um Projéctil
Na análise do movimento de
um projéctil há duas grandezas
com interesse especial
h
max
O alcance, L, é a distância
horizontal alcançada pelo
projéctil
A altura máxima atingida pelo
projéctil é hmax
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L
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Equação da Altura Máxima de um Projéctil
A altura máxima do projéctil ocorre no instante em que a componente
vertical da velocidade é nula. Fazemos vy = 0 na equação
vy  v0y  gt
para obtermos o tempo de subida
tsub 
v0 y
g
A altura máxima de um projéctil é obtida substituindo este instante de
tempo na expressão da coordenada vertical
1 2
y  v0 y t  gt
2
conduzindo a
hmax
v02y
v02 sin 2 0


2g
2g
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Equação do Alcance de um Projéctil
O alcance de um projéctil obtém-se fazendo yf = 0 na
expressão
1 2
yf  v0 y t 
para obter o tempo de voo,
2
gt
tvoo 
2v0 y
Substituindo t = tvoo na expressão
obtemos o alcance
L
2v0x v0 y
g
g
x  v0 x t
v02 sin 20

g
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Problema
y
O que pretendemos saber é se o
alcance é superior ou inferior a 15 m.
Substituímos os dados do problema na
expressão do alcance
v0
0
o
5
x
15 m
Obtemos
v sin 20  30.6 m/s  sin10º
L

 16.5 m
2
g
9.8 m/s
2
0
2
Efectivamente, o autocarro transpõe o obstáculo!!!
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Alcance de um Projéctil
O valor máximo do alcance ocorre para i = 45o
Ângulos complementares dão origem ao mesmo valor do alcance
A altura máxima é diferente para os dois valores do ângulo da
velocidade inicial
Os tempos de voo serão diferentes para os dois ângulos
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Movimento de um Projéctil – Técnicas para
resolução de Problemas
1. Seleccionar um sistema de coordenadas
2. Obter as componentes da velocidade inicial segundo os
eixos dos x e dos y
3. Analisar a componente horizontal do movimento utilizando
as técnicas do movimento com velocidade constante
4. Analisar a componente vertical do movimento utilizando as
técnicas do movimento com aceleração constante
5. Recordar que o tempo é comum a ambas as componentes
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Movimento um Projéctil - Problema
Um avião de socorro voa com
velocidade de módulo 198 km/h, a
uma altitude constante de 500 m,
para um ponto directamente acima
de um náufrago na água. O piloto
quer largar uma cápsula de socorro
de modo a que atinja a água muito
próximo do náufrago.
a) Qual deverá ser o ângulo  da
linha de mira para a vítima quando
é efectuada a largada?
b) Qual é a velocidade da cápsula
quando atinge a água
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