Eclampsia

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Emergências Cardiovasculares
Terapia Intensiva na Gravidez
Pós-Graduação AMIB – Faculdade Redentor
Dra Nazah C M Youssef
Mestre em Medicina Interna - UFPr
Especialista em Neurologia e Medicina Intensiva
Diretora Médica da UTI do Hospital das Nações de Curitiba - Pr
Diretora de Responsabilidade Social da Associação Medica do Parana
Tesoureira da Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná (SOTIPA)
Supervisora Médica da UTI do Hospital de Clinicas – UFPr
Objetivos







DHEG + Pré-eclâmpsia + Eclampsia
Cardiomiopatia periparto
DAC e Arritmias
Importância
Definição
Fisiopatologia
Manejo
Introdução
•
•
•
•
Mais comum problema médico na gravidez
Principal causa de morbimortalidade maternofetal
Há complicação em cerca de 15% das
gestações
Responde por 25% das admissões hospitalares
em gestantes
Vega CEP et al. Hypertens Pregnancy 2002; 21-61
Classificação das Síndromes
Hipertensivas na Gravidez
Doença Hipertensiva Especifica da Gravidez (DHEG)
• Pré-eclâmpsia leve
• Pré-eclâmpsia grave
• Eclâmpsia
Hipertensão Arterial Crônica (HAC)
HAC+ DHEG
Pré-Eclâmpsia


Definição
Hipertensão associada a edema e
proteinúria (> 300 mg em 24 hs) após 20
semanas de gestação.
Importância
Incidencia em 10-20% das gestações
20-50% das causas obstétricas que levam a
mãe a UTI
12-17% das causas de mortalidade materna
nos EUA
Pré-Eclâmpsia

Fatores de Risco
HAS
DM
Dça renal prévia
Gestações múltiplas
Sindrome anticorpos antifosfolipides
Pré-Eclâmpsia

Fisiopatologia
Anormalidade placentária que leva a
lesões endoteliais na mãe
Resulta em vasoespasmo, redução da
perfusão e DMOS
Pré-eclâmpsia Leve
•
Hipertensão < 160/110 após 20 semanas
•
Proteinúria entre 300 e 2g/24h (+/+4)
Pré-eclâmpsia Grave
HA + um ou mais dos critérios:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Hipertensão > 160/110 (duas tomadas, ∆t 4h)
Proteinúria > 2g/24h
Creatinina > 1,2 mg/dL
Diurese < 400 ml/24h
Cefaléia/Epigastragia/Escotomas/dor HD
Cianose e edema pulmonar
Alterações comportamentais
Hiperbilirrubinemia( > 1,2 mg/dl) – anemia hemolitica microangiopatica
Elevação TGO (>70 U/L) e DHL (> 600 U/L)
Plaquetas <100.000
Hemorragias/Papiledema
CIUR
FEBRASGO - Manual de Orientação Diabete e Hipertensão na Gravidez 2004
Eclampsia
Definição
Crise convulsiva em pacientes gestantes ou
no período pós parto em pacientes com préeclampsia
 Incidência
0.04 a 0.1% das gestações (paises
desenvolvidos)
paises em desenvolvimento – India e Africa
do Sul – incidencia é maior assim como o
numero de crises convulsivas (9x mais)

Eclampsia

Fisiopatologia
Por que ocorre convulsão?
Hipóteses:
Encefalopatia hipertensiva
Perda da autorregulação
Edema cerebral
Encefalopatia metabólica
Microhemorragias cerebrais
Eclampsia

Fisiopatologia
Quem das pre-eclampsia desenvolve
eclampsia?
Não há como prever
Eclampsia

Manifestações Clínicas
50-75% pctes tem cefaleia frontal ou occipital
20-30% pctes tem borramento visual
Convulsão:
pre-parto: 50%
antepartum: 20%
pós-parto: 11 a 44% (até 20 semanas após)
Eclampsia

Manifestações Clínicas
HAS – ausente em 16% casos
Proteinuria – ausente em 14% casos
TAC de cranio: edema cerebral difuso
ou hipdensidade em substancia branca
bilateral (leucoencefalopatia posterior)
Eclampsia

Manejo
Internamento na UTI
Controle metabolico
Controle de complicações como ins renal,
CIVD, aspiração ...
Tratar convulsão inicial
Prevenir convulsões recurrentes
Medicação anti-hipertensiva
Eclampsia
Prevenir convulsões recurrentes
Estudo com 1687 pctes com eclampsia
(Eclampsia Trial Collaborative Group)
- grupo recebeu MgSO ou diazepam
- grupo recebeu MgSO ou fenitoina
Quem recebeu MgSO teve 52% menos
convulsão qdo comparado com diazepam e
67% menos convulsão quando comparado
com fenitoina

Hipertensão Crônica
•
•
•
•
Baseada na presença de hipertensão prévia à
gravidez ou ocorrendo antes de 20 semanas
Mulheres hipertensas podem aparecer no
início da gestação normotensas
HAS e gestação dobra o risco de pré-eclâmpsia
Controle anti-hipertensivo não modifica o
risco de pré-eclâmpsia sobreposta
Update on the Use of Antihypertensive Drugs in Pregnancy Hypertension 2008;51;960-969
Objetivo do Tratamento




Melhorar o prognóstico materno
Prolongar a gravidez
Minimizar exposição fetal a drogas e
seus efeitos
Quando usar, qual usar e alvo da PA
Quando Tratar a HAS
PA < 160/110
Não há dados na literatura que permitem
afirmar benefício no tratamento
 Não há dados para determinar alvo

Cochrane Database Syst Rev. 2001
Quando Tratar a HAS
•
O Tratamento é mandatório HAS > 160/110
Maioria dos trabalhos indicam benefício
Alvo:
pacientes com AVC, eclâmpsia, encefalopatia
Redução 25% 1ª hora
•
Benefício materno > fetal
•
•
•
Management of hypertension before, during, and after pregnancy James and Nelson-Piercy Heart.2004; 90: 1499-1504
Alvo



VII Joint: 160/105 sem alvo definido
Canadá: >140, > 90 - alvo PAD 8090
Austrália: Início 160/110- alvo PAS >
110
Tratamento Anti-hipertensivo
•
•
Todos os anti-hipertensivos atravessam a barreira
placentária e alcançam a circulação fetal
Não existem anti-hipertensivos teratogênicos
FDA CATEGORIAS





A – estudos em humanos bem conduzidos
falharam em demonstrar risco ao feto
B – estudos em animais têm falhado em
demonstrar risco ao feto
C – Estudos em humanos são reduzidos, potenciais
riscos ao feto, benefício supera risco
D – Existem evidências em humanos de risco fetal.
Porém o benefício pode superar riscos em casos
selecionados
X – Existem claras evidências de riscos fetais e os
benefícios não superam os riscos
Metildopa






Classificação B
Bloqueador de ação central
Longa experiência acumulada
Não há risco fetal ou neonatal
Boca seca, hipotensão postural,
Elevação de transaminases, fadiga
Dose 1– 3g/dia 3x
IECA/BRA




Categoria X
Fetotoxicidade comprovada
Prolongamento do trabalho de parto
Hipotensão fetal,
oligodrâmnio,
agenesia e disgenesia renal
Diuréticos






Categorias B e C
Estudos em animais não revelam
fetotoxicidade em doses habituais
Pacientes Hipertensas podem continuar seu
tratamento
Dose habitual de HCTZ
Espironolactona não recomendada
Furosemida – EAP, ICC
Cardiology in Review 2004;12: 201–221
Beta-bloqueadores




Classe C:
Atenolol, Carvedilol, Labetalol,
Metoprolol, Propranolol
Classe B:
Pindolol, Acebutolol
Não se distinguem quanto ao prognóstico fetal*
Letargia, pesadelo, sonolência, disglicemia
Cochrane Database Syst Rev. 2000
Cardiology in Review 2004;12: 201–221
Labetalol





Categoria C FDA
BB não seletivo com ação α
Uso parenteral/oral
Tem superado uso em relação à
hidralazina
Relacionado à hipoglicemia e CIUR
Bloqueadores Canal de Cálcio

Categoria C – ação vasodilatadora e tocolítica

Taquicardia, edema, cefaléia, flushing

Nifedipina, Verapamil, Nicardipina, Anlodipina

Associação com Sulfato de Magnésio
Nifedipina Retard X Sublingual
ADALAT (Brand Name Drug)
Drug Name(s)
(NDA) 019478
FDA Application No.
NIFEDIPINE
Active Ingredient(s)
BAYER PHARMS
Company
Original Approval or Tentative Approval Date
November 27, 1985
5 New manufacturer
Chemical Type
Drug Details
S Standard review drug
Review Classification
Drug Name
Active
Ingredients
Strength
Dosage
Form/Route
Marketing
Status
RLD
TE
Code
ADALAT
NIFEDIPINE
10MG
CAPSULE;
ORAL
Discontinued
No
None
ADALAT
NIFEDIPINE
20MG
CAPSULE;
ORAL
Discontinued
No
None
Nifedipina Cápsulas




Na emergência – droga eficaz, ação rápida,
biodisponibilidade previsível, titulável e
prontamente reversível
Rapidamente e completamente absorvida
via oral – 10’ após administração oral
Há pouca diferença quando ingerida inteira,
perfurada ou SL – a absorção ocorre no
TGI
Resposta Hipotensora individual e
imprevisível
Should a moratorium be placed on sublingual nifedipine
capsules given for hypertensive emergencies and
pseudoemergencies?
Over the past 2 decades, nifedipine in the form of capsules has become widely popular in the
treatment of hypertensive emergencies. Unlike other agents, such as sodium nitroprusside,
nicardipine hydrochloride, diazoxide, and nitroglycerin--which require intravenous
administration and monitoring of blood pressure--nifedipine can be given orally, and close
monitoring is said not to be necessary. Although administration of nifedipine capsules has been
reported to be expedient and safe, it has not been approved by the Food and Drug
Administration for labeling for treatment of hypertensive emergencies or of any other form of
hypertension because of lack of outcome data. A review of the literature revealed reports of
serious adverse effects such as cerebrovascular ischemia, stroke, numerous instances of severe
hypotension, acute myocardial infarction, conduction disturbances, fetal distress, and death.
Sublingual absorption of nifedipine has been found to be poor; most of the drug is absorbed by
the intestinal mucosa. Given the seriousness of the reported adverse events and the lack of any
clinical documentation attesting to a benefit, the use of nifedipine capsules for hypertensive
emergencies and pseudoemergencies should be abandoned.
E Grosman et al: JAMA, Vol. 276 No. 16, October 23, 1996
Nifedipina Retard


Tem demonstrado segurança e eficácia
em inúmeros estudos quando usada
como hipotensor e tocolítico
Diminui a resistência sistêmica
materna e a resistência placentária
Journal of Hypertension 2009, 27:905–922
Hidralazina




Vasodilatador
Resposta individual: droga de
passagem, acetilação
Início de ação 10-20 min,
pico 0.5-2h, duração até 6h
Flush, cefaléia, taquicardia, náusea,
lupus like
Hydralazine for treatment of severe
hypertension in pregnancy: meta-analysis
bmj.com 2003;327:955
Hydralazine for treatment of severe
hypertension in pregnancy: meta-analysis
bmj.com 2003;327:955





Hidralazina EV deve ser evitada em função
da associação de efeitos adversos perinatais
ser mais frequente que outras drogas
Em condições de urgência: Preferência por
Labetalol, Metildopa ou nifedipina
Na emergência: Nitroprussiato,
Nitroglicerina
Evitar atenolol
Contra-indicados IECA/BRA
ESC Guidelines 2007
VII Joint




Labetalol 20 Mg 10/10’ até 220 mG
Nifedipina Retard 10 mg 30/30 min até
40 mG
Nitroprussiato ou Nitroglicerina
Hidralazina EV contra-indicada pela
associação com eventos adversos
fetais
Journal of Hypertension 2009
?
 Hidralazina
 Nifedipina
 Nitroprussiato
VII Joint 2005
Doenças do Coração e
Gravidez
Introdução
Evolução da cardiologia
 Mais de 85% das crianças com cardiopatia
congênita sobrevivem à idade adulta
 Metade
desta população é composta por
mulheres
 Gravidez tornou-se um novo desafio
 Doença reumática continua sendo um sério
problema nos países subdesenvolvidos

Rev Esp Cardiol. 2006;59(9):971-84
Cardiopatia e Gravidez
É
considerada a maior causa de mortalidade
não obstétrica materna na gravidez e
puerpério
 Incidência de 4,2%
 Mais comuns: doenças valvares, cardiopatias
congênitas, D. Chagas, miocardiopatias
Preditores de Eventos Cardíacos
Complicações
Preditor
Odds Ratio
P
Cardíacas
Evento prévio ou
arritmia
6
<0,001
NYHA>II ou
cianose
6
0,009
Obstrução VE
6
<0,001
Disfunção VE
11
<0,001
NYHA>II ou
cianose
3
0,035
Uso de anticoag.
3
0,0093
tabagismo
2
0,0045
Neonatal
Gestação múltipla 22
Obstrução VE
(Circulation, 2001; 104:515-521)
2
<0,001
0,044
Fatores Preditores de
Eventos Cardíacos
Nº de Fatores de Risco
Risco de Evento Cardíaco
0
5%
1
27%
>1
75%
Circulation, 2001; 104:515-521)
Monitorização e Tratamento

No mundo perfeito
– Diagnóstico de cardiopatia prévia à gestação
– Aconselhamento pré-concepcional
– Tratamento pré-gravídico

Terapia médica
– Tratamento para ICC
– Manuseio de arritimias

Terapia cirúrgica
– Substituição valvar
– Tratamento da cardiopatia congênita
Fatores que Agravam a Cardiopatia








Retenção de água e sódio
Exercício físico brusco, extenuante e isométrico
Anemia
Pielonefrite
Infecção respiratória
Hipertireoidismo
Arritmias
Tromboembolismo
Aconselhamento Pré-Gestacional
Risco muito elevado - discutir tratamento cirúrgico
Caso não tratável cirurgicamente (contracepção)
Anti-coagulantes orais
Suspender IECA
Profilaxia febre reumática
Prognóstico perinatal(Hereditariedade de certas
card.)
Imunizações (Rubéola, Hepatite, Influenza)
Acompanhamento Pré-natal
Admissão no PNAR
 Medidas preventivas

– Dieta hipossódica: 4g / dia
– Uso profilático do FeSO4 e ácido fólico
– Tratar e prevenir infecções
– Hemograma completo à admissão e 30 sem.
Cardiomiopatia
Periparto
“Donzela cardiopata, não
casar
Se casar, não engravidar
Se engravidar, não
amamentar”
Peter, 1887

Admissão em UTI no periparto é incomum
– Ocorre menos que 0,5 %

É a quinta causa de morte materna

É fatal em 20 – 50 % das pctes
Gail D. Pearson; et al, JAMA. 2000;283(9):1183-1188

1937 Gouley et al.
– Descreveram 7 casos de grávidas com formas graves
de Ins. cardíaca

1938 Hull and Hidden
– Descreveram 80 mulheres com cardiomiopatia


Diagnóstico só foi estabelecido em 1971 por
Demakis et al.
Confirmado em 2000:
– “Peripartum Cardiomyopathy: National Heart Lung
and Blood Institute and Office of Rare Disease
Workshop” Gail D. Pearson; et al, JAMA. 2000;283(9):1183-1188
Definição

Clínico:
– Ins. Cardíaca desenvolvida no último mês
de gravidez ou nos primeiros 5 meses
após o parto
– Novo diagnóstico
– Exclusão de outras causas de
cardiomiopatia
Gail D. Pearson; et al, JAMA. 2000;283(9):1183-1188
Elkayam et al. Circulation 2005; 111:2050

Critérios
Ecocardiográficos:
– FE < 45% ou
– encurtamento das
fibras < 30%
– Dimensão do VE no
final da diástole
> 2.7 cm/m2.
Gail D. Pearson; et al, JAMA. 2000;283(9):1183-1188
Diagnósticos Diferenciais






Dça cardíaca isquemica
Dça valvar
HAS crônica
Cardiomiopatia familiar
Intoxicação
Dças metabólicas ou
endocrinológicas




Miocardite infecciosa
Cardite eosinofílica
Manifestações cardíacas
de doenças sistêmicas
Desordens
– Hemocromatose
– Amiloidose

Cardiomiopatia
mitocondrial
Mark Tidswell, Crit Care Clin 20 (2004) 777– 788
Incidência


Pode ocorrer em menos que 1 caso
por cada 15.000 nascimentos
0,03 – 0,006% das gestações
– Similar com a incidência anual de
cardiomiopatia dilatada idiopática na
população geral

0.004 –0.008%
Mark Tidswell, Crit Care Clin 20 (2004) 777– 788
Epidemiologia

Idade > 30 anos

Multiparidade

Gemelariadade

Pré-eclâmpsia

Uso de tocolíticos

Baixa ingesta de Selênio e Zinco
John Abboud et al, Int Jour of Card 118 (2007) 295–303

Geograficamente:
– Haiti 1 caso para cada 299 nascimentos
– África do Sul 1 apara casa 1.000 nasc.
– E.U.A. 1 para 2.289 – 4.000 nasc
John Abboud et al, Int Jour of Card 118 (2007) 295–303
Sinais e sintomas
Sinais e sintomas

Aumento de PA

Presença de 3ª bulha

Turgência de jugular

Sopro de regurgitação valvar

Ausculta pulmonar alterada
John Abboud et al, Int Jour of Card 118 (2007) 295–303

ECG:
– Taquicardia sinusal
– FA
– Voltagem anormal

Consistente com a hipertrofia de VE
– PR e intervalo QRS prolongado
– Alterações não específicas de onda T
John Abboud et al, Int Jour of Card 118 (2007) 295–303
Patogênese
Resposta Hemodinâmica

Durante a gestação:
Volume sanguíneo (pré-carga)
Débito cardíaco
Pré-carga

Aumento:
– 10% VSFVE
– 45% Débito Cardíaco
John Abboud et al, Int Jour of Card 118 (2007) 295–303
Champman et al. Kidney Int, 1998; 54:2056
Aumento da carga de trabalho
Hipertrofia do VE
Remodelamento
Hipertrofia transitória
Miocardite

Resposta imune desorganizada ou mutada
durante a gestação aumenta a chance de
infecções virais
– Tropismo para miocárdio

Infecção viral imediatamente resulta:
– Produção de citoquinas

IL-1, TNF-a, interferon-g
– Migração de células T para o coração

Apoptose
Mark Tidswell, Crit Care Clin 20 (2004) 777– 788

Vírus
– Enteroviruses, coxsackieviruses

Genoma viral esteve presente em
10 – 34% dos pctes
– Miocardite
– Cardiomiopatia dilatada
– Respostas imunes anormais na gravidez
Sliwa et al., Current Heart Failure Reports 2008, 5:238–244
Resposta Imune Anormal
Células fetais
Tecido Cardíaco
Resposta Imune
Exacerbada
Descontrolada
Mark Tidswell, Crit Care Clin 20 (2004) 777– 788
Prolactina

Degeneração proteolítica clicada por
um subfragmento da prolactina 16
KDa
– Anti-angiogenético
– Atividade pró-inflamatória
– Pró-apoptóico
John Abboud et al, Int Jour of Card 118 (2007) 295–303
or
Cell. 2007 Feb 9;128(3):589-600.
Tratamento durante
gravidez

Drogas seguras:
–
–
–
–
–
–
Digoxina
Nitratos
Hidralazina
Heparina
Diuréticos
Beta-bloqueadores

Não seguras:
–
–
–
–
iECA
Nitroprussiato
Amiodarona
Cumarínicos
Sliwa et al., Current Heart Failure Reports 2008, 5:238–244
Novos Tratamentos
Peripartum cardiomyopathy (PPCM) is a rare disease of unclear etiology with
a frequent poor outcome, despite optimal medical therapy. Recent
experimental data implicate a causal role of prolactin. We report a patient
with PPCM who responded well to treatment with Bromocriptine in addition to
standard therapy of heart failure.
Am J Obstet Gynecol. 2008 Oct;199(4):e5-6.
Novos tratamentos

Imunossupressores
– Utilizados se falha com terapia otimizada
por 2 semanas

Prednisona com ciclosporina ou
azatioprina

Falha no tratamento por mais de 2 semanas
Tratamento otimizado
Realização de biópsia miocárdica

Sensibilidade é menor que 50%

Achados:
– Infiltrado linfocítico
– Edema miocítico
– Necrose
John Abboud et al, Int Jour of Card 118 (2007) 295–303
Prognóstico


Até 50% das mulheres sobreviventes
retornam a função de VE em 6 meses
após.
Pctes que persistem com Ins. Cardíaca
– Mortalidade de 85% em 5 anos
John Abboud et al, Int Jour of Card 118 (2007) 295–303
Whitehead et al. Am J Obstetr Gynecol 2003; 102:1326
Felker et al, NEJM, 2000; 342:1077
AMBULATÓRIO DE CARDIOPATIA E
GRAVIDEZ Maternidade Odete
Valadares
B.H. (1994-2003)
8; 3%
23; 7%
11; 3%
54; 17%
150; 46%
24; 8%
50; 16%
N = 320
Valvulopatia
Próteses
Miocardio
Congenita
PVM
WPW
Outras
Distribuição das cardiopatias em 2000 gestações
Instituto do Coração de São Paulo: 1984 a 1999
Cardiopatia congênita
19,0%
Arritmia cardíaca
6,0%
Cardiopat
reumática
55,5%
Cardiomiopatia
5,0%
Valvopatias
4,5%
Doença de Chagas
2,0%
Àvila WS
Outras
Cardiopatia isquêmica
8,0% Doença vascular pulmon
Doenças da aorta
“Jovem cardiopata,
case.
Casada, engravide sob
orientação do planejamento
familiar.
Se grávida, obedeça às
recomendações da
assistência pré-natal.
Se puérpera,
amamente.”
Diretrizes da SBC - 1999-2000
DAC e ARRITMIA
NA GESTAÇÃO
Doença Coronariana na
Gestação
Causas:
 40% aterosclerose coronariana
 10-30% trombose coronariana
 10% dissecção ou aneurisma
 uso de cocaína
Doença Coronariana na
Gestação
Diagnóstico de IAM:
•
•
•
Queixas e sinais pouco típicos
ECG pouco sensível
Uso da Troponina I é muito útil – anestesia
obstétrica, uso de tocolíticos ou Sulfato de Magnésio
não interferem com a dosagem;
Am J Obstet Gynecol 2002; 187:1719-20
Infarto Agudo do Miocárdio

Raro na gravidez
 1 in 10.000 to 30.000 gestações
 Três a quatro vezes mais comum na gravidez neste
grupo etário



Etiologia: Aterosclerose (40%), Trombose
(21%), Dissecção coronária (16%), Sem
causa definida 23%
Terapia trombolítica /ATC/CRM
Angioplastia primária é segura após 1º
trimestre
Yusuf K. Coronary Heart Disease and Pregnancy Coronary Heart Disease and Pregnancy. 2007
Doença Coronariana na Gestação
Tratamento Medicamentoso:
Semelhante às não
grávidas:




Nitratos
Betabloqueadores
Antiagregantes
Heparina
Considerações:
 Teratogenicidade
 Efeitos colaterais
no feto
 Efeitos fetais sobre
a gestação
DISSECÇÃO CORONARIANA PERIPARTO
Frimerman, A. et al. N Engl J Med 2004;351:e18
Doença Coronariana na Gestação
Tratamento de reperfusão :
•
Trombólise – contra
indicada
Torrentine, 1995
172 ♀
†
mãe
(1,2%)
†
feto
( 5,2%)
sangramento ( 8,1%)
•
PTCA Primária
•
Planejamento do
parto (?)
ARRITMIAS NA GESTAÇÃO
C/ cardiopatia de base
S/ cardiopatia de base
↓
↓
Tratar a cardiopatia
↓
Antiarritmico se persistir
↓
< dose
↓
↓
escolha droga manut.
Descartar: DPOC,
distur.
hidroeletrolítico,
doen. Tireóide, álcool,
fumo, cafeína, drogas
+
Suspender
trat. Sn
Braunwald
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO DAS
ARRITMIAS NA GRAVIDEZ
Resumo
•
O gol da terapia é proteger a paciente e o feto durante toda a gravidez e
se possível, só instituir a terapia definitiva após a gestação.
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Poucos sintomas e coração estruturalmente normal – retirar fatores
precipitantes e tranquilizar a paciente.
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Sintomas intoleráveis ou comprometimento hemodinânico materno e/ou
fetal – Tratamento farmacológico ou “invasivo” – cardioversão elétrica,
ablação por catetér, marca-passo.
Classificação de Risco para
Administração de Fármacos na
Gestação
Classe A - ñ estudos
controlados no 1º T; s/ risco
no 2º e 3º T. Dano fetal
remoto.
Classe B – s/ efeito adverso em
animais; ñ tem estudos no 1º
T; s/ riscos após
Classe C – efeitos adv. em
animais; s/ estudos em ♀;
risco potencial p/ feto 
risco/benefício
Classe D – evidências de risco
fetal, porém podem ser
aceitáveis em situações de
risco materno de vida
Classe X – estudos em animais
e humanos demonstram
riscos fetais; o risco é
sempre maior que o
benefício – contra indicado
•
A maioria das drogas são seguras.
•
Amiodarona – evitar (secretada no leite, alterações tireoide).
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Acebutolol (Sectral) – evitar (concentrado no leite)
hipoglicemia no RN.
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Propafenona e adenosina – efeito desconhecido.
bradicardia e
DOSES IV DOS ANTIARRÍTMICOS NA
GRAVIDEZ
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Adenosina
doses crescentes de 6 a 12mg em bolus
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Procainamida
15mg/Kg a 50mg/min
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Flecainida
2mg/Kg (máx. 150mg)
•
Propanolol
0.1mg/Kg a 1mg/min
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Digoxina
0.5mg seguido de 0.25mg cada 2 – 4 h
até completar 3 doses
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