OBSTETRÍCIA GRAVIDEZ PROLONGADA Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro 37 DIAGNÓSTICO • É gestação prolongada aquela que ultrapassa 41 semanas e 3 dias. • Anamnese e Exame Físico Caracterização dos ciclos menstruais anteriores à concepção. Pesquisar história de pós-maturidade habitual, infertilidade, puberdade tardia. Investigação quanto ao uso de anovulatórios nos ciclos que antecederam a gestação. Caracterização do último catamênio (data, duração e características da menstruação). Argüir sobre o início da percepção dos movimentos fetais. Medida do fundo-do-útero. Sinais de oligodramnia à palpação abdominal. • Informações sobre o acompanhamento pré-natal Início da ausculta dos batimentos cardíacos fetais. Curva de medida do fundo-do-útero. • Ultra-sonografia: a existência de exames ultra-sonográficos realizados durante a gravidez torna mais precisa a estimativa da idade gestacional. Lembrar que quanto mais precoce mais segura é a ultra-sonografia para o diagnóstico da idade da gravidez. CONDUTA • Ultra-sonografia – na gestação prolongada a ultra-sonografia pode mostrar: Oligodramnia. Envelhecimento placentário (placenta grau III de Grannum). • Cardiotocografia – em fetos sofridos pelo envelhecimento placentário a CTG pode mostrar: Desacelerações umbilicais conseqüentes à compressão funicular pela oligodramnia. Sinais de sofrimento fetal, como ausência de acelerações à movimentação fetal, oscilação comprimida ou lisa. INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO • Com exames de avaliação fetal alterados (ultra-sonografia, cardiotocografia), a interrupção da gestação há que ser feita por operação cesariana. • Com exames de avaliação fetal normais, pode-se optar pela indução do parto, conduta que torna obrigatória a monitoração eletrônica fetal contínua. Cardiotocografia (CTG) Volume do Líquido Amniótico (vLA) Normal CTG não-reativa, CTG reativa umbilical ou oligodramnia Indução do Parto Operação cesariana