Alguns detectam malformações fetais cujos efeitos, muitas vezes, podem ser revertidos ou amenizados pelos médicos. A rotina de exames pode variar de acordo com o grau de risco da gestação. Ela inclui, além dos testes que serão listados a seguir - segundo recomendação do Ministério da Saúde, idas periódicas ao obstetra. Geralmente, até a 28ª semana a consulta é mensal; entre a 28ª e a 36ª, quinzenal. Da 36ª à 40ª, semanal. Caso a gestação ultrapasse esse período, são feitas duas consultas por semana. Gravidez de baixo risco As orientações se aplicam a gestações consideradas saudáveis – isto é, sem fatores de risco como hipertensão ou diabetes. 1º trimestre – Determinação de grupo sanguíneo e do fator Rh: prevê e evita a eritroblastose fetal (incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto). Quando a mãe tem o fator Rh negativo, e o feto, positivo, os anticorpos dela atacam o sangue do bebê. Pode ser tratado, se diagnosticado precocemente. O exame é feito com coleta sanguínea. – Hemograma: verifica proporções, quantidade e aspectos morfológicos do sangue. É importante para o diagnóstico de anemia. – Glicemia de jejum: detecta se há tendência de desenvolvimento de diabetes gestacional. Coleta de sangue em jejum para determinar a concentração de glicose no sangue. – Coleta de sangue para pesquisar ocorrência de hepatite B, toxoplasmose, HIV (o vírus que causa Aids), rubéola e sífilis. – Exame de urina: avalia presença de infecção urinária. – Ultrassom obstétrico: é indicado para confirmar a cronologia da gestação. Também pode ser usado para prognóstico de doenças cromossômicas ou malformações. – Papanicolaou: para detectar câncer do colo de útero. 2º trimestre – Repete-se o exame de sangue para avaliar existência de sífilis e, se necessário, toxoplasmose. – A coleta de sangue para avaliar a glicemia de jejum também é refeita, assim como o exame de tolerância à glicose. Novamente, o objetivo é avaliar se há tendência de diabetes gestacional. – Ultrassom obstétrico morfológico: nesta fase, é útil para analisar a formação dos órgãos fetais. 3º trimestre – São repetidos os exames de sangue, como o hemograma e as sorologias que podem detectar detectar hepatite B, toxoplasmose, HIV, rubéola e sífilis. – Ultrassom obstétrico: na reta final, avalia o crescimento fetal e sinaliza complicações como desnutrição ou excesso de peso. Monitora também o volume de líquido amniótico e as condições da placenta. GESTANTES Exames Em todos os períodos da gestação há testes que conferem como estão os elementos que garantem a qualidade de vida do bebê naquele momento, como a quantidade de líquido amniótico e a formação dos órgãos e tecidos. Nestes casos, as consultas ao obstetra tendem a ser mais frequentes. O pré-natal é primordial para a grávida de alto risco, porque detecta algumas complicações em potencial no próprio consultório. Pode-se identificar condições de risco no próprio exame da gestante, como a elevação dos níveis da pressão arterial, considerada a principal causadora de complicações graves para a mulher e para o bebê. A necessidade de exames varia de acordo com o problema apresentado. Por exemplo, se a paciente é hipertensa, poderá fazer um monitoramento da pressão arterial. Se é diabética, será necessário um maior controle da glicemia. A fim de evitar procedimentos invasivos, a ultrassonografia é uma grande aliada, sobretudo para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do bebê e a quantidade de líquido amniótico. O ultrassom morfológico costuma ser recomendado para mulheres que têm casos de malformações congênitas na família (ou que já tiveram filho com problemas desse tipo), para mães com mais de 35 anos e em gravidez de gêmeos, entre outros casos. Frequentemente é feito com 20 a 24 semanas de gestação. Em alguns casos, pode ser necessário submeter-se a procedimentos como a biópsia de vilo corial (retirada de fragmento placentário) ou amniocentese (retirada de líquido amniótico com uma agulha), com o objetivo de detectar anomalias. Outros exames, como a cardiotocografia [registro da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas] e a dopplervelocimetria fetal [mede a velocidade do fluxo sanguíneo na placenta], também são empregados no acompanhamento da gravidez de alto risco. Fonte das informações: www.gineco.com.br (Copyright © Bayer Pharma AG) GESTANTES Gravidez de alto risco