O Que é Neuroeconomia? - Fernando Nogueira da Costa

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O Que é Neuroeconomia?
Sergio Da Silva
Departamento de Economia
Universidade Federal de Santa Catarina
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
A teoria econômica foi
fundamentada no
comportamento individual
Mas o modelo psicológico a ela
subjacente (behaviorism)
encontra-se obsoleto
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
O comportamento humano é visto
como resultado de um processo de
tomada de decisão
Que pesa custos e benefícios das
ações e visa maximizar a utilidade
(felicidade, bem-estar, feel good factor)
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Desde os primórdios,
alguns economistas já
duvidavam da
plausibilidade da
maximização da utilidade
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Viner
1925
“Human behavior, in general, and
presumably, therefore, also in the
market place, is not under the
constant and detailed guidance of
careful and accurate hedonic
calculations, but is the product of
an unstable and unrational complex of
reflex actions, impulses, instincts,
habits, customs, fashions and
hysteria.”
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Como a utilidade não
podia ser medida
objetivamente
Não poderia ser usada
para prever o
comportamento
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Jevons
“I hesitate to say that men
will ever have the means of
measuring directly the
feelings of the human heart.
It is from the quantitative
effects of the feelings that
we must estimate their
comparative amounts.”
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
O comportamento
depende dos sentimentos
Mas os sentimentos
seriam acessados apenas
pelo comportamento
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Sem medição direta, os
sentimentos seriam
inconvenientes
construtos
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Nos 1940s, os conceitos de
utilidade ordinal e
preferência revelada
tornaram supérflua a
intermediação de
sentimentos nãomensuráveis
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
A teoria da preferência
revelada identifica
preferências nãoobserváveis através de
escolhas observadas
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Para remover a circularidade
supõe-se que as pessoas se
comportem de modo consistente
Isto também torna a teoria
falseável
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
A economia ficou parecida com a
psicologia comportamentalista dos
1920s, que desdenhava de construtos
não-observáveis
A utilidade ordinal e a preferência
revelada permitiram evitar a confusa
psicologia subjacente à utilidade
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Em teorias subsequentes, os
detalhes cognitivos foram
evitados através de artifícios do
tipo “como se”
Este é o caso da teoria da
utilidade esperada
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Nas décadas seguintes, os
economistas aprimoraram técnicas
matemáticas de predição
econômica
Que não dependiam da medição
direta de pensamentos e
sentimentos
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Hoje estamos certos de que o
pessimismo de Jevons não era
justificado
A neurociência, que estuda o
cérebro e o sistema nervoso, está
começando a medir diretamente
pensamentos e sentimentos
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Ela está esclarecendo o
nosso entendimento da
relação entre mente e ação
E está levando a novas
teorias
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Os modelos econômicos quase
sempre representam as
decisões através de
“equilíbrios
deliberativos”
(deliberative equilibria)
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Introdução
No equilíbrio, qualquer
computação e reflexão
adicionais não alteram a
escolha já feita
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
A teoria da maximização da
utilidade condicionada é um
exemplo de modelo de decisão
criteriosa (careful
deliberation)
Um balanço de custos e
benefícios de diferentes
opções
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
A pesquisa em
neurociência não nega a
existência de decisões
criteriosas (deliberation)
Estas são uma opção
possível
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Mas a neurociência
apresenta duas
objeções à abordagem
do equilíbrio
deliberativo
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
(1) A mente também foi
feita para dar apoio a
processos automáticos
Bargh, Chaiken, Raymond, Hymes 1996
Bargh, Chartrand 1999
Schneider, Shiffrin 1977
Shiffrin, Schneider 1977
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Processos automáticos são
mais rápidos do que decisões
criteriosas conscientes
E ocorrem com pouca ou
nenhuma percepção
(awareness) ou sentimento de
esforço
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
As pessoas têm pouco
acesso introspectivo aos
processos automáticos
Não têm controle pela
vontade sobre eles
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Introdução
O comportamento gerado
por processos
automáticos não precisa
portanto estar em
conformidade com os
axiomas normativos de
inferência e escolha
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Introdução
Processos automáticos
não podem ser
adequadamente
representados pelos
modelos de
maximização
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Introdução
(2) o comportamento humano
está sempre sob a influência
pervasiva, mas não percebida,
de um sistema afetivo
(emoções) perfeitamente
sintonizado
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Introdução
O sistema afetivo está
localizado em regiões
particulares do cérebro
A sua estrutura básica é a
mesma para humanos e muitos
outros animais
LeDoux 1996
Panksepp 1998
Rolls 1999
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Introdução
O sistema afetivo é essencial
para o bom funcionamento
do cérebro
Ele também afeta o sistema
deliberativo
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Quando o sistema afetivo está
alterado, o deliberativo não consegue
ignorar os problemas
O sistema afetivo pode se alterar por
circunstâncias como danificação do
cérebro, estresse, desajustamento de
neuro-transmissores, álcool ou o
“calor do momento”
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Introdução
O comportamento é
resultado da interação
entre os sistemas
automático e
controlador, de um lado,
e os sistemas cognitivo e
afetivo, de outro
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Introdução
Muitos tipos de
comportamento provocados
pelos sistemas automático ou
afetivo costumam ser
incorretamente interpretados
como produto de deliberação
cognitiva
Wolford, Miller, Gazzaniga 2000
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Introdução
O sistema deliberativo é
responsável por dar sentido
ao comportamento, mas
não tem perfeito acesso ao
output dos outros sistemas
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Introdução
Por causa disto, ele
tende a exagerar a
importância dos
processos que
consegue entender
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Introdução
Esta apresentação objetiva descrever a
atividade dos neurocientistas
E mostrar como suas descobertas sobre
o comportamento humano podem
melhorar a teoria econômica
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
A seguir, descreveremos
alguns instrumentos
utilizados pelos
neurocientistas
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Depois apresentaremos
o modelo dos quatro
modos de pensar
O Que é Neuroeconomia?
Introdução
Por último, discutiremos as
implicações da neurociência para
a análise econômica da escolha
intertemporal e do risco
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Métodos de Neurociência
Tirar imagens do
cérebro é o método
mais popular
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Métodos de Neurociência
Imagens do cérebro são tiradas de
pessoas desempenhando um tarefa
“experimental”
Estas imagens são então comparadas
com as de uma tarefa “controlada”
O objetivo é identificar as regiões do
cérebro ativadas pela tarefa
experimental
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Métodos de Neurociência
Existem três métodos
básicos de se tirar
imagens do cérebro
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Métodos de Neurociência
(1) Eletro-encefalograma
(EEG)
(2) Topografia de emissão de
positron (PET)
(3) Imagem de ressonância
magnética funcional (fMRI)
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Métodos de Neurociência
EEG é o mais antigo
Usa eletrodos presos à
cabeça para medir a
atividade elétrica
sincronizada a estímulos ou
respostas comportamentais
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Métodos de Neurociência
PET também é antigo
Mede o fluxo de sangue no
cérebro, que é uma proxy para
a atividade neural
Quanto mais atividade neural
em uma região, maior o fluxo
de sangue na região
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Métodos de Neurociência
fMRI é o mais novo e mais
popular
Detecta atividade
cerebral através de
alteração da oxigenação
do sangue
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Métodos de Neurociência
Cada método tem
vantagens e
desvantagens
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Métodos de Neurociência
EEG
Boa resolução temporal:
resposta quase instantânea
(depois de 1 milisegundo)
Único método usado em
humanos que monitora
diretamente a atividade neural
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Métodos de Neurociência
EEG
Vem melhorando com o uso
de mais eletrodos
Para experimentos de
economia, a vantagem é ser
portátil e relativamente pouco
incômodo
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Métodos de Neurociência
EEG
Fraca resolução espacial
Mede a atividade apenas
na parte exterior do
cérebro
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Métodos de Neurociência
PET e fMRI
Melhor resolução espacial
Fraca resolução temporal:
fluxo de sangue para áreas
neurais ativas ocorre depois
de 2 a 4 segundos
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Métodos de Neurociência
Brain imaging fornece
apenas uma idéia geral
da atividade cerebral
Processos neurais ocorrem
na escala de 0.1 milímetro
e 100 milisegundos
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Métodos de Neurociência
Mas a resolução espacial e
temporal de um scanner típico
é de apenas 3 milímetros e 2
segundos
Geralmente são feitas muitas
observações para depois se
obter a imagem pela média
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Métodos de Neurociência
Mas esta tecnologia
vem melhorando
rapidamente
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Tirar imagens do cérebro mede
apenas a atividade de “circuitos”
(milhares de neurônios)
Mas pode-se medir estímulos de
neurônios individuais, usando-se
minúsculos eletrodos inseridos no
cérebro
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Métodos de Neurociência
A medição da atividade de
neurônios individuais
produziu fundamentais
descobertas de relevância
para a economia
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Métodos de Neurociência
Uma limitação deste método é
que inserir fios no cérebro
destrói neurônios
Por isso, ele é usado apenas em
animais
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Métodos de Neurociência
Muitas estruturas e
funções cerebrais de
mamíferos não-humanos
são semelhantes às de
humanos
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Somos mais
geneticamente similares a
certos macacos dos que
estes a outras espécies
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Neurocientistas geralmente
dividem o cérebro em três
regiões
Para levar em conta
desenvolvimento evolucionário,
funções e fisiologia
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
1. Reptiliana
2. Mamária
3. Hominídia
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Métodos de Neurociência
Hominídia
Mamária
Reptiliana
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Métodos de Neurociência
O cérebro reptiliano é
responsável pelas funções
básicas de sobrevivência:
respirar, dormir, comer
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Métodos de Neurociência
O cérebro mamário
relaciona-se a unidades
neurais associadas a
emoções sociais
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
O cérebro hominídio é único em humanos
e inclui grande parte do nosso aumentado
cortex
O cortex é a camada fina e dobrada no lado
externo da mente
É responsável por funções “superiores”:
linguagem, consciência, planejamento de
longo prazo
MacLean 1990
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Métodos de Neurociência
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
A medição da atividade de
neurônios individuais, por
ser feita em não-humanos,
concentra-se no estudo dos
cérebros reptiliano e
mamário
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Métodos de Neurociência
Estímulo Elétrico do Cérebro
(EBS):
outro método restrito a animais
Ratos aprendem e fazem coisas
novas se recompensados com
breves pulsos de EBS em certas
regiões
Olds, Milner 1954
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Em troca de EBS, ratos se
esforçam mais, pulam
barreiras, atravessam cercas
eletrificadas e renunciam
oportunidades diárias únicas
de comer, beber ou acasalar
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Animais exigem
mais EBS para
renunciar comida
quando estão com
fome
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
EBS não sacia, ao
contrário de outras
recompensas mais
naturais
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
EBS pode provocar
desejo de comer, beber
Mendelson 1967
ou copular
Caggiula, Hoebel 1966
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Métodos de Neurociência
EBS altera-se na
presença de cocaína,
anfetamina, heroína,
cannabis e nicotina
Wise 1996
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Há evidência de
substituição econômica
entre EBS e comida e
água
Green, Rachlin 1991
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Doenças mentais (como
esquizofrenia) podem ajudar a
entender o cérebro
E também desordens de
desenvolvimento (como autismo)
e doenças degenerativas do
sistema nervoso
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Doenças mentais podem, em
geral, ser associadas a partes
específicas do cérebro
Seu progresso também ocorre
em partes específicas do
cérebro
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
O mal de Parkinson inicialmente
afeta a ganglia basal e depois se
espalha até o cortex
Pode-se então observar os
sintomas iniciais para se saber o
que a ganglia basal faz
Lieberman 2000
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Danos aleatórios localizados no
cérebro produzidos por
acidentes ou derrames são
também úteis para se entender o
funcionamento da mente
Damasio 1994
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Se um paciente com danos em
uma área X não desempenha bem
certa tarefa específica, mas
desempenha outras tarefas
normalmente, pode-se inferir
que a área X é usada para a
tarefa específica
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Pacientes que fizeram lobotomia
(cirurgia não mais empregada
para tratar depressão) ou
bisecção radical do cérebro
(remédio extremo e antiquado
para epilepsia) são uma boa
fonte de dados
Freeman, Watts 1950
Gazzaniga, LeDoux 1978
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Outro método relativamente novo é o
Estímulo Magnético Transcranial (TMS)
Usa campos magnéticos pulsantes para
interromper temporariamente a função do
cérebro em regiões específicas
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
TMS
Um dispositivo de US$30 mil lança um
pulso magnético no crânio e cria uma
carga elétrica que ativa células do
cérebro
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Pulsos de TMS são lançados em rápida
sucessão
Controlando a frequência, pode-se
desligar partes do cérebro e deixar
outras ligadas
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Para em seguida observar diferenças no
funcionamento comportamental e
cognitivo
Com isso são obtidas pistas sobre que
regiões controlam que funções neurais
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Enquanto brain imaging fornece
apenas evidência associativa,
TMS leva a inferências causais sobre
o funcionamento do cérebro
O Que é Neuroeconomia?
Métodos de Neurociência
Mas TMS lida apenas com o cortex
E pode provocar ataques (seizures)
e outros efeitos negativos no longo
prazo
O Que é Neuroeconomia?
Modelo Neurológico de Decisão
Racional Emocional
Controlada
I
II
Automática
III
IV
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Os conceitos e descobertas
de neurociência têm
implicação para as teorias
tradicionais de escolha
intertemporal e tomada de
decisão sob risco
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Na teoria econômica, escolha
intertemporal é vista como um
trade-off de utilidade em diferentes
pontos do tempo
E escolha sob risco é vista como
um trade-off de utilidade em
diferentes cenários possíveis
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
O trade-off de utilidade entre
diferentes pontos do tempo é
capturado na noção de taxa de
desconto
A taxa pela qual as pessoas
descontam utilidades futuras em
função da data em que elas
ocorrem
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
A noção de taxa subjetiva de
desconto entrou na teoria por
causa de uma conveniente
similaridade com o cálculo de
valor presente líquido
financeiro, não por causa de
evidência empírica
Loewenstein 1992
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
A evidência empírica é
que as pessoas não
descontam todas as
utilidades futuras a uma
taxa constante
Frederick, Loewenstein, O’Donoghue 2002
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Dada a escolha entre $1000 agora
e $1100 no próximo ano, pode-se
preferir $1000 logo
Mas na escolha entre $1000 em
2025 e $1100 em 2026, pode-se
preferir esperar mais um
pouquinho por $1100
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
A forma funcional mais simples de uma
função desconto que declina a uma taxa
constante é a exponencial:
D(t) = t
D(t) = 1, , 2, 3,...
Ut = ut + ut+1 + 2ut+2 + 3ut+3 +...
Laibson 2004
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Mas a função exponencial não mostra
o efeito gratificação instantânea
Não declina mais rapidamente no
curto prazo do que no longo prazo
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Pessoas em uma locadora, escolhendo
entre 24 filmes de dois gêneros:
Comédias românticas,como Quatro
Casamentos e Um Funeral
E “sérios”, como A Lista de
Schindler
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Para hoje à noite, 66% escolheram
comédia romântica
Para a próxima quinta, 37%
Para a quinta dentro de duas
semanas, 29%
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Efeito gratificação instantânea:
“Hoje à noite quero entretenimento
açucarado, na próxima semana quero
coisas que são edificantes para
mim”
Loewenstein, Read, Kalyanaraman 1999
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Funções Desconto
Valor
Descontado
de Recompensa
Adiada
Semana
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Desconto não pode ser exponencial: as pessoas
descontam pelo menos 1% entre hoje e amanhã
Laibson 2004
Com a função desconto exponencial
100 utils hoje valem 100(0.99365t) utils em t anos
Quanto 100 hoje vale hoje? 100
Quanto 100 em um ano vale hoje? 2.55
Quanto 100 em dois anos vale hoje? 0.07
Quanto 100 em três anos vale hoje? 0.00
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Forma funcional alternativa da função desconto:
hiperbólica
Phelps, Pollak 1968, Laibson 1997
D(t) = 1, , 2, 3,...
Ut = ut + ut+1 + 2ut+2 + 3ut+3 +...
Ut = ut + [ut+1 + 2ut+2 + 3ut+3 +...]
 desconta uniformemente todos os períodos futuros
 desconta exponencialmente todos os períodos futuros
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Se =1 não há o efeito
gratificação instantânea
E a função desconto
hiperbólica reduz-se à
exponencial
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Para =½ e =1
Ut = ut + ½[ut+1 + ut+2 + ut+3 +...]
Ut+1
mas em t+1
= ut+1 + ½[ut+2 + ut+3 +...]
A forma hiperbólica captura o fato de que as
preferências em t diferem das de t+1:
inconsistência dinâmica
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Custo médio da mensalidade de uma
academia: $75 por mês
Número médio de idas: 4
Custo médio por ida: $18.75
Pagando por cada ida (alternativamente à
mensalidade) o custo seria $10
Della Vigna, Malmendier 2004
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Outro exemplo de inconsistência dinâmica é o
protelamento (procastination)
Akerlof 1991
Você pode fazer exercícios (custo de 6) para ter benefícios
adiados (valor de 8)
Quando se exercitar?
Fazer exercício hoje: 6 + ½(8) = 2
Fazer exercício amanhã: 0 + ½(6 + 8) = 1
Você faz planos hoje para se exercitar amanhã
Mas amanhã você fará planos para se exercitar depois de
amanhã...
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Exemplos de outras atividades que
muitas pessoas planejam fazer
amanhã:
Assistir a menos TV
Reduzir o gasto com cartão de crédito
Não comer junk food
Parar de fumar
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
A tendência a protelar significa
que, quando estão trading off
consumo presente e futuro, as
pessoas utilizam uma taxa de
desconto de curto prazo mais
alta do que a de longo prazo
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Este modelo de impulsividade foi usado para explicar
alguns fatos do consumo das pessoas
Laibson, Repetto, Tobacman 2004
Resultados
=0.70 (erro-padrão de 0.11)
=0.96 (erro-padrão de 0.01)
Hipótese nula de ausência do efeito gratificação instantânea
(=1) foi rejeitada (estatística t de 3)
Fato empírico: 68% não pagam as dívidas totais do mês
anterior do cartão Visa
Simulado pelo modelo de desconto hiperbólico: 63%
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
O sistema límbico controla a preferência pelo
imediatismo (), enqanto o fronto-parietal cortex
controla o desconto exponencial
McClure, Laibson, Loewenstein, Cohen 2004
Ut = ut + [ut+1 + 2ut+2 + 3ut+3 +...]
(1/)Ut = (1/)ut + ut+1 + 2ut+2 + 3ut+3 +...
(1/)Ut = (1-)ut + 0ut + ut+1 + 2ut+2 + 3ut+3 +...
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Áreas do 
Áreas do 
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Conclusões de brain scanning por fMRI
Laibson 2004
O desconto temporal resulta da influência
combinada de dois sistemas neurais:
(1) Estruturas límbicas juntamente com o
associado cortex para-límbico ()
Preferencialmente recrutados para escolhas que
envolvem recompensas imediatas
(2) Sistemas fronto-parietais ()
Recrutados para todas as escolhas
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Estes dois sistemas estão relacionados a
processos mentais cognitivos e emocionais
Quando as pessoas escolhem recompensas
adiadas em detrimento de recompensas
imediatas, as áreas  mostram alterações
na atividade cerebral
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
O cérebro emocional-límbico não consegue
ver o futuro: é míope
O cérebro fronto-parietal analítico trata o
futuro da mesma forma que trata o
presente
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Trabalhadores por si sós não poupam o suficiente para a
aposentadoria
Incentivos de impostos não parecem funcionar
E contribuições forçadas podem ser encaradas como
aumento de imposto
Mas há uma alternativa à poupança voluntária e à
compulsória
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Atualmente, as pessoas precisam optar para entrar em
planos de poupança para a aposentadoria (opt in)
Mas elas protelam sempre
A solução seria o esquema opt out : vinculamento
automático a um plano de poupança, com a opção de se sair
dele
Reframing pode alterar escolhas
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Humanos são únicos em
fazer sacrifícios imediatos
pensando em
consequências futuras
desejadas
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Mas para entender a escolha
intertemporal devemos levar em
conta
Não apenas o quadrante I
(processos controlados e
cognitivos) do modelo do cérebro
Mas também o quadrante IV
(processos automáticos e afetivos)
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Na escolha intertemporal,
processos controladoscognitivos e processos
automáticos-afetivos tanto
competem como colaboram
uns com os outros
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Na colaboração entre os
processos, decisões de
adiar gratificação
misturam afeto e cognição
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
É preciso ter consciência
cognitiva dos benefícios
adiados de se adiar a
gratificação
Desistir de um bolo hoje significa um
corpo mais atraente no futuro
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Mas isto é insuficiente para
motivar o adiamento da
gratificação
Emoções têm um papel
fundamental na tomada de
decisão forward-looking
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
A capacidade de
experimentar ansiedade e
a capacidade de planejar
são dois lados da mesma
moeda
Barlow 1988
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
As pessoas somente levam
em conta as consequências
futuras de suas decisões à
medida que essas
consequências evocam efeito
imediato
Cottle, Klineberg 1974
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Evidência para isto é dada pelo efeito da
lobotomia frontal
Freeman, Watts 1942
Esta apaga do cérebro imagens de eventos
ausentes que geram prazer e desconforto
E a capacidade de imaginação e respostas
afetivas, embora presentes, ficam
separadas
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
Mais evidência: Bechara, Damasio, Tranel, Damasio 1997,
Damasio 1994
E também na pesquisa sobre
psicopatas
Estes possuem tanto déficit emocional
para imaginar o futuro como
insensibilidade às consequências
futuras (e sobre os outros) de suas
ações
Cleckley 1941, Hare 1965, Lykken 1957
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
O pré-frontal cortex impõe o
auto-controle recorrendo ao
afeto deliberativo
(quadrante II) e evocando
imagens e pensamentos
diretos
Giner-Sorolla 2001
O Que é Neuroeconomia?
Implicações de Neurociência para Economia
A competição entre processos
controlados-cognitivos e
processos automáticosafetivos ocorre nos
problemas corriqueiros de
auto-controle
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Implicações de Neurociência para Economia
Às vezes, o julgamento
cognitivo do melhor curso
de ação difere da decisão
que se quer tomar
emocionalmente
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O sistema afetivo está
relacionado a certas funções
de sobrevivência e reprodução
Para atingir isto, ele motiva
indivíduos para apropriadas
ações
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Em animais, emoções e
instintos (drives)
motivam comportamentos
para metas de curto
prazo, como comer, beber
e copular
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Humanos se preocupam ou têm prazer
imediato ao pensar em
consequências adiadas
O nosso sistema afetivo pode
também motivar comportamentos com
consequências benéficas de longo
prazo
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Muitas patologias, como
ansiedade, workaholismo e
avareza auto-destrutiva,
relacionam-se com um excesso
de preocupação com o futuro
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Ao contrário do que
ocorre com o efeito
gratificação instantânea,
afeto neste caso não é
míope
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Exercer o auto-controle em uma
situação pode reduzir o de outra
Em um experimento, pessoas fazendo
dieta, que resistem à tentação de
lanchar, depois exageram no sorvete e
desistem mais rapidamente diante de um
problema intelectual
Baumeister, Vohs 2003
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Pessoas agem como se o sorvete
fosse a recompensa por elas
resistirem ao lanche
Propaganda neste caso gera uma
externalidade negativa e
poderia ser criminalizada
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Neurociência do investimento
Peterson 2005
Recompensas ativam o cérebro
de um forma, e perdas, de
outra
Tanto na antecipação como no
recebimento destas
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fMRI: expectativas
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fMRI: resultados
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O sistema de
recompensa se
inicia em
neurônios com
dopamina na área
tegmental ventral
(VTA), passa pelo
nucleus accumbens
(NACC) e termina
nos lobos
frontais, como o
cortex préfrontal médio
(MPFC)
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fMRI
NACC é ativado na
expectativa de
recompensa
monetária
1,cross-section
2,frontal
MPFC é ativado
quando a
recompensa é
recebida
3,cross-section
4,frontal
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fMRI de antecipação de
aumento em recompensas
monetárias: NACC
Knutson, Adams, Fong, Hommer 2001
Antecipação dos dois,
recompensas e punições,
ativam uma região diferente:
medial caudate
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Monetary incentive delay
(MID) task
Knutson, Westdorp, Kaiser, Hommer (2000)
São oferecidos aos participantes
pistas de que eles podem ganhar
ou perder dinheiro
Espera-se um pouco
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E depois eles respondem (apertam
um botão) quando surge um alvo
que desaparece rapidamente
Com a tarefa, eles procuram
tentar ganhar ou evitar perder
dinheiro
E são treinados por 10 minutos
antes de entrarem no scanner
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Anomalias em decisões de
investimento podem ter bases
neurológicas
Overconfidence é um viés de
investimento associado a
overtrading e menor
lucratividade
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Overconfidence é mais comum
entre homens e jovens
Está associada ao MPFC,
enquanto impulsividade (no
investimento) e excitação
motivada se associam ao NACC
Peterson 2005
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Ativação do NACC pode estar
influenciando o
comportamento coletivo de
investimento do tipo
“buy on the rumor sell on
the news”
Peterson 2005
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As pessoas também parecem
usar os quadrantes I e IV do
modelo de decisão do cérebro
em escolhas arriscadas
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As pessoas tentam avaliar o nível objetivo
de risco de diferentes escolhas perigosas,
como no modelo da utilidade esperada
Mas também reagem ao risco
emocionalmente
Loewenstein, Weber, Hsee, Welch 2001
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O comportamento de aversão ao risco é
governado por respostas imediatas ao medo
O medo ocorre na amigdala
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A amigdala escaneia o tempo todo os
estímulos que chegam para detectar
ameaças em potencial
Os inputs vêm dos processos
controlados e automáticos
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Como na escolha intertemporal, na
escolha arriscada os quadrantes (I
e IV) do modelo de decisão do
cérebro podem colaborar ou
competir
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Colaboração
Pacientes com danos pré-frontais, com
desconexão entre os sistemas cognitivo e
afetivo
Juntamente com pessoas normais,
escolheram um sequência de cartas de
quatro baralhos
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Dois baralhos continham mais cartas
com ganhos e perdas extremas e
valor esperado negativo
Dois outros baralhos continham
menos resultados extremos e valor
esperado positivo
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Depois de tirar cartas de grande perda, os
dois grupos suaram igualmente (medo)
Mas os pacientes retornaram mais
rapidamente aos baralhos de alto risco
Os pacientes “quebraram” mais
frequentemente do que os normais
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A reação imediata dos pacientes a
perdas pareceu ser a mesma que a
dos normais
Mas os pacientes não armazenavam
bem a dor de relembrar a perda
Bechara, Damasio, Tranel, Damasio 1997
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Pessoas que reagem mais
emocionalmente a eventos
negativos são mais avessas ao
risco
Peters, Slovic 2000
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Pessoas com medo
evitam apostas
vantajosas
Gneezy, Potters 1997
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Mas pouco medo pode
também produzir
comportamento nãomaximizador, diante de
escolhas arriscadas de
valor esperado negativo
Bechara, Damasio, Tranel, Damasio 1997
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Em apostas de “pegar ou
largar” com 50% de chance
de se ganhar $1.50 ou se
perder $1.00
Pacientes com danos préfrontais ganham mais
dinheiro do que normais
Loewenstein, Shiv, Bechara, Damasio, Damasio 2002
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Portanto, danos cerebrais
prejudicam a tomada de
decisões, mas há situações
em que eles levam a decisões
melhores
Antonio
Damasio
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A explicação convencional para jogo (gambling) é a
utilidade por dinheiro convexa
Mas as reações emocionais também devem ter um
papel
Caplin, Leahy 1997
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Jogadores viciados geralmente são do sexo
masculino e tendem também a beber, fumar e
usar outras drogas
O gene alelo D2A1 é mais presente em jogadores
viciados
Comings 1998
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Naltrexone reduz o desejo de jogar
Moreyra, Albanez, Saiz-Ruiz, Nissenson, Blanco 2000
e de consumir compulsivamente
McElroy, Satlin, Pope, Keck 1991
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Naltrexone bloqueia a
operação de receptores
opiate do cérebro
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Emoção e razão
também competem
para controlar o
comportamento em
relação ao risco
Loewenstein, Weber, Hsee, Welch 2001
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Preferia estar no lugar do piloto,
mesmo sabendo que voar é
relativamente seguro
Alguém com medo de um ataque
terrorista deveria estar mais
preocupado com carne vermelha
A emoção predomina
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Pedir para namorar,
apresentar um
seminário, fazer um
exame: a razão se
impõe
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Fobia:
incapacidade de se
enfrentar um risco
que se reconhece
inofensivo
objetivamente
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Julgamentos de probabilidade
Dois vasos com feijão marcados com “ganha” e “perde”
Primeiro vaso: 10 feijões com “ganha” e 90 com “perde”
Segundo vaso: 1 feijão com “ganha” e 9 com “perde”
Pessoas preferem o primeiro vaso
Escolha baseada no quadrante III (cognitivo e automático)
Kirkpatrick, Epstein 1992
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Julgamentos de probabilidade
O quadrante I pode se impor em
relação ao III com defasagem
A incoerências desaparece depois de
reflexão
Kahneman, Frederick 2002
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Julgamentos de probabilidade
fMRI: na avaliação de probabilidades, o hemisfério
esquerdo é mais ativo
Na resposta de questões lógicas, o hemisfério direito
fica mais ativo
Parsons, Osherson 2001
Para forçar a coerência lógica, o lado direito checa o
trabalho do lado esquerdo
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Imagens do cérebro
também mostram que graus
de risco diferentes ativam
áreas diferentes do cérebro
McCabe, Ouser, Ryan, Smith, Tronard 2001
Rustichini, Dickhaut, Ghirardato, Smith, Pardo 2002
O Que é Neuroeconomia?
Fonte
Camerer, Loewenstein, Prelec (2005) Neuroeconomics: How Neuroscience Can
Inform Economics Journal of Economic Literature
Laibson (2004) Impulsivity, Social Preferences, and Neuroeconomics
Peterson (2005) The Neuroscience of Investing: fMRI of the Reward System
BrainResearch Bulletin
Knutson, Peterson (2005) Neurally Reconstructing Expected Utility Games
and Economic Behavior
Lee (2005) Neuroeconomics: Making Risky Choices in the Brain Nature
Neuroscience
Knutson, Adams, Fong, Hommer (2001) Journal of Neuroscience
Knutson, Westdorp, Kaiser, Hommer (2000) NeuroImage
The Economist (2005) Pensions by Default, 27 Aug 05
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