II PND: Resposta Nacional à Crise da Dependência Período de 1974 à 1979 Ana Paula Barbosa Bruna Luiza de Souza DISTENÇÃO LENTA, GRADUAL E SEGURA. Político: pregava a distensão lenta, gradual e segura, que procurava manter um regime autoritário, mas abria canais de participação para o empresariado nacional. Econômico: elaboraram o II PND. DIAGNOSTICO DA CRISE Substituição Abrir das importações; exportações; Consolidar Criação a economia moderna; de novos setores e de tecnologia; ATUAÇÃO DO SETOR I NA ESTRATEGIA DO II PND Incentivos Estatais; Financiamento Queda Público; da participação do investimento privado; VIABILIZAÇÃO DO II PND Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI); Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE); Programa Nacional do Álcool (Proácool); COMPORTAMENTO DO CAPITAL ESTRANGEIRO Investimentos; Joint-venture; Empréstimos Capital e financiamentos; estrangeiro para pagar a divida externa; VIABILIZAÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO NO GOVERNO GEISEL Financiamento Via Interno; de Créditos; Transferência dos fundos PIS/PASEP; TESTES DA POLÍTICA DE DISTENSÃO Linha Dura: foco de resistência; Movimento Democrático Brasileiro (MDB): comportamento da oposição; Pacote de Abril: fechamento temporário do Congresso decretando medidas restritivas; Base de sustentação do projeto governamental; MEDIDAS ADOTADAS PELO GOVERNO PARA ESTIMULAR A DIVERSIFICAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES Estimulação da exportação; Encomendas; Exportação de bens; FATOS QUE PROVOCARAM A CAMPANHA CONTRA O PAPEL DO ESTADO NA ECONOMIA Intervenção do governo; Afastamento de setores do empresariado; Redução de salários; Redução de demanda; Perguntas: 1. Descreva o que é “distensão lenta, gradual e segura”. A Distensão lenta, gradual e segura mantinha um regime autoritário, mas abria canais de expressão para o jogo político das forças empresariais, impedindo seu deslocamento para o campo da oposição, e ao mesmo tempo, tentava neutralizar as camadas médias e isolar os setores sociais e políticos que se chocavam com a ditadura. 2. Resuma o diagnóstico da crise feito pelos autores do II PND. O objetivo central dos investidores programados pelo II PND, segundo seus autores, era garantir a substituição de importações e, se possível, abrir novas frentes de exportação. Ao mesmo tempo, buscava-se a consolidação de uma economia moderna, mediante a implantação de novos setores, a criação e adaptação de tecnologias. 3. Mostre o papel que o setor I da economia cumpriu na estratégia do II PND. O II PND buscava superar a crise e ao mesmo tempo superar a dependência externa, vencendo o subdesenvolvimento e alterando a estrutura produtiva do país. A estratégia do II PND para substituir as importações do setor I foi: o fortalecimento das empresas estatais, financiamento público de empresas nacionais, e o apoio estatal (responsável pelo desenvolvimento do setor I). 4. Indique a forma como o Estado agiu na economia para viabilizar o II PND. O estado atuou na economia para viabilizar o II PND de três formas: Em 1974 o Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI) priorizou os projetos relacionados à produção de maquinaria, equipamentos e produtos de alto padrão tecnológico; O governo decidiu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) deveria criar subsídios para incentivar a expansão da produção, mediante financiamento, de bens de capital e insumos básicos; Permitiu que a Petrobrás intensificasse a exploração do petróleo, instituiu o Programa Nacional do Álcool – Proácool - que visava alterar a matriz energética e a substituição de importações na área do petróleo. 5. Como se comportou o capital estrangeiro durante a implementação do II PND? Durante a implementação do II PND o capital estrangeiro relutou para trazer os seus investimentos, financiamentos e tecnologias para o desenvolvimento do setor bem de capital. Os aportes vieram sob forma de joint-venture para melhorar a concorrência com os EUA. Os empréstimos e financiamentos aumentaram o volume de capitais que entraram no Brasil, mas voltavam a esfera internacional para pagar as dividas anteriores. O capital estrangeiro aprofundou a crise, onde a divida virou bola de neve: do capital estrangeiro que entrava, uma pequena porção sobrava para financiamento do investimento. 6. Como agiu o governo Geisel para viabilizar os fundos necessários aos investimentos programados? O governo Geisel não podia contar com o capital estrangeiro para o desenvolvimento do setor I e investimentos em geral. A saída era buscar financiamento interno. Um caminho podia ser o deslocamento de fundos de outros setores da economia, e o governo buscou essa alternativa pela via de crédito. Ao mesmo tempo que procurou garantir o credito a curto prazo. O governo buscava forçar os bancos a expandir o financiamento de longo prazo ou os substituía quando eles se recusavam a fazê-lo, e restringia o credito de curto prazo para os setores de duráveis. Uma das medidas importantes foi a transferência dos Fundos PIS/PASEP para o controle do BNDES: em lugar de serem usados para financiar o consumo de duráveis, o objetivo era que financiassem o investimento no Setor I. 7. Destaque os principais testes que o governo enfrentou em sua política de distensão. O projeto de distensão enfrentou vários testes. O primeiro tinha foco de resistência representado pelos militares que não aceitavam mudança, chamados de “linha dura”. O segundo teste tinha a ver com o comportamento da oposição, representado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que enviou ao Congresso Nacional uma emenda constitucional que devolvia algumas prerrogativas do poder Judiciário que haviam sido retiradas no período ditatorial. A oposição alegou que a emenda era incompleta, e o governo fechou temporariamente o Congresso decretando medidas restritivas, esse foi o chamado “Pacote de Abril”. Um terceiro teste relacionava-se a base de sustentação do projeto governamental. Para levar a diante tanto o programa econômico quanto o projeto político, era parte decisiva da estratégia do grupo de Geisel conseguir manter o apoio do empresariado nacional. 8. Quais medidas adotadas pelo governo para estimular a diversificação das exportações? As exportações brasileiras conseguiram manter-se ou inclusive expandir-se devido à ofensiva comercial adotada pelo governo brasileiro (Ernesto Geisel), em que se aproximou dos países socialistas e intensificou as vendas aos países socialistas, aos países de 3º mundo e aos países capitalistas desenvolvidos. 9. Indique os fatos que provocaram a campanha contra o papel do estado na economia. Devido à restrição do crédito de curto prazo para o consumo de produtos do setor IIb, desencadeou uma forte oposição dos setores vinculados à indústrias de duráveis. O jornal O Estado de S. Paulo entrou na campanha contra a presença do Estado na economia, publicou 11 reportagens de fevereiro á março de 1975 intitulada como “Os caminhos da privatização”. Segundo o jornal, a “onda estatizante” estaria se estendendo em áreas que antes pertenciam ao domínio privado. Mesmo com a forte campanha não houve a desestatização.