A Grande Depressão e o Sistema Monetário Internacional Arquivo

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A Grande Depressão e o Sistema Monetário
Internacional
Amaury Gremaud
HEG II
Sistema monetário internacional (21 - 37)
A Crise fora dos EUA
Sistema monetário internacional (21 - 37)
A volta ao Padrão ouro: 2ª metade da
década de 20
 Primeira metade da década de 20 – flutuação com liberdade de capitais
 Desvalorizações cambiais
 Hiperinflação
 Exc: EUA manteve PO durante e pós Guerra
 Cambio fixo adotado: Conversibilidade ao Ouro (Padrão Ouro)
 antes de 1929 maior parte (39) dos países,
 Brasil adota em 1927
 Espanha, Rússia e China são as principais exceções
 Nem todos os países voltam com as mesmas taxas de antes da guerra
 1ºs países a voltar ao PO são os que sofreram com inflação elevada (hiper)
 1924 – Alemanha; também Áustria, Polônia e Hungria
 1925 - GB;
 Libra com cotação em relação ao ouro de antes da 1ª Guerra Mundial
 Também Suécia, Holanda, Suíça etc.
 1928 – França e países de inflação moderada
 Fixa a taxa de cambio e declara conversibilidade mas moedas nacionais sofreram fortes
desvalorizações em relação ao ouro (libra e ao dólar)
 Tb Bélgica, Itália
Questões envolvendo a volta ao Padrão Ouro
 Dada a redistribuição do ouro e o seu volume
 Maior parte dos países – aumenta muito a alavancagem (emissão frente às reservas)
 Diversificação das reservas: Ouro, Libra, dólar
 EUA: inicio postura de não fornecimento de liquidez, aos poucos mudanças
(“cooperação”)
 Crise alemã – empréstimos
 Tb França, GB etc.
 Em feral 24-28 período de crescimento
 Dada a volta diferenciada: Câmbios desvalorizados x valorizadas, e diferenças de
inflação e deflação
 Desempenho diferenciado dos países e dos seus balanços de pagamentos
 França (competitiva, crescimento, acumulo de reservas) x GB (desemprego e
déficits, competitividade com base na redução de custos)
 Problema internacional
A Crise fora dos EUA
Sistema internacional também tem
problemas antes da crise
 1928: reversão da política EUA acaba com “cooperação”
 FED aumenta taxas de juros: política monetária apertada
 Evitar processo especulativo (critica)
 atrai capital: inverte fluxo (de fornecedor a tomador de
crédito)
 Alemanha problema com falta de capitais, GB eleva taxas de juros –
aprofunda problemas para evitar saída
 Reação recessiva da maior parte dos países
 Internacionalização da crise
Padrão Ouro reforça e espalha crise
 Se EUA elevam juros para atrair capital, outros também o fazem
 Compromisso com Padrão Ouro: impõe políticas deflacionárias
 todos procuraram (inicialmente) contrair política monetária
 crise dos Bancos e retomada - defesa do PO impede socorro ou coloca PO em cheque

Possível solução: cooperação internacional e suspensão temporário de pagamentos de dividas
entre países
 Difícil, especialmente no início não acordo sobre fundamento da crise
 Não mais certeza do que se fará, fluxos desestabilizadores, especulação
 Desconfiança em relação ao “valor futuro das reservas”
 França volta trocar libra e outras moedas por Ouro
 Especulação tanto maior quanto mais difícil politicamente segurar o PO
 Efeitos sobre emprego da manutenção.
 Importância de partidos políticos com propostas diferencias em relação ao PO (ou às
suas consequências)
 Obstinação dos governos com PO (França)
Os problemas se avolumam ...
 América Latina e outros periféricos (quase que em conjunto)
 fuga de capitais e queda de preços (queda de termos de troca)
 suspensão da conversibilidade (desvalorização) e restrições a saída de capitais
 Áustria: crise do Credit Anstalt (“muito grande para falir” )
 Socorro ao banco – gera enorme processo especulativo (fuga de capitais)
 Necessidade de empréstimo externo para acabar com especulação, negociações falham,
empréstimo é pífio
 Proíbe saída de capitais do país (fecha mercado de cambio- cambio negro desvalorização
do xelim austríaco)
 Primeiro país central a romper com padrão ouro
 Crise se espalha por Europa Central e depois atinge a Alemanha
 Alemanha – BP complicado com fim da entrada de capitais dos EUA
 Recessão internacional dificulta ainda mais indústria alemã que era ligada aos bancos – fuga de
depósitos
 Busca de empréstimo externo para socorro ao sistema financeiro sem sucesso, mantém política de
austeridade – aprofunda recessão e quebradeira
 Também fecha mercado de cambio – saí do Padrão Ouro
O fim do Padrão Ouro
 Consequências da GD sobre GB:
 desemprego acelera e pressões políticas - tentativas de diminuir crise: diminuir juros e ampliar
moeda (incompatível com PO) – especulação sobre desvalorização da libra)
 dificuldade de entrada de capital e comércio – deterioração do balanço de Pagamentos inglês
(outros países suspendem fluxos pagamento de juros e dividendos e importações)
 fuga de capitais e ataque contra a libra (mudança e perspectiva dos especuladores), Banco da
Inglaterra tenta segurar com elevações maiores da taxa de juros – não segura ataque especulativo
(política não crível0
 abre mão do PO (1931): desvalorização da libra e baixa juros (símbolo do fim do Padrão Ouro)
 crise nos países com reservas em libras e especulação no mercado de ouro (preço sobe)

Muito países acabam por também sair do PO,
 França, Holanda, Bélgica, Suíça mantém PO até 1936
 EUA: O que fazer com câmbio ?
 Dólar também sofre ataque
 Roosevelt: desvaloriza (33) e volta ao Padrão Ouro com Gold Reserv Act (34)
 De 20 para 35 dólar por onça
 não livre movimento de capitais, proibição de posse de ouro
Sistema monetário internacional (21 - 37)
Autarquização
 Sistema de cambio flutuante mas com restrições aos fluxos de capitais
 Países que desvalorizaram antes: recuperação mais rápida (GB)
 Diminui as importações e problemas de BP,
 pode reduzir politica monetária contracionista, socorrer sistema financeiro
 França resiste no PO: deflação e desemprego por mais tempo
 Desvalorizações: aspectos positivos (muitos casos ajuda a sair da crise), mas:
desvalorizações competitivas e retaliadoras: até onde não há uma Guerra cambial ?
 Coordenação poderia ter ocorrido, recuperação mais equilibrada ?
 Junto com:
 Restrições comerciais
 tarifas (Smoot-Hawley), quotas de importação (França)
 Restrições ao movimento de capital
• várias formas - controles administrativos, câmbios múltiplos
• Busca manter DA restrita ao mercado doméstico
 Até onde políticas de ajustamento sobre o vizinho (beggar thy neighbor)
A Crise fora dos EUA
O que faltou no período de entre
guerras
 Kindleberger: tese da (falta de) responsabilidade:
 Faltou potência hegemônica para dar estabilidade
 GB: não mais condições de Banco da Inglaterra de ser emprestador
em última instância
 EUA: ainda sem condição de assumir
 Einchengreen: Tese da falta de cooperação
 Faltou credibilidade para cada país sustentar sua paridade
 Cooperação entre países para auxiliar nesta tarefa
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