Hemorragia Digestiva Alta - HDA _________________________________________________________Clínica Cirúrgica HDA É a hemorragia digestiva que acontece em local proximal ao ângulo de Treitz. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica ETIOLOGIA ulcerosa péptica – 40 a 50% dos Doença casos Erosões Varizes gastrointestinais – 20 a 30% esofágicas – 10 a 20% _________________________________________________________Clínica Cirúrgica ETIOLOGIA Outras causas: Síndrome de Mallory-Weiss – laceração da junção gastroesofágica, por vômitos continuados Esofagite, duodenite, neoplasias, hipertensão portal, hemobilia e anomalias vasculares. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Epidemiologia Cerca de 27% dos casos ocorrem em pacientes acima dos 70 anos de idade; Hemorragia é a complicação mais frequente da doença ulcerosa (20 a 25% dos casos); A incidência de HDA nos USA é de 50 a 100 casos por 100.000 habitantes, por ano _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Epidemiologia Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento, a taxa média de mortalidade da HDA permanece constante, girando em torno de 10%. Embora a HDA cesse espontaneamente em 70 a 90% dos casos, o seu controle e avaliação são fundamentais. Nos 20% de pacientes que continuam a sangrar e que resangram durante a hospitalização, a mortalidade pode atingir 35%. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Manifestações Clínicas – vômitos em borra de café, se o sangue permaneceu tempo suficiente para a secreção ácida converter a hemoglobina em meta-hemoglobina, ou ainda sangue vivo; Melena – fezes pastosas de coloração preta e com odor forte, devido à oxidação do heme por bactérias intestinais. Instabilidade hemodinâmica Hematêmese _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Fisiopatologia O sangramento ocorre quando a base da úlcera erosa uma artéria do trato gastrointestinal. Quando a erosão ocorre em vasos de pequeno calibre, há contração da artéria e o sangramento cessa; nas artérias em que há lesão somente da parede lateral, o mecanismo de vasoconstrição não é efetivo. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Manejo inicial – pesquisa-se doenças associadas, história familiar; Exame físico detectando-se sinaissintomas de instabilidade hemodinâmica – lembrar que o primeiro sinal de choque hipovolêmico é a taquicardia; Acesso venoso imediato (usualmente, se sinais de choque, 2 acessos periféricos de grosso calibre). Anamnese _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Manejo inicial laboratoriais – Hemograma, plaquetas, tipagem sanguínea, coagulograma, uréia, creatinina e eletrólitos; Lembrar que a medida do hematócrito só retrata a realidade da perda após 12 a 24 horas da hemorragia; Avaliar estado hemodinâmico e a necessidade de UTI Exames _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Classificação da gravidade da HDA I – Taquicardia (aumento de 25 batimentos-min) – 15% de perda volêmica Grau II –Hipotensão postural – 20-25% perda volêmica Grau III – Hipotensão supina, oligúria – 30-40% de perda da volemia Grau IV – Obnubilação – colapso cardiovascular – acima de 40% de perda volêmica Grau _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Manejo inicial A hipovolemia deve ser tratada emergencialmente, com as medidas adequadas de monitorização e reposição de volume; A reposição volêmica em pacientes com varizes de esôfago deve ser criteriosa e realizada de maneira mais lenta do que o usual, devido à possibilidade de resangramento; A lavagem gástrica, quando realizada, tem a finalidade de retirar o sangue, facilitando o diagnóstico e a terapia endoscópica. Em hepatopatas, a retirada do sangue previne o aparecimento da encefalopatia hepática. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Investigação Exame padrão ouro – Endoscopia Digestiva Alta; OBS.: sangramento ativo em jato está associado a possibilidade de ressangramento em 85% dos casos; Ocasionalmente, quando o sangramento é ativo e maciço, prejudicando a visualização endoscópica, é necessário a realização de arteriografia; Para que a mesma seja eficaz, deve haver sangramento efetivo de pelo menos 0,5 ml-min, identificando a fonte de sangramento em 70 a 80% dos casos. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento clínico e endoscópico Omeprazol 40 mg EV 12-12 hs, por 5 dias - dose de ataque – previne a recorrência; endoscópica – o tratamento endoscópico pode utilizar a coagulação térmica ou agentes químicos locais; Hemostasia _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento clínico e endoscópico Hemostasia por noradrenalina e álcool: A noradrenalina age através da vasoconstrição e o álcool a 98% ou polidocanol a 1% causam desidratação e contração tecidual, com inflamação dos vasos sangrantes e formação de trombos. O emprego de mais de um agente químico em associação tem sido recomendado. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento clínico e endoscópico Por sua simplicidade, baixo custo e resultados, o tratamento com agentes químicos é atualmente a primeira opção terapêutica em pacientes com sangramento ativo ou com possibilidade de ressangramento. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico Estima-se que cirurgia seja necessária em cerca de 15 a 30% dos pacientes com HDA; Indicações: Hemorragia maciça que determine exanguinação; Necessidade de infusão de 3 ou mais unidades de sangue, para manter níveis pressóricos satisfatórios; _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico Ressangramento; Paciente com mais de 60 anos, com sinais vitais instáveis ou sangramento maciço; Falha da terapêutica clínica e endoscópica; Úlcera péptica crônica com sangramento anterior e novo sangramento, apesar de tratamento adequado. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico OBS.: O sangramento por úlcera gástrica tem o dobro da mortalidade por úlcera duodenal. Pacientes hipovolêmicos, com pressão sistólica abaixo de 100 mmHg, sangramento recorrente ou idade acima de 60 anos em geral devem ser tratados com cirurgia precoce. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico O procedimento cirúrgico realizado tem relação direta com a mortalidade; Alternativas conservadoras tem o menor índice de morbimortalidade; As operações preconizadas vão desde a simples rafia do ponto sangrante até as ressecções gástricas, dependendo do estado geral do paciente e localização de sua lesão. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico Úlcera duodenal: Se boas condições - Vagotomia superseletiva com rafia do ponto sangrante; Estado geral muito comprometido – somente rafia do ponto sangrante _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico Úlcera gástrica: Dependendo das condições do paciente, desde gastrotomia e rafia do ponto sangrante até gastrectomia parcial, passando por vagotomia e procedimento de drenagem (piloroplasita ou gastrojejunostomia) _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico _________________________________________________________Clínica Cirúrgica S. de Zollinger-Ellison _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Úlcera Péptica _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Úlcera Péptica _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico Gastrite erosiva: Cerca de 10% das gastrites erosivas agudas necessitam tratamento operatório para cessar o sangramento; Cirurgias recomendadas vão desde vagotomia troncular e procedimento de drenagem até gastrectomia total, se o sangramento for recorrente e não se conseguir estabelecer exatamente o ponto de hemorragia. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico Hemorragia por varizes esofágicas: Constitui-se na complicação mais dramática da hipertensão portal; A mortalidade varia de 24 a 84%, dependendo da doença básica, função hepática e tempo em que for instituído o tratamento; Cirurgias incluem derivações porto-cava, como derivação espleno-renal distal. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico Cerca de 30% dos pacientes com hepatopatia crônica apresentam varizes esofágicas, sendo que, destes, 30 % irão sangrar em algum ponto da evolução de sua doença. A taxa de ressangramento em 1 ano beira 70%. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Tratamento Cirúrgico A mortalidade dos pacientes com hemorragia por ruptura de varizes esofágicas é maior do que aquela decorrente de IAM, sendo maior o risco nos primeiros 7-10 dias,justificando a internação rotineira destes na UTI. O tratamento deve ser endoscópico inicialmente, com esclerose e uso de drogas vasoativas, como a somatostatina, que diminui a pressão portal, causando vasoconstrição seletiva na área esplâncnica. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Varizes esofágicas _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Varizes esofágicas _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Síndrome de Mallory-Weiss Decorrente de vômitos incoercíveis, costumando acometer pacientes etilistas; A lesão básica consiste em laceração da mucosa esofágica ou do cárdia, sangrante; Em geral a hemorragia cessa espontaneamente; Geralmente resolvida, quando necessária, por eletrocoagulação endoscópica. _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Síndrome de Mallory-Weiss _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Hemobilia Presença de sangue no trato biliar; Usualmente devido a trauma abdominal; Tríade clássica constituída por dor em hipocôndrio D, icterícia e sangramento gastrointestinal; Terapia por arteriografia (embolização) geralmente mais eficaz do que a cirurgia., _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Hemobilia _________________________________________________________Clínica Cirúrgica Hemobilia _________________________________________________________Clínica Cirúrgica