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Risco
Operatório
Profª Mônica I. Wingert
Turma 301 E
ENFERMAGEM CIRÚRGICA
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A responsabilidade do CC sobre o paciente inicia no momento em que o
recebemos para a realização da cirurgia.
Os profissionais que atuam no CC vivenciam os riscos e por este motivo à
comunicação entre as equipes deve ser ideal, sendo este o objetivo primordial
da enfermagem que está em uma contínua renovação de conhecimentos e requer
profissionais capacitados.
O tratamento cirúrgico, pela sua radicalidade, apresenta riscos aos indivíduos,
portanto sua indicação é viável quando formas mais simples e segura de tratar
são ineficazes e não possibilitam a cura ou o controle da doença.
As cirurgias são realizadas desde a Antiguidade, mas a partir do século XX é
que vêm apresentando grandes êxitos, devido aos avanços em anestesia e
técnicas cirúrgicas. No 3º milênio, a tendência vem sendo a substituição do
bisturi pelas intervenções endoscópicas, a laser e por outras técnicas mais
rápidas e menos invasivas que diminuem os índices de complicações cirúrgicas,
tornando a terapêutica mais segura.
RISCO OPERATÓRIO
Risco operatório
 É o perigo de complicações e de mortalidade, as quais o doente é
submetido frente a uma intervenção operatória.
Estão mais propensos a apresentar riscos operatórios:
 idosos;
 submetidos à intervenção de urgência;
 cirurgias de grande porte;
 com alteração cardiovascular, respiratória, renal, hepática;
 com alterações nutricionais, distúrbios de coagulação e do estado
imunológico;
 diabéticos;
 fatores biológicos, econômicos e os educacionais;
 população carente devido as péssimas de alimentação, de moradia e de
trabalho, de higiene.
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Para diminuir o risco operatório, o técnico de
enfermagem deve “cercar” o paciente cirúrgico
com cuidados necessários, como por exemplo,
medidas preventivas, para melhorar a função
cardíaca, fazer fisioterapia respiratória, melhorar
o suporte nutricional, corrigir a anemia,
monitorar os sinais vitais, ter cuidados
adequados com cateter venoso, controlar o débito
urinário, administrar antibióticos profiláticos e
manter relação de confiança com o paciente e
equipe médica.
POSICIONAMENTO CIRÚRGICO
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O posicionamento do paciente para a cirurgia é de
responsabilidade das pessoas envolvidas no seu atendimento.
O cirurgião necessita de uma área adequada para a abordagem
cirúrgica, e o anestesista da área adequada para a
administração das infusões endovenosas e agentes anestésicos.
A enfermeira coordena as atividades administrativas e técnicas
de enfermagem dentro da sala de cirurgia e CC.
O circulante deve posicionar o paciente o mais confortável
levando em consideração a idade, as condições anatômicas, o
anestésico utilizado, as restrições físicas, o peso, a altura e as
condições da pele.
OBSERVAR

Segurança: quando falamos em segurança, devemos lembrar que significa
não somente estar atento ao funcionamento, mas sim, refere-se a um conjunto
de medidas que visa o bem estar do paciente, realizados por meio de cuidados
diretos a ele aplicados. Uma contenção gentil, mas efetiva, utilizando talas e
faixas de braço e joelho, travesseiros, coxins, arco de Narcose, entre outros,
evitam acidentes, principalmente durante períodos de agitação.

Manutenção da função circulatória: durante o posicionamento a hipotensão
poderá ocorrer devido aos movimentos bruscos realizados e pelo bloqueio dos
mecanismos de compensação cardiovascular que estão bloqueados por
anestésicos. Devemos estar atentos para a manutenção de um livre fluxo das
infusões, bem como do aporte sanguíneo adequado, evitando a formação de
trombos.

Compressão nervosa e muscular: os nervos ou plexos nervosos devem
receber atenção especial ao posicionamento do paciente. Os cuidados
prestados aos braços, pés, pernas, mãos e cabeça evitam lesões nervosas ou
musculares que vão desde lesões simples até paralisia causada por compressão
ou hiper-extensão dos troncos nervosos.


Função respiratória: a posição dorsal para pacientes com disfunção
respiratória prévia é prejudicial, pois estes problemas tendem a se
intensificar, pelo deslocamento visceral reduzindo os movimentos
diafragmáticos.

Privacidade: a exposição para os pacientes causa desconforto e
constrangimento. A área a ser operada deverá estar adequadamente
exposta, no entanto o lençol, o cobertor e a camisola, além de proteger
aquecem o paciente e devem ser removidos somente no momento da
assepsia cirúrgica.

Metais: o contato direto do paciente com a mesa cirúrgica deve ser
evitado, eliminando a fuga de energia dos aparelhos elétricos (eletro
cautério), que podem provocar queimaduras ou fibrilação ventricular.

Equipamentos para posicionamento: os dispositivos para o
posicionamento devem proporcionar condições de absorver forças
compressivas, redistribuir
a pressão, prevenir o estiramento e
proporcionar segurança ao paciente.

Mesa cirúrgica: conhecer o funcionamento da mesa cirúrgica é
condição indispensável para o adequado posicionamento do
paciente.

Faixa de joelho: consiste de uma faixa de tecido grosso,
utilizada principalmente durante o período de indução e
despertar anestésico, impedindo movimentos, sem bloquear a
circulação sanguínea do paciente.

Arco de Narcose: utilizado para sustentar um dos braços do
paciente num ângulo de 90º e para isolar o campo operatório do
anestésico.

Faixa de pulso: é uma faixa estreita de tecido utilizado em
volta do pulso do paciente, prendendo-a ao suporte de braço.

Suporte de acrílico para braço: dispositivo utilizado para prender os braços
ao longo do corpo. No caso da faixa, esta deverá ser colocada sobre a mesa
cirúrgica ao prepará-la de modo que o paciente deite sobre ela. A área onde a
correia será aplicada deverá estar acolchoada. O suporte de acrílico é fixo a
lateral apoiando o braço evitando sua queda.

Ombreiras: suportes metálicos côncavos acolchoados adaptados à conexão
especial presa a cabeceira da mesa apoiando a região escapular impedindo que
o paciente deslize quando colocando na posição de Trendelemburg.

Perneiras: hastes metálicas com suporte côncavo, colocados no terço inferior
da mesa cirúrgica, utilizados para apoiar pernas e pés na posição de litotomia.
O trauma cirúrgico lesiona tecidos, órgãos e vasos sanguíneos, provocando menor
mobilidade, alterações hormonais, hídricas, eletrolíticas, peristálticas, dor, etc.
Observações frequentes, anotações pertinentes e assistência de enfermagem
individualizada permitirão o retorno do equilíbrio orgânico e o alcance dos
objetivos propostos.
 FIM!!
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