Estratégias para Reduzir o Risco Futuro das Exacerbações Asmáticas Emilio Pizzichini Professor de Pneumologia, Universidade Federal de Santa Catarina, NUPAIVA – Asthma Research Center, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil IX Curso de Atualização em Pneumologia NUPAIVA Rio de Janeiro – 19/04/2008 Exacerbações Asmáticas Período de maior risco para os pacientes. Causa de ansiedade para o paciente/familia. Causa de estresse aos profissionais de saúde. Maior custo ao sistema de saúde. Visita SE em Hamilton (Ca) > $600 Unidade de Cuidados Agudos >$1200/dia Task Force ERS/ATS sobre Exacerbações na Asma - 2008 Custo adicional à sociedade - absenteísmo VIRUS ALLERGEN TH1 cell response TH2 cell response IL-8 IL-5 Impaired INF-β Virus replication Inflammatory cell recruitment and activation Neutrophils Fibrinogen Eosinophils ECP MBP Fibrinogen Elastase As exacerbações são eventos previsíveis e são heterogeneasEXACERBATION na fisiopatologia e na Neutrophilic resposta ao tratamento. Eosinophilic DIRETRIZES PARA O MANEJO DA ASMA Risco Futuro NÍVEL DE CONTROLE 1989: Australia (Woolcock et al.) Canada (Hargreave et al.) controlada Parcialmente controlada não controlada exacerbação Máximo descontrole 2006: SBPT GINA CEI diminuem as exacerbações Probabilidade Cumulativa 1.00 Bud vs. Placebo, P<0.001 Ned vs. Placebo, P=0.48 0.75 0.55 0.25 Budesonida 0.00 0 1 2 3 4 Tempo (anos) The Childhood Asthma Management Program Research Group. N Engl J Med, 2000 Grupo A: exacerbações graves 1.0 – 0.8 – Número por ano 0.77 0.6 – 0.4 – 0.29 0.34 0.2 – 0.0 – Placebo Bud200 Bud200 + For O’BYRNE PM, et al. Am J Respir Crit Care Med 2001: 164:1392-7 VEF1 (% previsto) Pré e Risco pós-broncodilatador (START) futuro e queda do VEF 1 Linhas sólidas: pós-broncodilatador Linhas pontilhadas: pré-broncodilatador Pacientes sem exacerbações 100 Budesonida VEF1 (%) A intervenção com CEI diminui a queda do 95 1% Placebo VEF1 em 3 anos Budesonida 90 Pacientes com exacerbações (> 1) Placebo 850 A intervenção com CEI não difere do grupo 0 1 2 3 placebo na quedaTempo do VEF 1 (anos) Estratégias para diminuir o risco futuro de exacerbações Terapêutica individualizada com doses fixas (GOAL) Terapêutica individualizada com doses variáveis (SMART) Terapêutica com o uso do Escarro Induzido Terapêutica com o uso do Óxido Nítrico Impacto Gradual do Tratamento: Qualidade de Vida ESCORE MÁXIMO = 7 salm/flut fluticasona Escore AQLQ 6.5 * 6.0 ≡ 0.5 5.5 5.0 * p < 0.008 4.5 4.0 B/L 4 12 24 36 48 52 SEMANAS Bateman E, et al. Am J Respir Crit Care Med 2004; 170:836-44 Exacerbações asmáticas no Estudo GOAL N médio de exacerbações paciente / ano Basal FP Basal Sal + FP 0.7 0.6 0.5 0.4 0.37 * 0.27 0.3 0.2 0.1 0.17 0.1 2 * 0.07 * 0.12 0 Virgens CI *P < 0.01 CI dose baixa CI dose moderada Bateman E, et al. Am J Respir Crit Care Med 2004; 170:836-44 Taxa de Exacerbações na Fase II de Acordo com o Estado de Controle na Fase I Taxa média de exacerbações por paciente por ano Historical = 0.70 Fluticasona SFC 0.8 Historical = 0.40 0.6 0.4 0.42 0.28 0.2 0.13 0 0.17 0.09 0.05 Not TC or Well WC controlled 0.01 0.23 0.19 0.02 Total control Estrato 1: Virgem CI Not TC or Well WC controlled 0.07 0.13 Total control Estrato 3: CI Moderado *Necessitando CO ou hospitalização / visita a PS Estudo GOAL Exacerbações Graves - FACET Aumentar a dose de BUD: p<0.001 Adicionar FORM: p=0.01 BUD 800 vs BUD 200 + FORM: p=0.03 1.0 0.5 0 BUD 200 g Pauwels RA, et al (1997) BUD 200 g + FORM BUD 800 g BUD 800 g + FORM “Risco Futuro” de exacerbações com o uso da estratégia SMART BUD + SABA Bud-Form + SABA Exacerbações [/100 pacientes/ano] Bud-Form + formoterol 50 *dose de CI equivalente a BDP) 1000* 250* 40 Salm-FP + SABA Bud-Form SMART 500* 1000* 1000* 500* 1000* 500* 30 20 10 0 STEAM STEP STAY Chest 2006 CMRO 2004 AJRCCM 2005 COMPASS SMILE IJCP 2007 Lancet 2006 Risco de primeira, segunda e terceira exacerbação grave de asma em diversos estudos SMART 2–4 x BUD + SABA BUD-FOR + SABA Pacientes com exacerbações necessitando intervenção médica (%) 12 30 Primeira exacerbação Segunda 25 10 20 8 BUD-FOR SIT 5 Terceira 4 3 15 6 2 10 4 5 2 0 0 0 60 120 180 240 300 360 p<0.001 a 1 0 0 60 120 180 240 300 360 0 60 120 180 240 300 360 Dias após randomização a Bud/Form SIT reduziu significativamente o risco de exacerbações incluindo as repetidas (p<0.001) vs BUD e Bud/Form e regimes fixos (dados combinados do STEAM, STAY e STEP) Exacerbações da asma: contagem das células do escarro ou desfechos clínicos ? # exacerbações Asmáticos cujo mínimo tratamento não havia sido estabelecido Estratégia Clínica R MT Visitas mensais Visitas a cada 3 meses Estratégia do escarro # exacerbações Jayaram et at, ERJ 2006 Celularidade no escarro nas exacerbações TCC x 106/g 200 Eosinófilos, % ** Neutrófilos, % ** 100 ** 100 75 20 10 50 1.0 2.0 25 0.2 0.1 Eos Non-eos Jayaram et at, ERJ 2006 0 Eos Não-eos Eos Não-eos Exacerbações vs gravidade da asma Asma leve No médio de exacerbações 2.0 Asma moderada ou grave 2.0 RR = 0.99 SC n = 68 RR = 0.51 1.5 1.5 EEs n = 34 EEs n = 13 1.0 1.0 EC n = 11 0.5 0.5 p = 0.02 0.0 0 Jayaram et at, ERJ 2006 0.0 200 400 600 800 0 200 400 Dias em tratamento mínimo 600 800 Exacerbações asmáticas Jayaram L et al. Eur Respir J 2006;27:483-94 Número médio de exacerbações Eosinofílicas 2.0 Não -eosinofílicas RR = 0.19 (0.04,0.82), p = 0.03 2.0 RR = 0.91 (0.50,1.65), p = 0.75 RRR = 0.72 (0.26,0.90), 1.5 p= 0.01 1.5 Exacerbações não 1.0 1.0 eosinofícas CS são um desfecho não previnível 0.5 por estratégias de 0.5 SpS SpS tratamento (clínico e escarro) 0.0 0.0 0 200 400 600 800 CS SpS 0 200 400 Dias a partir da manutenção 600 800 Exacerbações asmáticas Número médio de exacerbações Sem LABA Com LABA 2.5 RR = 0.84 (0.43,1.63), 2.5 RR = 0.40 (0.18,0.88), p = 0.61 p = 0.02 2.0 RRR = 0.60 2.0 CS Exacerbações não 1.5 eosinofílicasCSpodem ser 1.0previníveis pela adição 1.0 de LABA se o processo SpS 0.5 inflamatório for 0.5 adequadamente controlado por CI 0.0 0.0 1.5 0 200 400 600 800 SpS 0 200 400 Dias a partir da manutenanção 600 800 Uso do Óxido Nítrico no ar exalado para guiar o tratamento da asma (n = 108): RCT Shaw DE et al. AJRCCM 176; 231–7, 2007 ERS/ATS Task Force on SAE Hospitalização / Visita ao SE devido a asma com necessidade de tratamento Curso de Corticosteroide Oral devido a asma por pelo menos três dias Diminuição no PFE superior a 30% do valor basal Definição de Exacerbação Aumento dos sintomas requerendo uso extra de broncodilatador de ação rápida em 4 ou + jatos/dia por pelo menos 48 horas, ou Avaliação Sintomas noturnos provocandoObjetiva???? despertares ≥ 2 x/sem ou Sintomas na madrugada ≥ 2x/sem. Exacerbações graves: necessidade tratamento com PDN ou admissão hospitar. de Exacerbações Graves da Asma São os desfechos mais importantes no tratamento a longo prazo da asma. O risco de exacerbações pode ser minimizado utilizando-se diferentes abordagens individualizadas. Mais estudos são necessários para definir se a prevenção deste risco modifica a evolução da asma. QUE ESTRATÉGIA USAR? GOAL Inflamometria SMART Sintomas ÓXIDO NÍTRICO HRVA 2009! Floripa Espera Você!