Tireotoxicose

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Tireotoxicose
Grupo de discussão de endocrinologia
Aluno: Helio Pozzi Júnior
Data: 20/07/2010
N°: 34
Tireóide
Anatomia:
Fisiologia: hormônios e função
Eixo hipofisário
Tireotoxicose
 Definição: Síndrome sistêmica provocada pela
exposição a quantidades excessivas de hormônio
tireoidiano.
 Hipertireoidismo: síntese e secreção excessivas de
hormonio tireoidiano.
Doença de Graves
 Definição: disturbio autoimune caracterizado por
uma combinação variável de hipertireoidismo (com
bócio difuso), oftalmopatia e dermatopatia.
 Epidemiologia: 80% dos hipertireoidismos
prevalência estimada de 0,4 a 1%
5 a 10 mulheres: 1 homem
Doença de Graves
 Etiopatogênese: produção de imunoglobulinas (TSI)
pelo linfócito B, algumas das quais se ligam ao
receptor tireoidiano de TSH e o ativam, estimulando
tanto crescimento da tireóide quanto secreção
excessiva de hormonios.
Doença de Graves
 Fatores Genéticos: Baixa relação
15% tem parente próximo
50% dos parentes tem hormonios
antitireoidianos
20% gemeos monozigóticos
Doença de Graves
 Fatores ambientais:
gravidez
ingestão excessiva de iodo
infecções virais
suspensão de corticoterapia
estresse pode ser iniciante
fumo (apenas na oftalmopatia)
Quadro Clínico
Hipertireoidismo
 Estimulação dos hormônios sobre o metabolismo e
tecidos exacerbada.
 Nervosismo, insônia, emagrecimento, taquicardia,
palpitações, intolerância ao calor, sudorese
excessiva com pele quente e úmida, tremores,
fraqueza muscular e hiperdefecação.
 Hipertireoidismo apatético em idosos com
prostração, astenia e fraqueza muscular.
Quadro Clínico
Bócio
 Caracteristicamente difuso estando presente
em 97% dos casos.
 Pode ser notado frêmito e sopro sobre a
glândula devido ao grande fluxo sanguíneo.
Quadro Clínico
Oftalmopatia Infriltativa
 Crescimento dos músculos extra-oculares e dos
tecidos retro orbitários devido à infiltração
linfocitária e ao aumento de substancias
intracelulares e da água tissular.
 É clinicamente evidente em 50% dos pacientes.
 Edema periorbital e conjuntival (quemose),
exoftalmia (proptose), oftalmoplegia, retração
palpebral, olhar fixo e sinal de lid lag (os 3 últimos
sintomas adrenérgicos).
Quadro Clínico
Dermopatia (mixedema pré-tibial)
 Espessamento da pele, especialmente pré-tibial,
devido ao acúmulo de glicosaminoglicanos em
placas com aspécto de casca de laranjae coloração
violácea.
 Acomete 5 a 10% dos pacientes.
Diagnóstico Laboratorial
 Função Tireoidiana: TSH e T4 e T3 livres no plasma
sanguíneo.
 Anticorpos Antitireoidianos: Antitireoglobulina
(anti-TG), antiperoxidase (anti-TPO) e antirreceptor
do TSH (TRAb). Esse último presente em 70 a 100%
dos casos.
Diagnóstico Laboratorial
 Captação do Iodo Radioativo (RAIU) nas 24h;
 Cintilografia Tireoidiana;
 Biópsia de aspiração com agulha fina.
Tratamento
 Drogas Antitireoideanas (DAT);
 Betabloqueadores;
 Iodo Radioativo;
 Cirúrgico.
Drogas Antitireoidianas
 Antitireoidianos de síntese (TIONAMIDAS):
 Carbimazol(CBZ), metimazol(MMI) e




propiltiouracil(PTU).
MMI e PTU usados no Brasil, MMI (20-40 mg/dia)
dose única e PTU (200-400mg/dia) 2 a 3 doses.
MMI cerca de 70% mais barato que PTU.
Inibem a síntese de T3 e T4.
50% permanecem em remissão 1 ano após
suspensão por eutiroidismo.
Betabloqueadores
 Usado para diminuir as manifestações causadas
pelo sinergismo entre os hormonios tireoidianos e o
sistema nervoso simpático;
 Propanolol (80-120mg/dia 2 a 3 doses) é a opção
mais utilizada.
Iodo Radioativo (I¹³¹)
 Administrado VO, em solução ou capsulas , tem




baixo custo e é seguro tendo a melhor relação
custo-benefício;
Terapia inicial ou terapia definitiva de segunda linha
após recidiva ao uso de DAT;
Doses fixas ou individuais (?)
Destruição localizada do tecido tireoidiano por
radiação β;
Hipotireoidismo (80%).
Cirurgia
 Tireoidectomia Parcial
 Bócios muito volumosos, sintomas compressivos
locais, suspeita de malignidade ou opção do
paciente.
 Hipotireodismo franco.
Adenoma Tóxico
 Neoplasia tireoidiana solitária e autonomamente
funcionante que sintetiza e secreta quantidades
excessivas de hormonio tireoidiano
independentemente do TSH.
 FSH suprimido e T3 e T4 livres elevados.
 Tratamento cirurgico.
 Geralmente benigna.
Bócio Multinodular Tóxico
 Múltiplos nodulos tireoidianos autonomamente
funcionantes que coletivamente sintetizam e
secretam quantidades excessivas de hormonios
tireoidianos;
 Bócio com multiplos nódulos tireoidianos palpáveis;
 Mais comum nos idosos;
Binliografia
 Fisiologia humana e mecanismos das doenças, Guyton,
5ª edição;
 Cecil Medicina, Goldman-Ausiello, 23ª edição;
 Aulas em Endocrionologia;
 Endocrinologia Clínica, Lucio Vilar, 4ª edição.
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