UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UNA-SUS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA MODALIDADE À DISTÂNCIA MELHORIA NA ATENÇÃO A USUÁRIOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELLITUS NO AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADES DE CASCA - RS Orientando: Jonluis Tedesco Orientador: Mauri Caldeira Reis Pelotas, 2015. “É melhor lançar-se à luta em busca do triunfo, mesmo se expondo ao insucesso, do que ficar na fila dos pobres de espírito, que nem gozam muito nem sofrem muito, por viverem nessa penumbra cinzenta de não conhecer vitória nem a derrota.” Franklin Delano Roosevelt RESUMO Tedesco, Jonluis. Projeto de Intervenção em Atenção à Saúde dos Hipertensos e dos Diabéticos de Casca/RS, 2015. Trabalho de Conclusão Curso – Especialização em Saúde da Família – UNA-SUS, Departamento de Medicina Social, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015. Planejamento e implantação de projeto de intervenção sobre a ação programática de atenção aos usuários com hipertensão e diabete no âmbito da Atenção Básica, realizado no Ambulatório de Especialidades da cidade de Casca/RS. RESUMO Escolha do tema: -Doenças que aumentam risco de eventos cardiovasculares fatais e incapacitantes e; -Entre as causas de maior redução de expectativa e de qualidade de vida.(1 e 2); Objetivo específico: -Ampliar a cobertura para promover a saúde, a partir da melhoria da qualidade da atenção, da adesão ao programa e do registro das informações, junto com mapeamento do risco para doença cardiovascular. Período da Intervenção: -Durante três meses trabalhou-se com profissionais da equipe, população e gestor. Avaliação do processo: -A partir de dimensões quantitativas e qualitativas. -Avaliou-se, dentre outros aspectos, a cobertura da atenção e a qualidade das ações de saúde para este grupo populacional pós-intervenção. 1) Goldman Cecil. 2014; 430-448 / 2) Current Medical Diagnosis & Treatment. 2015; 432-62. RESUMO Resultados: -Cobertura de 21,1% dos hipertensos e de 32,7% dos diabéticos, dentre os 8997 habitantes da cidade; -Atingiu-se a maior parte das metas inicialmente planejadas, tais como: a) realizar exame clínico apropriado; b) garantir a realização de exames básicos; c) priorizar a prescrição de medicamentos da farmácia popular; d) realizar avaliação odontológica; e) realizar estratificação do risco cardiovascular e; f) garantir orientação sobre alimentação saudável, prática regular de atividade física, os riscos do tabagismo e higiene bucal. -Ações educativas de caráter coletivo deixaram a desejar; -Melhora da qualidade da assistência à saúde da população; -Crescimento do serviço, com a qualificação dos trabalhadores e do trabalho; -Caso a intervenção também não seja abandonada, outros indicadores poderão ser melhorados, a partir da qualidade das ações ofertadas pelo serviço. Palavras-chave: Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Hipertensão arterial sistêmica; Diabetes mellitus; Risco Cardiovascular. APRESENTAÇÃO Este trabalho analisou o planejamento e a implantação de projeto de intervenção com objetivos de ampliar e de qualificar a atenção à Saúde do Hipertenso e do Diabético, cobertos pela área da equipe de Saúde da Família do Ambulatório de Especialidades da cidade de Casca. As ações propostas neste projeto procuraram atingir a integralidade da atenção e englobavam: a) a organização do serviço; b) o engajamento público; c) a qualificação da equipe; d) a melhoria no atendimento clínico; e) a garantia de exames complementares necessários; f) a educação em saúde, a gestão dos pacientes de maior risco cardiovascular e; g) a qualificação da atenção em saúde bucal. APRESENTAÇÃO Volume organizado de acordo com as etapas de construção do projeto de intervenção: 1° capítulo: Análise Situacional, situação da unidade de saúde na qual foi implantado o plano de ações; 2° capítulo: Análise Estratégica, projeto de intervenção com justificativa, objetivos, metas e metodologia utilizadas; 3° capítulo: Relatório da Intervenção, discute-se todo o processo durante a construção do trabalho, com as ações desenvolvidas e as dificuldades encontradas. 4° capítulo: Avaliação da Intervenção, descreve-se os resultados encontrados, a discussão destes e os relatórios dirigidos ao gestor e à comunidade. 5° capítulo: Processo de Aprendizagem, reflete-se sobre o durante o período de intervenção. Final do volume, apresentam-se as referências, anexos e apêndices, itens fundamentais na construção do presente trabalho. ANÁLISE SITUACIONAL Cidade de Casca / Norte do Rio Grande do Sul Último senso: 8997 habitantes. 4950 destes na área urbana e 4047 na rural. Cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS). Urbanas: Unidade Sanitária Casca (USC) e Ambulatório Central ou Secretaria de Saúde (SS). Rurais: Evangelista, Linha 16 Migliavaca e Linha 20 Parizzi. Duas Equipes de Saúde: -6276 usuários cadastrados na Equipe 1, representada pela USC e; -2721 usuários cadastrados na Equipe 2, representada pelas três UBS rurais. -Sem territorialização efetiva de área. -Transito livre de usuários entre as várias UBS. -Vários prontuários do mesmo paciente, um em cada UBS. -Atuação descoordenada de múltiplos profissionais. -Possível atendimento por três médicos diferentes no mesmo dia. -A SS atende a todas as ESF sem distinção entre elas. ANÁLISE SITUACIONAL PROVAB em Casca: - Solicitado ao Ministério da Saúde (MS) médico do PROVAB para a USC, onde foi cadastrado o CNES. - Gestor lotou o pós-graduando na SS. A USC não tinha consultório disponível: já tem um Generalista e um Médico de Família concursados. - O estudante do PROVAB em nenhum momento foi acolhido, não sendo apresentado à equipe, ao sistema de trabalho nem ao serviço, apenas mostrou-se o consultório e entregou-se às fichas de atendimento de demanda espontânea. - Aguardou-se atuar na USC, mas transferência para a ESF correta foi postergada. - Assim, aqui se abordará o Ambulatório Central ou Secretaria de Saúde (SS), onde o pós-graduando desenvolveu as atividades práticas do Curso. - A ESF, SS, possui praticamente todos os instrumentos básicos de uma ESF clássica, mas não funciona como tal. ANÁLISE SITUACIONAL Estrutura Física da SS: - Existem: um consultório de Psicologia, um Odontológico, três de clínica (um destes também para Pediatria) e um de Ginecologia e Obstetrícia. Uma sala de procedimentos, mas não se realiza quaisquer procedimentos cirúrgicos: não há material para isto. Uma sala do Gestor/Secretário de Saúde, uma cozinha, um banheiro único dos funcionários, um expurgo com autoclave para materiais odontológicos e uma sala nomeada de “Vigilância Epidemiológica, mas que funciona como administração. - Faltam: Salas de Reuniões, dos Agentes de Saúde, de Procedimentos Cirúrgicos, de Vacinas, para Coleta de exames, de medicações intravenosas e de Nebulização; e locais exclusivos para Almoxarifado, Farmácia e Escovário. - Limitações em relação a barreiras arquitetônicas e ao padrão arquitetônico proposto pelo Ministério da Saúde. -Prédio modificado: imóvel alugado do INSS. ANÁLISE SITUACIONAL Estrutura Humana da SS: - Cinco Clínicos; Três ginecologistas-obstetras (12 horas semanais cada); Nenhum pediatra; Dois enfermeiros (um da Equipe 2, um dia por semana, e outro em horário integral, exclusivo da SS); Dois técnicos de enfermagem (um da Equipe 1 e outro da 2); Quatro recepcionistas; Um dentista (da Equipe 2); Um auxiliar de dentista (da Equipe 2) Uma psicóloga (da Equipe 1) e; Duas faxineiras. Os 21 agentes de saúde da cidade não frequentam a SS. ANÁLISE SITUACIONAL Agenda: apenas para ginecologia, obstetrícia, e para os dois clínicos mais velhos. Os outros médicos atendem demanda espontânea e reprimida das especialidades. Acolhimento: não existe. Pacientes pegam a ficha na recepção e depois passam direto com o médico. Prontuários: de papel, desorganizados, páginas puladas em branco, fora de ordem cronológica, pouco ou quase nada anotado, ausência de resultados de exames, de classificação de risco e de diagnósticos e mesmo da assinatura e do nome/carimbo do profissional que atendeu o paciente. Prontuário eletrônico, existe, mas não é usado por todos. O Conselho Local: não existe na prática, pois é representado pelos comerciantes e elite local. Grupos educativos: não existem. Proposto criá-los e administrá-los, mas apenas liberados para o ano seguinte, pois justificou-se não haver espaço na agenda de 2014. ANÁLISE SITUACIONAL Não existem ações para Priorizar Grupos de Risco. Ausência das Ações Programadas do SUS para: Pré-Natal e Puerpério, Saúde da Criança, Câncer de Mama, Câncer de Colo de Útero, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabete Mellitus, Saúde do Idoso e Saúde Bucal. ANÁLISE SITUACIONAL Postura político-paternalista da saúde: centralização da administração, do gerenciamento de insumos, da criação e do planejamento de atividades da área da saúde na cidade; falta de reuniões de equipe e; interessados direto, a população, e trabalhadores da saúde, desconsiderados em suas experiências pessoais e tolhidos de optar. Com a Análise Situacional não foi possível se saber quantos hipertensos e diabéticos: a) foram estratificados quanto ao seu risco cardiovascular por critérios clínicos; b) estavam com atraso da consulta agendada em mais de sete dias; c) estavam com os exames complementares periódicos em dia; d) foram orientados sobre prática de atividade física regular; e) tiveram orientação nutricional para alimentação saudável; f) estão com a avaliação de saúde bucal em dia e; g) tiveram nos últimos três meses examinados os pés, os pulsos tibial posterior e pedioso e a sensibilidade dos pés. ANÁLISE SITUACIONAL Deveria haver transição gradual do perfil de demanda de atendimentos não programados com a demanda espontânea, exceto para casos de urgência, para se programar as consultas conforme os grupos de risco. Tem-se de haver relação entre atividades coletivas e individuais conforme o preconizado pelo MS. Dentro das Ações coletivas, seria importante mudar a concepção do tratamento centrado na consulta e no médico, passando de uma prática “curativista”, limitada a manifestações das doenças, para uma atenção integral à saúde, desenvolvendo a autonomia para a manutenção da saúde. Tendo em vista a avaliação feita na SS, que representa a política de saúde adotada pela cidade de Casca, pode-se perceber o quão distante a política municipal de saúde de Casca está do que o MS espera e do que se pensa sobre saúde publica de qualidade e efetiva na atenção primária. ANÁLISE ESTRATÉGICA Justificativa do Foco de Intervenção em Hipertensão e Diabetes (1, 2 e 3 ) Patologias integram ações programadas do SUS para Atenção Primária à Saúde. Grande impacto com alterações funcionais e estruturais de órgãos vitais como coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos. Aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e incapacitantes, uma das causas de maior redução de expectativa e de qualidade de vida. Embora se reduziu a mortalidade nos últimos anos, continuam como principal causa de morte no Brasil. Melhoria no diagnóstico e no tratamento pela implantação de sistema de Saúde baseado na Atenção Básica com programa de educação permanente. Grande parte da população ainda se mantém não controlada e não diagnosticada. MS já adota política nacional com objetivo de diminuir os indicadores de mortalidade por AVE e IAM com a implantação de protocolo de práticas, objetivos e metas a serem alcançados. Descaso com prontuários, sem classificação de risco cardiovascular; falta de organização do fluxo, sem priorizar os pacientes de maior risco e; ausência de educação continuada para a equipe e pacientes. Objetivo aumentar a expectativa e a qualidade de vida, com diminuição dos indicadores de mortalidade por AVE e IAM. 1) Goldman Cecil. 2014; 430-448 e 1711-1123 / 2) Current Medical Diagnosis & Treatment. 2015; 432-62 e 1184-1222 / 3) Ministério da Saúde; Cadernos de Atenção Básica n. 35 e n. 37. 2013. ANÁLISE ESTRATÉGICA OBJETIVOS E METAS Objetivo Geral Qualificação da atenção à Saúde dos Hipertensos e Diabéticos atendidos no Ambulatório de Especialidades / Secretaria de Saúde do Município de Casca – RS. Objetivos Específicos Objetivo 01: Ampliar a cobertura Objetivo 02. Melhorar a qualidade da atenção Objetivo 03. Melhorar a adesão ao programa Objetivo 04. Melhorar o registro das informações Objetivo 05. Mapear risco para doença cardiovascular Objetivo 06. Promover a saúde ANÁLISE ESTRATÉGICA Metas para portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e de Diabetes Mellitus da área de abrangência da SS para o: Objetivo 01: Ampliar a cobertura Cadastrar 100% destes pacientes. Objetivo 02: Melhorar a qualidade da atenção Em 100% dos cadastrados realizar o exame clínico apropriado, garantir a realização de exames complementares em dia conforme protocolo, priorizar medicamentos da farmácia popular e avaliar a necessidade de atendimento odontológico. Objetivo 03. Melhorar a adesão ao programa Buscar 100% dos faltosos às consultas conforme a periodicidade recomendada pelo MS. Objetivo 04. Melhorar o registro das informações Manter ficha de acompanhamento de 100% dos pacientes cadastrados. Objetivo 05. Mapear hipertensos e diabéticos com risco para doença cardiovascular Realizar estratificação do risco cardiovascular em 100% dos pacientes cadastrados. Objetivo 06: Promover a saúde Garantir a 100% destes pacientes orientação sobre alimentação saudável, prática regular de atividade física, riscos do tabagismo e higiene bucal. ANÁLISE ESTRATÉGICA Metodologia / Ações Em relação aos hipertensos e aos diabéticos cadastrados no Programa. Monitorar e Avaliar • Número de cadastrados. • Realização de exame clínico apropriado. • Número com exames laboratoriais solicitados de acordo como protocolo com a periodicidade recomendada. • Acesso aos medicamentos da Farmácia Popular/Hiperdia. • Cumprimento da periodicidade das consultas previstas no protocolo. • Qualidade dos registros na unidade de saúde. • Número de pacientes com realização de pelo menos uma verificação da estratificação de risco por ano. • Consultas periódicas anuais com o dentista. • Orientação nutricional. • Orientação para atividade física regular. • Orientação sobre riscos do tabagismo. ANÁLISE ESTRATÉGICA Metodologia / Ações Em relação aos hipertensos e aos diabéticos cadastrados no Programa. Organização e Gestão do Serviço (1/2) • • • • • • • • • • • • • • • Garantir o registro dos hipertensos e dos diabéticos cadastrados no Programa. Melhorar o acolhimento para os pacientes portadores de HAS e de DM. Garantir material adequado (esfigmomanômetro, manguitos, fita métrica). Garantir material adequado para hemoglicoteste. Definir atribuições de cada membro da equipe no exame clínico destes pacientes. Organizar a capacitação dos profissionais de acordo com os protocolos adotados pela unidade de saúde. Estabelecer periodicidade para atualização dos profissionais. Dispor de versão atualizada do protocolo impressa na unidade de saúde. Garantir a solicitação dos exames complementares. Garantir com o gestor municipal agilidade para a realização dos exames complementares definidos no protocolo. Estabelecer sistemas de alerta dos exames complementares preconizados alterados. Realizar controle de estoque (incluindo validade) de medicamentos. Manter registro das necessidades de medicamentos. Organizar visitas domiciliares para buscar os faltosos. Organizar a agenda para acolher os hipertensos e os diabéticos provenientes das buscas domiciliares. ANÁLISE ESTRATÉGICA Metodologia / Ações Em relação aos hipertensos e aos diabéticos cadastrados no Programa. Organização e Gestão do Serviço (2/2) • • • • • • • • • • • • • • • • Organizar a agenda para acolher os pacientes provenientes das buscas domiciliares. Manter as informações do SIAB atualizadas. Implantar planilha/registro específico de acompanhamento. Pactuar com a equipe o registro das informações. Definir responsável pelo monitoramento registros. Organizar um sistema de registro que viabilize situações de alerta quanto ao atraso na realização de consulta de acompanhamento, ao atraso na realização de exame complementar, a não realização de estratificação de risco, a não avaliação de comprometimento de órgãos alvo e ao estado de compensação da doença. Priorizar o atendimento dos pacientes avaliados como de alto risco. Organizar a agenda para o atendimento desta demanda. Organizar a agenda da atenção à saúde bucal de forma a possibilitar a atenção ao hipertenso e ao diabético. Estabelecer prioridades de atendimento considerando a classificação do risco odontológico. Demandar junto ao gestor oferta de consultas com dentista para estes pacientes. Organizar práticas coletivas sobre alimentação saudável. Demandar junto ao gestor parcerias institucionais para envolver nutricionistas nesta atividade. Organizar práticas coletivas para orientação de atividade física. Demandar junto ao gestor parcerias institucionais para envolver educadores físicos nesta atividade. Demandar ao gestor a compra de medicamentos para o tratamento do "abandono ao tabagismo". ANÁLISE ESTRATÉGICA Metodologia / Ações Em relação aos hipertensos e aos diabéticos cadastrados no Programa. Engajamento Público da Comunidade (1/2) • • • • • • • • Informar sobre a existência o Programa de Atenção. Informar sobre a importância de medir a pressão arterial a partir dos 18 anos, pelo menos, anualmente. Orientar sobre a importância de rastrear DM em adultos com pressão arterial sustentada maior que 135/80mmHg. Orientar sobre os fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão e de diabetes. Orientar os pacientes e a comunidade quanto aos riscos de doenças cardiovasculares e neurológicas decorrentes da hipertensão e do diabetes e sobre a importância de ter os pés, pulsos e sensibilidade de extremidades avaliadas periodicamente. Orientar os pacientes e a comunidade quanto à necessidade de realização de exames complementares. Orientar os pacientes e a comunidade quanto à periodicidade com que devem ser realizados exames complementares. Orientar os pacientes e a comunidade quanto ao direito dos usuários de ter acesso aos medicamentos Farmácia Popular/Hiperdia e possíveis alternativas para obter este acesso. ANÁLISE ESTRATÉGICA Metodologia / Ações Em relação aos hipertensos e aos diabéticos cadastrados no Programa. Engajamento Público da Comunidade (2/2) • • • • • • • • • • • Informar a comunidade sobre a importância de realização das consultas. Ouvir a comunidade sobre estratégias para não ocorrer evasão dos portadores de hipertensão e de diabetes (se houver número excessivo de faltosos). Esclarecer aos portadores de hipertensão e de diabetes e à comunidade sobre a periodicidade preconizada para a realização das consultas. Orientar os pacientes e a comunidade sobre seus direitos em relação a manutenção de seus registros de saúde e acesso a segunda via se necessário. Orientar os usuários quanto ao seu nível de risco e à importância do acompanhamento regular. Esclarecer os pacientes e a comunidade quanto à importância do adequado controle de fatores de risco modificáveis (como a alimentação). Buscar parcerias na comunidade, reforçando a intersetorialidade nas ações de promoção da saúde. Mobilizar a comunidade para demandar junto aos gestores municipais garantia da disponibilização do atendimento com dentista. Orientar hipertensos, diabéticos e seus familiares sobre a importância da alimentação saudável. Orientar hipertensos, diabéticos e a comunidade sobre a importância da prática de atividade física regular. Orientar os hipertensos e os diabéticos tabagistas sobre a existência de tratamento para abandonar o tabagismo. ANÁLISE ESTRATÉGICA Metodologia / Ações Em relação aos hipertensos e aos diabéticos cadastrados no Programa. Qualificação da Prática Clínica • • • • Realizar atualização profissional no tratamento da hipertensão. Treinar os ACS para a orientação quanto a realizar as consultas e sua periodicidade. Capacitar os ACS para o cadastramento destes pacientes de toda área de abrangência da unidade de saúde. Capacitar a equipe quanto a estratégias para o controle de fatores de risco modificáveis. Capacitar a equipe da unidade de saúde para: • verificação da pressão arterial de forma criteriosa. • realização do hemoglicoteste em adultos com pressão arterial sustentada maior que 135/80mmHg. • realização de exame clínico apropriado. • seguir o protocolo adotado na unidade de saúde para solicitação de exames complementares. • registro adequado dos procedimentos clínicos em todas as consultas. • realizar estratificação de risco segundo o escore de Framingham ou de lesões em órgãos alvo. • a importância do registro desta avaliação. • orientar sobre as alternativas para obter acesso a medicamentos da Farmácia Popular/Hiperdia. • a avaliação e o tratamento bucal • as práticas de alimentação saudável. • o tratamento de pacientes tabagistas. • a promoção da prática de atividade física regular. • as metodologias de educação em saúde. ANÁLISE ESTRATÉGICA Indicadores Indicadores são proporções que indicam a evolução de uma determinada situação e permitem a comparação em cada meta traçada. Avaliou-se aspectos quantitativos e qualitativos da intervenção. ANÁLISE ESTRATÉGICA Indicadores para o Objetivo 01: Ampliar a cobertura Indicadores 1.1 e 1.2 Cobertura do programa de atenção na unidade de saúde. Meta de cadastrar 100% dos pacientes da área de abrangência. ANÁLISE ESTRATÉGICA Indicadores para o Objetivo 02: Melhorar a qualidade da atenção Indicadores 2.1 e 2.2 Proporção com o exame clínico em dia de acordo com o protocolo. Meta de realizar exame clínico apropriado em 100% dos pacientes. Indicadores 2.3 e 2.4 Proporção com os exames complementares em dia de acordo com o protocolo. Meta de garantir a 100% dos pacientes a realização de exames complementares. Indicadores 2.5 e 2.6 Proporção com prescrição de medicamentos da Farmácia Popular/Hiperdia priorizada. Meta de priorizar a prescrição de medicamentos da farmácia popular para 100% dos pacientes cadastrados na unidade de saúde. Indicadores 2.7 e 2.8 Proporção com avaliação da necessidade de atendimento odontológico. Meta de realizar avaliação da necessidade de atendimento odontológico em 100% dos pacientes. ANÁLISE ESTRATÉGICA Indicadores para o Objetivo 03: Melhorar a adesão ao programa Indicadores 3.1 e 3.2 Proporção de faltosos às consultas médicas com busca ativa. Meta de buscar 100% dos faltosos às consultas na unidade de saúde conforme a periodicidade recomendada pelo MS. ANÁLISE ESTRATÉGICA Indicadores para o Objetivo 04: Melhorar o registro das informações Indicadores 4.1 e 4.2 Proporção com registro adequado na ficha de acompanhamento. Meta de manter ficha de acompanhamento de 100% dos cadastrados na unidade de saúde. ANÁLISE ESTRATÉGICA Indicadores para o Objetivo 05: Mapear risco para doença cardiovascular Indicadores 5.1 e 5.2 Mapear pacientes de risco para doença cardiovascular Meta realizar estratificação do risco cardiovascular em 100% dos pacientes. ANÁLISE ESTRATÉGICA Indicadores para o Objetivo 06: Promover a saúde Indicadores 6.1 e 6.2 Proporção com orientação nutricional sobre alimentação saudável. Meta de garantir orientação nutricional sobre alimentação saudável a 100% dos pacientes. Indicadores 6.3 e 6.4 Proporção com orientação sobre prática regular de atividade física. Meta de garantir orientação em relação à prática regular de atividade física a 100% dos pacientes. Indicadores 6.5 e 6.6 Proporção com orientação sobre os riscos do tabagismo. Meta de garantir orientação sobre os riscos do tabagismo a 100% dos pacientes. Indicadores 6.7 e 6.8 Proporção com orientação sobre higiene bucal. Meta de garantir orientação sobre higiene bucal a 100% dos pacientes. ANÁLISE ESTRATÉGICA Logística do Projeto de Intervenção Serão utilizados em sua estrutura protocolos de Hipertensão Arterial Sistêmica e de Diabetes, sistema de registro específico sobre as ações desenvolvidas e sistema de monitoramento regular destas últimas. Protocolos Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. In Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, n. 37. Ministério da Saúde do Brasil, 2013. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. In Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, n. 36. Ministério da Saúde do Brasil, 2013. ANÁLISE ESTRATÉGICA Logística do Projeto de Intervenção Monitoramento A enfermeira da equipe revisará o livro de registro identificando todos os hipertensos e os diabéticos que vieram ao serviço para consulta médica e de enfermagem nos últimos 03 meses. Esta profissional localizará os prontuários destes pacientes e transcreverá todas as informações disponíveis do prontuário para a ficha espelho. Ao mesmo tempo, realizar-se-á o primeiro monitoramento, anexando anotações sobre consultas em atraso, exames clínicos e laboratoriais em atraso e classificação de risco em atraso. Semanalmente, a enfermeira examinará as fichas-espelho identificando aqueles pacientes que estão com consultas, exames clínicos ou exames laboratoriais em atraso. Com isto organizar-se-á sistema de registro que viabilize situações de alerta quanto ao atraso na realização de consulta de acompanhamento. O agente comunitário de saúde fará a busca ativa de todos pacientes em atraso, estima-se 08 por semana totalizando 32 por mês. Ao fazer a busca já agendará o paciente para um horário de sua conveniência. Ao final de cada mês, as informações coletadas na ficha espelho serão consolidadas na planilha eletrônica. ANÁLISE ESTRATÉGICA Cronograma RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO Ações Previstas no Projeto Desenvolvidas As ações para ampliar a cobertura atingiram a cobertura prevista de 100% dos pacientes atendidos pela ação programática, mas sobre os 8997 habitantes da cidade de Casca, a abordagem foi parcial. O monitoramento e a avaliação destas ações foram desenvolvidas de forma parcial, afora terem sido integrais entre os 187 pacientes atingidos pela intervenção. RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO Ações Previstas no Projeto Não Desenvolvidas Os obstáculos para se cumprir as tarefas não desenvolvidas foram os mesmos para quase todas as ações: falta de reuniões de equipe de ESF, a dificuldade de participar da Reunião quinzenal dos ACS com os enfermeiros (o pós-graduando participou de apenas quatro destas) e a não liberação pelo gestor de espaço na agenda de atendimentos de clínica nas sextas-feiras das 13:00 até às 15:00 horas para o pósgraduando se reunir com todos os integrantes da equipe. Tarefas atribuídas ao outros integrantes da equipe, como programado no projeto, tiveram de ser desenvolvidas pelo aluno. O Gestor e o enfermeiro do Ambulatório de Especialidades, onde o pós-graduando foi arbitrariamente alocado, não ajudaram na intervenção e não deram apoio ao estudante. RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO Dificuldades Encontradas a) má vontade política, inexperiência na área da saúde e falta de visão estratégica de administração por parte da gestão municipal da saúde; b) a ausência de organização típica de uma UBS pela SS, principalmente pela falta de reuniões de equipe de ESF; c) o hábito de quase toda a equipe de não utilizar o prontuário para registrar as ações realizadas, a não liberação pelo gestor de espaço na agenda de atendimentos de clínica nas sextas-feiras das 13:00 até às 15:00 horas para o pósgraduando se reunir com todos os integrantes da equipe; d) a reunião dos ACS com os enfermeiros ser apenas entre eles e aquela ser realizada de 15 em 15 dias e o pós-graduando ter participado de só quatro destas reuniões, sendo a metade fora do horário de trabalho prático, no horário do EAD; e) a tarefa de preencher a ficha cadastral e a ficha espelho e a analise destas terem sido feitas exclusivamente pelo pós-graduando, sem o auxilio de outros integrantes da equipe como se havia programado e; f) a ausência de intervalos entre as consultas e de períodos livres dentro da rotina diária da prática clínica para se poder ter contato com toda a equipe e a falta de local adequado para se realizar o acolhimento. RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO Dificuldades Encontradas A coleta de dados se limitou ao estudante, que teve de fazer a parte prática sem auxilio, preenchendo sozinho as planilhas, as fichas-espelho e os prontuários. Limitou a coleta de dados o número de pacientes cadastrados pela intervenção, os quais foram provenientes de demanda espontânea, sem o agendamento e a busca ativa prévios, comprometendo a abrangência da intervenção. A sistematização de dados resultou difícil pelo mesmo motivo de ter ficado acumulada em apenas uma pessoa, ao contrario de como se havia planejado no projeto, no qual toda a equipe estaria envolvida. Limitou também a sistematização de dados o preenchimento enviesado das planilhas de coleta de dados. Como por exemplo, no final da intervenção, notar-se que a maioria dos pacientes estava com os exames em dia, sendo na verdade ao contrário, pois a maioria estava com o acompanhamento incompleto antes da intervenção e, ao pedir os exames complementares, estes pacientes acabavam sendo computados na tabela como com exames em dia. RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO Dificuldades Encontradas Choque de Experiência, Realidade e Interesses. Pós-graduando: - Além da formação médica, mais de uma década de experiência com Saúde da Família em Centros de Saúde do Município de Campinas/SP (62CS): São Quirino, Costa e Silva, Conceição, Santa Mônica, DIC 3, Barão Geraldo, Vila União e São Cristóvão (concursado); e de Sumaré/SP: Salermo; -Ambas estas cidades com SUS “pleno”, onde não se paga nada no SUS, com gestão alinhada com os preceitos do SUS e com o que o MS estabelece e organiza; -Interesse de melhorar a saúde da população. Gestor: -Bacharel em direito, sem experiência na área da saúde, vendeu empresa para seguir carreira política; -Infração dos preceitos do SUS e da Legislação; -Interesses políticos. RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO Analise da Viabilidade da Incorporação das Ações Caso houvesse boa vontade política as ações poderiam ser implantadas de forma perene. Apesar de todo o esforço, dedicação e estresse, mesmo com minuciosas explicações, já que os administradores da saúde de Casca não tinham experiência previa ou sequer qualificação profissional nesta área, não foi sequer autorizado o agendamento prévio dos pacientes. Tentou-se de toda forma se implantar as ações a fim de atingir a todos os pacientes da meta. Contudo, a falta de apoio da gestão e as idiossincrasias intransigentes e sem fundamento desta resultaram em limitação da abrangência. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Apresentação dos Resultados Usou-se como número total de hipertensos residentes na área de abrangência da unidade de saúde 868 e como número total de diabéticos residentes na área de abrangência da unidade de saúde 156. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 1.1 O indicador de cobertura do programa de atenção ao hipertenso, na SS, obteve a porcentagem nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção respectivamente de: 7,8%, 13,6% e 21,1%. A ação foi desenvolvida de forma integral entre os 187 pacientes atingidos. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 1.2 O indicador de cobertura do programa de atenção aos diabéticos, na SS, obteve as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção respectivamente de: 12,2%, 20,5% e 32,7%. A ação foi desenvolvida de forma integral entre os 187 pacientes atingidos. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 2.1 O indicador obteve como proporção de hipertensos com o exame clínico em dia, de acordo com o protocolo, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: A despeito de se ter atingido a meta em sua totalidade por parte do médico do PROVAB, não se pode qualificar de forma todos os integrantes da equipe. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 2.2 O indicador de obteve como proporção de diabéticos com o exame clínico em dia, de acordo com o protocolo, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Apesar de se ter atingido a meta em sua totalidade por parte do médico do PROVAB, não se pode qualificar de forma adequada os outros integrantes da equipe. Mas, por outro lado, o resultado foi parcial, pois foi executado em apenas 21,1% dos hipertensos e 32,7% dos diabéticos residentes Na área de abrangência da unidade de saúde, que inclui as duas equipes existentes na cidade. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 2.3 O indicador obteve a proporção de hipertensos com exames complementares em dia conforme o protocolo, na SS, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção respectivamente de: 97,1%, 98,2% e 81,4%. Comentário: Afora o alto índice de cobertura, estes dados foram enviesados a partir do preenchimento das planilhas de coleta de dados. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 2.5 O indicador de obteve como proporção de hipertensos com prescrição de medicamentos da Farmácia Popular/Hiperdia priorizada, na SS, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção respectivamente de: 85,9%, 92,1% e 95,0%. Comentário: Alguns pacientes faziam uso de medicações fornecidas pela Farmácia de Alto Custo do Estado e outras eram compradas. Em muitos destes casos não se pode trocar a prescrição. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 2.6 O indicador obteve como proporção de diabéticos com prescrição de medicamentos da Farmácia Popular/Hiperdia priorizada, na SS, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100%. Comentário: Os indicadores não remetem a realidade, pois alguns pacientes faziam uso de medicações fornecidas pela Farmácia de Alto Custo do Estado, algumas compradas e outras fornecidas pela cidade, como a Glimepirina. Em muitos destes casos não se pode trocar a prescrição devido à incompatibilidade farmacológica e a muitos pacientes se negarem a trocar. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 2.7 O indicador obteve como proporção de hipertensos com avaliação da necessidade de atendimento odontológico, na SS, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção respectivamente de: 66,2%, 80,5 e 87,4. Comentário: Mesmo com o apoio da dentista do Ambulatório, não possível a modificação da atenção a estes pacientes. As consultas de odontologia seguem a mesma linha de cuidado que ocorre com a parte médica, não sendo longitudinal, mas pontual e limitada ao adoecimento agudo com procura espontânea pelo paciente, sem agendamento prévio e sem atividades preventivas. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 2.8 O indicador obteve como proporção de diabéticos com avaliação da necessidade de atendimento odontológico, na SS, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção respectivamente de: 84,2%, 87,5% e 92,2%. Comentário: Mesmo com o apoio da dentista do Ambulatório, não possível a modificação da atenção a estes pacientes. As consultas de odontologia seguem a mesma linha de cuidado que ocorre com a parte médica, não sendo longitudinal, mas pontual e limitada ao adoecimento agudo com procura espontânea pelo paciente, sem agendamento prévio e sem atividades preventivas. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 4.1 O indicador obteve como proporção de hipertensos com registro adequado na ficha de acompanhamento as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção respectivamente de: 0%, 42,4% e 62,8%. Comentário: Ocorreu viés, pois este dado não corresponde ao que se observou nos prontuários, pois pouco ou nada se anota e em nenhum se observou acompanhamento adequado como preconizado pelo MS. Já o primeiro resultado correspondeu à verdade. No primeiro mês não se iniciou o registro, que passo a ser feito direto com o estudante, sem o auxilio de outros integrantes da equipe. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 4.2 O indicador obteve como proporção de diabéticos com registro adequado na ficha de acompanhamento as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção respectivamente de: 0%, 40,6% e 62,7%. Comentário: Ocorreu viés, pois este dado não corresponde ao que se observou nos prontuários, pois pouco ou nada se anota e em nenhum se observou acompanhamento adequado como preconizado pelo MS. Já o primeiro resultado correspondeu à verdade. No primeiro mês não se iniciou o registro, que passo a ser feito direto com o estudante, sem o auxilio de outros integrantes da equipe. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 5.1 O indicador obteve como proporção de hipertensos com estratificação do risco cardiovascular em dia, de acordo com o protocolo, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Ocorreu viés, pois este dado não corresponde ao que se observou nos prontuários, pois pouco ou nada se anota e em nenhum se observou acompanhamento adequado como preconizado pelo MS. Já o primeiro resultado correspondeu à verdade. No primeiro mês não se iniciou o registro, que passo a ser feito direto com o estudante, sem o auxilio de outros integrantes da equipe. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 5.2 O indicador obteve como proporção de hipertensos com estratificação do risco cardiovascular em dia, de acordo com o protocolo, as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Ocorreu viés, pois este dado não corresponde ao que se observou nos prontuários, pois pouco ou nada se anota e em nenhum se observou acompanhamento adequado como preconizado pelo MS. Já o primeiro resultado correspondeu à verdade. No primeiro mês não se iniciou o registro, que passo a ser feito direto com o estudante, sem o auxilio de outros integrantes da equipe. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 6.1 O indicador obteve como proporção de hipertensos que receberam orientação sobre alimentação saudável as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Atividade cumprida de forma integral entre os pacientes atingidos pela intervenção, entretanto foi parcial em relação aos 100% de pacientes com HAS e DM da cidade. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 6.2 O indicador obteve como proporção de diabéticos que receberam orientação sobre alimentação saudável as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Atividade cumprida de forma integral entre os pacientes atingidos pela intervenção, entretanto foi parcial em relação aos 100% de pacientes com HAS e DM da cidade. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 6.3 O indicador obteve como proporção de hipertensos que receberam orientação sobre prática regular de atividade física as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Atividade cumprida de forma integral entre os pacientes atingidos pela intervenção, entretanto foi parcial em relação aos 100% de pacientes com HAS e DM da cidade. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 6.4 O indicador obteve como proporção de diabéticos que receberam orientação sobre prática regular de atividade física as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Atividade cumprida de forma integral entre os pacientes atingidos pela intervenção, entretanto foi parcial em relação aos 100% de pacientes com HAS e DM da cidade. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 6.5 O indicador obteve como proporção de hipertensos que receberam orientação sobre os riscos do tabagismo as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Todos pacientes receberam orientações e tratamento não farmacológico. Aos que participaram do primeiro Grupo de Tabagismo da Cidade, ministrado pelo pós-graduando, foram prescritas as medicações fornecidas exclusivamente pelo INCA. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 6.6 O indicador obteve como proporção de diabéticos que receberam orientação sobre os riscos do tabagismo as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Todos pacientes receberam orientações e tratamento não farmacológico. Aos que participaram do primeiro Grupo de Tabagismo da Cidade, ministrado pelo pós-graduando, foram prescritas as medicações fornecidas exclusivamente pelo INCA. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 6.7 O indicador obteve como proporção de hipertensos que receberam orientação sobre higiene bucal as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Todos pacientes avaliados receberam as orientações desta ação e os que necessitaram foram referenciados para a dentista da SS. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Indicador 6.8 O indicador obteve como proporção de diabéticos que receberam orientação sobre higiene bucal as porcentagens nos primeiro, segundo e terceiro meses de intervenção de 100% cada. Comentário: Todos pacientes avaliados receberam as orientações desta ação e os que necessitaram foram referenciados para a dentista da SS. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Discussão dos Resultados A discussão dos resultados obtidos pela intervenção abordou: a) a síntese do que a intervenção atingiu; b) o significado dos resultados para a comunidade, para o serviço e para o profissional de saúde; c) o que poderia ter sido feito diferente caso se iniciasse agora a intervenção; d) a viabilidade de se incorporar a intervenção à rotina do serviço; e) as possíveis melhorias para a ação programática proposta e; f) os próximos passos para melhorar a atenção a saúde no serviço. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Discussão dos Resultados Síntese dos Resultados Com a falta de apoio concreto do Gestor, apesar de ele ter se comprometido a dar apoio, mesmo na presença do Supervisor do Ministério da Saúde, a intervenção resultou em atendimento desorganizado e eventual dos pacientes hipertensos e diabéticos, não atingindo os 100% dos pacientes previstos em projeto. Apenas foram atendidos pela ação programática 21,1% dos hipertensos e 32,7% dos diabéticos, dentre os 8997 habitantes da cidade de Casca, incluindo nestes números os pacientes da Equipe 02, pois não houve como diferenciar entre as duas equipes, já que o médico do PROVAB atendeu na prática a apenas demanda espontânea de todo o Município. As maioria da metas foram atingidas em 100% destes pacientes avaliados pela intervenção, contudo não se pode qualificar de forma adequada a equipe. As metas atingiram 100% dos pacientes, mas restritas aos 187 pacientes avaliados pela intervenção. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Discussão dos Resultados Significado dos Resultados Para a Comunidade A estratificação do risco cardiovascular, com a falta de apoio da gestão, continuou pontual e restrita à intervenção, pois o registro da ficha espelho ocorreu sem seu devido controle e sem o treinamento adequado de toda equipe, principalmente dos profissionais médicos. Em outras palavras, os pacientes de maior risco continuarão a serem equiparados aos pacientes hígidos sem a priorização esperada pelo MS e sem o consequente atendimento especializado e direcionado, continuando a expô-los ao maior risco de adoecimento por doenças cardiovasculares, como AVE e IAM. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Discussão dos Resultados Significado dos Resultados Para o Profissional da Saúde A falta de apoio e as promessas não cumpridas pelo Gestor ocasionaram tremendo estresse que afetou a vida profissional, pessoal e familiar do aluno. A rotina estabelecida ocasionou mudança peremptória na rotina clínica do pósgraduando, pois sistematizou o exame físico, de forma a priorizar os dados fundamentais para o adequado acompanhamento dos hipertensos e dos diabéticos. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO Discussão dos Resultados O que poderia ter sido feito diferente caso se iniciasse agora a intervenção Caso se iniciasse hoje, poderia se tentar envolver os vereadores, a partir de intervenção junto à reunião deles, cooptando o apoio destes. Reflexão Crítica Reflexão Crítica sobre o Processo Pessoal de Aprendizagem Durante o curso houve disparidades entre a tríade que compõem o PROVAB: a cidade (gestão / parte prática), o Ministério da Saúde (supervisão / mantenedora) e a Universidade Federal de Pelotas (Orientação / curso). A Universidade seguiu a risca o que se esperava do aluno dentro do curso. Contudo o que era cobrado pelo curso, em relação à prática clínica, não ocorria como se esperava na cidade. O processo de aprendizagem dentro do PROVAB, desenvolvido na cidade de Casca/RS, em 2014, foi atribulado. O principal fator que impediu melhor aproveitamento do processo de aprendizagem do curso foi devido à Prática Clínica. Ao se inscrever no curso, esperava-se desenvolver atividades de Saúde da Família, como havia sido divulgado na imprensa sobre o Programa de Valorização da Atenção Básica. Reflexão Crítica Reflexão Crítica sobre o Processo Pessoal de Aprendizagem A despeito do problemas locais encontrados, o curso em si correspondeu às expectativas do pós-graduando, não obstante deste ter tido seu processo de aprendizagem dificultado devido à cidade descumprir com o estabelecido pelo MS. Como positivo no curso elege-se o processo de ganho gradual do conhecimento da construção do raciocínio clínico e analógico para se idealizar e realizar ação que viesse a melhorar a saúde básica, além de capacitar na formulação de trabalho cientifico que avaliou os dados da intervenção. Todo o sistema utilizado pelo EAD valeu a pena, mesmo que à distância, com orientação pedagógica, tarefas, exercícios, provas e grupos de troca de idéias. O curso veio a propiciar a construção do saber gradativamente. A importância do curso se deu principalmente no processo de organização da prática clínica, com capacitação na organização e gestão de uma ESF. O EAD capacitou o aluno, principalmente, a atuar de forma a adequar as disparidades regionais, direcionando-as para sua maior adequação, desempenho e efetividade em comparação ao modelo local de gestão muitas vezes oneroso e pouco eficaz. Reflexão Crítica Reflexão Crítica sobre o Processo Pessoal de Aprendizagem Em resumo, o aluno foi capacitado a expandir a cobertura de uma ESF, facilitando o acesso, melhorando a estrutura física, organizando a equipe e gerindo e organizando a rede de cuidados com base nos princípios básicos do SUS, os quais são a universalidade, integralidade, descentralização, regionalização, hierarquização, equidade, resolubilidade e participação social. OBRIGADO