“NOVOS” ESPAÇOS PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM EM EAD Liamara Scortegagna Comassetto Universidade do Contestado - UnC [email protected] Contextualização Tese: Novos espaços virtuais para o ensino e a aprendizagem a distância: estudo da aplicabilidade dos desenhos pedagógicos Um estudo da utilização dos espaços virtuais para a educação a distância on-line, destacando a análise e observação das plataformas Moodle e TelEduc e dos desenhos pedagógicos aplicados nestas Objetivo Reflexão sobre os “Novos” espaços virtuais – A origem, características, diferenças... – Utilização dos “novos” espaços virtuais para a educação – O que tem de novo os “Novos” espaços virtuais – A transformação do espaço virtual: tecnológico – pedagógico O surgimento de “Novos” espaços Avanços tecnológicos Mudanças para a melhoria e transformação da humanidade Surgem novos hábitos, costumes.... E com isso, surgem os “Novos Espaços” e uma nova forma de relacionamento (pessoais, negócios, educação, lazer...) Não sabemos com precisão onde as Novas Tecnologias vão nos levar... Porém se sabe das múltiplas utilizações e benefícios que elas nos oferecem A Internet como novo Espaço Ciberespaço: um espaço sem fronteiras – Segundo Pierre Levy • O ciberespaço pode ser considerado um grande depositário de informações e de produção de conhecimento e um local ilimitado, uma “terra do saber”, “uma nova fronteira” cuja exploração poderá ser, hoje, “a tarefa mais importante da humanidade” (1999, p. 92). Nova estruturação O espaço virtual não foi especialmente para a educação Necessitou e pedagógica necessita de desenvolvido reestruturação Apresentar modelos diferenciados baseados na informação e na comunicação: – Transmissão, exibição, busca, acesso, análise, armazenamento, realidade virtual, gerenciamento – E inclusive - teoria cognitiva Novos espaços virtuais de aprendizagem Espaço não situado geograficamente, onde ocorre o processo de ensino e de aprendizagem através da organização e aplicação de uma estrutura pedagógica, contendo comunicação e interação, bem como o apoio e o estímulo de uma instituição ou equipe de profissionais multidisciplinares. Resultando em mudanças... Apresentação de textos, diagramas, gráficos e imagens Aprendizagem por ensino expositivo Aprendizagem autônoma Aprendizagem por exploração Aprender procurando por informação Aprender armazenando e gerenciando informações Aprender por comunicação Aprender por colaboração Aprender por representação e simulação Características... Ausência de limites – Sem distâncias e sem limites Ausência de disposição espacial – Nada tem seu lugar, barreiras geográficas rompidas e os objetos tornam-se universais Opacidade – Simulação Virtualidade – O que é real não é tangível – representação digital de algo que é real Telepresença – Presença não física do professor, alunos ou tutores no espaço virtual Diferenças... Espaços reais x virtuais Nem sempre são percebidas A transposição automática dos hábitos e costumes dos espaços reais para os virtuais Oculta potencial que os AVAs podem oferecer em relação ao processo educacional Espaços reais de aprendizagem Espaços virtuais de aprendizagem Salas de aulas físicas e fixas Ilimitada esfera que se estende além de todos os locais de aprendizagem Locais onde alunos e professores Os alunos não interagem cara a cara encontram-se cara a cara, para viver e em grupos, mas podem manter contato aprender juntos com colegas que estão em diversos locais. Ensino expositivo (oral) Ensino por pesquisa, simulação, escrita e descoberta. Facilitam a formação de grupos, Espaço incomensurável possibilitam experiências de convívio, fechado. sentimentos de presença e a aspiração e busca comuns de conhecimento não está As atividades de aprendizagem têm de O tempo e os locais não são fixos. ser fixas em termos de tempo e localização. Estratégias, técnicas e procedimentos de A dimensão ensino e aprendizagem, que se inteiramente. desenvolveram num longo processo histórico são aplicados. histórica se perde Petters, 2003 E ainda... Estudar e conhecer as diferenças entre os espaços reais e virtuais tornam-se de fundamental importância, pois nos ajudam a compreender, segundo Petters, – “porque poderia ser benéfico e necessário inovar os processos de ensino e de aprendizagem drasticamente quando usamos a rede (espaço virtual) e que adaptações cuidadosas não são suficientes” ( 2003, p.150). Saber diferenciar o real do virtual é essencial também para o desenvolvimento e aplicação das ferramentas de comunicação e interação nos AVAs. O que tem de novo? “Novos” Espaços virtuais Década de 80 As ferramentas de comunicação e de interação são as mesmas – salvo algumas. Novo = originalidade, recente, moderno O “novo” parece estar centrado: – Na adaptação da teorias cognitivas (do presencial para o virtual)??????? – Na reestruturação pedagógica de ferramenta tecnológica – Recentemente – na realidade virtual cada Plataforma virtual de apoio ao ensino e a aprendizagem São cenários que envolvem interfaces instrucionais para a comunicação e interação dos alunos Composta por diversos elementos responsáveis pelo processo educacional: – Ferramentas de comunicação e interação – Disponibilização nos formatos: texto, imagem e som – E, uma proposta pedagógica adequada Transformação: Funções tecnológicas em pedagógicas Não podemos avaliar as AVAs ou plataformas apenas pelo aspecto tecnológico É necessário avaliar a concepção de currículo, de comunicação e de aprendizagem utilizada pelos autores e gestores – Instrucionistas, interativas, cooperativas/colaborativas e construtivistas Instrucionistas Estão centradas no conteúdo, que pode ser impresso e no suporte: tutoriais ou formulários enviados por e-mail, normalmente respondidos por outras pessoas. A interação é mínima e a participação on-line do estudante é praticamente individual. Interativa Objetiva a interação on-line, onde a participação é essencial no curso e as expectativas dos participantes são atendidas. Ocorre muita discussão e reflexão. Os materiais têm o objetivo de envolver e são desenvolvidos no decorrer do curso, a partir de opiniões dos participantes. Interativa As atividades podem ser organizadas em temas de interesse, e profissionais externos podem ser convidados para participação. O papel do professor é mais intenso, pois as atividades são criadas no decorrer do curso. Cooperativa /colaborativas Os objetivos são o trabalho colaborativo e a participação on-line. Objetiva uma aprendizagem essencialmente ativa. O aluno aprende algo novo e incorpora a essa experiência toda a sua bagagem de experiências. Cada novo fato ou experiência é assimilado numa rede viva de compreensão que já existe na mente desse aluno, que constrói assim a aprendizagem Construtivistas Possibilita ao participante a decisão sobre tópicos e sub-tópicos do domínio a serem explorados, além dos métodos de estudo e das estratégias para a solução de problemas. Oferece múltiplas representações dos problemas estudados, possibilitando que os participantes avaliem soluções alternativas e testem suas decisões Construtivistas Envolve a aprendizagem em contextos realistas e relevantes, isto é, mais autênticos em relação às tarefas da aprendizagem Coloca o professor/tutor no papel de um consultor que auxilia os participantes a organizarem seus objetivos e caminhos na aprendizagem Envolve a aprendizagem em experiências sociais que reflitam a colaboração entre professoresalunos e alunos-alunos Conclusão Com o surgimento dos novos espaços virtuais de aprendizagem, aponta-se para a iminência de uma nova era educacional. A aprendizagem que era descrita como “aprendizagem moderna” com um currículo fechado, a partir dos espaços virtuais passa a ser considerada como “pós-moderna”, ou seja, não linear, sendo agora colaborativa, interativa... O currículo é aberto, com isso, apresenta-se uma nova dimensão de estrutura e abordagem pedagógica. Conclusão As mudanças educacionais nos novos espaços virtuais de aprendizagem não foram previstas e planejadas por ninguém. Porém, estão acontecendo na mesma velocidade dos avanços tecnológicos. É evidente a necessidade da aplicação da nova estrutura pedagógica e em conseqüência de um novo desenho pedagógico, centrado na autonomia, flexibilidade e no aluno, como sujeito ativo e construtivo de seu próprio conhecimento. Conclusão Com isso, desenvolvem-se plataformas virtuais interacionistas, construtivistas, cooperativos e colaborativos, que favorecem ao ensino e à aprendizagem, focadas no aluno. Esses ambientes têm como função a mudança para uma nova aprendizagem e se destacam entre as demais plataformas, principalmente as que se destinam à educação a distância online. Obrigada [email protected]