Projeto de Colaboração Internacional ESTUDO DOS FATORES PSICOSSOCIAIS RELACIONADOS À ADESÃO TERAPÊUTICA E EXPERIÊNCIAS DE VIDA DOS ADOLESCENTES VIVENDO COM O HIV EM SÃO PAULO, BRASIL Reunião do Programa de Cooperação na Pesquisa em Aids e Hepatites Virais Agência Nacional Francesa de Pesquisa sobre Aids e Hepatites Virais (ANRS) Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DST/AIDS/HV) PROJETO ADOLIANCE • Abril/2009 ▫ • Maio/2010 ▫ • Aprovação pela ANRS (Agence Nationale de Recherche sur le Sida et hépatites virales). Setembro/2010 ▫ ▫ • Submissão ao Programa Nacional: Projeto em processo de análise. Julho/2010 ▫ • Encontro dos pesquisadores para viabilidade do projeto. Aprovação pelo Instituts de recherche en santé du Canadá. “Rencontre internationale Jeunes et VIH: consolider les alliances”- Montreal (encontro dos pesquisadores: discussão metodológica e implantação). Novembro/2010 ▫ Aprovação pela FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. CONTEXTO E PROBLEMÁTICA Crianças e Adolescentes (0 - 19 anos) Adolescentes (13 - 19 anos) Brasil 31.896 12.693 Estado de São Paulo 8.711 3.229 Município de São Paulo 3.357 1.208 • Perspectivas otimistas em relação à infecção ▫ Avanços da terapia HAART + Políticas Públicas Nacionais • Novos desafios ▫ Abordagem clínico terapêutica mais complexa ▫ Adesão perfeita (cumprimento de 95%) Fonte: SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Brasil, 1980-2010 ADOLESCÊNCIA E ADESÃO • Adolescência ▫ • Nível de adesão ▫ • Período crucial com implicações no tratamento Varia entre 41 e 70% - revisão de 32 artigos da literatura pediátrica (Simonie, Frick, Pantalone e Turner, 2003) Barreiras relacionadas à adesão ▫ Fatores ligados ao tratamento: ▫ ▫ Fatores psicológicos: ▫ ▫ Sintomas de ansiedade e depressão (Hosek et al., 2005; Murphy et al., 2006) Fatores situacionais: ▫ • Efeitos secundários, palatabilidade, nº de comprimidos, restrições alimentares (Pontali et al., 2001:; Williams et al., 2006) Consumo de drogas e álcool e abandono escolar (Crozatti, 2007) Fatores protetores ▫ Rede de apoio social, relação médico e paciente e auto eficácia - expectativa de que é possível através do esforço pessoal, dominar uma determinada situação e alcançar um objetivo esperado (Rosembaum, 2001) OBJETIVOS • Geral ▫ Compreender a experiência dos adolescentes vivendo com HIV, na cidade de São Paulo, e explorar os fatores que influenciam sua adesão terapêutica. • Específicos ▫ Determinar os fatores fragilizantes (estresse, depressão, efeitos secundários) e protetores (rede de apoio social, auto eficácia, relação médico e paciente) à adesão ao tratamento dos adolescentes vivendo com o HIV, na cidade de São Paulo. ▫ Explorar o fenômeno de viver a adolescência com HIV, na cidade de São Paulo. ESQUEMA DE ESTUDO PROPOSTO • Abordagem quantitativa longitudinal, do tipo descritiva correlacional de medidas repetidas (T0 e T1) ▫ T0 – inclusão no estudo (aplicação dos instrumentos de medida) ▫ T1 – reaplicação dos instrumentos após 1 ano • Abordagem qualitativa exploratória ▫ Fenomenológico-hermenêutico POPULAÇÃO • Adolescentes e jovens adultos com idades entre 13 a 19 e que fazem acompanhamento em serviços de pediatria e de adultos, na cidade de São Paulo • Critérios de inclusão ▫ Ter adquirido a infecção por meio da Transmissão Vertical ▫ Ter conhecimento de sua condição sorológica ▫ Ser alfabetizado ▫ Aceitar participar de um estudo com dois tempos de medidas e, eventualmente, a uma entrevista qualitativa • Critérios de exclusão ▫ Presença de distúrbios psiquiátricos não controlados e problemas neurológicos que comprometam a capacidade em participar da pesquisa AMOSTRA • Abordagem quantitativa ▫ Seleção amostral por conglomerado, composta pelos serviços de saúde distribuídos nas 5 regiões da cidade de São Paulo (centro-oeste, norte, sul, leste, sudeste) ▫ Serão recrutados 480 adolescentes - 20% perda ▫ População acessível de 820 adolescentes (SISCEL) • Abordagem qualitativa ▫ 15 a 20 entrevistas Fonte: SISCEL – Sistema de Controle de Exames Laboratoriais CENTROS PARTICIPANTES • Centro de de Referência e Treinamento DST/AIDS – SES/SP • Universidade Federal de São Paulo • Instituto de Infectologia Emílio Ribas • Instituto da Criança do HCFMUSP • Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (15 SAEs) INSTRUMENTOS DE MEDIDAS • Nível qualitativo ▫ Entrevistas semiestruturadas • Nível quantitativo ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ Questionário de aspectos sóciodemográficos Depressão Apoio Social Auto Eficácia Efeitos secundários do tratamento Estresse Adesão + Dados virológicos Relação médico paciente Processo de tradução / retrotradução / transculturalização PLANO DE ANÁLISE DOS DADOS • Análise dos dados quantitativos - Software SPSS ▫ Análise descritiva, distribuição de frequência, medidas de tendência central e de dispersão ▫ Análise e correlação entre a adesão e variáveis de interesse, assim como, entre o sentimento de auto-eficácia e outras varíaveis (como propostas pelo modelo de Rosenbaum) ▫ Regressão linear ▫ Regressão logística • Análise dos dados qualitativos - Software N@VIVO METODOLOGIA DE COLETA DE DADOS • Inclusão de pacientes ▫ O convite será realizado pelo médico que faz o acompanhamento ao adolescente, no momento da consulta de rotina • Preenchimento dos questionários: auto-aplicado, com tempo médio de 50 minutos ▫ Preenchimento dos formulários por meio eletrônico - Via WEB (“Plano A”) ▫ ▫ plataforma FormSUS - Serviço de hospedagem de site com banco de dados e banda larga para acesso à internet móvel Preenchimento no papel - (“Plano B”) • Agente de pesquisa auxiliará o adolescente no preenchimento do questionário e observará possíveis sentimentos de desconforto durante a coleta • Após 6 meses da inclusão (T0) será iniciada a fase qualitativa do estudo com os pacientes que concordaram em participar da entrevista • Após 1 ano será reiniciada a aplicação dos questionários (T1) SITUAÇÃO ATUAL • Aprovado na CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) • Aprovado nos Comitês de Ética das instituições participantes • Instrumentos traduzidos/retrotraduzidos/feito adaptação linguística • Realizados 20 pré-testes (comprovada pertinência do instrumento) • Construído o caderno de instrumentos/criado uma conta de acesso para o preenchimento do formulário no FormSUS • Em fase de conclusão a máscara do banco de dados • Apresentado o protocolo para os profissionais da Secretaria de Saúde, CRT e UNIFESP EQUIPE DE PESQUISA • Pesquisadores Brasileiros ▫ Eliana Galano - Psicóloga (CRT/DST/AIDS-SP e CEADIPe) ▫ Regina Célia de Meneses Succi - Diretora da Disciplina de IP (UNIFESP-CEADIPe) ▫ Heloisa Helena de Souza Marques - Médica infectologista (ICR-HCFMUSP) ▫ Marinella Della Negra - Médica infectologista (IIEM) ▫ Élcio Nogueira Gazizi - Coordenador do Programa Municipal de DST/AIDS (SMS-SP) • Pesquisador Francês ▫ Philippe Delmas - Diretor de cuidados (AP-HP Hôpital Cochin-Hôtel-Dieu-Broca) • Pesquisadores Canadenses ▫ Hélène Sylvain - Professora e pesquisadora (UQAR - Université du Québec à Rimouski) ▫ José Côté - Professora e pesquisadora (UQM - Université du Québec à Montréal) CONSULTORIA PERMANENTE • • • • • • Daisy Maria Machado - Médica infectologista (CEADIPe) Dreyf Assis Gonçalves - Psicólogo (CRT/DST/AIDS-SP) Mariliza Henrique Silva - Diretora responsável Hospital-Dia (CRT/DST/AIDS-SP) Mariza Vono - Epidemiologista (CRT/DST/AIDS-SP) Ricardo Barbosa Martins - Psicólogo (CRT/DST/AIDS-SP) Sidnei Rãna Pimentel - Médico infectologista (CRT/DST/AIDS-SP) • Assessoria de Pesquisa ▫ Leda Jamal (CRT/DST/AIDS-SP) • Tradução ▫ Sandra Salles