Tumores Cardíacos

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Tumores Cardíacos
Definição
• Neoplasias benignas e malignas que
acometem o miocárdio e as câmaras
cardíacas
Histórico
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1559 – Columbus identifica o primeiro tumor cardíaco.
1666 – Malpighi ” De Polypo cordis”
1762 – Morgagni escreve sobre tumores cardíacos
1931 – Yater publica uma dissertação extensa e
tabulação sobre os tumores cardíacos.
• 1934 – Beck remove um teratoma intrapericardico
• 1951 – Maurer remove um lipoma intrapericardico.
• 1952 – Bahnson e Newman removem o primeiro
mixoma atrial.
Mixoma: Definição
• Tumores pedunculados com base firme
• Células uniformes, pequenas e poligonais
• Núcleo oval, moderada quantidade de
citoplasma
Mixoma: morfologia
• Predileção pelos átrios (principalmente esquerdo).
• Usualmente medem de 5 ou 6 cm.
• Gelatinosos ou mucóides (friáveis).
• Áreas de hemorragia.
• Não são sésseis.
Mixoma: histologia
• Composto por células de citoplasma eosinofílico ,
capilares primitivos e matriz de ácido
mucopolissacarídeo.
• O estroma contém inúmeros reticulócitos, fibras
elásticas, células musculares lisas e depósito de
colágeno.
• Núcleos hipercromáticos, sem indícios de mitoses.
• Grande quantidade de arteríolas e vênulas que se
dirigem ao subendocárdico.
Mixoma Atrial
• 80 a 90% átrio esquerdo (septo atrial-fossa ovalis).
• Podem ser multicêntricos ou biatriais.
Mixoma Ventricular
• Quando no VD em 15% dos casos, são associados a
outros mixomas cardíacos.
• Mais encontrados na parede livre do VD e septo
ventricular.
Mixoma: características clinicas
• Produzem:
1 – Sintomas Hemodinâmicos
2 – Sintomas Embólicos
3 – Manifestações constitucionais
Mixoma: Sintomas Hemodinâmicos
• Obstrução pulmonar ou da drenagem das
cavas (tumores volumosos).
• Fechamento inapropriado das valvulas ou
lesão estrutural.
Mixoma: Sintomas Embólicos
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Fragmentação do tumor.
Desprendimento e embolização do tumor inteiro.
Embolo infeccioso.
30 a 45% dos pacientes com tumor no atrio esquerdo.
Grandes êmbolos impactam na bifurcação aórtica.
Mixomas ventriculares esquerod tem taxa de
embolização de 64%, sem relação com o tamanho do
tumor.
• Em tumores do atrio esquerdo a embolização pode
cursar com HP.
Mixoma: Manifestações constitucionais
• Febre, perda de peso, baqueamento digital, Raynaud.
• Mais comum em grandes mixomas atriais esquerdos.
• Mediadas por uma reação auto-imune a neoplasia ou ao
miocárdio mediado pela presença da neoplasia.
• O total de globulinas está elevado (α2 e β2).
• Anemia hemolítica relacionada com calcificação tumoral.
Mixoma: Familiar x Não Familiar
• Não Familiar:
Esporádicos
DNA normal em 80%
Únicos em 94% das vezes
Átrio esquerdo em 75% dos casos
Raramente recorrentes
Mixoma: Familiar x Não Familiar
• Familiar:
Ocorrência em 5% dos pacientes
No atrio esquerdo em 62% dos casos
São múltiplos em 33% dos casos
20% pacientes apresentam condições como sind. de
cushing, mixomas cutâneos, fibromas mamários.
Forte tendência a recorrência
Mixoma: Sinais e sintomas
• No átrio esquerdo apresenta sintomas similares a
estenose mitral.
• Dispnéia e hemoptise. Sincope
• No átrio direito evolui com ascite e hepatomegalia.
• Aumento da pvc
• Ortopnéia e dispnéia paroxística noturna.
Mixoma: Exames Laboratoriais
• Geralmente são normais.
• Anemia e trombocitopenia podem surgir
associadas a resposta imune.
Mixoma: Exames de imagem
• Radiografia de tórax:
Aumento da área cardíaca
Sinais de hipertensão pulmonar
Eventualmente evidencia o tumor
Mixoma: Exames de imagem
Mixoma: Exames de imagem
• Ecocardiograma:
Exclui estenose mitral
Evidencia o tumor, inclusive sua
movimentação
Mixoma: Exames de imagem
Mixoma: Exames de imagem
• Cate
Não é mais um método de escolha
Se fazia injetando contraste pela artéria
pulmonar.
Mixoma: Exames de imagem
Mixoma: Evolução natural
• Usualmente são benignos, mas podem metastatizar.
• Uma vez que sintomas congestivos aparecem a
expectativa de vida é de um a dois anos
• Não há dados na literatura a respeito da taxa de
embolização e de re-embolização uma vez que o tumor
não seja retirado.
Mixoma:Técnica cirúrgica
• No átrio esquerdo:
Incisão no átrio esquerdo,posterior ao sulco
interatrial.
Aspiração para fora do sangue, evitando
que êmbolos entrem no sistema da CEC
Mixoma:Técnica cirúrgica
Mixoma:Técnica cirúrgica
• No átrio esquerdo:
Visualização do tumor
Abertura anterior do átrio direito e inspeção
por um segundo tumor
Mixoma:Técnica cirúrgica
Mixoma:Técnica cirúrgica
• No átrio esquerdo:
Palpando-se pelo átrio esquerdo, o septo
atrial é aberto próximo a fossa ovalis.
Deve-se tentar ressecar o tumor com uma
margem de 5mm.
Mixoma:Técnica cirúrgica
Mixoma:Técnica cirúrgica
Mixoma:Técnica cirúrgica
• No átrio esquerdo:
Após retirado o tumor a cavidade é lavada.
O defeito no septo é corrigido com sutura
direta ou patch de pericárdio bovino.
Mixoma:Técnica cirúrgica
Mixoma:Técnica cirúrgica
• No átrio direito:
Apenas o átrio direito é abordado
O tumor é ressecado e o defeito no septo
corrigido como no caso anterior
Mixoma:Técnica cirúrgica
• Outros mixomas:
Não requerem a remoção de toda extensão
da parede, apenas a ressecção do próprio
tumor.
Mixoma: recorrência
• Acontecem em 30 a 75% dos casos
familiares e são causadas por:
1- implantação de células tumorais
2- ressecção incompleta
3- crescimento de um novo foco (origem
multicêntrica)
Fibroelastoma Papilar
Fibroelastoma Papilar
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Tumores benignos.
7% de todos os tumores cardíacos.
Causam eventos embólicos.
São pequenos e acometem estruturas valvulares.
Apresentam nódulos papilares (fronds) que são típicos,
com um halo central de tecido conectivo denso,cercado
por tecido endocárdico hiperplásico.
• Eco é o exame ideal para o diagnóstico.
• Deve-se tentar retirar o tumor preservando a válvula
acometida.
Rabdomioma
Rabdomioma
• Tumores especificamente cardíacos(cels de purkinje,
cardiomiócitos)
• Ocorrem invariavelmente nos ventrículos
• Acometem com freqüência portadores de esclerose
tuberosa,com hamartomas cerebrais
• São os tumores mais comuns em crianças.
• São apresentam com taquicardia incessante e falecia
cardíaca.
• Eco é excelente exame para diagnóstico, mas o cate
também está indicado para avaliar o grau de obstrução
do ventrículo acometido.
Fibroma
• Tumores benignos, formados por fibroblastos, fibras
elásticas e de colágeno.
• Ocorrem principalmente nas paredes e septo ventricular
• Não são infiltrativos.
• Podem calcificar.
• Se manifestam com falência cardíaca, taquicardia e dor.
• O eco identifica e localiza uma massa sólida.
• O tratamento é a ressecção direta do tumor.
Lipoma
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Tumor de células de gordura.
Encapsulados.
Normalmente são achados clinicos
Se aderidos ao septo, este deve ser ressecado e
fechado com patch.
• Geralmente não causam sintomas.
Feocromocitoma Cardíaco
• Tumores do sistema nervoso simpático, cels cromafins.
• Ocorrem no pericárdio e na superfície cardíaca.
• Tumores planos, normalmente benignos com
feocromócitos maduros e pleomorfismo celular e
nuclear.
• Produzem grandes quantidades de catecolaminas.
• Diagnóstico realizado pela dosagem de catecolaminas
urinarias
• TC e cintilografia são os métodos de imagem utilizados.
Feocromocitoma Cardíaco
• Técnica operatória:
Preparação pré operatória com bloqueio α e β.
O tumor geralmente se localiza na superfície anterior e tem
relação importante com vasos coronarianos átrios e
grandes vasos.
Não pode ser enucleado e a dissecção para retira-lo deve
ser muito cuidadosa devido ao risco de lesão cardíaca e
hemorragia importante.
Teratoma Cardíaco
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Geralmente benignos, 80% dos casos.
Massas císticas.
O eco é o exame de escolha para o diagnóstico.
Devem sempre ser ressecados.
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