Desigualdades, discriminação e políticas públicas: uma análise a

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Aula 6
O funcionamento dos mercados e
as abordagens relacionais:
redes sociais
Nadya Araujo Guimarães
FSL 0638 Sociologia Econômica
01/2015
S
Roteiro
1. As redes e a organização da vida econômica
2. Rede como capital social: somar ou dividir
3. Analise da estrutura das redes
AS REDES E A ORGANIZAÇÃO
SOCIAL
DA VIDA ECONÔMICA
S
Fixando idéias chaves (1)
 REDES são
 conjuntos de ATORES
 ligados por um tipo de RELAÇÃO
=> uma rede = um sistema de elos
DIRETOS (contatos de ego)
e
INDIRETOS (contatos dos contatos de ego)
Fixando idéias chaves (2)
RELAÇÃO =
S forma de interação social
S que põe os atores em contato
exs.?
. transações efetuadas no mercado
. serviços trocados entre vizinhos
Fixando idéias chaves (3)
S quem é o ATOR? Múltiplas possibilidades
. indivíduos no mercado
. firmas num ramo de atividade
. nações no mercado mundial
Pontos de partida teóricometodológicos (retomando…)
S
Relações entre os atores
S
S
S
Redes são um novo patamar analítico:
S
S
S
são centrais à explicação sociológica (uma “sociologia
relacional” - Emirbayer, Goodwin – uma “sociologia
estrutural” – Forsé e Degenne)
e importam tanto quanto o estudo dos atributos destes
mesmos atores
elementos de explicação vêm da natureza das redes
e não podem ser reduzidos às propriedades e
características dos atores (Granovetter)
Redes e estratégias dos atores, via de mão dupla:
S
S
moldam possibilidades de ação e estratégias dos
atores,
mas ações e estratégias também (re)constroem
continuamente a natureza das redes sociais (Zelizer,
Portes)
Valor heurístico da noção para a chamada
“nova sociologia econômica”
S ação econômica não se desenvolve num vazio social
e nem é a mera tradução mecânica da determinação
estrutural sobre as decisões individuais
S os atores desenvolvem formas de coordenação da
sua ação que estruturam sua conduta e lhes provêm
recursos para atuarem com independência face ao
mercado e face à empresa
S Hipótese do “enraizamento” (embeddedness)
estrutural = há sistemas de elos que se constituem
nas mediações sociais concretas entre os fatos
econômicos e a vida social => REDES SOCIAIS
Rede como um capital
social
Somar ou dividir?
S
CAPITAL SOCIAL (Bourdieu,
Coleman):
S rede durável e relativamente institucionalizada de
relações mútuas e de conhecimento entre indivíduos,
S que se constitui numa fonte – atual ou potencial
S mobilizável como recurso na dinâmica da vida
econômica
REDE, um exemplo típico de “capital social”?
(intangível, não-material + relacional)
S Um CAPITAL?
S Sim, na medida em que a rede opere como um recurso que
facilita as transações entre atores ao interior do grupo
(reticular)
S Um capital SOCIAL?
Sim, na medida em que disponibiliza para ego os recursos
mobilizados pelos diferentes atores envolvidos na rede
S Sim, na medida em que são elos intangíveis, não
apropriáveis isoladamente por quaisquer dentre os atores
que dela participam
S
S Com efeitos economicamente relevantes?
S Sim, na medida em que estes efeitos sejam subprodutos
(mais ou menos contingentes) dessas relações sociais
Análise da estrutura das
redes
Elementos
S
Análise da estrutura da rede
(ou da estrutura do capital social)
S é condição para definir a magnitude e a
eficácia instrumental da mesma
S importância do capital social que resulta da
inclusão numa rede depende do lugar que se
ocupa na rede (Lin)
S redes não têm densidade uniforme
S importância de analisar os problemas de
estrutura e posição nas redes: centralidade
e prestígio associados às redes e às
posições nas redes
Problemáticas associadas
S da “força dos elos fracos” (Granovetter)
S dos “nichos estruturais” (Forsé e Degenne)
S dos “vazios estruturais” (Burt)
Os modelos de redes: algumas
variáveis chave para pensar os
exemplos
Densidade: proporção de vínculos realmente existentes, dentre o total de vínculos possíveis
entre os atores de uma dada rede. A densidade da rede tende a ser menor quanto maior o
tamanho da rede.
Centralidade: um ponto é central quando ele está no centro de numero de conexões,
um ponto com um grande numero de contatos diretos com outros pontos.
S A idéia de centralidade, no entanto, se complexificou. Para melhor
compreendê-la é preciso ter em mente que se pode considerar
centralidade tanto local como global:
S
S
Um ponto é localmente central se ele tem um grande número de conexões com os
outros pontos no seu ambiente imediato (exemplo – se tem um grande número de
contatos diretos na vizinhança).
Já um ponto é globalmente central quando ele tem uma posição significativamente
estratégica na estrutura total da rede – trata-se da proeminência de um ponto em
toda a rede (diz respeito a proeminência em toda a rede).
... Mas também (N. Lin) vínculos podem ser vistos do ponto de vista do
prestígio (posição social do contato) e das chances de mobilidade que se
abrem
Um exemplo
Guimarães, Nadya A.; Andrada, Ana C.; Picanço, Monise;
Vieira, Priscila.
“Trajetórias, atributos e relações. Representações sobre redes
e obtenção de trabalho”.
S
Outros exemplos
• Soares:
“A emigração de valadarenses à luz dos
fundamentos teóricos da análise de redes sociais”
• Silva e Neves
“Sistemas produtivos tradicionais e
imersão de interesses econômicos em relações sociais”
S
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