Eni Hilário da Silva Mestranda PPGE EEUSP Bolsista PAE Exposição a material biológico????? RISCO BIOLÓGICO risco de quê? Bactérias Vírus Fungos Protozoários Ectoparasitas RISCO BIOLÓGICO risco de quê? Hepatite A Hepatite B Hepatite C Tuberculose Vírus herpes Escabiose Meningites Staphylococcus sp. Influenzae CAUSAS DO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO: Descarte inadequado de pérfuro cortantes (bandeja, lixo comum, colchão, coletor excedendo capacidade, etc) Reencape de agulhas Utilização inadequada ou ausência de EPI’s Condições inseguras durante procedimento (paciente/ambiente). REPERCUSSÕES DA EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO Risco de infecção; Impactos emocionais e sociais; Custos médicos; Custos pessoais; Aspectos legais/burocráticos. RISCO BIOLÓGICO como se estabelece a exposição? Tipo de exposição Pérfuro-cortante Mucosa Pele íntegra Inalação de gotículas/aerossóis RISCO BIOLÓGICO TRANSMISSÃO: Oral-fecal; Via respiratória (gotículas ou aerossóis); Por contato; Via sanguínea. RISCO BIOLÓGICO como se estabelece a exposição? Veículo ou Material biológico sangue, secreção vaginal e sêmen e tecidos líquidos de serosas(peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor, líquido articular e saliva suor, lágrima, fezes, urina, escarro ar RISCO BIOLÓGICO Epidemiologia Enfermagem: principal categoria para exposição Maior grupo nos serviços de saúde Maior contato direto na assistência à pacientes Tipo e frequência de procedimentos realizados Médicos de enfermarias clínicas até 3 exposições percutâneas e 0,5 a 7 mucocutâneas / profissional-ano RISCO BIOLÓGICO Epidemiologia Médicos cirurgiões 6 a 10 exposições percutâneas / profissional-ano Odontólogos 85% dos dentistas têm pelo menos uma exposição percutânea / 5 anos Risco Médio de se adquirir o vírus HIV, HBV e HCV. Vírus Após exposição percutânea HIV 0,3% Após Exposição Mucocutânea 0,09% HBV 30% - HCV 7- 10% Fonte: Richtmann, 2008 RISCO BIOLÓGICO Qual a magnitude do risco - HIV Avaliação da soroconversão Pérfuro-cortantes: 0,3% (IC95%: 0,2 a 0,5) Mucosas: 0,09% (IC95%: 0,006 a 0,5) Risco aumentado de transmissão Dispositivo com sangue visível Dispositivo usado intravenoso ou intrarterial Lesão profunda Óbito paciente fonte em até 2 meses MMWR2001;50(RR-11):1-52 Gerbeding, NEJM 2003, 348 (9): 826-33 Cardo e col, NEJM 1997, 337: 1485-90 RISCO BIOLÓGICO Qual a magnitude do risco – Hepatite B Reconhecida como de risco ocupacional em meados deste século EUA: 8700 infecções ocupacionais/ano 200 morrem 800 cronificam RISCO BIOLÓGICO Qual a magnitude do risco – Hepatites B e C Para Hepatite B Varia de 40 a 60% Para Hepatite C Varia de 1 a 10% http://www.ucsf.edu/hivcntr/Clinical_Resources/Resources/PDFs/pep_steps.pdf MS. Manual de condutas em exposição ocupacional a material biológico, 2001 RISCO BIOLÓGICO O que fazer em caso de exposição? 1º passo: Cuidados locais 2º passo: Registro 3º passo: Avaliação da Exposição 4º passo: Avaliação da Fonte 5º passo: Manejo específico HIV, hepatite B eC 6º passo: Acompanhamento clínicosorológico RISCO BIOLÓGICO Como minimizar o risco? Conhecimento/ Conscientização Imunização Adoção de ações seguras Equipamentos de Proteção Individual Precauções padrão e especiais RISCO BIOLÓGICO Conhecimento/ Conscientização Conhecer os possíveis agentes etiológicos e os meios de transmissão Higiene das mãos Imunizações Manuseio e descarte de perfuro cortantes Conhecer a rotina para atendimento de acidentes com material biológico Conhecer as limitações da profilaxia pós exposição RISCO BIOLÓGICO Legislação Deveres dos trabalhadores: Uso de EPIs, Descarte adequado dos materiais pérfurocortantes Adoção de ações preventivas; Adoção de precauções padrão e específicas; Notificação e tratamento médico após acidente de trabalho e a imunização. RISCO BIOLÓGICO – Legislação Deveres dos empregadores: Adaptação do ambiente de trabalho, Mudança das práticas e comportamento dos trabalhadores, Fornecimento de materiais e equipamentos seguros, assistência médica, capacitação e vigilância. Orientação e educação permanente RISCO BIOLÓGICO Precauções Precauções Padrão Precauções respiratórias com gotículas Precauções respiratórias com aerossóis Precauções de contato PRECAUÇÕES PADRÃO Representam um conjunto de medidas que devem ser aplicadas no atendimento de todos os pacientes hospitalizados, independente do seu estado presumível de infecção, e na manipulação de equipamentos e artigos contaminados ou sob suspeita de contaminação. APECIH 1999 RISCO BIOLÓGICO Precauções padrão Atenção ao ambiente Higiene das mãos Lavagem com água e sabão Álcool em gel Precauções de barreira Previsão de contato com material biológico de TODO E QUALQUER paciente. RISCO BIOLÓGICO Equipamentos de Proteção individual Luvas (de procedimento, estéreis) Máscaras (cirúrgicas, N95) Aventais ( atentar para a técnica de retirada) Protetor facial Sapato, botas RISCO BIOLÓGICO Precauções de barreiras Luvas são necessárias para tocar material biológico, mucosas ou pele não intacta de todo paciente e para procedimentos invasivos. Máscaras e protetores oculares – previsão de respingo de material biológico RISCO BIOLÓGICO Precauções de barreiras Aventais são necessários se houver respingos generalizados ou contato com ambiente. Descarte adequado de material pérfuro cortante Não reencapar agulhas E estas situações?? Caso 1 Atividade: coleta de sangue por meio do manuseio do sistema de monitoramento de pressão arterial invasiva (PAI). Descrição do acidente: durante o manejo do sistema, a profissional de enfermagem abriu o sistema para coletar sangue arterial e iria conectar a seringa na conexão do dispositivo de PAI. A conexão não estava firme o suficiente e houve espirro de sangue, que atingiu a mucosa da boca da profissional, que não sentiu se respingou nos olhos. Estava utilizando apenas óculos com lente corretiva comum. Utilizava luvas de procedimento. Fatores potenciais de risco do acidente? Fatores potenciais de risco do acidente: - Há risco de transmissão de microorganismos envolvendo porta de entrada por mucosa, embora seja risco menor do que perfuração cutânea. Caso 2 Atividade: coleta de sangue por meio de dispositivo tipo “escalpe”. Descrição do acidente: após a coleta de sangue, a profissional de enfermagem colocou o dispositivo utilizado dentro do invólucro aberto para evitar sujar a superfície da bandeja. Não havia sistema de descarte de pérfurocortante na bandeja. Ao recolher o material para colocar no lixo, perfurou o dedo da mão. Estava utilizando luvas de procedimento. Fatores potenciais de risco do acidente? Fatores potenciais de risco do acidente Acidente pérfurocortante com agulha oca, porém o uso de luva minimiza a inoculação de sangue do paciente no profissional Caso 3 Atividade: coleta de amostra de urina de 24 horas. Descrição do acidente: durante a coleta de amostra de urina do recipiente de armazenamento 24 horas, a profissional de enfermagem sentiu que respingou em seu olho. Estava utilizando luvas de procedimento. Fatores potenciais de risco?? Fatores potenciais de risco do acidente Respingo de secreções (urina, fezes, líquor, etc) na mucosa traz risco de transmissão de microorganismos. Agora responda: 1) Quais são as medidas de prevenção possíveis? 2) Quais são as medidas imediatas após o acidente? Caso 1 Medidas de prevenção possíveis: Verificar as condições da conexão antes do manuseio Manusear cuidadosamente dispositivos e suas conexões, atentando para a possibilidade de desconexões acidentais. Utilizar óculos de proteção no manejo de sistemas arteriais (a pressão do sangue é maior). Utilizar sempre luvas no manejo de dispositivos ligados a sangue e líquidos corporais. Medidas imediatas após o acidente: Lavar o local atingido com soro fisiológico ou água corrente, sem produzir escarificação ou lesão Verificar o alcance dos respingos (se atingiu face toda, olhos, boca) Procurar atendimento médico imediato (coleta de exames e avaliação quanto à indicação de profilaxia). Comunicar o acidente e solicitar que seja feita a coleta de exames do paciente-fonte Caso 2 Medidas de prevenção possíveis: utilizar luvas de látex, trazer um recipiente para descarte de pérfurocortante na bandeja ou utilizar dispositivos retráteis; não reencapar agulhas ou retornar para o invólucro aberto. Medidas imediatas após o acidente: Lavar o local atingido com água corrente em abundancia, sem produzir escarificação ou lesão Procurar atendimento médico imediato (coleta de exames e avaliação quanto a indicação de profilaxia). Comunicar o acidente e solicitar que seja feita a coleta de exames do paciente-fonte Caso 3 Medidas de prevenção possíveis: utilizar luvas de látex, utilizar óculos de proteção e máscara cirúrgica Medidas imediatas após o acidente: Lavar os olhos com soro fisiológico ou água corrente em abundância Verificar o alcance dos respingos (se atingiu face toda, olhos, boca) Procurar atendimento médico imediato (coleta de exames e avaliação quanto à indicação de profilaxia). Comunicar o acidente e solicitar que seja feita a coleta de exames do paciente-fonte Esteja atento!!!!!!!!!!!!!!!!!! A melhor forma de prevenir é .... Evitar que exposição aconteça!!!! Fonte:http://cipahrsj.blogspot.com.br / Fonte:http://cipahrsj.blogspot.com.br/ REFERÊNCIAS: 1.Ministério da Saúde. Manual de exposição a materiais biológicos. Brasília, 2006. 2.Ministério da Saúde. Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: : HIV e Hepatites B e C. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/04manual_acidentes.pdf 3.Galon T. Riscos biológicos nos serviços de saúde. Disponível em http://www.estes.ufu.br/sites/estes.ufu.br/files/Anexos/Comunicados/Primeira%20Pal estra%20-%20Tanyse.pdf 4.Apecih. Orientações para o controle de infecções em pessoal da área da Saúde. São Paulo, 1998. 5.Apecih. Isolamentos e precauções. São Paulo, 1999. 6.Universidade Federal de São Paulo. Legislação e criação de um programa de Prevenção e controle de infecção hospitalar.São Paulo; 2006 [Apostila curso de Infecção relacionada a assistência a saúde - módulo 1].