TRATAMENTO SISTÊMICO DO CÂNCER DE MAMA

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TRATAMENTO
SISTÊMICO DO CÂNCER
DE MAMA
I workshop sobre os cuidados do
paciente com câncer de mama
Flávia de Andrade Lopes

Encaminhamento:
 Suspeita
 Diagnóstico
 Diagnóstico + cirurgia

Formas de apresentação:
 Carcinoma in situ
 Carcinoma invasivo
 Localizado
 Localmente avançado
 Avançado
 localmente
 metastático

Dúvidas:
 O tratamento é igual para todas (os) as
pacientes ?
 Como será o tratamento ?
 Quais são os efeitos colaterais?
 Cuidados a serem tomados
Tratamento sistêmico

Decisão terapêutica está baseada em
estimativas de risco de recidiva e/ou
progressão da doença.

Objetivo:
– tratamento da doença oculta já disseminada,
ou seja, a doença micro-metastática

Fatores prognósticos –
associados a um risco
maior ou menor de recidiva

Fatores preditivos –

Características clínicas, patológicas e
biológicas do tumor
características associadas ao
benefício de um determinado tratamento
LND neg + todas as características abaixo:
Baixo risco
T <= 2 cm
grau I
ausência de invasão vascular peri-tumoral
RE+ e/ou RP +
HER-2 neg
idade > 35 anos
Intermediário Situações que não se enquadram em baixo ou alto
risco
Alto risco
LND positivos
LND neg + uma das características abaixo:
T > 2 cm
Grau II ou III
Presença de invasão vascular peri-tumoral
RE – e RP –
HER 2 +++
Idade < 35 anos
Quimioterapia

O que é?
 Tratamento do câncer com medicamentos
( drogas anti-neoplásicas)
 Classes: agentes alquilantes, antimetabólitos, alcalóides da
vinca, análagos da platina etc
 Os agentes utilizados no tratamento do
câncer afetam tanto as células normais como
as neoplásicas
 Por este motivo, a quimioterapia é aplicada
em ciclos periódicos.

Classificação:
 Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa,
tendo o objetivo de esterilizar células residuais locais ou
circulantes, diminuindo a incidência de metástases à
distância.
 Neoadjuvante - quando indicada para se obter a
redução parcial do tumor, visando a permitir uma
complementação terapêutica com a cirurgia e/ou
radioterapia.
 Paliativa - usada com a finalidade de melhorar a
qualidade da sobrevida do paciente.
Esquemas terapêuticos

carcinoma ductal in situ:
 Baixo grau: CIR + HT *
 Alto grau: CIR + RTX + HT *
* Se receptores hormonais positivos.

Carcinomas invasivos
 localizados (T1- T2, sem gg)
CIRURGIA >>
risco de recidiva local > RXT + QT+ HT *
risco de doença a distancia > QT + RXT +HT*
 localmente avançados ( T3 – T4, gg +)
QT neoadjuvante >> CIR

Carcinoma metastáticos
 QT paliativa e/ou HT *

É recomendável iniciar a QT assim que
houver recuperação do procedimento
cirúrgico.

Regimes de combinação, incluindo um
antracíclico (doxorrubicina, epirubicina),
administrados em doses adequadas por 6
ciclos (FAC, FEC100, CAF), reduzem a taxa
anual de mortalidade em 38% nas
mulheres com menos de 50 anos e em
cerca de 20% nas mulheres entre 50 e 69
anos.

A incorporação de Taxanos a regimes com
antracíclicos em pacientes de alto risco
tem demonstrado vantagens em relação à
sobrevida livre de doença, e em alguns
estudos também à sobrevida global.

Trastuzumabe
– é um anticorpo monoclonal humanizado, que
se liga ao HER-2 (ou c-erbB2), um receptor de
membrana presente em grandes quantidades
(hiperexpresso) em 20 a 30% dos tu de
mama.

O HER-2 + confere maior chance de
recidiva devido ao maior potencial
proliferativo do tu.
Apresenta taxas de resposta objetiva de
até 61% em pacientes com doença
metastática e hiperexpressão do HER-2
(IMH 3+/3 ou FISH +)
 A principal preocupação atual com o uso
do trastuzumabe é o risco de toxicidade
cardíaca (<5%), principalmente qdo
combinado a doxorrubicina.

Toxicidade dos
quimioterápicos

Toxicidade hematológica
– Anemia
– Leucopenia
– Trombocitopenia
*** atenção especial ao nadir da quimio
Toxicidade mucosa oral
 Toxicidade cardiovascular
 Toxicidade pulmonar


Toxicidade gastrointestinal
– Náuseas e vômitos
– diarréia
Toxicidade neurológica
 Toxicidade renal
 Toxicidade dermatológica


Cuidados do paciente em quimioterapia:







alimentação
atividade física
trabalho
bebidas alcoólicas
vida social
atividade sexual
comorbidades
Hormonioterapia

Tumores de mama podem ter seu
crescimento modulado pela ação de
hormônios.

Hormônios femininos + receptores
celulares da glândula mamária >>
estimula a proliferação celular

O que é:
– estratégia de tratamento que interfere na
ligação dos hormônios com seu receptor nas
células tumorais.

Ação:
– depende da presença de receptores
hormonais no tumor

Formas
– castração cirúrgica ( ooforectomia) –
diminuição drastica da quantidade de hormônio
feminino
– Castração química – inativação ovariana através
de fármacos

Adjuvante ou paliativa

Tamoxifeno
– Ação de impedir que o estrógeno se ligue ao
receptor na célula.
* lembrar: mesmo mulheres na pós-menopausa
apresentam um nível de estrógeno suficiente
para manter o crescimento tumoral, de
produção extra-ovariana.

Inibidores da aromatase :
– Medicações que interferem na produção
extra-ovariana de hormônios
– usadas na pós-menopausa

Fulvestrano
– Destrói os receptores celulares de estrógeno e
funciona como um hormonioterápico,
impedindo que o estrógeno se ligue à célula

efeitos colaterais:
– sintomas da menopausa
 ondas de calor, sangramento ou corrimento
vaginal, intolerância gastrintestinal, pele seca, e,
às vezes, retenção de fluídos
– risco de trombose e ca. Endométrio (TMX)
– fraturas ósseas (IA, FT)
Radioterapia


Forma de tratamento local
Tratamento cujo o agente terapêutico é
radiação ionizante, ou seja, aquele que,
em razão de suas características físicas,
tem capacidade de promover ionização no
meio onde incide.

ação
– alterações de macro-moléculas
indispensáveis a funções vitais, levando a
célula à morte ou à inviabilidade biológica.
– Age durante a divisão celular, principalmente
na fase de mitose

pré – operatória
– promover redução tumoral

pós - operatória
– reduzir risco de recidiva local

paliativa
– anti-álgicas
– metástases cerebrais

efeitos colaterais
– alterações na pele
– tosse
A sessão dura poucos minutos e é indolor.
 Antes da primeira dose, é feita uma marca
na pele com um corante semipermanente
para certificar da posição exata.
 O paciente terá de ficar completamente
imóvel durante a aplicação.

Considerações finais

Tratamento multidisciplinar

Tratamento humanizado
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