Coordenação-Geral de Atenção Domiciliar/DAB/SAS/MS Atenção Domiciliar - CONCEITO Atenção Domiciliar constitui uma nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. Ampliação e qualificação da Atenção Domiciliar no SUS O Programa Melhor em Casa O Programa Melhor em Casa foi lançado em novembro de 2011; Portaria 963 de 27 de maio de 2013; Princípios da Atenção Domiciliar – Art. 5 Pt. 963: I - ser estruturada na perspectiva das Redes de Atenção à Saúde; II - estar incorporada ao sistema de regulação; III - ser estruturada de acordo com os princípios do SUS; IV - estar inserida nas linhas de cuidado por meio de práticas clínicas cuidadoras baseadas nas necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da assistência; V - adotar modelo de atenção centrado no trabalho de equipes multiprofissionais e interdisciplinares; e VI - estimular a participação ativa dos profissionais de saúde envolvidos, do usuário, da família e do cuidador. Melhor em Casa: cenário no Brasil HABILITADOS: EMAD: 670 EMAP: 322 MUNICÍPIOS: 211 IMPLANTADOS: EMAD: 276 EMAP: 135 MUNICÍPIOS: 129 Atenção Domiciliar integrada na RAS Modalidades da AD - AD1 - AD2 - AD3 eSF/NASF EMAD Tipo 1; EMAD Tipo 2; EMAP. Cada equipe é referência para cerca de 100mil pessoas; Origens dos usuários da AD - Atenção Básica; - Serviço de Urgência e Emergência; - Hospital; - Outros (CACON/UNACON; ambulatório especializado, etc.). Modalidades de Atenção Domiciliar Grupo preferencial para admissão em AD1,2 e 3: MODALIDADE RESPONSAVEL PERFIL DO USUARIO Permanência e vinculo AD1 ESF+ NASF Crônico, longa, habitualme nte definitivo Curta, transitório Frágeis, restritos ao leito e ao lar. AD2 e 3: e que necessitem cuidados de intensidade e complexidade intermediarias entre hospital e UBS. AD2 AD3 EMAD + EMAP estável, pouco complexo Agudo, crônico agudizado Crônico complexo Longa, transitório ou definitivo Modalidade AD3 • Situações admitidas como critério de inclusão para cuidados na modalidade AD2 e necessidade do uso de, no mínimo, um dos seguintes equipamentos/procedimentos: I. Suporte Ventilatório Não-invasivo II. Diálise Peritoneal III. Paracentese • Critério de Exclusão: necessidade de uso de ventilação mecânica invasiva contínua Ventilação Mecânica Domiciliar BARREIRAS - BA Ventilação Mecânica Domiciliar Normativas Existentes: Programa Melhor em Casa instituído pela PORTARIA No 963, DE 27 DE MAIO DE 2013 – Redefine Atenção Domiciliar no âmbito do SUS. Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva aos Portadores de Doenças Neuromusculares instituída pela PORTARIA No. 1.370, DE 3 DE JULHO DE 2008. e regulamentado pela PORTARIA 370 DE 4 DE JULHO DE 2008 que define a organização e implantação, rol de doenças contempladas e estabelece critérios técnicos de implantação. Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva aos Portadores de Doenças Neuromusculares o Critérios clínicos de VMNI segundo a Portaria 370: o PaCO2 > 45mmHg o SpO2 < 88 por mais de 5 minutos durante o sono e/ou dessaturação de oxigênio não explicada pela presença de apnéias ou hipopnéias o Sintomas compatíveis com hipoventilação alveolar crônica o Programa educacional para pacientes em uso de ventilação noturna não-invasiva. o Adesão aceitável: uso por mais de 4,5 horas por noite , no mínimo 5 noites por semana. Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva aos Portadores de Doenças Neuromusculares • Estabelecimentos Habilitados: ESTABELECIMENTOS HABILITADOS SEGUNDO SCNES Competência Inicial UF Estabelecimento AC GO MG MG PE SP SP SP SP SP FUNDACAO HOSPITAL ESTADUAL DO ACRE CRER CENTRO DE REABILITACAO DR HENRIQUE SANTILLO HOSPITAL INFANTIL JOAO PAULO II HOSPITAL JULIA KUBITSCHEK HOSPITAL OTAVIO DE FREITAS CED I CENTRO DE ESPECIALIDADES E DIAGNOSTICO I LIMEIRA CONJUNTO HOSPITALAR SOROCABA HC DA FMUSP HOSPITAL DAS CLINICAS SAO PAULO HOSPITAL DAS CLINICAS DA UNICAMP DE CAMPINAS HOSPITAL DAS CLINICAS FAEPA RIBEIRAO PRETO HOSPITAL DAS CLINICAS UNIDADE CENTRO CIRURGICO - FUNDACAO DE APOIO A FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIA FAMAR mar/06 jun/12 jan/06 jan/06 jan/12 mar/03 ago/02 ago/02 out/02 jan/06 SP HOSPITAL SAO PAULO HOSPITAL DE ENSINO DA UNIFESP SAO PAULO ago/02 SP SP LAB AFIP - ASSOCIACAO FUNDO DE INCENTIVO A PESQUISA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE BRAGANCA PAULISTA jan/06 SP TOTAL DE ESTABELECIMENTOS nov/10 jun/02 14 Total: 978 Pacientes (SP - 842 pacientes, MG - 115 pacientes; GO - 20 pacientes e Acre - 1 paciente) Ventilação Mecânica Domiciliar EUROVENT - Inquérito europeu por 16 países (21526 usuários): o Prevalência de 6.6 pessoas a cada 100mil habitantes utiliza Ventilação Mecânica Domiciliar (65% destes em VMNI); o Estimativa de Necessidade no Brasil: 13.200 pacientes em VMD, sendo 8.580 em VMNI e 4.620 em VMI o Necessidade de Avançar na Regulamentação de Serviços com VMI e de financiamento - em discussão no Ministério da Saúde o Causas: Doenças neuromusculares, metabólicas, síndromes genéticas, malformações congênitas, Cifoescoliose, Doenças desmielinizantes do SNC, Sindrome de Hipoventilação Central, Obesidade, DPOC, Sequelas de traumatismos por causas externas, etc. Ventilação Mecânica Domiciliar o Definição de Dependência de VMI: “necessidade de auxílio mecânico para respirar, após falha confirmada do desmame, ou desmame lento, 3 meses depois do início da ventilação” United Kingdom Working Party on Pediatric Long Term Ventilation, 1998. o Possíveis Critérios de Elegibilidade Clínica e Social: o Pacientes com Estabilidade clínica: condições clínicas controladas; traqueostomia estabelecida, baixa frequência de infecções, etc.; o Parâmetros ventilatórios estáveis: FiO2 < 40%; Pressão inspiratória < 30cmH2O o Condições sociais e familiares: cuidadores treináveis, domicílio com rede elétrica formal, ambiência. o Município com Equipe de Atenção Domiciliar treinada o Retaguarda de Urgência e Emergência (SAMU – USA) e Hospitalar pactuada Ventilação Mecânica Invasiva Domiciliar • Experiências Municipais: Cascavel/PR, Uberlândia/MG, Betim/MG, Ribeirão Preto/SP, São Paulo/SP, Campo Grande/MS, Barreiras/BA, etc. • Experiências Serviços: FHEMIG – VentLar e CGP; PRODOM – SP; • Hospital Auxiliar de Suzano – PROVEMD • Outros Experiência Municipal de Uberlândia • PAD – Programa de Assistência Domiciliar criado em 2007 no Hospital de Clínicas da UFU • Equipe Multiprofissional • Fluxograma de Desospitalização com definição de elegibilidade clínica e social • Treinamento do Cuidador e adaptação do paciente ao equipamento pré-alta • Construção do Plano de Cuidados • Retaguarda pré-hospitalar e hospitalar definidas Experiência Municipal de Uberlândia • 2013: Abertura do Serviço de Atenção Domiciliar Municipal e habilitação no Melhor em Casa • Ampliação do número de Equipes: 6 EMADs • 2007 a 2013: 98 pacientes em VMD, sendo 47 invasivos e 51 não invasivos • Atualmente: 43 pacientes – Pacientes em VMNI: 22 – Pacientes em VMI: 21 • 4 pacientes em VMI em fase de desospitalização Experiência da FHEMIG – VentLar e CGP • Programa de Atenção Domiciliar criado em 2000 no Hospital Infantil Joao Paulo II • Atendimento a Adultos, pp com DNM e crianças com dçs pediatrícas gerais • 12 anos de funcionamento: 663 pacientes (528 crianças e 135 adultos) MACIEL, H. et al. Programa de Atenção Domiciliar do Hospital infantil Joao Paulo II – FHEMIG: Uma Inovação Tecnológica na Atenção Domiciliar. FHEMIG, 2012. Experiência da FHEMIG – VentLar e CGP Quadro de Pacientes em 2012 Desafios • Normatização de Ventilação Mecânica Invasiva Domiciliar • Formação em Atenção Domiciliar – Graduação e Pós-graduação • Literatura Científica para definir protocolos e diretrizes • Articulação da Rede de Atenção à Saúde Obrigado! Aristides Vitorino de Oliveira Neto Coordenação Geral de Atenção Domiciliar CGAD/DAB/SAS/MS TEL.: 61 3315 9030 [email protected]