Linguagem Documentária: introdução

Propaganda
Linguagem
Documentária:
introdução
Profa. Esp. Andreina Ozorio
2010
CONCEITO:

“A denominação Linguagem Documentária (LD), além de
referir-se ao conjunto dos diferentes tipos de instrumentos
especializados no tratamento da informação bibliográfica
(sistemas de classificação enciclopédico ou facetados e
tesauros), designa, de modo mais amplo e completo, a
linguagem especialmente construída para organizar e facilitar
o acesso e a transferência da informação.” (LARA, 2004, p.
232)
Conhecimentos afins da LD...
Linguística: o princípio estrutural da
organização da linguagem;
 Lógica: a identificação das formas de
raciocínio e de organização de conjuntos;
 Terminologia: a modelagem do conceito
e dos sistemas de conceitos, onde,
glossários e dicionários terminológicos
especializados são seus produtos.

Campos para atuação...

Não é exclusivo dos Bibliotecários e Documentalistas;

Àreas como: Inteligência Artificial; Informática;
Linguística; Engenharia; Filosofia; Psicologia e a
própria Ciência da Informação, estão hoje
compreendidas sob o termo CIÊNCIAS DA
COGNIÇÃO.
Instrumentos Auxiliares da LD:

Taxonomia: (do Grego verbo τασσεῖν ou tassein = "para classificar" e
νόμος ou nomos = lei, ciência, administrar), foi uma vez, a ciência de
classificar organismos vivos (alfa taxonomia). Mais tarde a palavra foi
aplicada em um sentido mais abrangente, podendo aplicar-se a uma das
duas, classificação de coisas ou aos princípios subjacentes da
classificação. Quase tudo - objectos animados, inanimados, lugares e
eventos - pode ser classificado de acordo com algum esquema taxonômico.
 Ontologias: Na filosofia, ontologia é o estudo da existência ou do ser
(verbo). É basicamente uma maneira de compreender identidades e grupos
de identidades, chamados de classes. Na Tecnologia da Informação
chamamos de ontologias as classificações de identidades, sejam elas
informação ou matéria (objetos no mundo real). Podemos criar uma
ontologia que descreva vídeos no YouTube e as relações entre os mesmos.
As ontologias funcionam de maneira muito parecida com o nosso cérebro,
relacionando identidades similares e agrupando-as em classes diferentes.
Um telefone por exemplo se enquadra em diversos grupos: telefones,
aparelhos eletrônicos, instrumentos de comunicação e assim por diante.
...

Semântica: (do grego σημαντικός, derivado de sema, sinal)
refere-se ao estudo do significado, em todos os sentidos do termo.
A semântica opõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a
primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se
debruça sobre as estruturas ou padrões formais do modo como
esse algo é expresso;

Topic Maps: são instrumentos para a representação de mapas
de conhecimento. Sua estrutura está formalizada como norma ISO
13250.
Por que estudar as LDs?

Pelo enorme número de informações veiculadas pela chamada Era
da Informação e do Conhecimento;

Com tantas informações e, consequentemente, formação de
conhecimentos, caberá agora, não só identificar as informações,
mas acima de tudo ter critérios que permitam fazer recortes
significativos no conjunto da produção da área, pois existem linhas
de orientação diversas, informação de qualidade diversas,
interesses de vários níveis, que dificultam o acompanhamento da
produção de informações, até mesmo entre especialistas.
Assim cabe a seguinte justificativa
para o estudo das LDs...

“O homem sabe pouco sobre muita coisa”.

Assim para evitar que o conhecimento
produzido se perca, ou mergulhe num caos
onde nada possa ser recuperado, torna-se
necessária e criação e a adoção de sistemas de
registros capazes de propiciarem o
compartilhamento de saberes entre pessoas.
Assim, qual o objeto de estudo da
LD?

OS DOCUMENTOS (suporte de
informações registradas)

Ex. de registros: o livro, a imagem expressa em fotos,
gravuras, quadros etc., o jornal, a revista, o disco, o
vídeo e outros suportes magnéticos que, por conterem
algum tipo de informação, se constituem em
documentos.
ATENÇÃO...

Tudo indica que, sem sistemas potentes de
informação, a sociedade tenderá à redescoberta
de muitos fenômenos já conhecidos e
dominados, gerando forte limitação ao
desenvolvimento do conhecimento humano.
O QUE VOCÊ ENTENDE POR ESTA
AFIRMAÇÃO?
NOVA REFLEXÃO:
A análise documentária não pode se ater a
sistemas de classificação rígidos,
inflexíveis, em que o universo de
conhecimentos pré estabelecidos
determina o lugar do documento, sem
muitas possibilidades de cruzamento.
CONSIDERAMOS QUE:

A linguagem é um instrumento por meio
da qual se realiza a mediação entre
sistemas ou conjunto informacionais e
usuários. Ou seja, é um instrumento que
exerce a função de ponte entre ao menos
duas linguagens: a linguagem do sistema
e a linguagem do usuário.
PARA QUE A LD DESEMPENHE O PAPEL DE
INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO, ELA DEVE
REUNIR QUALIDADES, TAIS COMO:
Funcionar como código inteligível e fonte
para interpretação do sentido;
 Caracterizar-se como metalinguagem;
 Incorporar o usuário como integrante do
processo.

Atividade de pesquisa:
Texto:
“A evolução do conceito de linguagem
documentária: as linhas francesa e
brasileira”
www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/GT2--146.pdf
Download