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Propaganda
O Cuidado de Enfermagem ao
adulto portador de Afecções
do Sistema Nervoso
Enfª. VIVIANE GOMES
1 Alteração do nível de consciência
Observado em clientes que não seguem
os comandos, não estão orientados e
necessitam de estímulos persistentes para
alcançar um estado de alerta (LOTE), ou
seja, comprometimento do impulso nervoso
dentro do cérebro ou do cérebro para outras
partes do corpo.
As causas da LOTE são neurológicas,
toxicológicas ou metabólicas.
Sinais e Sintomas:
•
•
•
•
Alterações na resposta pupilar;
Resposta de abertura de olhos;
Resposta verbal;
Resposta motora.
Cuidados
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Via aérea permeável.
Mantendo a integridade da pele e articular;
Preservando a integridade da córnea.
Atingindo a termorregulação;
Prevenindo a retenção urinária;
Promovendo a função intestinal;
Fornecendo a estimulação sensorial;
Atendendo as necessidades da família;
Monitorando e tratando as complicações
potenciais.
• Complicações:
Insuficiência
Respiratória, Pneumonia, Úlceras de
Pressão e Aspiração.
2 Aumento da Pressão Intracraniana
A PIC é a união dos três
componentes: tecido cerebral 1400g,
sangue 75 ml e LCR 75 ml. Seu valor é
de 10 a 20 mmHg.
Ocorre porque há uma limitação de
espaço intracraniano para expansão,
qualquer aumento de um dos
elementos provoca alteração no
volume do outro.
Esta associada a lesão craniana,
tumores cerebrais, hemorragia subaracnóide e encefalopatias tóxicas e
virais.
Sinais e Sintomas:
• Inquietação,
confusão
ou
sonolência
crescente;
• torpor;
• Reage só a estímulos auditivos altos e
dolorosos;
• coma;
• Descerebração, decorticação ou flacidez;
• Pupilas dilatadas e fixas;
• Movimentos respiratórios comprometidos.
• Descerebração e Decorticação
Cuidados
• Manter uma via aérea permeável;
• Monitorização constante;
• Aspirar, diminuir esforços até mesmo
para evacuar ;
• Evitar rotação de cabeça, se necessário
com extremo cuidado;
• Mantendo o balanço hídrico negativo;
• Prevenindo infecção;
• Monitorando e tratando complicações
potenciais.
• Complicações: herniação do tronco
cerebral,
diabetes
insípido
e
síndrome de secreção de hormônio
antidiurético.
3 Convulsões
São episódios de uma atividade
motora, sensorial, autônoma ou física
anormal decorrente da descarga
excessiva e súbita dos neurônios
cerebrais.
As causas são idiopáticas ou por
hipóxia,
febre,
lesão
craniana,
hipertensão, infecções do sistema
nervoso,
insuficiência
renal,
hiponatremia,
hipoglicemia,
hipocalcemia, tumor, abstinência de
drogas, alergias e doença vascular
cerebral.
Sinais e Sintomas:
•
•
•
•
•
Pode haver perda de consciência;
Liberação de esfíncter;
Movimento muscular excessivo;
Perda de tônus muscular;
Distúrbios de comportamento, humor,
percepção, sensação.
Cuidados
•
•
•
•
•
•
•
Prevenção de lesões;
Aporte de oxigênio;
Afrouxar roupas;
Paciente em decúbito lateral após convulsão;
Deitar o paciente no chão quando possível;
Proteger a cabeça;
Se o paciente estiver no leito retirar
travesseiros;
• Se a aura precede, cânula de guedel para que
este não morda a língua ou bochecha;
• Não tentar abrir a boca;
• Após convulsão reorientar o paciente ao
ambiente.
4 Epilepsia
Caracterizada por convulsões
recorrentes, no qual a pessoa pode
apresentar abalos tônicos (contração
hipertônica muscular permanente,
imobilizando as articulações) ou
clônicos (alternância de contração e
relaxamento
musculares
em
sucessão
rápida,
determinando
deslocamentos das diferentes partes
do corpo), ou ainda os dois tônicoclônicos.
Pode ser de causa
primária
(idiopáticas), ou secundária pelos
seguintes fatores: lesões cranianas,
febre,
intoxicação,
distúrbios
metábolicos,
intoxicação,
tumores
cerebrais, hipóxia cerebral e choque
anafilático. Classifica-se em parciais,
generalizadas e não-classificadas.
Sinais e Sintomas:
1) Parciais – ocorre em crianças grandes e
adultos, a consciência é conservada, os
ataques paroxísticos são limitados a distúrbios
sensório-motor.
• Rotação da cabeça e dos olhos para o lado
oposto ao foco;
• Sensações
epigástricas
crescentes,
formigamento ou dormência, fenômenos
visuais simples, vertigem conversa de modo
ininteligível;
• Inicia-se no polegar ou no canto da boca,
progredindo para mão, braço e face ou no
sentido inverso.
2) Generalizadas
• Ausência ou pequeno mal - início entre 4 e
8 anos, rara após15, com perda súbita da
consciência, amnésia, movimentos clônicos
que duram de 10 a 30 segundos.
• Grande Mal
(Crises tônico-clônicas)manifesta-se em qualquer idade, com aura
(conjunto de manifestações que precedem a
crise, com perturbações motoras, gritos,
choro, relaxamento de esfíncter, mordedura
da língua, depressão.
Cuidados
• Monitoramento funções vitais;
• Prevenir aspiração, cânula de guedel se
possível;
• Medicar com;
• Oxigenoterapia;
• Cuidado continuado para prevenir as crises.
Obs.: complicações: perturbações mentais,
estado de mal epilético, edema cerebral,
pneumonia aspirativa.
5 Mal Epilético
É uma série de convulsões
generalizadas que ocorrem sem
a
recuperação plena da consciência
entre as crises (30 minutos). Produz
efeitos
cumulativos,
demanda
metabólica intensa podem interferir na
respiração.
Existe parada respiratória no ápice
de cada convulsão que refletem em
lesão cerebral irreversível e fatal. Os
fatores que precipitam são abstinência
a medicação, febre e infecção
concomitante.
Sinais e Sintomas:
• convulsão;
• Má oxigenação;
• Inconsciência.
Cuidados
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•
•
•
Administrar medicação cpm;
MC da respiração, PA e do pulso;
Posição de decúbito lateral;
Acesso venoso calibroso;
Aspiração;
Risco de fraturas devido a terapia
medicamentosa (proteção de lesões);
• Proteção da equipe.
6 Cefaléia
É um sintoma em lugar de uma
patologia,
pode
indicar
doença
orgânica, uma resposta ao estresse,
vasodilatação (enxaqueca), tensão da
musculatura esquelética ou uma
combinação de fatores.
Classificada em primária – nenhuma
causa orgânica (Ocorre 5 vezes mais
nos homens do que nas mulheres) e
secundária – associada a uma causa
orgânica como tumor cerebral ou
aneurisma, hipertensão, meningite,
distúrbios
gastrointestinais,
renal,
cardiovascular, hematológica, infecciosa
ou psiquiátrica e enxaqueca – crises
periódicas e recorrentes de cefaléia
grave que ocorre mais amiúde em
mulheres com começo na puberdade e
atingindo o seu ápice entre 20 e 35
anos.
Enxaqueca dividida em quatro fases:
1) Pródromo - 60% dos pacientes sentem
com sintomas que iniciam horas ou
dias antes da cefaléia.
Sintomas: depressão, irritabilidade,
sensação de frio, desejos por
alimentos,
anorexia,
micção
aumentada, diarréia ou constipação.
2) Aura - 31% dos pacientes dura menos
de uma hora.
Sintomas: distúrbios visuais com flashes
luminosos hemianópicos (metade do
campo
visual),
dormência
e
formigamento dos lábios, face ou mãos,
confusão discreta, fraqueza discreta de
um membro, sonolência e tonteira.
3)
Cefaléia
–
vasodilatação.
Sintomas: dor
em 60% dos
durante várias
associada a
vômitos.
caracterizado
por
pulsátil, unilateral ocorre
pacientes, intensifica-se
horas (4 a 72 horas),
fotofobia, naúseas e
4) Fase de Recuperação – nesta fase a
dor diminui gradualmente.
Sintomas: contração muscular no
pescoço e couro cabeludo, exaustão e
alterações de humor.Durante este
período os pacientes podem dormir
durante horas.
Cuidados
• Administrar mcpm;
• Mudança do estilo de vida ou hábitos
que antecedem a cefaléia;
• Prevenção;
• Cuidado domiciliar e continuado.
7 Acidente Vascular Encefálico
(AVE)
É a morte de uma parte específica
do cérebro por irrigação sanguínea
insuficiente.É através do sangue que o
cérebro se nutre do que lhe é
essencial: oxigênio e glicose.
Pode ocorrer por: oclusão de um
dos vasos que nutrem o cérebro, por
obstrução parcial ou completa de vaso
intracraniano,
por
hemorragia
intracraniana.
Classificado em :
1) Isquêmico transitório – passageiro não
chega a constituir uma lesão. Déficit
sanguíneo
com
manifestações
neurológicos, que se recuperam em
minutos ou até 24 horas. Fator de risco
para prevenção de isquemias severas.
2) Isquêmico ocorre quando o
suprimento efetuado por um tronco
arterial é interrompido e as artérias
colaterais não são suficientes para
irrigar determinada área cerebral. Há o
aparecimento de déficit neurológico.
3) Hemorrágico – é o resultado de infarto
cerebral por extravasamento sanguíneo
ou ruptura de vaso cerebral. As
paredes das artérias cerebrais vão,
patologicamente,
perdendo
a
elasticidade e se rompem.
Fatores de Risco:
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Episódio isquêmico anterior;
Doenças cardíacas;
Diabetes melito;
Aterosclerose;
Hipertensão arterial;
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Hiperdislipidemias;
Fumo;
ACO associado ao fumo;
Estresse emocional;
Obesidade;
Antecedentes familiares;
Uso de drogas, especialmente cocaína;
Uso abusivo de bebidas alcoólicas.
Etiologia:
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Trombose;
Embolia;
Hemorragia Cerebral;
Espasmo
arterial
cerebral
(vaso
estreito);
• Compressão resultante de um tumor,
coágulo sanguíneo grande ou edema
cerebral.
Sinais e sintomas:
1) Transitório
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Monoparesias ou hemiparesias;
Parestesias;
Disfasias;
Vertigens;
Diplopias;
Zumbidos;
Cefaléias.
2) Isquêmico
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Alterações motoras;
Perda da comunicação;
Perda visual;
Agnosia;
Síndrome de Horner;
Anestesia;
Ataxia (coordenação dos movimentos);
Alterações vesicais;
Prejuízos da atividade mental e efeitos
psicológicos.
3) Hemorrágico
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Déficit neurológico;
Cefaléia súbita;
Perda da consciência;
Rigidez de nuca;
Distúrbios visuais;
Zumbido;
Tonteira;
Hemiparesia.
Complicações: flutuação da pressão
arterial,
alteração
do
padrão
respiratório,
arritmias
cardíacas,
broncoaspirações, lesões cutâneas,
hipertensão
intracraniana,
coma,
convulsões.
Cuidados
• Orientação aos portadores de HAS,
DM, cardiopatias, lipidemias elevadas
e controle de tabagismo;
• Administrar
drogas
com
ASS,
anticoagulantes, tratamento cirúrgico
(endarterectomia);
AVE estabelecido
• Balanço hídrico prevenir tromboses
devido a desidratação;
• Controle da PA, mínima 120 mmHg;
• NPVO nas primeiras 24 a 48 horas,
em decúbito lateral;
• SNG ou SNE;
• SVA ou SVD;
• Cuidados respiratórios;
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Mudanças de decúbito a cada duas horas;
Cuidados oculares;
Sedação;
Fisioterapia;
Combate ao edema cerebral;
Prevenção de complicações;
Cuidado domiciliar e comunitário;
Restrição de visitas, estresse;
Diminuir a dor;
Repouso para equilibrar a PIC devido a
sangramentos no AVE Hemorrágico.
8 Meningite
Inflamação
das
meninges,
membranas que envolvem o cérebro e
a medula espinhal. Classificada como
séptica causada por bactérias ou
asséptica causa viral ou secundária ao
linfoma, leucemia ou abscesso
cerebral.
Fatores de risco para meningite
bacteriana:
tabagismo,
infecção
respiratória alta, otite, mastoidite e
imunodeficiências.
Ocorre mais no inverno e início da
primavera.
Sinais e sintomas:
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Cefaléia;
Febre;
Rigidez de nuca;
Fotofobia;
Sinal de Kernig positivo: paciente
deitado com a coxa flexionada sobre o
abdome, a perna não consegue ser
estendida por completo;
• Sinal de Brudzinski positivo: quando o
pescoço do paciente é flexionado,
ocorre a flexão dos joelhos e quadris;
quando é empreendida a flexão
passiva do membro inferior de um lado
observa-se um movimento similar no
membro oposto;
• Exames de LCR e de sangue.
Cuidados
• Vacinação para H. inflenza e S.
pneumoniae;
• Avaliar estado neurológico;
• Verificar sinais vitais;
• Oximetria de pulso e gasometria;
• TET ou traqueostomia;
• Reposição de líquidos;
• Medicar com;
• Monitorar peso, eletrólitos e volume para
secreção inadequada de hormônio
antidiurético;
• Proteger o paciente contra lesões
ocasionadas por convulsões;
• Evitar UP e pneumonia;
• Isolamento;
• Orientações à família e ao paciente.
9 Esclerose Múltipla
Doença no qual ocorre a destruição
da mielina (material gorduroso e
protéico que circunda as fibras
nervosas no cérebro e na medula
espinhal) com comprometimento da
transmissão dos impulsos nervosos.
Incidência entre 20 e 40 anos,
afetando mais as mulheres.
Sinais e sintomas:
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Fadiga;
Depressão;
Dormência;
dificuldade na coordenação;
Perda do equilíbrio;
Dor;
Diplopia, escotoma e cegueira completa;
Quadriparesia;
Ataxia coordenação comprometida dos movimentos;
Disfunção cognitiva.
Complicações secundárias: ITU, UP,
constipação, depressão, pneumonia,
massa óssea diminuída.
Cuidados
• Administrar interferon, acetato de glatiramer
ou Rebif;
• Para dor antidepressivos, opióides ou
anticonvulsivantes;
• Promover a mobilidade física;
• Atividade e repouso antes da fadiga;
• Prevenir lesão;
• Estimulando controle vesical e intestinal
regularidade e alimentação;
• Tratando as dificuldade de fala e
deglutição;
• Promover o cuidado domiciliar e
comunitário;
• Promovendo a função sexual.
10 Miastenia Grave
É um distúrbio auto-imune que
afeta
a
junção
mioneural,
caracterizada por graus variados de
fraqueza dos músculos voluntários. As
mulheres tendem a desenvolver a
doença em uma idade mais precoce
20 a 40 anos em comparação aos
homens 60 a 70 anos.
Sinais e sintomas:
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Diplopia;
Ptose;
Fraqueza dos músculos da face e da faringe;
Fraqueza generalizada;
Disfonia;
Sufocação e aspiração;
Insuficiência respiratória.
Cuidados
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•
Administrar terapia farmacológica com;
Ensino da família e do paciente;
Estratégias para conservar energia;
Repouso antes das refeições e coincidindo
com o pico máximo da terapia medicamentosa;
Fita adesiva nos olhos por algum tempo;
Tamponamento de um olho pode ajudar com a
visão dupla;
Evitar exacerbação;
Para crises: UTI, SNG, gasometria, eletrólitos,
assistência ventilatória.
Referências
Smeltzer & Bare 2008.
Tratado
de
enfermagem.
Cecil.Medicina Interna Básica.
2008.
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