Crise Convulsiva

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CRISE CONVULSIVA
Profº. Enfº. Diógenes Trevizan
Especialização Urgência e Emergência
Definição
• Considerada uma condição multifatorial, a crise
convulsiva pode ser definida como uma desordem na
transmissão dos impulsos elétricos cerebrais, que se
manifesta por espasmos involuntários dos grupos
musculares com ou sem perda da consciência, sendo
limitada em relação ao tempo.
• Devido à alteração paroxística (intensa) da atividade
cerebral, que se inicia em um grupo de neurônios ou
ainda se espalha por uma área generalizada, as
convulsões se caracterizam por movimentos musculares
involuntários e súbitos, de forma generalizada ou
acometendo um segmento do corpo.
Classificação
• Podem ser classificadas em tônicas, quando
caracterizadas por sustentação e imobilização das
articulações; clônicas, quando se apresentam de forma
ritmada, com períodos de contração e relaxamento; ou
ainda tônico-clônicas, ( mais grave) que se
caracterizam pelas duas formas descritas, com perda da
consciência e do controle esfincteriano.
Observação
• Clínica bastante frequente, que se manifesta tanto em
patologias neurológicas como acidente vascular cerebral,
traumatismo crânio encefálico e encefalite é a convulsão.
• Pode ocorrer como evento isolado em decorrência de
doenças sistêmicas tais como distúrbios hidroeletrolíticos,
insuficiência renal, insuficiência hepática, septicemia,
estado hiperglicêmico, entre outros.
As causas de convulsão são diversas,
como:
• Febre alta (insolação e infecção).
• Infecções do cérebro (malária, raiva, meningite, sífilis, tétano,
toxoplasmose, encefalite, etc).
• Distúrbios metabólicos (hipoparatireoidismo, níveis elevados de sódio
ou açúcar na corrente sanguínea; níveis baixos de açúcar, cálcio,
magnésio ou sódio no sangue; etc).
• Exposição a drogas ou substâncias tóxicas (álcool, anfetamina,
cânfora, estricnina, overdose de cocaína, etc).
• Oxigenação insuficiente do cérebro (intoxicação por monóxido de
carbono, afogamento parcial, sufocação parcial, fluxo sanguíneo
inadequado para o cérebro, tumor cerebral, etc).
• Abstinência após utilização excessiva de algumas substâncias
(álcool, medicamentos para dormir e tranquilizantes).
• Reações adversas a medicamentos de receita obrigatória.
• Outras doenças (eclampsia, encefalopatia hipertensiva e lúpus
eritematoso).
• O período de duração de uma crise convulsiva é de
aproximadamente de 2 a 5 minutos, podendo sobrevir a
cefaleia, confusão mental, dores musculares e fadiga. A
investigação diagnóstica é fundamentada na história
pregressa e atual do paciente, complementando com
exame de tomografia computadorizada e
eletroencefalograma. Há necessidade de exames
laboratoriais para pesquisa de possíveis alterações
bioquímicas e metabólicas para auxiliar no diagnóstico.
• O tratamento é baseado na manifestação clínica, com
intuito de minimizar as contrações musculares por meio
da administração de medicamentos mio relaxante por via
endovenosa. Por vezes, é necessária a infusão contínua
ou intermitente de medicamento anticonvulsivante para
prevenção de novos episódios. No estado pós-convulsivo
podem ocorrer injúrias como bronco aspiração, coma,
hipóxia, acidose metabólica, entre outras.
Conduta Medicamentosa
Fim!!!!
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