Relações entre cérebro e música Por Thábatta - IBB

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Relações entre cérebro e música
Por Thábatta Karollynne E. Nakamura, aluna bolsista
MEC/SESu – PET
A relação entre cérebro e música é um assunto em desenvolvimento e
pesquisas já que permitem um amplo conhecimento da funcionalidade cerebral.
Sabe-se que a música interfere na plasticidade cerebral, favorece conexões
entre neurônios, relaciona-se com os processos de memorização e atenção e
estimula a comunicação entre os hemisférios cerebrais.
Não existe um centro neurológico específico para a música. A função
musical (conjunto de atividades cognitivas e motoras envolvidas no
processamento da música) é difusa, ou seja, está presente em várias áreas
cerebrais. No entanto, existem pessoas que não conseguem reconhecer ou
evocar elementos musicais, pois perderam essa capacidade, ocasionada ou
por uma condição congênita ou adquirida, nomeado de AMUSIA. A primeira é
uma condição hereditária, já a segunda surge como consequência de algum
traumatismo ou derrame cerebral. Estudos mostram que muitos portadores de
amusia não apresentam qualquer deficiência no campo da linguagem (afasia) e
que indivíduos que sofreram lesões cerebrais e perderam a função verbal não
necessariamente terão o problema.
Cada cérebro tem suas preferências musicais, entretanto alguns critérios
são universalmente comuns e presentes em todos. Acredita-se que as músicas
capazes de chamar a atenção possuem uma estrutura melódica e temporal
suficiente para desencadear processos mentais automáticos de análise que
criam expectativas sobre como a melodia deve prosseguir. Este processo
inconsciente de tentar adivinhar as próximas notas e, eventualmente acertar, é
um estímulo de recompensa que mantém o cérebro interessado em continuar
expectando o que resulta no sentimento de gostar da música. Por conta dessa
avidez cerebral em construir uma suposta familiaridade musical, quanto mais
música se ouve mais o cérebro aprende a acertar antecipadamente os padrões
de melodia e ritmos, assim, mais música se deseja ouvir. O prazer da música
talvez venha do trabalho agradável que ela dá ao cérebro.
Com o desenvolvimento de tecnologias que permitem observar o cérebro
em atividade, a questão atualmente é saber até onde a música pode influenciar
no funcionamento cerebral e o quanto pode ser útil para a sociedade.
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