Cefaléia Orgásmica A dor é lancinante, quase sempre insuportável. A vontade é de fugir, bater com a cabeça na parede, morrer. Mas tem um problema, você está acompanhado. Esta é a cefaléia orgásmica ou orgástica. Ela só aparece na hora do orgasmo e, quanto maior a intensidade do orgasmo, maior a dor. Vem em caráter explosivo e atinge toda a cabeça no início de um orgasmo. É mais comum entre os homens e pode vir acompanhada de vômitos. Os indivíduos com esse tipo de cefaléia, geralmente criam uma aversão ao sexo, pois o medo da dor é maior que o próprio prazer com o ato sexual. Geralmente o ato sexual deve ser interrompido bruscamente. Cerca de 0,4% da população mundial são acometidas pela doença. A doença apresenta mecanismos ainda desconhecidos e atinge mais aqueles que apresentam outros tipos de dor de cabeça crônica, como a enxaqueca, por exemplo. São conhecidas três formas distintas de cefaléia ligada à atividade sexual. A cefaléia do tipo peso, a dor é geralmente na nuca, de intensidade moderada e que pode tornar-se severa à medida que aumenta a excitação sexual. O nível de contração da musculatura cervical e do escalo (progressão para o orgasmo) tem sido fatores desencadeantes da dor. A cefaléia do tipo explosivo, tem início súbito, intensa, de localização holocraniana (toda a cabeça), que ocorre no momento exato do orgasmo. A duração é em geral de minutos, mas pode persistir por até 48 horas. É a forma mais freqüente e representa 70% dos casos. É fundamental que a pessoa interrompa o ato sexual tão logo surja à dor. A cefaléia do tipo postural, com dor intensa na nuca após o coito. Tem intensidade moderada ou severa, que se acentua com a posição ortostática (de pé). A maioria dos portadores desse tipo de dor de cabeça não apresenta nenhuma causa orgânica grave. Geralmente 5% dos portadores de cefaléia orgásmica revelam alguma lesão craniana ou processos expansivos (tumores), por esse motivo, a avaliação deve ser criteriosa, feita por um neurologista ou um especialista em dor de cabeça. Geralmente os exames de imagem como a tomografia computadorizada ou a ressonância nuclear magnética de crânio são indicadas na primeira vez que o paciente apresentou esse tipo de dor. Uma vez que o diagnóstico de causa orgânica grave tenha sido afastado, o tratamento medicamentoso deve ser iniciado. A dor pode desaparecer espontaneamente, mas pode retornar após semanas, meses ou anos. Em geral o tratamento é satisfatório e o resultado final é o fim da dor de cabeça.