pessoa têm

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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS
DOENÇAS NEUROMUSCULARES
ELIZENE DOS REIS OLIVEIRA – PSICÓLOGA
HELENICE MEIRELLES ANDRADE – PSICÓLOGA
• As doenças neuromusculares são doenças
crônicas que provocam graves limitações físicas e
influências no aspecto emocional dos pacientes,
sendo que algumas têm prognóstico negativo e
fazem com que o paciente conviva com a perda
progressiva de suas funções motoras e podem
levar ao óbito.
• Viver com doença neuromuscular implica em
alterações emocionais, desde o momento em
que inicia a busca pelo diagnóstico ;
• Uma DNM obriga a repensar o modo de vida e
por isso surgem dificuldades para a tomada de
decisões, medo perante os desafios e
desconfiança face as possibilidades reais;
• A pessoa vive num processo de adaptação e
perda constante.
• Essas perdas podem ser rápidas ou lentas,
mas as perdas acontecem e devem ser
trabalhadas para que aconteça o
enfrentamento;
• Esse diagnóstico atinge todas as idades, da
infância a vida adulta, pois mesmo após o
desenvolvimento dito normal, podem surgir
disfunções pré existentes que se manifestam
tardiamente e que em todos os casos a
fantasia da cura existe;
• Cada ser humano reage de forma diferenciada,
dependendo
de
suas
características
de
personalidade/dinâmica emocional, pode reagir de
forma ansiosa ou depressiva;
• É necessário considerar que cada pessoa está pronta
para escutar e entender em seu tempo;
• É um processo gradativo de aceitação da doença;
• Algumas fases da doença podem ser
previsíveis, e outras, incertas, porém todas
causam impacto e danos à criança e à família.
Cada fase tem tarefas próprias, requerendo
força, mudanças de comportamento, de
atitude e readaptações.
• Existe três fases:
a fase de crise, caracterizada pelo período
sintomático até o início do tratamento,
ocorrendo uma desestruturação na vida do
paciente e da família;
não aceita sua realidade física
período de rebeldia e agressões emocionais às
pessoas próximas;
a fase crônica, marcada pela constância,
progressão e remissão do quadro de sinais e
sintomas, quando o paciente e a família
procuram dar autonomia e reestruturação às
suas vidas,
assume a atual condição de vida, busca-se viver
da melhor forma possível e experimentar
mudanças;
e a fase terminal, abrangendo desde o
momento em que a morte parece inevitável,
até a morte propriamente dita.
• Não necessariamente todos passam por
todas as fases, sendo que alguns ficam
presos em determinada fase, não
conseguindo superá-la;
• Assim, o tratamento psicológico torna-se
necessário para auxiliar paciente e família na
luta diária contra as múltiplas perdas
proporcionadas pela doença.
• O papel do psicólogo é estar junto, acolher,
trabalhar suas fantasias e mostrar como
conviver com suas limitações;
• É necessário trabalhar a adaptação à doença
para que a pessoa elabore emocionalmente, o
melhor possível, todas as perdas físicas que
ocorrem;
• Deve-se oferecer informações claras e corretas a
respeito do diagnóstico, considerando o
momento emocional da pessoa DNM;
• Trabalhar
o
potencial
contudo,negar suas perdas;
• Considerar os preconceitos,
conhecimentos da sociedade.
da
pessoa,sem
por
falta
de
• As reações frente ao diagnóstico variam de
acordo com a estrutura emocional:
Passividade
Agressividade
Ansiedade
Depressão
Angústia
Frustação
Tristeza
Culpa
Raiva
• Quando uma doença não tem bom
prognóstico é comum que desencadeie na
pessoa e na família sintomas de ansiedade,
angústia e depressão;
• Esses sentimentos são reações naturais,
quando as pessoas tem que lidar com o
desconhecido, com situações de discriminação
e com a possibilidade de morte;
• Existe uma relação direta entre doença e
autoestima;
• A pessoa torna -se fragilizada e desenvolve um
comportamento antissocial;
• Alguns tem vergonha do próprio corpo, tentam
esconder partes que não desejam que sejam
observadas;
• Temem pela discriminação;
• Aprisionam-se no estigma do corpo feio e
deformado;
• Há um desconforto físico e emocional;
• Ocorre pensamentos negativos, não acreditam
nos próprios recursos;
• Lidar com os próprios limites não é fácil,
principalmente quando se trata de casos em
que a ciência ainda estuda e pesquisa a
doença;
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
• SENTIMENTOS DE:
o Incerteza: sobre a origem da doença e seu
caráter hereditário;
ausência de um diagnóstico claro;
perspectivas e recursos.
o Perda de controle: dependência física;
perda de autonomia;
limitações das
possibilidades laborais;
redução do convívio social.
o Isolamento: alteração da imagem corporal;
limitação da mobilidade;
problemas de acessibilidade e
transporte
NA ESCOLA
• Devemos ajudar e promover o
desenvolvimento social.
• Frequentar uma escola é um princípio
fundamental; todas as crianças são curiosas e
gostam de aprender, e a escola é o local ideal
para o desenvolvimento social de qualquer ser
humano.
Como ajudar o adolescente com DNM?
Não é só o corpo que sofre modificações.O
pensamento adquire a capacidade de raciocínio
abstrato.
Seu desenvolvimento necessita que participe de
grupos,conheça pessoas com os mais variados
pontos de vista sobre diferentes assuntos
• Seria bom que o adolescente com DNM chegasse
a esta fase com um bom nível de socialização;
• Também é importante que confie o bastante em
algumas pessoas, para que possa conversar, pedir
opinião ou auxílio;
• Surgem dúvidas sobre a profissão, o trabalho, a
possibilidade de uma vida independente e sobre
as relações afetivas;
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