Sumário Resumo ....................................................................................................................... 1 1. Tratamento da psicose lúpica.................................................................................. 1 1.1. Conceito............................................................................................................ 1 1.2. Incidência.......................................................................................................... 1 1.3. Etiopatogenia .................................................................................................... 3 1.4. Marcadores Diagnósticos ................................................................................. 3 1.5. Tratamento Medicamentoso ............................................................................. 4 1.6. Corticosteróides ................................................................................................ 5 1.7. Citostáticos ....................................................................................................... 6 1.8. Anticoagulantes ................................................................................................ 7 1.9. Monitorização do Paciente Lúpico .................................................................... 8 Referências bibliográficas ........................................................................................... 8 1 PSICOSE LÚPICA RESUMO O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão bibliográfica sobre o tratamento da psicose lúpica, uma vez que existe uma incidência relevante desta manifestação neuropsiquiátrica no lúpus eritematoso sistêmico (LES). A falta de trabalhos com este tema específico nos fez optar pelo assunto. A psicose lúpica é uma manifestação neuropsiquiátrica do LES, doença inflamatória sistêmica auto-imune, este acometimento é definido como um estado de distúrbio mental funcional como delírio, demência, alucinações, inadequação emocional, alteração de memória ou concentração. Acredita-se que estas alterações resultem da lesão do endotélio por anticorpos antifosfolipídios pela atividade da doença LES. Abordaram-se os possíveis tratamentos, como o uso de corticoesteróides, citostáticos, anticoagulantes e plasmaferese. A metodologia utilizada é baseada em revisão de literatura, através da pesquisa via internet (medline).O material utilizado foi encontrado em artigos científicos, literatura médica internacional e livros nacionais e internacionais. As bibliotecas mais consultadas foram BIREME e Biblioteca de Reumatologia da FMUSP. Através da leitura e associação de trabalhos de vários autores foi feita uma revisão bibliográfica referenciada, a bibliografia representa a maior fonte de pesquisa deste trabalho. 1. TRATAMENTO DA PSICOSE LÚPICA 1.1. Conceito Psicose lúpica é uma manifestação neuropsiquiátrica do LES (lúpus eritematoso sistêmico), doença inflamatória sistêmica auto-imune, este acometimento é definido como um estado de distúrbio mental funcional como delírio, demência, alucinações, inadequação emocional, alteração de memória ou concentração25, 42. Laurelle compreendeu o conceito psicose como: estado de excitação, sonambulismo, automatismo deambulatório e estados crepusculares de prognóstico favorável, embora com tendência a recidivar27. Distúrbio devido a um fator emocional e a uma condição predisponente, cuja interação influencia na patogenia2. 1.2. Incidência Os distúrbios de comportamento são muito comuns e podem acontecer em cerca de metade dos pacientes. O quadro de psicose se dá em até 10% dos casos, podendo-se manifestar nas suas diferentes expressões, tais como esquizofrenia e distúrbios bipolares53. 2 3 A psicose é importante e representa grave manifestação do quadro clínico do LES, o envolvimento neuropsiquiátrico no lúpus eritematoso sistêmico (LES) varia de 25% a 70% durante o curso da doença e pode manifestar-se como diferentes formas clínicas, desde quadros leves até graves16, 22, 27, 34. 1.3. Etiopatogenia A base patológica dos sintomas do sistema nervoso central (SNC), não é totalmente clara. Com freqüência, tem sido atribuída a vasculite aguda com resultantes sintomas neurológicos focais. Todavia, estudos histológicos do SN de pacientes com manifestações neuropsiquiátricas do LES não conseguiram revelar uma vasculite importante. Em vez disso, nota-se algumas vezes, uma oclusão não inflamatória dos pequenos vasos. Decorrente da proliferação da íntima35. Acredita-se que estas alterações resultem da lesão do endotélio por anticorpos antifosfolipídios. Além disso, estudos recentes sugerem que anticorpos contra uma proteína da membrana sináptica podem participar na patogenia dos sintomas centrais35. A vasculite cerebral é um processo mais grave, caracterizado por febre, confusão mental e cefaléia, que pode evoluir em questão de horas, ou dias, para convulsão, psicose, encefalomielite e até coma e óbito53. A etiopatogenia é multifatorial, sendo que muitas vezes a doença básica provoca a lesão primária, que se agrava pela presença de septicemia, distúrbio hidroeletrolítico, uremia, hipertensão arterial, uso de corticóides, etc29. 1.4. Marcadores Diagnósticos A psicose parece ser causada por auto-anticorpos dirigidos contra células neuronais ou produtos delas, desse modo, os pacientes apresentam níveis elevados de anticorpos antineuronais ou outras evidências da produção de auto-anticorpos no LCR, estão freqüentemente presentes no lúpus do SNC com manifestações difusas, os anticorpos séricos anti-P contra proteína P ribossomal parecem ser útil marcador diagnóstico50. O antígeno anticorpo anti-P ribossomal foi descrito originalmente nos pacientes lúpicos e foi associado com os episódios psicóticos no LES3. Os anticorpos anti-P são detectados em cerca de 10-20% de pacientes lúpicos e são encontrados em 80% dos pacientes com psicose lúpica ao contrário dos pacientes lúpicos com outras manifestações neurológicas 12. O auto-anticorpo anti-P consiste em três proteínas, estas três proteínas são designadas o kD PO, o kD P1, e o kD P2 13. 4 Um outro estudo mostrou uma alta freqüência de anti-Ro/SS-A nos pacientes com anti-P positivo3. Outros estudos apresentaram a evidência que os anticorpos anti-P (IgG) podem ligar-se ao ribossomo e inibir a síntese de proteína 42. A psicose é possivelmente causada pela síntese de interferon alfa no cérebro 39. Outro elemento útil na prática como indicador da disfunção cerebral no LES é a eletroencefalografia quantitativa neurométrica, que permite diferenciar pacientes com diversas manifestações neuropsiquiátricas, além de proporcionar a detecção precoce, acompanhar a seqüência evolutiva e monitorar a eficiência da terapia 34. 1.5. Tratamento Medicamentoso A principal medicação para o tratamento das manifestações do lúpus do SNC é o corticóide. A dose de administração depende de sua gravidade. Em alguns casos, é necessária a introdução de imunossupressores e até de plasmaferese53. Uma das grandes dificuldades no manejo terapêutico desse envolvimento é a interpretação correta dos sinais e dos sintomas, visto que alguns deles podem ser secundários a outros eventos clínicos que ocorrem nessa doença multissistêmica. Assim, a psicose apresentada por um paciente pode ser decorrente do LES ou secundária a quadro infeccioso do SNC8. Estabelecida à presença do comprometimento neuropsiquiátrico do LES e afastadas as causas secundárias, como infecções, hipertensão arterial, uremia, diabetes e drogas, outro passo importante é verificar a gravidade e o prognóstico da manifestação8. Ainda que a patogênese da psicose não seja bem definida, a identificação da participação dos fenômenos tromboembólicos, do processo inflamatório ou mesmo de ambos colabora para a indicação medicamentosa6, 22. O tratamento da psicose lúpica deve ser vigoroso e precoce, com o emprego dos pulsos de metilprednisolona e de ciclofosfamida, 32, 49 ao lado da aférese plasmática37 ou liquórica33. A ciclofosfamida EV surge como medida terapêutica efetiva no LES neuropsiquiátrico grave e refratário a outras medidas38. Não existem protocolos terapêuticos controlados no lúpus neuropsiquiátrico. A terapêutica baseia-se fundamentalmente em três drogas: corticosteróides, citostáticos e anticoagulantes, utilizados isoladamente ou em combinação 8. 5 1.6. Corticosteróides O uso de corticosteróides orais, na dose acima de 1,0mg/Kg/dia é preconizado no tratamento principalmente nos casos em que os anticorpos antineuronais têm participação, como nos distúrbios cognitivos e na psicose. Altas doses de esteróides oralmente ou sob a forma de pulsos (de 1,0g a 1,5g/EV d/3 dias) são indicadas 11, 14, 18. O risco de infecções nos pacientes submetidos a altas doses de corticosteróides deve ser sempre analisado, visto que pacientes que recebem mais que 100mg de prednisona/dia por mais de um mês têm mais chances de óbito em decorrência de infecções do que do próprio lúpus38. Outro risco a ser calculado no uso da corticoterapia é a possibilidade de indução da psicose pelos glicocorticóides (GC). O estudo 38 de 28 pacientes com 52 episódios de manifestações neurológicas mostrou que 14 desses pacientes apresentaram 15 episódios de psicose que podiam ser atribuídos à terapêutica e cinco das nove mortes que ocorreram foram por infecções. Em outra observação de 11 pacientes previamente psicóticos que receberam esteróides, somente três tiveram recorrência da psicose demonstrando que os doentes lúpicos podem desenvolver episódios psicóticos independentemente do uso de esteróides31. Outros autores demonstraram em seus estudos que a psicose do lúpus deve ser principalmente orgânica e raramente pelo uso de esteróides10, 16, 17, 44. A psicose decorrente de esteróides quando ocorre, no entanto, se relaciona à dose empregada. No estudo do The Boston Collaborative Drug Surveillance Study,21 a incidência de sintomas psicóticos era de 1,3% em doentes tratados com doses menores que 40mg/dia e naqueles tratados com doses de 41 mg a 80 mg/dia a incidência era de 4,6%. Essa incidência aumentou para 18,4% nos pacientes que recebiam doses maiores que 80 mg/dia. Embora a psicose seja descrita de 5% a 28% de pacientes com LES, Rogers 51 estimou que apenas 5% das psicoses são causadas pelo uso de GC. A distinção entre psicose lúpica e psicose induzida por GC é difícil de se fazer. A presença concomitante de outras manifestações neurológicas e/ou a positividade de anticorpos anti-P ribossomal são elementos que podem sugerir que a psicose devase à atividade do lúpus, mas outras causas de alterações psiquiátricas como uremia, distúrbio eletrolítico, uso de outras drogas e infecções do sistema nervoso devem ser descartadas26. A relação ao tratamento da psicose induzida por GC, antes da utilização de fenotizinas foi observado que a psicose por esteróide remitia espontaneamente após duas semanas a sete meses da suspensão de GC. Após seis semanas, 80% dos casos remitiram espontaneamente26. Entretanto, a administração de fenotiazinas reduziu dramaticamente esse período. Vários esquemas terapêuticos para psicose por GC são amplamente utilizados. 6 Os mais eficazes incluem a descontinuação de GC quando possível ou a redução à mínima dose (podendo se associar outras drogas, como os imunossupressores, para o tratamento da atividade lúpica) e o uso de fenotiazinas ou outras drogas, antipsicóticas26. A utilização de antidepressivos tricíclicos deve ser evitada, pois a literatura mostra uma pobre resposta e, até mesmo, uma piora dos sintomas. As drogas mais freqüentemente usadas para o tratamento da psicose por GC são a tioridazina (50mg/dia a 200 mg/dia), clorpromazina (50 mg/dia a 200 mg/dia) e o haloperidol (2 mg/dia a 10 mg/dia). A excitação e a ansiedade pode ser controlada com uso de drogas ansiolíticas em pacientes em uso de GC em altas doses26. Se o tratamento da psicose orgânica é feito com corticosteróides, em oposição, a terapêutica da psicose esteróidica é baseada na redução gradual da dose de esteróides quando possível, daí a necessidade da precisão diagnóstica8. Os antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos são comumente empregados. O uso do carbonato de lítio pode ser preconizado em alguns casos8. 1.7. Citostáticos Não existem estudos controlados com o uso de citostáticos amplamente utilizados na nefrite lúpica, como a azatioprina ou a ciclofosfamida. A utilização de ciclofosfamida endovenosa mensal em um estudo aberto de nove pacientes com lúpus renal, do SNC ou ambos, demonstrou a melhora em poucos casos de doenças neurológica28. Entretanto, em outra observação, empregando pulso endovenosos de ciclofosfamida (de 0,75g a 1g/m2/ superfície corporal) a cada três ou seis semanas por vários meses, obtiveram bons resultados em oito de nove episódios neurológicos, e seis desses pacientes eram não-responsivos a altas doses de esteróides8. O pulso endovenoso de ciclofosfamida parece ser uma boa indicação para os casos de deterioração do nível de consciência40, psicose aguda ou coma5. A intensidade e a duração dessa terapia não são conhecidas. Alguns pacientes podem obter melhora rapidamente, como depois de quatro dias de terapêutica, no entanto, normalmente quatro a seis meses de pulsos mensais podem fazer a supressão da doença e evitar novos surtos, porém terapias mais longas podem ser necessárias8. É importante uma constante irrigação da bexiga por meio de adequada hidratação para se evitar a deposição de um metabólito da ciclofosfamida, a acroleína, que se deposita nas paredes da bexiga promovendo cistite hemorrágica. O uso da N-acetil cisteína por via oral, na dose comumente empregada para fluidificar a secreção brônquica pode evitar essa deposição de acroleína32. 7 1.8. Anticoagulantes Pacientes com fenômenos trombolíticos e anticorpos antifosfolípedes, o tratamento consistirá em anticoagulação. Em pacientes com LES e deterioração progressiva das funções intelectuais, deve-se considerar a possibilidade de infartos múltiplos secundários a tromboses reicidivante por anticorpos antifosfolípedes, sendo indicado nestes casos também, o tratamento com anticoagulantes25,42. Pacientes com fenômenos tromboembólicos cerebrais, associados ou não aos anticorpos antifosfolípides e que não tenham evidências de atividade lúpica em outros órgãos, podem utilizar predominantemente os anticoagulantes, visto que o benefício do uso de esteróides e citostáticos nesses casos é bastante duvidoso 8. No entanto, nem todos os pacientes com anticorpo antifosfolípide devem receber anticoagulação. Aqueles com esses anticorpos e história de AVC têm chance de 69% de apresentar um novo AVC21. A indicação clara da anticoagulação encontra-se naqueles casos de tromboembolismo cerebral recorrente 3, 1. Também não se conhece o verdadeiro benefício da anticoagulação na síndrome orgânica cerebral, mas em virtude de seu prognóstico favorável, a indicação da anticoagulação é questionável23. O esquema de anticoagulação ainda não está estabelecido. Naqueles casos com anticorpo antifosfolípides, a utilização de doses baixas de aspirina (75mg/d), que é um antiplaquetário é menos eficaz que warfarin ou dicumarínicos9, 36. O warfarin é o tratamento de escolha naqueles pacientes com AVC e também é bastante eficaz nas embolias cardíacas, que podem ser causa do AVC no LES. O risco de sangramento, evidentemente, é a principal preocupação nesses casos e o tempo de tratamento deve ser bastante longo, visto que trombose pode voltar a ocorrer se cessada a terapêutica9. Outra interessante, porém ainda pouco explorada possibilidade, é o uso de antimaláricos com ação anticoagulante7 e que certamente merecerá estudos posteriores. A heparina subcutânea de baixo peso muscular foi utilizada somente em poucos casos que não permitiram conclusões definitivas36. Outras opções terapêuticas têm sido utilizadas de maneira ocasional no lúpus neuropsiquiátrico. Uma combinação de imunoglobina (IgG) endovenosa com terapêutica imunossupressora foi empregada em um paciente com infarto cerebral e anticorpo antifosfolípide que não respondia à terapêutica isoladamente 45. Plasmaferese já foi utilizada com sucesso em casos refratários, 5, 41, 46, 47 e associada à gamaglobulina endovenosa em pacientes com síndrome de GuillainBarré48. Outras terapêuticas de exceção incluem metotrexato, ciclosporina e irradiação linfóide total, porém não existem elementos para se concluir sobre o seu benefício terapêutico. 8 1.9. Monitorização do Paciente Lúpico A monitorização é complexa, pois nenhuma intervenção resulta na cura e as exacerbações ocorrem mesmo após longos períodos de controle da doença. O objetivo fundamental da intervenção do médico é obter um equilíbrio entre evitar as complicações da doença com o máximo de eficácia medicamentosa e o mínimo de efeitos colaterais. A cloroquina tem, atualmente, indicação para uso como droga de base para prevenir exacerbações da doença, não só cutânea e articular, como também sistêmica, devendo-se ter cuidado para prevenção de seus efeitos colaterais, em particular a retinopatia. O paciente deve ser acompanhado pelo menos a cada três meses com monitorização clínica e laboratorial cuidadosa, com enfoque especial para sinais e sintomas de atividade de doença. O controle da hipertensão deve ser rigoroso, pois este é um dos principais fatores preditivos de mortalidade. Os cuidados com a qualidade de vida são também fundamentais, tais como orientação para fatores de riscos da doença coronariana que, sabidamente, é uma causa importante de morbidade e mortalidade dos pacientes com aumento da sobrevida53. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 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