Cálculo Proposicional - Departamento de Computação e Matemática

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Lógica - Definição
Cálculo Proposicional
Formalização de alguma linguagem
‰ Sintaxe
Especificação precisa das expressões legais
‰ Semântica
Significado das expressões
‰ Dedução
Provê regras que preservam a semântica
‰ Nesta
aula são
introduzidos conceitos
básicos sobre o Cálculo
Proposicional (CP)
‰ O CP é também
denominado Cálculo de
Proposições ou Lógica
de Proposições
Inteligência Artificial
José Augusto Baranauskas
Departamento de Física e Matemática – FFCLRP-USP
E-mail: [email protected]
URL: http://dfm.fmrp.usp.br/~augusto
2
Programação Lógica
‰
‰
‰
‰
Cálculo Proposicional - CP
Prolog (Programming in Logic)
Prolog = cláusulas + resolução
Uso da lógica para representar conhecimento
Uso da inferência para manipular o conhecimento
‰ Cálculo
‰ Apenas
enunciados declarativos são
permitidos
Forma Clausal
premissas
ou
condições
Proposicional ≡ Lógica Proposicional
‰ Excluídas
inferência
(resolução)
sentenças exclamativas,
imperativas e interrogativas
conclusões
3
Termo
4
Proposição
É usado para designar objetos
É uma sentença declarativa que pode assumir
os valores verdade (v) ou falso (f)
Exemplos:
Exemplos:
‰ Todo homem é mortal
‰ Meu carro é um fusca
‰ Está chovendo
‰ Paula
‰ Um
filme de terror
‰ Triângulo
retângulo
5
6
1
Proposição Atômica
Proposição Composta
Sentença que não contém conectivos
(e, ou, se...então, ...)
Sentença que contém um ou mais
conectivos (e, ou, se...então, ...)
‰ Se
Maria estuda então fará bons exames
come e dorme
‰ Pedro dança ou canta
‰ Todo
homem é mortal
‰ Meu carro é um fusca
‰ Está chovendo
‰ Ele
7
8
Proposição - Cuidado!
Conceitos Adicionais
‰ As
‰ Proposição
atômica ≡ átomo
atômicas são designadas por
letras latinas minúsculas (p, q, r, ...)
‰ Literal é um átomo ou a negação de um
átomo
‰ Conectivos ou Operadores: permitem a
construção de proposições compostas
expressões:
Está chovendo?
‰ Proposições
A viagem entre Ribeirão Preto e Guarujá
não são sentenças do CP pois
não possuem um valor verdade
verdadeiro (v) ou falso (f) associado
9
10
Conectivos
Conectivo: e (∧)
Conectivos ou Operadores:
‰e
∧
(conjunção)
‰ ou
∨
(disjunção)
‰ não
¬
(negação)
‰ condicional
→ (implicação)
‰ bicondicional
↔
‰A
partir de duas proposições, obtém-se uma
terceira denominada conjunção:
‰ Exemplo:
ƒ (p) Maria estuda o problema
ƒ (q) José vai pescar
ƒ Conjunção de (p) e (q): p ∧ q
™ Maria
11
estuda o problema e José vai pescar
12
2
Conectivo: ou (∨)
Conectivo: não (¬)
‰A
‰A
partir de duas proposições, obtém-se uma
terceira denominada disjunção:
‰ Exemplo:
partir de uma proposição, obtém-se uma
segunda denominada negação:
‰ Assim, a negação nega o valor-verdade de
uma proposição
‰ Exemplo:
ƒ (p) Maria estuda o problema
ƒ (q) José vai pescar
ƒ Disjunção de (p) e (q): p ∨ q
™ Maria
ƒ (p) Maria estuda o problema
ƒ Negação de (p): ¬p
estuda o problema ou José vai pescar
™ não
(Maria estuda o problema)
13
14
Conectivo: condicional (→)
Conectivo: bicondicional (↔)
Conectivo condicional lido como se...então
A partir de duas proposições, obtém-se uma
terceira denominada condicional ou implicação
‰ Proposição à esquerda de → denomina-se
premissa ou antecedente
‰ Proposição à direita de → denomina-se conclusão
ou conseqüente
‰ Exemplo:
ƒ (p) Eu como muito
ƒ (q) Eu engordo
ƒ Condicional de (p) e (q): p → q
‰ Conectivo
bicondicional é lido como se e
somente se
‰ A partir de duas proposições, obtém-se uma
terceira denominada bicondicional
‰ Exemplo:
‰
‰
™
ƒ (p) Um triângulo é retângulo
ƒ (q) Um triângulo tem um ângulo reto
ƒ Bicondicional de (p) e (q): p ↔ q
™ Um
triângulo é retângulo se e somente se tem um
ângulo reto
Se eu como muito então eu engordo
15
Semântica dos Conectivos
16
Simbolização
p
q
p∧q
p∨q
¬p
p→q
p↔q
v
v
v
v
f
v
v
‰
Processo de substituição de frases em linguagem natural
para letras proposicionais e conectivos lógicos
ƒ Ex: Se chove então Maria Angélica estuda o problema e se não faz
frio Ana Laura está nadando
™
™
v
f
f
v
f
f
™
f
™
p: Maria Angélica estuda o problema
q: Ana Laura está nadando
r: chove
s: faz frio
ƒ Encontrar conectivos:
f
v
f
v
v
v
f
f
f
f
f
v
v
v
ƒ
17
(Se chove então Maria Angélica estuda o problema) e
(se (não faz frio) então Ana Laura está nadando)
Substituir frases e conectivos:
(r → p) ∧ (¬s → q)
18
3
Fórmulas Bem Formadas (wff
(wff))
Fórmulas Bem Formadas (wff
(wff))
‰ Fórmulas
1. um átomo é uma wff
2. se α e β são wff, então são também wff:
construídas mediante a
combinação válida de símbolos
‰ Fórmulas Bem Formadas = Well Formed
Formula = wff
‰ Para representar wff são usadas metavariáveis proposicionais representadas pelas
letras α, β, γ, etc
‰ Cada expressão envolvendo α, β, γ, etc é
chamada de forma sentencial
wff
¬α
α∧β
α∨β
α→β
α↔β
lê-se
não α
αeβ
α ou β
se α então β
α se e somente se β
3. As únicas wff são definidas por (1) e (2)
19
Prioridade dos Conectivos
20
Prioridade dos Conectivos
maior prioridade
¬
∧
∨
→
↔
menor prioridade
¬
∧
∨
→
↔
21
22
Prioridade dos Conectivos
Variações de Notação
‰ Exemplos:
Item
‰e
‰ ou
‰ não
‰ condicional
‰ bicondicional
ƒα→β∨γ
ƒα∨β∧γ
ƒ α → β ∧ ¬γ ∨ δ
significa α → (β ∨ γ)
significa α ∨ (β ∧ γ)
significa α → ((β ∧ (¬γ)) ∨ δ)
‰A
precedência pode ser alterada pelo uso de
parênteses
23
Adotada
p∧q
p∨q
¬p
p→q
p↔q
Outras
p&q p.q p,q
p|q p+q p;q
~p p
p⇒q p⊃q q←p
p⇔q
24
4
Semântica do CP
Validade e Inconsistência
Se uma fórmula β tem
valor v numa
interpretação I, então β
é verdadeira na
interpretação I
‰ Por exemplo, a fórmula
(p ∧ q) é verdadeira na
interpretação I1
‰ Consiste
na interpretação de suas fórmulas,
ou seja, atribuição dos valores-verdade (v
ou f) às formulas atômicas, por exemplo:
(p v q) → (p ∧ q)
‰ Como a fórmula possui 2 componentes
atômicos ela admite 22 interpretações
‰ Para uma fórmula de n componentes temse 2n interpretações
‰
p
q
p∧q
I1
v
v
v
I2
v
f
f
I3
f
v
f
I4
f
f
f
25
Validade e Inconsistência
Se uma fórmula β é
verdadeira segundo
alguma interpretação,
então β é satisfatível
(ou consistente)
‰ Por exemplo, a fórmula
(p ∧ q) é satisfatível
pois é verdadeira em
uma interpretação (I1)
‰
26
Validade e Inconsistência
p
q
p∧q
I1
v
v
v
I2
v
f
f
I3
f
v
f
I4
f
f
f
Uma fórmula β é
válida (tautológica)
quando for verdadeira
em todas suas
interpretações
‰ Por exemplo, a fórmula
(p ∨ ¬p) é uma
tautologia
‰
p
¬p
p ∨ ¬p
I1
v
f
v
I2
f
v
v
27
Validade e Inconsistência
Se uma fórmula β tem
valor f numa
interpretação I, então β
é falsa na
interpretação I
‰ Por exemplo, a fórmula
(p ∧ q) é falsa nas
interpretações I2, I3 e
I4
‰
28
Validade e Inconsistência
p
q
p∧q
I1
v
v
v
I2
v
f
f
I3
f
v
f
I4
f
f
f
Uma fórmula β é
insatisfatível (ou
inconsistente ou
contradição) quando
for falsa segundo todas
interpretações
possíveis
‰ Por exemplo, a fórmula
(p ∧ ¬p) é insatisfatível
‰
29
p
¬p
p ∧ ¬p
I1
v
f
f
I2
f
v
f
30
5
Validade e Inconsistência
Uma fórmula β é
inválida quando for
falsa segundo alguma
interpretação
‰ Por exemplo, a fórmula
(p ∧ q) é inválida pois é
falsa nas
interpretações I2, I3 e
I4
‰
Exercícios
p
q
p∧q
I1
v
v
v
I2
v
f
f
I3
f
v
f
I4
f
f
f
‰ Provar
usando tabela verdade que:
1. (p ∧ ¬p) é inconsistente e portanto inválida.
2. (p ∨ ¬p) é válida e portanto consistente.
3. (p → ¬p) é inválida, ainda que consistente.
31
32
Conseqüência Lógica
Conseqüência Lógica
α, β1, β2, ..., βn wff. Diz-se que α é
conseqüência lógica de β1, β2, ..., βn se, e
somente se, para qualquer interpretação em
que β1, β2, ..., βn forem simultaneamente
verdadeiras, α é também verdadeira.
‰ Se α é conseqüência lógica de β1, β2, ... βn,,
diz-se que α segue-se logicamente de β1, β2,
... βn,.
Notação: β1, β2, ..., βn α
‰ Teorema:
α é conseqüência lógica de β1, β2,
..., βn se e somente se:
‰ Sejam
ƒ β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn → α
é uma tautologia
α é conseqüência lógica de β1, β2,
..., βn se e somente se:
‰ Teorema:
ƒ β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn ∧ ¬α
é uma contradição
33
Prova
‰
‰
Prova
α é conseqüência lógica de β1, β 2, ..., βn se e somente se
β1 ∧ β 2 ∧ ... ∧ βn → α é uma tautologia
Condição Necessária
ƒ Seja α conseqüência lógica de β 1, β2, ..., βn e I uma interpretação
‰
‰
qualquer
ƒ
‰
34
(1) Se β1, β2, ..., β n forem verdade em I então α também será verdade em
I (pois é conseqüência lógica dos βi’s)
(2) Se um dos βi’s for falso em I β 1 ∧ β2 ∧ ... ∧ β n vtambém será falso em I.
Independente do valor de α, β 1 ∧ β2 ∧ ... ∧ β n → α é verdade
‰
De (1) e (2) tem-se que β 1 ∧ β 2 ∧ ... ∧ β n → α é verdade em
qualquer situação (tautologia)
Condição Suficiente
ƒ Do fato de β 1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn → α ser uma tautologia, tem-se que β 1
∧ β2 ∧ ... ∧ βn → α é verdade em qualquer interpretação. Se β 1 ∧ β2
∧ ... ∧ βn for verdade em I, α também será verdade em I. Portanto
α é conseqüência lógica de β 1, β 2, ..., βn
‰
35
α é conseqüência lógica de β1, β2, ..., βn se e
somente se β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn ∧ ¬α é uma
contradição
Do teorema anterior, sabe que α é conseqüência
lógica de β1, β2, ..., βn se e somente se β1 ∧ β2 ∧ ...
∧ βn → α é uma tautologia
Equivalentemente α é conseqüência lógica de β1,
β2, ..., βn se e somente se ¬(β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn → α)
é contradição
ƒ ¬(β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn → α) ≡
ƒ ¬(¬(β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn) ∨ α) ≡
ƒ β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn ∧ ¬α
Assim, β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn ∧ ¬α é uma contradição
36
6
Equivalência Lógica
Exemplo
fórmula α é logicamente equivalente
(≡) a uma fórmula β quando α for
conseqüência lógica de β e β for
conseqüência lógica de α
‰ Assim, α≡β se e somente se α↔β é uma
tautologia
‰
‰ Uma
Provar que (p → q) é equivalente a (¬p ∨ q)
p
v
v
f
f
‰
q
v
f
v
f
p→q
v
f
v
v
¬p∨q
v
f
v
v
(p→q) ↔ (¬p∨q)
v
v
v
v
Portanto, (p → q) ≡ (¬p ∨ q)
37
Argumento
38
Argumento Válido
é uma sequência α1, α2, ..., αn
(n ≥1) de proposições, onde:
argumento α1, α2, ..., αn-1 αn é válido
se e somente se:
α1 ∧ α2 ∧ ... ∧ αn-1 → αn for uma tautologia
‰ Argumento
‰ Um
ƒ αi (1 ≤ i ≤ n-1) são chamadas premissas e
ƒ αn denomina-se conclusão
‰ Notação:
α1, α2, ..., αn-1
ou equivalentemente,
αn.
α1 ∧ α2 ∧ ... ∧ αn-1
αn
39
Argumento Válido
argumento válido (α1, α2, ..., αn-1
pode ser lido como:
‰ Um
40
Princípio da Substituição
αn )
‰ Subfórmulas:
dada a fórmula α
ƒ α: (p → q) ↔ r, então
ƒ p → q, p, q, r, são as subfórmulas de α
ƒ α1, α2, ..., αn-1 acarretam αn ou
ƒ αn decorre de α1, α2, ..., αn-1 ou
ƒ αn é conseqüência lógica de α1, α2, ..., αn-1
‰O
princípio afirma que uma subfórmula de
uma fórmula α, ou toda a fórmula α, pode
ser substituída por uma fórmula equivalente
e que a fórmula resultante é equivalente a α
‰ Para
n=1, o argumento é válido se e
somente se α1 for tautológica
41
42
7
Princípio da Substituição
Propriedades
‰ Exemplo:
‰ Existem
pelo princípio da substituição, a
várias propriedades da negação,
conjunção e disjunção
‰ Estas propriedades podem ser verificadas
como equivalências lógicas
‰ Para demonstrar cada uma, basta utilizar as
tabelas-verdade, constatando a tautologia
fórmula
α: (p v q) ∧ (p v r)
é equivalente a:
ϒ: (¬p → q) ∧ (¬p → r)
43
Propriedades
‰
Propriedades da Conjunção
ƒ comutativa
α∧β≡β∧α
44
Propriedades
‰
Propriedades da Disjunção
ƒ comutativa
‰
α∨β≡β∨α
ƒ associativa
ƒ associativa
‰
ƒ
ƒ
‰
ƒ
ƒ
α ∧ (β ∧ ϒ) ≡ (α ∧ β) ∧ϒ
idempotente
α∧α≡α
propriedade de (v)erdade
α∧v≡α
propriedade de (f)also
α∧f≡f
ƒ
ƒ
α ∨ (β ∨ ϒ) ≡ (α ∨ β) ∨ ϒ
idempotente
α∨α≡α
propriedade de (v)erdade
α∨v≡v
propriedade de (f)also
α∨f≡α
‰
‰
Distributiva
ƒ α ∧ (β ∨ ϒ) ≡ (α ∧ β) ∨ (α ∧ ϒ)
ƒ α ∨ (β ∧ ϒ) ≡ (α ∨ β) ∧ (α ∨ ϒ)
Negação
ƒ ¬(¬α) ≡ α
Absorção
ƒ α ∨ (α ∧ β) ≡ α
ƒ α ∧ (α ∨ β) ≡ α
De Morgan
ƒ ¬(α ∧ β) ≡ ¬α ∨ ¬β
ƒ ¬(α ∨ β) ≡ ¬α ∧ ¬β
Equivalência da Implicação
ƒ α → β ≡ ¬α ∨ β
45
Fórmulas Proposicionais Equivalentes
Fórmulas Proposicionais Equivalentes
Nome da Regra
Regra
modus ponens
α, α → β |= β
modus tollens
α → β, ¬β |= ¬α
silogismo hipotético ou regra da cadeia
α → β, β → γ |= α → γ
silogismo disjuntivo
α ∨ β, ¬α |= β
dilema construtivo
α → β, γ → δ, α ∨ γ |= β ∨ δ
dilema destrutivo
α → β, γ → δ, ¬β ∨ ¬γ |= ¬α ∨ ¬γ
simplificação
α ∧ β |= α
conjunção
α, β |= α ∧ β
adição
α |= α ∨ β
contraposição
α → β |= ¬β → ¬α
exportação
α → (β → γ) |= (α ∧ β) → γ
importação
(α ∧ β) → γ |= α → (β → γ)
46
‰ Exemplo
da forma de leitura modus ponens:
α, α→ β |= β
caso
e
obrigatoriamente
47
α
α→ β
β
seja verdade
seja verdade,
será verdade
48
8
Verificação de Validade de
Argumentos
‰
Exemplo
Se as uvas caem, então a raposa as come.
Sejam α1, α2, ..., αn, β fórmulas do Cálculo
Proposicional. Uma seqüência finita de
proposições C1, C2, ..., Ck é uma prova ou dedução
de β, a partir das premissas α1, α2, ..., αn se e
somente se:
ƒ cada Ci é uma premissa αj (1 <= j <= n), ou
ƒ Ci provém das fórmulas precedentes, pelo uso de um
Se a raposa as come, então estão maduras.
As uvas estão verdes ou caem.
Logo,
A raposa come as uvas se e só se as uvas caem.
argumento válido das regras de inferência, ou
ƒ Ci provém do uso do princípio de substituição numa
fórmula anterior, ou
ƒ Ck é β
‰ Diz-se então que β é dedutível de α1, α2, ..., αn ou
que β é um teorema
49
Exemplo
50
Exemplo
α1: Se as uvas caem, então a raposa as come.
α1: Se as uvas caem, então a raposa as come.
Proposições:
α2: Se a raposa as come, então estão maduras.
α2: Se a raposa as come, então estão maduras.
p: as uvas caem
α3: As uvas estão verdes ou caem.
α3: As uvas estão verdes ou caem.
q: a raposa come as uvas
Logo,
Logo,
r: as uvas estão maduras
β: A raposa come as uvas se e só se as uvas caem.
β: A raposa come as uvas se e só se as uvas caem.
(¬r: as uvas estão verdes)
51
Exemplo
52
Exemplo
α1: Se as uvas caem, então a raposa as come.
Proposições:
α1: Se as uvas caem, então a raposa as come.
Proposições:
α2: Se a raposa as come, então estão maduras.
p: as uvas caem
α2: Se a raposa as come, então estão maduras.
p: as uvas caem
α3: As uvas estão verdes ou caem.
q: a raposa come as uvas
α3: As uvas estão verdes ou caem.
q: a raposa come as uvas
Logo,
r: as uvas estão maduras
Logo,
r: as uvas estão maduras
β: A raposa come as uvas se e só se as uvas caem.
(¬r: as uvas estão verdes)
β: A raposa come as uvas se e só se as uvas caem.
(¬r: as uvas estão verdes)
Premissas
α1: p → q
Premissas
Conclusão
β:
α1: p → q
p↔q
Conclusão
β:
p↔q
Deduz-se que:
α2: q → r
α2: q → r
r→p
(α3: equivalência)
α3: ¬r ∨ p
α3: ¬r ∨ p
C2:
q→p
(α2 + C1: regra da cadeia)
Provar que:
α1, α2, α3 |= β
p → q, q → r, ¬r ∨ p |= p ↔ q
Provar que:
α1, α2, α3 |= β
p → q, q → r, ¬r ∨ p |= p ↔ q
C3:
(p → q) ∧ (q → p) (α1 + C2: conjunção)
53
C1:
C4(≡β): p ↔ q
(C3: equivalência)
54
9
Cuidado!
‰
Formas Normais
Sejam dois números a e b tais que a = b
ƒ Considere a seguinte prova
ƒ Por quê foi possível chegar a esse resultado?
i)
a
=
b
ii)
aa
=
ba
iii)
a2 - b2
=
ba - b2
subtrair b2
iv)
(a + b)(a - b)
=
b(a - b)
fatorar
‰ Há
várias maneiras de escrever uma mesma
fórmula
ƒ Ex: (p → q) ∧ m ≡ (¬p ∨ q) ∧ m
‰A
Forma Normal é usada para uniformizar a
notação
multiplicar por a
ƒ Forma Normal Disjuntiva (FND)
ƒ Forma Normal Conjuntiva (FNC)
v) [(a + b)(a - b)] / (a -b) = [b(a - b)] / (a - b) dividir por (a - b)
vi)
a+b
=
b
vii)
a+a
=
a
substituir b por a (a = b)
viii)
2a
=
a
dividir por a
ix)
2
=
1
‰ Um
enunciado do Cálculo Proposicional
sempre pode ser escrito na FN
55
Forma Normal Disjuntiva
56
Forma Normal Disjuntiva
fórmula proposicional α está na
FND quando
fórmula α está na FND se e somente
se:
‰ Uma
‰A
ƒ α é uma disjunção β1 ∨ β2 ∨ ... ∨ βn, (n ≥ 1)
ƒ cada βi (1 ≤ i ≤ n) é uma conjunção de
ƒ contém como conectivos apenas ∨, ∧, ¬
ƒ ¬ só opera sobre proposições atômicas
(não tem alcance sobre ∨, ∧)
ƒ não aparecem negações sucessivas (¬ ¬)
ƒ ∧ não tem alcance sobre ∨, ou seja, não
existe expressão do tipo: p ∧ (q ∨ r)
literais, ou um literal, ou seja:
™βi é da forma p1∧¬p2∧ ... ∧ pm, (m ≥ 1)
57
Forma Normal Disjuntiva
‰ Forma
58
Forma Normal Conjuntiva
geral
fórmula proposicional α está
na FNC quando:
‰Uma
ƒ (p1 ∧ ¬p2 ∧ ... ∧ pk) ∨ (q1 ∧ q2 ... ∧ ¬ql) ∨ (r1 ∧ r2 ∧
r3 ∧ ... ∧ rs) ∨ ...
ƒ α é uma conjunção β1 ∧ β2 ∧ ... ∧ βn,
‰ Exemplo
(n ≥ 1)
ƒ cada βi (1 ≤ i ≤ n) é uma disjunção de
literais, ou um literal, ou seja:
ƒ α: ¬p ∨ q → r
ƒ FND(α): (p ∧ ¬q) ∨ r
‰ Obtenção
da FND: por tabela verdade ou
por equivalência
™βi
59
é da forma p1∨¬p2∨ ... pm, (m ≥ 1)
60
10
Forma Normal Conjuntiva
Forma Normal Conjuntiva
fórmula α está na FNC se e somente
se:
‰
‰A
Forma geral
ƒ (p1 ∨ ¬p2 ∨ ... ∨ pk) ∧ (q1 ∨ q2 ... ∨ ¬ql) ∧ (r1 ∨ r2 ∨ r3 ∨ ...
∨ rs) ∧ ...
ƒ contém como conectivos apenas ∨, ∧, ¬
ƒ ¬ só opera sobre proposições atômicas
Exemplo
ƒ α: ¬p ∨ q → r
ƒ FNC(α): (¬p ∨ ¬q ∨ r) ∧ (p ∨ ¬q ∨ r) ∧ (p ∨ q ∨ r)
‰ É fácil mostrar que uma FNC é tautológica se e
somente se cada elemento da conjunção é
tautológico
‰ Obtenção da FNC: por tabela verdade ou por
equivalência
‰
(não tem alcance sobre ∨ e ∧)
ƒ não aparecem negações sucessivas (¬ ¬)
ƒ ∨ não tem alcance sobre ∧, ou seja, não
existe expressão do tipo: p ∨ (q ∧ r)
61
Obtenção da FNC por Tabela
Verdade
‰ Exemplo:
62
Obtenção da FNC por Tabela
Verdade
¬p ∨ q → r
‰
v
¬p
f
¬p∨q
v
(¬p∨q)→r
v
v
f
f
v
f
f
v
f
f
v
f
f
v
v
v
v
p
q
r
I1
v
v
I2
v
I3
v
I4
v
f
f
I5
f
v
v
I6
f
v
f
v
v
f
I7
f
f
v
v
v
v
I8
f
f
f
v
v
f
⇐
‰
⇐
‰
⇐
Exemplo: ¬p ∨ q → r
p
q
r
¬p
¬p∨q
I2
v
v
f
f
v
f
(¬p ∨ ¬q ∨ r)
I6
f
v
f
v
v
f
(p ∨ ¬q ∨ r)
I8
f
f
f
v
v
f
(p ∨ q ∨ r)
(¬p∨q)→r
Para cada interpretação falsa da Tabela Verdade:
ƒ Átomo que assume valor v é alterado pela sua negação
ƒ Átomo que assume valor f é deixado intacto
ƒ Literais de uma mesma interpretação são conectados
por ∨
ƒ As interpretações são conectadas por ∧
No exemplo
ƒ FNC(¬p ∨ q → r): (¬p ∨ ¬q ∨ r) ∧ (p ∨ ¬q ∨ r) ∧ (p ∨ q ∨ r)
63
64
Obtenção da FNC por Equivalência
Exercício
1. Repetidamente, usar as equivalências, para
eliminar os conectivos lógicos ↔ e → :
‰ Obter
α↔β
α→β
≡
≡
2. Repetidamente, eliminar as negações, utilizando:
¬(¬α)
¬(α ∨ β)
¬(α ∧ β)
≡
≡
≡
a FNC das fórmulas:
ƒ a) (p ∧ q) → (¬p ∧ r)
ƒ b) (p ∧ q) → (p ∧ r)
(¬α ∨ β) ∧ (¬β ∨ α)
¬α ∨ β
‰ i)
Usando equivalência
‰ ii) Usando tabela verdade
α
(¬α ∧ ¬β)
(¬α ∨ ¬β)
3. Repetidamente, aplicar a lei distributiva:
α ∨ (β ∧ γ)
(α ∧ β) ∨ γ
≡
≡
(α ∨ β) ∧ (α ∨ γ)
(α ∨ γ) ∧ (β ∨ γ)
65
66
11
Solução (Equivalência)
‰
‰
Solução (Tabela Verdade)
(p ∧ q) → (¬p ∧ r)
ƒ ¬(p ∧ q) ∨ (¬p ∧ r)
ƒ (¬p ∨ ¬q) ∨ (¬p ∧ r)
ƒ (¬p ∨ ¬q ∨ ¬p) ∧ (¬p ∨ ¬q ∨ r)
ƒ (¬p ∨ ¬q) ∧ (¬p ∨ ¬q ∨ r)
ƒ FNC((p ∧ q) → (¬p ∧ r)): (¬p ∨ ¬q) ∧ (¬p ∨ ¬q ∨ r)
(p ∧ q) → (p ∧ r)
ƒ ¬(p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
ƒ (¬p ∨ ¬q) ∨ (p ∧ r)
ƒ (¬p ∨ ¬q ∨ p) ∧ (¬p ∨ ¬q ∨ r)
ƒ (¬p ∨ ¬q ∨ r)
ƒ FNC((p ∧ q) → (p ∧ r)): (¬p ∨ ¬q ∨ r)
‰
‰
p
q
r
v
v
v
¬p p∧q p∧r ¬p∧r (p∧q)→(¬p∧r) (p∧q)→(p∧r)
f
v
v
f
f
v
v
f
f
v
f
f
f
f
v
f
v
f
f
v
f
v
v
v
v
f
f
f
f
f
f
v
v
f
v
v
v
f
f
v
v
v
f
v
f
v
f
f
f
v
v
f
f
f
f
v
f
v
v
f
f
f
f
v
f
v
v
v
v
FNC((p ∧ q) → (¬p ∧ r)): (¬p ∨ ¬q ∨ ¬r) ∧ (¬p ∨ ¬q ∨ r)
FNC((p ∧ q) → (p ∧ r)): (¬p ∨ ¬q ∨ r)
67
Notação Clausal
Notação Clausal
‰
‰
‰
‰
68
‰ Exemplo
Cláusula: disjunção de literais:
Fi = L1 ∨ L2 ∨ ... ∨ Lr
Fórmula na FNC: escrita como conjunção de cláusulas:
F1 ∧ F2 ∧ ... ∧ Fn
A FNC é uma coleção de cláusulas, porque a conjunção ∧
tem propriedade associativa. Por isso, pode-se escrever
uma fórmula α na forma:
{F1, F2, ... Fn} ≡ F1 ∧ F2 ∧ ... ∧ Fn
A disjunção também tem a propriedade associativa, e por
isso, também podemos escrever uma cláusula Fi na forma:
Fi = {L1, L2, ..., Ln} ≡ L1 ∨ L2 ∨ ... ∨ Ln
ƒ FNC(((p ∨ q) ∧ (¬p ∨ r)) → s):
™ ((s
∨ ¬q ∨ p) ∧ (s ∨ ¬p ∨ ¬r) ∧ (s ∨ ¬q ∨ ¬r))
‰ Pode-se
escrever:
ƒ FNC(((p ∨ q) ∧ (¬p ∨ r)) → s): F1 ∧ F2 ∧ F3
‰ onde
ƒ F1: (s∨¬q∨p), F2: (s∨¬p∨¬r), F3: (s∨¬q∨¬r)
ƒ que pode ser representado por F = {F1, F2, F3},
onde a conjunção está implícita
69
Notação Clausal
70
Notação de Kowalsky
‰A
separação de literais positivos e negativos
prepara a cláusula para a notação definida por
Kowalsky:
FNC
FNC Kowalsky
CP
F1: s ∨ p ∨ ¬q
F1: s, p ← q
F1: q → s ∨ p
F2: s ∨ ¬p ∨ ¬r
F2: s ← p, r
F2: p ∧ r → s
F3: s ∨ ¬q ∨ ¬r
F3: s ← q, r
F3: q ∧ r → s
‰É
uma convenção escrever uma fórmula após a
outra, lembrando que estão conectadas por ∧
ƒ F1: (s ∨ ¬q ∨ p)
ƒ F2: (s ∨ ¬p ∨ ¬r)
ƒ F3: (s ∨ ¬q ∨ ¬r)
‰ Colocando os literais positivos antes dos
negativos
ƒ F1: (s ∨ p ∨ ¬q)
ƒ F2: (s ∨ ¬p ∨ ¬r)
ƒ F3: (s ∨ ¬q ∨ ¬r)
‰ Observar
71
que todas as notações são equivalentes
72
12
Notação de Kowalsky
Notação de Kowalsky
uma disjunção (∨) implícita à esquerda de ←,
chamada de conclusão(ões)
‰ Há
‰ São
equivalentes as seguintes notações:
→ A1, A2, ..., Am
(1) B1, B2, ..., Bn
(2) A1, A2, ..., Am
← B1, B2, ..., Bn
(3) A1 ∨ A2 ∨ ... ∨ Am ← B1 ∧ B2 ∧ ... ∧ Bn
(4) A1 ∨ A2 ∨ ... ∨ Am ∨ ¬(B1 ∧ B2 ∧... ∧ Bn)
(5) A1 ∨ A2 ∨ ... Am ∨ ¬B1 ∨ ¬B2 ∨ ... ∨ ¬Bn
‰ A cláusula (2) é uma cláusula genérica na
notação de Kowalsky
F1: s, p ← q
F2: s
← p, r
F3: s
← q, r
uma conjunção (∧) implícita à direita de ←,
chamada de premissa(s) ou condição(ões)
‰ Há
73
Cláusulas de Horn
Cláusulas de Horn
Dependendo do número de literais, tem-se:
1. Se m>1, as conclusões são indefinidas, ou
seja, há várias conclusões
2. Se m≤1, tem-se as Cláusulas de Horn
‰ Kowalski
ƒ
ƒ
mostrou que uma cláusula de Horn
do tipo
ƒ A ← B1, B2, ..., Bn
ƒ pode ser executada numa linguagem de
ƒ m=1 e n > 0, (A ← B1, B2, ..., Bn) chamada cláusula
ƒ
74
programação recursiva, onde A é a cabeça do
procedimento e os Bi’s o seu corpo
definida, onde só existe uma solução
m=1 e n=0, (A ← ) é a cláusula indefinida incondicional,
ou fato. Neste caso, o símbolo ← é abandonado
m=0 e n>0, ( ← B1, B2, ..., Bn) é a negação pura de B1,
B2, ..., Bn
m=0 e n=0, ( ← ) é a cláusula vazia, denotada por []
‰A
← B1, B2, ..., Bn pode ser lido como:
ƒ para resolver (executar) A, resolva (execute) B1
e B2 e ... e Bn
75
76
Cláusulas de Horn
Cláusulas de Horn
‰ Em
‰ As
Prolog
‰ A ← B1, B2, ..., Bn é representado como
únicas cláusulas que podem ser
representadas em Prolog são as Cláusulas
de Horn
‰ Se um determinado conhecimento puder ser
expresso mediante o cálculo proposicional,
somente a parte formada por cláusulas de
Horn poderá ser representada em Prolog
ƒ A :- B1, B2, ..., Bn.
ƒ :- é chamado neck
‰ Pode-se
forma
ler A :- B1, B2, ..., Bn. da seguinte
ƒ A é verdade se B1 é verdade e B2 é verdade e ...
ƒ Ou seja, um sub-conjunto do cálculo
e Bn é verdade
proposicional
77
78
13
Exercício
Prova por Resolução
‰ Mostre
‰
O método da Resolução utiliza uma fórmula na
FNC para realizar inferências
‰ O método da Resolução é facilmente automatizado
para ser realizado por um computador
‰ É um método de resolução geral, que emprega
apenas uma regra de inferência
‰ Podem ser aplicadas a wwf que consistem de uma
disjunção de literais: as cláusulas
‰ O processo de resolução é aplicado a um par de
cláusulas e resulta em uma cláusula derivada
que as fórmulas seguintes são
equivalentes:
(i) b1, b2, b3, b4 → a1, a2, a3
(ii) a1, a2, a3
← b1, b2, b3, b4
(iii) a1 ∨ a2 ∨ a3
← b1 ∧ b2 ∧ b3 ∧ b4
(iv) a1 ∨ a2 ∨ a3 ∨ ¬(b1 ∧ b2 ∧ b3 ∧ b4)
(v) a1 ∨ a2 ∨ a3 ∨ ¬b1 ∨ ¬b2 ∨ ¬b3 ∨ ¬b4
79
80
Prova por Resolução
Prova por Resolução
‰ Pré-requisito:
‰ Regra
2 cláusulas pais
de Resolução:
de
p∨q
e
r ∨ ¬q
deduz-se
p∨r
‰ Esta regra permite combinar duas fórmulas
por meio da eliminação de átomos
complementares
‰ No exemplo, eliminou-se os átomos q e ¬q
ƒ um literal p em uma das cláusulas pai (P1)
ƒ um literal ¬p na outra cláusula pai (P2)
ƒ nova cláusula é chamada resolvente (R)
contendo todos os literais de P1 e P2, exceto p
‰ P1:
p ou mais-literais
¬p ou ainda-mais-literais
‰ R: mais-literais ou ainda-mais-literais
‰ P2:
81
82
Prova por Resolução
Prova por Resolução
‰ Regra
‰ Regra
de Resolução:
de
p∨q
cláusulas
pais
e
r ∨ ¬q
deduz-se
p∨r
‰ Esta regra permite combinar duas fórmulas
por meio da eliminação de átomos
complementares
‰ No exemplo, eliminou-se os átomos q e ¬q
de Resolução:
de
p∨q
e
r ∨ ¬q
cláusula
deduz-se
p∨r
resolvente
‰ Esta regra permite combinar duas fórmulas
por meio da eliminação de átomos
complementares
‰ No exemplo, eliminou-se os átomos q e ¬q
83
84
14
Exercício 1
Solução Exercício 1
‰ Qual
‰ Qual
a cláusula resolvente das seguintes
cláusulas pais?
ƒ P1) (p ∨ s ∨ ¬q)
ƒ P2) (p ∨ q ∨ ¬r)
a cláusula resolvente das seguintes
cláusulas pais?
ƒ P1) (p ∨ s ∨ ¬q)
ƒ P2) (p ∨ q ∨ ¬r)
ƒ R) (p ∨ s ∨ ¬r)
85
86
Exercício 2
Solução Exercício 2
‰ Qual
‰ Qual
a cláusula resolvente das seguintes
cláusulas pais?
ƒ P1) (¬p ∨ s ∨ ¬q)
ƒ P2) (p ∨ q ∨ ¬r)
a cláusula resolvente das seguintes
cláusulas pais?
ƒ P1) (¬p ∨ s ∨ ¬q)
ƒ P2) (p ∨ q ∨ ¬r)
ƒ R) (¬p ∨ s ∨ p ∨ ¬r) ≡ v
87
88
Procedimento da Resolução
Procedimento da Resolução
‰ Usa-se redução ao absurdo, negando a conclusão:
1. Achar, para cada premissa e para cada conclusão
negada (adotada como premissa), a FNC
correspondente, da seguinte maneira:
2. Cada premissa é agora uma conjunção de uma ou
mais cláusulas em uma linha diferente (cada uma
delas é v, uma vez que a conjunção de todas é v)
3. Cada cláusula contém uma disjunção de um ou
mais literais; estão na forma correta para se aplicar
a resolução. Procurar então por duas cláusulas
que contenham o mesmo átomo, com sinais
opostos, por exemplo, uma cláusula com p e outra
cláusula contendo ¬p, eliminando ambos
ƒ Remover ↔ e →:
™
™
α ↔ β ≡ (¬α ∨ β) ∧ (¬β ∨ α)
α → β ≡ ¬α ∨ β
ƒ Aplicar De Morgan:
™
™
¬(α ∧ β) ≡ ¬α ∨ ¬β
¬(α ∨ β) ≡ ¬α ∧ ¬β
ƒ Usar distributiva
™
α ∨ (β ∧ γ) ≡ (α ∨ β) ∧ (α ∨ γ)
89
90
15
Procedimento da Resolução
Exemplos do Uso de Resolução
4. Continuar este processo até que se tenha
derivado p e ¬p. Ao se aplicar resolução nestas
duas cláusulas, obtém-se a cláusula vazia,
denotada por , o que expressa a contradição,
completando então o método de redução ao
absurdo:
p, ¬p deduz-se falso
Pode-se também usar a resolução mediante a
negação do teorema. Neste caso aplicam-se os
mesmos passos anteriores
‰A
seguir são mostrados dois exemplos
usando prova por redução ao absurdo
ƒ Por meio da negação da tese
ƒ Por meio da negação do teorema
91
Negação da Tese
92
Negação da Tese
Converter premissas
para FNC, escrevendo
em linhas separadas:
(a) p ∨ q
(b) ¬p ∨ r
(c) ¬q ∨ s
‰ Negar a conclusão e
convertê-la para FNC:
¬(r ∨ s) ≡ ¬r ∧ ¬s
(d) ¬ r
(e) ¬s
provar que r ∨ s
é conseqüência lógica de p∨q, p→r, q→s
‰ Para
‰
ƒ deve-se mostrar que
((p ∨ q) ∧ (p → r) ∧ (q → s)) → (r ∨ s)
é uma tautologia (teorema)
‰
Deduzir a cláusula
vazia por resolução
(f) ¬p de (d) e (b)
(g) q de (f) e (a)
(h) ¬q de (e) e (c)
(i)
de (g) e (h)
‰
a cláusula é gerada
pela contradição de
duas cláusulas na
forma: q ∧ ¬q
93
Negação do Teorema
‰ Para
Negação do Teorema
‰
provar a regra da cadeia:
ƒ (p → q) ∧ (q → r) → (p → r)
‰A
negação do teorema é:
O passo básico do método de resolução ocorre
quando existem duas cláusulas tais que uma
proposição p ocorre em uma delas e ¬p ocorre na
outra
¬p ∨ q
ƒ ¬((p → q) ∧ (q → r) → (p → r))
‰A
94
¬q ∨ r
p
¬r
FNC do teorema negado é:
ƒ (¬p ∨ q) ∧ (¬q ∨ r) ∧ p ∧¬r
¬p ∨ r
r
95
96
16
Resolução: Vantagens
‰
Propriedades do CP
Não é necessário o uso de equivalências para
rearranjar p ∨ q como q ∨ p
ƒ Tudo é colocado na FNC antes da aplicação do método
ƒ Para o método, a posição (na cláusula) do átomo a ser
‰
Embora seja insuficiente para o formalismo do
raciocínio lógico, o CP possui propriedades muito
importantes:
ƒ O sistema é consistente:
™
eliminado é indiferente
Não é possível derivar simultaneamente uma fórmula α e sua
negação ¬α
ƒ O sistema é correto ou coerente:
Existe apenas uma regra de inferência para ser
lembrada
‰ Fácil de ser mecanizado
‰ Linguagem Prolog está baseada no princípio da
resolução aplicado a cláusulas de Horn
ƒ Usando Busca em Profundidade
‰
™
Todo teorema é uma tautologia
ƒ Completude
™
Toda tautologia é um teorema
ƒ Decidibilidade
™
Há um algoritmo que permite verificar se uma dada fórmula do
sistema é ou não um teorema
97
98
Exercício
Slides baseados em:
‰ Aplique
resolução a cada situação seguinte
e verifique o que pode ser inferido
a) Sócrates é homem. Se Sócrates é homem
então ele é mortal.
b) s ∧ (r ← s)
Monard, M.C., Nicoletti, M.C., Noguchi.R.H.,
O Cálculo Proposicional: Uma abordagem voltada
à compreensão da linguagem Prolog,
Notas Didáticas do ICMC-USP, 1992
(http://labic.icmc.usp.br/didatico/pdf/Cproposicional_pdf.zip)
Material elaborado por
José Augusto Baranauskas
Revisão 2007
99
100
17
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