Available online at www.ihb.org.br/ojs/index.php/artigos Brazilian Homeopathic Journal v. 11, n. 1, p. 5 - 6, 2009 O efeito de diferentes potências de bioterápico de Trypanosoma cruzi na infecção experimental Ferraz, F. N.1; Sandri, P.1; Aleixo, D. L.2; Nascimento Jr., A. D.1; Spack, M.3; Gomes, M. L.1; Toledo, M. J. O.1; Araújo, S. M.1 1 Universidade Estadual de Maringá (UEM). Faculdade Integrado de Campo Mourão. 3 Homeopata Voluntário em Projeto na UEM. 2 Unitermos: Doença de Chagas, Trypanosoma cruzi, Bioterápico. 1. INTRODUÇÃO O encontro de medicação ultra-diluída que controle a infecção experimental de camundongos por T. cruzi, além de constituir esperança no tratamento complementar da doença de Chagas, contribuiria para o entendimento do mecanismo de ação destas medicações. 2. OBJETIVO Este trabalho objetivou comparar o efeito de diferentes dinamizações do bioterápico de T. cruzi na infecção de camundongos suíços, machos, de quatro semanas. 3. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação animal da Universidade Estadual de Maringá. Foram utilizados 15 camundongos por grupo e inóculo de 1400 tripomastigotas sanguíneos (T. cruzi-cepa Y), por via intraperitoneal. Os animais foram divididos nos grupos: *CI: controle tratado com solução hidroalcoólica 7% utilizada como diluente das preparações ultradiluídas; *Biot 7dH: tratado com bioterápico 7dH; *Biot 17dH: tratado com bioterápico 17dH; *Biot 12cH: tratado com bioterápico triturado 12cH. Para o preparo dos bioterápicos foram utilizados tripomastigotas sanguíneos obtidos de camundongos no sétimo dia de infecção (cepa Y do T.cruzi). Os bioterápicos 7dH e 17dH foram preparados pela adição de 0,9mL do concentrado de T. cruzi (4,14 x 106 tripomastgotas/0,1mL) a 9,1mL de água destilada, sucucionado por 15 vezes. As diluições seguintes foram feitas em solução hidroalcoólica. O bioterápico 12cH foi preparado utilizando a técnica de trituração.1 O tratamento (0,2 mL/dia/camundongo) foi feito após a constatação da infecção, por via oral, durante vinte dias consecutivos. A parasitemia foi avaliada diariamente. A curva de parasitemia foi traçada utilizando a parasitemia média dos animais inoculados para cada grupo. O pico de Trabalho apresentado como Tema Livre no VII Congresso Brasileiro de Farmácia Homeopática (24 a 27 de setembro de 2009, Vacance Hotel, Águas de Lindóia – SP). 5 Ferraz et al. Brazilian Homeopathic Journal, 11 (1): 5-6, 2009 2009 IHB parasitemia, a parasitemia total, a taxa de mortalidade e sobrevida foram comparados entre os grupos. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A curva de parasitemia mostrou perfil característico da cepa Y para todos os grupos.2 O bioterápico utilizado nas potências 7dH, 17dH e 12cH triturado, utilizado como tratamento após a infecção, não apresentou alterações significativas nos parâmetros parasitológicos analisados. A parasitemia observada para o grupo Biot 7dH evoluiu até o 19º dia sem variações em relação ao seu controle. Embora a diferença não seja significativa, o Biot 17dH provocou pico de parasitos maior que o controle. A parasitemia observada para o grupo Biot 12cH evoluiu até o 14º dia com parasitemias mais elevadas que o controle do nono ao 12º dia de infecção. Na literatura são descritos resultados diversos, mais ou menos promissores no controle da infecção experimental, utilizando diferentes bioterápicos preparados com cepas distintas de T. cruzi, com outras formas do parasito, outras técnicas de preparo, dinamizações diferentes, esquemas terapêuticos diversos, diferentes espécies/idades de animais demonstrando a experimentais3,4,5, importância do estudo da homeopatia em experimentos controlados e da potência na busca do medicamento ultradiluído efetivo em cada situação. 5. CONCLUSÃO Como tratamento os bioterápicos 7dH, 17dH e 12cH triturado não alteram de forma significativa o curso da infecção experimental pelo T. cruzi neste modelo utilizado. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Farmacopéia Homeopática Brasileira, 2. ed., Parte I, São Paulo: Ateneu, 1997. 2 SILVA, L. H. P.; NUSSENWEIG, V. Sobre uma Cepa de Trypanosoma cruzi altamente virulenta para o camundongo branco. Folia Clínica et Biológica, v. 20, p. 191 - 208. 1953. 3 FERRAZ, F. N. et al. Effect of biotherapics in mice experimentally infected by Trypanosoma cruzi. Dados não publicados. 4 QUEIROZ, A. O. et al. Avaliação do bioterápico Trypanosoma cruzi 30 DH: um estudo in vivo. Cultura Homeopática. v. 17, p. 9 - 13. 2006. 5 ALMEIDA, R. L. et al. Effects of homeopathy in mice experimentally infected with Trypanosoma cruzi. Homeopathy. v. 97, p. 65 - 69. 2008. Support: non declared Conflict of interest: non declared Correspondent author: Silvana Marques de Araújo - e-mail: [email protected] Address: Setor de Parasitologia Básica – Universidade Estadual de Maringá (UEM), Av. Colombo, 5790 – Maringá/PR – 87020-900. How to cite this abstract: FERRAZ, F. N.; SANDRI, P.; ALEIXO, D. L.; NASCIMENTO JR, A. D.; SPACK, M.; GOMES, M. L.; TOLEDO, M. J. O.; ARAÚJO, S. M. O efeito de diferentes potências de bioterápico de Trypanosoma cruzi na infecção experimental. Brazilian Homeopathic Journal, v. 11, n. 1, p. 5 – 6. 2009. www.ihb.org.br/ojs/index.php/artigos 6