Indispensável para a saúde humana UMA INICIATIVA DA FUNDAÇÃO ABRINQ PELOS DIREITOS DA CRIANÇA Publicação Quadrimestral - Ano II - nº 5 - Mai-Ago 2001 Nessa edição, estamos apresentando assuntos que até o momento não foram muito explorados neste periódico. Entre eles, as complicações não infecciosas em cateteres venosos de longa permanência, pois é comum lermos vários artigos científicos, reportagens e títulos na maioria das vezes abordando as complicações infecciosas, que são as mais freqüentes. Porém, precisamos explorar outras complicações além dessas, que podem influenciar de forma negativa a terapia. Fomos ouvir o médico cirurgião vascular do Hospital do Câncer de São Paulo, Dr. Kenji Nishinari, que nos apresentou várias complicações, como reconhecê-las, diagnosticá-las e tratá-las. A questão mais importante foi a conduta de retirar ou não o dispositivo, já que os pacientes que os utilizam são considerados críticos e suas vidas, muitas vezes, dependem da continuidade deste recurso. Outra questão que apresentamos é a importância da lavagem das mãos no controle do índice de infecções hospitalares, abordado pela enfermeira Adenilde Andrade da Silva, da CCIH da Santa Casa de São Paulo. Assunto, embora muito debatido e de conduta obrigatória, deve sempre ser lembrado, também nos cuidados com cateteres e no manuseio da linha intravenosa. E por fim, temos uma explanação com a enfermeira Lurdes Hirata Hasegawa, da CCIH do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, abordando Como eu faço curativos no cateter venoso central e PICC. Lembramos a todos vocês que estamos aguardando o seu trabalho sobre terapia intravenosa para participar da Promoção BD-CTAV. Já recebemos dois trabalhos muito interessantes. O objetivo dessa promoção é poder também conhecer o que vocês têm realizado em suas instituições. Nosso objetivo: levar mais informações para você Boa Leitura!!! Conselho Editorial complicações NÃO INFECCIOSAS dos cateteres semi e totalmente implantáveis A colocação de cateter venoso central semi ou totalmente implantável tem como principal objetivo proporcionar um acesso vascular prático e seguro para o tratamento do paciente. Damos preferência a abordagem de veias com drenagem para o sistema cava superior (jugular externa, jugular interna, subclávia e cefálica) pela maior facilidade e conforto de manipulação do cateter. Em caso de impossibilidade ou contraindicação de acesso às veias citadas (exemplo: neoplasia de mama com infiltração em toda parede anterior de tórax ), utilizamos veias com drenagem para veia cava inferior (safena ou femoral). Existem duas técnicas de implantação: dissecção ou punção venosa. A técnica mais utilizada no nosso serviço é a dissecção da veia jugular externa, pois acreditamos apresentar menores índices de complicações inerentes a punção venosa. Algumas vezes os pacientes necessitam destes cateteres, porém não se apresentam em condições ideais para o procedimento, normalmente ocasionado pela doença de base. Pacientes que apresentam baixa contagem do número de plaquetas ou distúrbio de coagulação apresentam contraindicação para punção venosa. Embora as técnicas aplicadas na implantação e na manipulação sejam padronizadas e seguras as complicações são possíveis. As complicações infecciosas são as mais freqüentes, entretanto pode- Dr. Kenji Nishinari mos apresentar uma série de complicações não infecciosas durante sua implantação ou o tratamento. Estas complicações podem ser diagnosticadas através de sintomas, sinais clínicos e exames subsidiários (radiografia de tórax sem ou com contraste, mapeamento duplex). Intravenous ouviu o médico cirurgião vascular do Hospital do Câncer, Dr.Kenji Nishinari, que nos apresentou tais complicações. Complicações técnicas 1 - relacionadas à punção: pneumotórax, hemotórax, lesão de ducto torácico, lesão de plexo braquial, arritmia cardíaca, perfuração e tamponamento cardíaco, hematoma de subcutâneo, laceração arterial, fístula arterio-venosa, pseudo-aneurisma, embolia gasosa, laceração venosa. 2 - relacionadas à dissecção: hematoma local, dor, deiscência de sutura, flebite de coto de veia jugular externa. Complicações relacionadas ao uso 1 - Mau funcionamento por mecanismo de válvula na extremidade: após a implantação do cateter ocorre normalmente a formação de trombo ou capa de fibrina na sua extremidade, ocasionando mau funcionamento. O mau funcionamento traduz-se inicialmente por dificuldade na obtenção de refluxo com infusão normal de fluídos. A evolução natural dos casos não tratados geralmente é a dificuldade para infusão de fluídos e refluxo sangüíneo pobre e finalmente a oclusão. A radiografia de tórax simples mostra a extremidade do cateter em posição habitual. O tratamento é feito através de infusão de substâncias fibrinolíticas pelo cateter. 2 - Oclusão do cateter: ocorre pela presença de trombo oclusivo na extremidade ou no lúmen do cateter. Pode decorrer de manipulação inadequada ou progressão de trombo intra-vascular. Deve-se tentar desobstrução com terapia fibrinolítica antes de sua retirada. 3 - Trombose venosa profunda: a presença do cateter é fator predisponente para este evento e grande parte das tromboses de membro superior estão associadas a este dispositivo. Os sinais clínicos clássicos são edema e dor do membro, além de circulação colateral evidente. Na maior parte dos casos o cateter está funcionante, pois a extremidade encontra-se fora do trombo. O tratamento clássico com anti-coagulantes é iniciado e em nosso serviço o cateter não é retirado, pois normalmente tratamse de pacientes com acesso venoso restrito e que necessitarão desse acesso por um longo período. 4 - Necrose de pele pós-implantação: é rara e normalmente ocorre devido à implantação muito superficial do reservatório ou em pacientes com tecido subcutâneo escasso. 5 - Extrução do reservatório: complicação rara. 6 - Fratura do cateter: acarreta mau funcionamento do dispositivo e dor concomitante a infusão de fluídos, podendo ocorrer lesão tecidual no local do extravasamento. 7 - Migração da extremidade do cateter para fora da veia de implantação, que pode ser observada em cateteres semi-implantáveis, quando após tração involuntária fica evidente seu deslocamento com extensão exuberante a partir do óstio de saída. A!! ! C R O PEA partir de julho, você poderá contatar o CTAV NÃ (0800 772-2257 / [email protected]) ou acessar o site www.riscobiologico.org e receber o Software para sistema de vigilância dos acidentes de trabalho ocupacionais com material biológico PSBio. O objetivo desse novo sistema, coordenado pela médica Cristiane Rapparini com apoio de diversas entidades, entre elas a ABIH e o CDC, é de apresentar instrumentos de notificação padronizados 2 8 - Extravasamento de medicação por punção errônea do reservatório, fratura do cateter ou desconexão agulhareservatório. Pode haver reação inflamatória intensa no local até necrose tecidual. 9 - Pinçamento: ocorre por inserção muito medial quando utiliza-se o acesso por punção infra-clavicular, apresentando compressão repetida do cateter entre a primeira costela e a clavícula, podendo gerar mau funcionamento, oclusão e, até mesmo, fratura do cateter. 10 - Migração da extremidade do cateter para outro sítio venoso ou contato da extremidade com a parede venosa: também é causa de mau funcionamento, podendo ser diagnosticada com radiografia simples ou contrastada. 11 - Constrição do cateter no local de sutura na veia: ocorre quando é feita implantação por dissecção venosa, realizando-se ligadura ou bolsa muito apertadas ao redor do cateter, o que possibilita a constrição da sua parede e diminuição do lúmen, gerando também o mau funcionamento. Algumas complicações implicam em retirada do cateter. Exemplos: fratura de cateter ou oclusão. Em outros casos tal conduta dependerá do grau de funcionamento relacionado à terapêutica empregada individualmente. Se para determinado paciente o cateter deve apresentar fluxo e refluxo perfeitos, que corresponde à situação padrão, um cateter apresentando mau funcionamento deve ser trocado ou retirado. Por exemplo no caso do paciente com cateter semi-implantável sem possibilidade de acesso venoso periférico que necessite coleta de sangue diária e transfusão de hemoderivados com freqüência. Outro cateter pode ser preservado se inicialmente apresentava bom funcionamento e passou a apresentar somente infusão adequada, em paciente que fez uso do mesmo intermitentemente. Exemplo: paciente com cateter totalmente implantável submetido a sessões ambulatoriais de quimioterapia, esclarece Dr. Nishinari. NOTA DA REDAÇÃO: segundo o dr. Kenji Nishinari, quando se compara dissecção com punção, não está sendo considerado o procedimento com o PICC, pois o serviço onde atua não tem experiência com o mesmo, não havendo possibilidade de apresentar dados comparativos. Dr. Kenji Nishinari Cirurgião vascular, médico assistente do Departamento de Cirurgia Vascular do Hospital do Câncer - São Paulo PSBIO que permitam a obtenção de dados selecionados e uniformizados que proporcionem: o conhecimento das características mais comuns desses acidentes, as medidas de profilaxia por exposições, as ações necessárias de intervenção específica e a avaliação dos resultados pós-medidas das intervenções adotadas. Aguardamos o seu contato! : Participe e concorra IV Jornada de Infecção Hospitalar em Maternidade No dia 02 de junho de 2001 no Anfiteatro e Maternidade Santa Joana, rua Paraíso, 432 São Paulo-SP. O evento é promovido pelo Centro de Estudos do Hospital Santa Joana Pró-Mater sob a coordenação da médica infectologista Dra. Rosana Richtmann. Informações: (11) 5080-6068. 1st International Symposium on Intensive Care and Emergency Medicine for Latin America De 26 a 29/06/2001 no Hotel Transamérica, São Paulo-SP. Promovido pelo Centro de Terapia Intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein. Informações pelo tel.: (17) 224-0505, fax:(17) 224-4681. E-mail: [email protected] 4º Sul Encontro de Controle de Infecção O Controle na Prática De 27 a 30/06/2001 no Centro de Convenções do Hotel Serrano, em Gramado-RS. Promovido pela Associação Gaúcha de Profissionais em Controle de Infecção Hospitalar AGIH. Informações pelo tel/fax (51) 338-4344/381-2380/3954988. E-mails: [email protected] e [email protected] XII Congresso Brasileiro de Infectologia De 02 a 05/12/2001 no Centro Internacional Riotur (RJ). Promovido pela Sociedade Brasileira de Infectologia. Maiores informações através do e-mail: [email protected] Entrelinhas Enfermagem em Terapia Oncológica De Edva Moreno Aguilar Borassa 538 páginas – R$ 97,00 Editora Atheneu – Fone: (11) 539-1295 Site: www.atheneu.com.br O livro compila os princípios primários do tratamento oncológico e provê com detalhes todos os aspectos relevantes para a enfermagem oncológica, tais como: dose, via e cuidados de administração de drogas e perfil de toxicidade. Intravenous irá sortear dois exemplares para seus leitores. Os interessados em participar deverão responder a pergunta: Qual o cateter periférico integral de segurança da BD? A resposta deverá ser enviada para o CTAV (Rua Alexandre Dumas, 1.976 CEP 04717-004 São Paulo-SP). Fax: (11) 5185-9846 - E-mail: [email protected] . Não esqueça de colocar seu nome, endereço e telefone. Concurso BD-CTAV EVENTOS EM TERAPIA INTRAVENOSA DOR 1 M IC R O CO M P U TA !! ! e 1 IM PR ES SO R A Já estamos no meio do ano e você ainda não enviou o seu trabalho? Não perca tempo!!! Acusamos o recebimento do trabalho Terapia Intravenosa das autoras Irmã Vergínia Folador, enf Gracieli de Matia e enf Denise Dalagnol, doHospital São Vicente de Paulo, Mafra (SC) e Interlink Sistema fechado utilizado no serviço de Oncologia do Hospital Geral de Caxias do Sul, de autoria da enf. Resli K. Menezes e das acadêmicas Arilda Padilha e Elizabet Chemello Gozzi (RS). E o seu quando chegará?Estamos aguardando!!! Boa sorte a todos os participantes!!! Para maiores detalhes sobre esta promoção entre em contato com o CTAV pelo telefone 0800-7722257 CURSO DE PICC NA SOBETI A SOBETI estará promovendo na primeira quinzena de julho de 2001, o Curso de Qualidade em Inserção, Utilização e Cuidados com Cateter Venoso Central de Inserção Periférica CCIP (Peripherally Inserted Central Catheter PICC). Informações através do telefone (11) 5539-3692, das 9 às 15 horas. & Dois cliques Selecionamos alguns sites para suas pesquisas. Basta você dar alguns cliques e ficar por dentro das últimas novidades do setor. http://www.anvisa.gov.br Agência Nacional de Vigilância Sanitária @ http://www.aorn.org Association of Perioperative Registered Nueses http://www.who.org World Health Organization http://www.sbinfecto.org.br - Sociedade Brasileira de Infectologia. http://www.biobacterias.cjb.net - Aborda vários aspectos de doenças infecciosas e causadores de infecção hospitalar. http://www.amib.com.br Associação de Medicina Intensiva Brasileira. 3 LAVAGEM DAS MÃOS PODE REDUZIR EM 50% O ÍNDICE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Enf. Adenilde Andrade da Silva 4 mão, sendo transmitida facilmente entre pacientes. Isso significa que se o profissional manipular um paciente que tenha um germe multiresistente e não fizer a higienização das mãos e manipular outro doente, ele carrega esse microorganismo. Portanto, a lavagem de mãos reduz a microbiota da mão e garante uma assistência de qualidade para o paciente, sem risco infeccioso. Na minha opinião, seria o procedimento mais básico no controle da transmissão de infecções. A lavagem das mãos como conduta obrigatória dos profissionais de saúde foi inicializada em 15 de maio de 1847, na Hungria, pelo médico obstetra dr. Ignaz P. Semmelweiss, que observou que essa medida poderia reduzir, consideravelmente, o índice de morte das parturientes. A medida reduziu a taxa de mortalidade das pacientes de 18% para 1,5%. Intravenous Embora seja sempre lembrado que a lavagem das mãos é muito importante, porque o procedimento ainda não é realizado com tanta regularidade e sempre é preciso ser abordado? O Jornal Intravenous entrevistou a profissional de saúde Enf. Adenilde Andrade da Silva, especializada em Controle de Infecção Hospitalar e enfermeira do CCIH da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e da APECIH. Intravenous Qual a real importância, na sua opinião profissional, da lavagem das mãos para o profissional de saúde e para o paciente? Enf. Adenilde Na realidade, a lavagem das mãos reduz imensamente o risco de infecção hospitalar. É uma medida barata, eficaz e rápida. Na nossa mão existe uma microbiota, chamada de transitória, que se adere pouco à Enf. Adenilde Sempre nos perguntamos por que o profissional de saúde não adere essa medida, já que se descobriu há muito tempo que a lavagem das mãos reduz consideravelmente o risco de infecção hospitalar. Existem uma série de razões. Acreditamos ser uma questão comportamental. Precisamos incutir no profissional a necessidade de realizar procedimentos que previnem infecção hospitalar, como a lavagem básica das mãos. Trata-se de uma mudança de comportamento. Atualmente, em congressos a tendência tem sido criar medidas que sensibilizem o profissional de saúde a mudar o seu comportamento em relação ao seu trabalho. O problema da lavagem das mãos tem um agravante: já foram realizados trabalhos que relatam que, se o profissional lavar as mãos todas as vezes que se fizer necessário, ele poderá ter dermatite de contato. Portanto, é necessário apresentar aos profissionais de saúde algumas situações onde é possível substituir a lavagem das mãos por o uso do álcool glicerinado, que possibilita a remoção da microbiota. E, em algumas situações especiais, apresenta mais praticidade por ficar mais próximo do paciente a ser manipulado. No entanto, a questão principal é sensibilizar o profissional, quer seja para a lavagem das mãos, quer seja para a utilização do álcool glicerinado. O que pode dificultar também o processo de lavagem das mãos é a estrutura do hospital. Os hospitais não estão preparados para fornecer o número suficiente de pias para facilitar o procedimento. Costumo chamar isso de medidas administrativas de lavagem das mãos. Você solicita ao profissional que lave suas mãos e ele não tem pia; não tem um sabonete agradável, muitas vezes o sabonete é de baixa qualidade e sua mão resseca; o papel toalha é reprocessado; e o profissional, muitas vezes, precisa deixar o quarto do doente e atravessar o corredor inteiro para lavar as mãos. Enfim, tudo isso interfere na lavagem das mãos. Precisamos, então, adotar medidas administrativas adequadas e mudar o comportamento do profissional de saúde. Intravenous Há alguma orientação quanto ao número de lavatórios (pias) que se deve ter na proporção de leitos? Enf. Adenilde Sim. Já existe uma portaria do Ministério da Saúde que trata justamente desse item. Por exemplo: em UTI é um lavatório para cada cinco pacientes, em berçário de alto risco também é um lavatório para cada cinco pacientes, em leitos de isolamento é um lavatório dentro do quarto e um lavatório para cada duas enfermarias. Infelizmente, sabemos que isso não é real para muitos hospitais, por questões inclusive de espaço. Intravenous O que você poderia falar sobre os materiais e equipamentos necessários para a realização adequada da lavagem das mãos? Enf. Adenilde A saboneteira (dispensador) tem que permitir que o profissional tenha à disposição o sabão sem precisar colocar as mãos na mesma. O ideal é que a saboneteira seja tipo sachê e que tenha a sua embalagem descartável. Porém, caso a instituição não possa adquirir esse tipo de produto, sugerimos que a saboneteira seja lavada a cada troca de produto. Contra indicamos o preenchimento da saboneteira sem antes lavá-la. O lavatório deve ter uma dimensão que permita o profissional não encostar as mãos nas bordas no processo de lavagem das mãos. Não há relatos determinando as dimensões. As torneiras devem permitir um jato de água bom para evitar que o profissional leve suas mãos muito próximas ao equipamento. Sugerimos que seja foto sensíveis, mas sabendo das dificuldades, indicamos, que pelo menos, possam ser acionadas por pedal ou cotovelos. No entanto, caso não seja possível, apresentamos a técnica de fechamento da torneira utilizando o papel toalha seco. O papel toalha deve ser de boa qualidade, porque aumenta a adesão do profissional à lavagem das mãos. Orientamos que a papeleira deve ser higienizada freqüentemente e o papel deve ser colocado de forma que fique fechado no toalheiro. Quanto ao cesto de lixo, como o papel toalha não é considerado um lixo infectante, pode-se utilizar o cesto aberto. No entanto, caso o hospital faça a opção do cesto fechado, recomendamos que seja um cesto que possa ser acionado por pedal. Quanto à água, já existe uma porta- QUANDO LAVAR AS MÃOS No início e no fim do turno de trabalho Antes de preparar medicação Antes e depois de contato com pacientes Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda visical, tubo orotraqueal e outros dispositivos Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente Após remoção de material contaminado Após remoção de luvas Após usar sanitários, assoar nariz, manusear dinheiro Fonte: ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária Site: www.anivisa.gov.br E-mail: [email protected] ® BD E-Z SCRUB Sua melhor escolha no combate à infecção hospitalar! MAIOR PRATICIDADE! Corpo dobrável que facilita o acesso no espaço interdigital. Exclusivo limpador de unhas para os cantinhos mais difíceis. ® Com as escovas descartáveis BD E-Z SCRUB você lava as mãos com conforto e eficiência, garantindo um controle de infecção seguro e confiável. MAIS CONFORTO! Graças as suas cerdas macias, torna a escovação cirúrgica um processo suave para as mãos do profissional. Elimina a irritabilidade resultante da escovação cirúrgica. ® BD E-Z SCRUB SECA CÓDIGO: 371606 DESCRIÇÃO: BD E-Z SCRUB SECA EMBALAGEM: 30 UNIDADES Maiores informações: BD Infusion Therapy Fone: 0800 772-2257 E-mail: [email protected] Indispensável para a saúde humana 5 ria que controla a sua qualidade e determina a lavagem das caixas a cada seis meses. Intravenous E quanto aos produtos existentes no mercado utilizados para a lavagem das mãos? Enf. Adenilde Existem no mercado o PVPI a 1%, a Chlorexidina e o Álcool 70%. Não há como determinar qual o melhor produto a ser utilizado. É importante ficar atento as suas indicações. Intravenous Quais são as técnicas de lavagem das mãos? Enf. Adenilde A "Lavagem Básica" é indicada após a manipulação de material biológico, após a realização das necessidades fisiológicas e higienização pessoal (ex: pentear os cabelos) e entre procedimentos. Nela o profissional deve utilizar sabão, não havendo necessidade de se usar nenhum anti-séptico. A "Fricção Higiênica das Mãos" é utilizada justamente quando se substitui a lavagem das mãos pelo o uso do álcool. Nela segue-se os passos da lavagem básica. É indicada em uma situação onde não há lavatório por perto. Um bom exemplo é na UTI: o profissional irá tratar o paciente e terá muitos procedimentos a realizar. Para evitar a sua saída várias vezes do quarto, recomendamos esse tipo de lavagem. No entanto, essa lavagem não é indicada quando apresenta-se sujidade visível. Por exemplo: sangue e outras secreções. É importante destacar que essa fricção não substitui a lavagem das mãos, é apenas recomendada em algumas situações críticas. A "Degermação Cirúrgica" é o tratamento que o cirurgião realiza antes dos procedimentos cirúrgicos. Nessa indicação já é preciso utilizar o antiséptico (PVPI ou Clorexidina), porque o procedimento é longo. Intravenous Quanto seria possível reduzir o indíce de Infecções Hospitalares, caso a lavagem das mãos fosse rigorosamente seguida? Enf. Adenilde Conseguiríamos diminuir em 50% a taxa de infecção hospitalar, caso os profissionais lavassem as mãos. 6 COMO LAVAR AS MÃOS Fique em posição confortável sem tocar na pia; abra a torneira, molhe bem as mãos e em seguida ensaboe-as com sabão líquido ou em barra, mantendo os dedos para cima. Friccione bem as palmas das mãos, uma na outra, mantendo-as para cima. Esfregue os espaços formados entre um dedo e outro. Friccione também os polegares de cada uma das mãos. Ensaboe as unhas, friccionando-as dentro da outra mão. Para enxaguar, mantenha as mãos em forma de concha e na posição vertical, retirando todo o sabão e os resíduos. Enxugue as mãos de preferência com toalha de papel descartável, iniciando a técnica pela ponta dos dedos até o centro das mãos. Só enxugue a região do pulso depois de estar com as mãos enxutas. Fonte: Jornal BD “Mão Boa” Ano II - Edição nº 6 - pág. 2 E-mail: [email protected] CURATIVOS em cateteres venoso central e PICC Enf. Maria de Lurdes Hirata Hasegawa Enfermeira da CCIH do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo nuseio, não há necessidade de muitas trocas de curativos pois este pode permanecer por mais tempo no local de inserção e pode-se observar o ponto de inserção sem a remoção do curativo a todo momento. Já no caso do curativo do cateter venoso central de curta permanência, podendo ser de uma, duas ou três vias, sendo que o rotineiro é o de uma ou no máximo duas vias, utilizamos o curativo de gaze + adesivo, este deve ser trocado a cada 48 horas, desde que mantido em perfeitas condições. No cateter venoso central de longa permanência, tanto semi-implantável como totalmente implantável, temos que ter um cuidado mais especial com o curativo, porque deve permanecer mais tempo sem apresentar nenhum ponto de infecção. Nesse caso, preconizamos o transparente com película de poliuretano. Lembramos, que no caso do cateter totalmente implantável, só utilizamos curativo no início m relação ao PICC, que é um cateter de inserção periférica, mas com localização central, é necessário a utilização do curativo. No nosso serviço, utilizamos o curativo de película de poliuretano transparente. Além de fazer parte do próprio kit, nas trocas, que preconizamos a cada cinco dias, continuamos a utilizar o mesmo tipo de curativo. Embora esse tipo de curativo apresente permeabilidade ao vapor, através de relatos e estudos, concluí que não existem estatísticas que comprovem que usando esse tipo de curativo ou outros (gaze + adesivo, ou gaze + película) e o índice de infecção será maior ou menor. No entanto, sabemos que a tendência é a utilização da película de poliuretano, mas questionamos, nesse caso, o custo benefício do produto que julgamos precisar de uma análise mais profunda antes de uma conclusão definitiva. Porém, se avaliarmos a película encontraremos vantagens: menor ma- IV Start Pak do tratamento. Acreditamos que o curativo transparente seja de melhor visualização e apresente algumas vantagens sobre o de gaze + adesivo. Porém, acreditamos que o gaze + adesivo também representa uma barreira contra contaminates externos, desde que esteja firme, limpo e seco. ® Um novo conceito em anti-sepsia Principais Vantagens: Rapidez na anti-sepsia Padronização na preparação, punção e manutenção dos cateteres I.V. Pronto para uso Facilidades administrativas Redução de custos Segurança e conforto para o paciente. Conteúdo do kit IV Start Pak® ® Conheça o PERSIST e o PERSIST PLUS ® A combinação perfeita do efeito imediato e do residual. PERSIST ® (álcool a 70% + iodo Povidine a 0,75%) PERSIST PLUS ® (álcool + Clorhexidina) Anti-sepsia com 1 único passo. Efeito residual de até 96 horas sob 1 curativo transparente. Contém todos os componetes necessários para a preparação do sítio de punção e inserção do cateter intravenoso. • • • • • • • • 2 gazes 2” x 2” 1 torniquete 1 par de luvas 1 etiqueta para identificação 1 fita adesiva Transparente 1 sachê álcool Swabs (70%) Persist® ou Persist Plus® 1 filme transparente - Tegaderme® ou 1 filme Opsite® - IV 3000 Maiores informações: BD Infusion Therapy Fone: 0800 772-2257 E-mail: [email protected] 7 PESQUISA INTERLINK Cartas Necessito obter esclarecimento quanto à constituição dos materiais teflon, poliuretanos, polivinil cloreto, silicone e policloreto de vinila ou quais deles são sinônimos Leitora: Silvia Veroneze Prezada Colega, É com grande satisfação que observamos a preocupação das enfermeiras na escolha correta do dispositivo na terapia intravenosa. Sabemos que a escolha do mesmo deve levar em consideração vários fatores, tais como: duração da terapia, acesso, volume e, principalmente, o tipo de solução (pH, osmolaridade etc). Na escolha do tipo de dispositivo é importantíssimo o tipo de material, como também, o seu design, tamanho e procedência. Atualmente, PVC e PE, são pouco indicados para cateteres periféricos e centrais. Teflon® é usado para cateteres periféricos, porém tem a desvantagem de resistir às dobras, médio trombogenicidade, irritação mecânica e outras desvantagens. A BD, Baxter, Pfizer e 3M se uniram para realizar uma série de eventos voltados para a discussão da terapia intravenosa, suas inovações e complicações. O primeiro evento, intitulado 2º Simpósio sobre Avanços em Terapia Intravenosa, foi realizado no Rio de Janeiro no dia 17 de abril e reuniu 350 profissionais. E 2º SIMPÓSIO P R O G R A M E -S A BD realizou uma pesquisa com 15 hospitais que já utilizam ou já utilizaram o sistema fechado em pelo menos um setor. Embora a amostragem seja pequena, os resultados foram surpreendentes. Composta por oito questões fechadas e uma aberta, onde o entrevistado pudesse opinar e/ou sugerir para a melhora do produto, 98% dos entrevistados relatou que os riscos de acidentes por perfurocortantes diminuiu, contra 2% que afirmaram que permaneceu inalterado. O risco de infecção hospitalar diminuiu para 90% dos pesquisados e 100% revelou que a eficiência da equipe de trabalho aumentou, sendo que 99% atribui a isso a queda do nível de stress no ambiente de trabalho com a adoção do sistema fechado. Esses dados são reforçados com a unanimidade (100%) dos entrevistados que consideram o sistema fechado muito seguro e muito eficiente. No entanto, 60% afirma que os índices de refluxo sangüíneo, bem como os problemas dele decorrentes (oclusão, obstrução de cateter, exposição a fluídos corpóreos e outros) diminuíram e 40% não soube avaliar. A pesquisa e relato dos entrevistados estão disponíveis no CTAV através do e-mail: [email protected], ou tel.: 0800 772-2257. PARCERIA INÉDITA promove discussão sobre TERAPIA INTRAVENOSA SOBRE AVANÇOS EM TERAPIA INT RAVENOSA DATA CIDADE 04 e 05 de julho São Paulo 17 de julho Be lo Horizonte 19 de julho Br as ília 07 de agosto Porto Alegre 09 de agosto Cu ritiba 14 de agosto Re cif e 16 de agosto Salvador 10 de outubro Ribeirão Preto (SP ) Temário Básico: " " " " " " Patogênese e Microbiologia das Infecções Relacionadas a Cateteres. Drogas e Nutrição Parenteral para Pronto Uso Controvérsias sobre Curativos em Cateteres Epidemiologia e Manejo de Infecções Fúngicas Hospitalares Uso adequado de antimicrobianos no combate à resistência bacteriana A Importância da constituição do material do cateter no controle das I.R.C. Complicações Intra Venosas Riscos biológicos para profissionais de saúde: O que há de novo? " Para maiores informações, ligue grátis: 0800 772-2257 Poliuretano é superior ao teflon, resiste pouco a dobras, baixa trombogenicidade e irritação mecânica. Hoje em dia, temos PU melhorados, como por exemplo, o VIALON®, que corrige todas as desvantagens do PV original. É indicado em cateteres venosos periféricos e centrais. Silicone é excelente para cateteres centrais, polivinil de cloreto PVC é igual a policloreto de vinila. Soube que já recebeu o material do PICC, onde você encontrará um trabalho mostrando as diferenças entre PU e Silicone. Agora, estamos encaminhando o Manual Teflon® x Vialon®. Caso deseje se atualizar um pouco mais, nos dias 04 e 05 de julho, teremos em São Paulo o evento 2º Simpósio sobre Avanços em Terapia Intravenosa, quando será abordado este assunto. Até lá!! Sem mais, sucesso!!! Hendrika Maria Hendrikx Coordenadora Centífica do CTAV Faça sua assinatura Para receber o Jornal Intravenous gratuitamente, preencha e envie-nos o cupom abaixo: Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . Endereço:................................................................................................ Bairro: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CEP: __ __ __ __ __ - __ __ __ Cidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estado: ___ ___ Hospital ou Instituição onde trabalha: ............................................................................................................ Unidade: ..................................................................... Cargo:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fone:(0xx__ __ ). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E-mail: ..................................................................... * Sobre quais assuntos ou produtos BD gostaria de receber maiores informações? ................................................................................................................................................... Recorte ou tire cópia deste cupom e envie-o a BD - Intravenous pela Caixa Postal 21.416 - CEP 04602-970 - São Paulo-SP. Intravenous é uma publicação da BD. Diretor: Alcides Barrichello. Coordenadores: Vera S. Higa, Alessandra B. Araújo e Luiz R. C. Lopes. Coordenadora científica: Hendrika M. Hendrikx. Jornalista responsável: Terezinha P. Lopes (MTB SP 19000). Revisão: Ana L. Seminati. Design e editoração: Alvo Propaganda & Marketing. Os artigos podem ser publicados desde que citada a fonte. As opiniões e conceitos publicados são de inteira responsabilidade dos autores e entrevistados.