PRÁTICAS SEGURAS PARA MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA Jabur, MRL, Castro, EDR, Agostinho, HT, Peleskei, LFP Hospital de Base de São José do Rio Preto [email protected] Introdução e justificativa: Medicamentos de alta vigilância são aqueles que possuem risco aumentado de provocar danos significativos aos pacientes em decorrência de falha no processo de utilização. Os erros que ocorrem com esses medicamentos não são os mais rotineiros, porém as consequências tendem a ser devastadoras para os pacientes, podendo levar a lesões permanentes ou a morte (ISMP Brasil, 2011). Em 1999 o Institute of Medicine , publicou um relatório intitulado "To Err is Human", em que alertava a comunidade científica sobre o alto impacto das perdas humanas, decorrentes de erros previsíveis relacionadas à assistência de saúde nos Estados Unidos. Em 2005 a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente e identificou seis áreas de atuação para direcionar as ações voltadas à Segurança do Paciente propondo, através de seis metas, melhorias específicas em áreas da assistência consideradas problemáticas e entre essas, a meta nº 3 - Segurança dos medicamentos de alta vigilância.(HARADA, et al , 2006). Objetivo: implantar práticas seguras em todos os processos da cadeia para os medicamentos classificados como de alta vigilância. Método: estudo realizado no Hospital de Base de São José do Rio Preto, em setembro de 2012, baseado em referências bibliográficas e realizado em etapas: 1ª etapa: definição da listagem de medicamentos de alta vigilância, 2ª etapa: definição de etiquetas coloridas buscando uma abordagem objetiva, visual e prática, vermelha (medicamentos potencialmente perigosos) e amarela (eletrólitos concentrados, exceto cloreto de potássio 19,1%), diferenciando as embalagens e servindo de sinais de alerta para a farmácia na dispensação e enfermagem no preparo e administração. 3ª etapa: Alerta na prescrição médica, no item de prescrição, e na consulta e dispensação de medicamentos pela farmácia, acrescentando na descrição do produto “Medicamento de risco”. 4ª Etapa: Identificação com etiquetas coloridas, também no local de guarda da farmácia (bins) a fim de sinalizar visualmente os colaboradores da farmácia. Resultados: Confecção e divulgação da listagem de medicamentos classificados como medicamento de risco para todo o hospital através do sistema (intranet). Divulgação desta implantação através do jornal informativo da instituição. Aquisição de etiquetas coloridas e início do processo de etiquetagem das medicações. Treinamento de etiquetagem e dos objetivos do projeto para a equipe de enfermagem e farmácia. Conclusão: com a efetivação desse projeto pretende-se minimizar riscos associados à medicação desde prescrição até a administração e monitoramento da dose através de uma identidade visual diferenciada para alguns medicamentos considerados de alta vigilância e assim garantir a segurança do paciente. Bibliogafia: ISMP Brasil – Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos, medicamentos Potencialmente perigosos, 2011.HARADA et alO Erro Humano e a Segurança do Paciente, 2006.