Nordeste é região com maior retorno de migrantes - Fecomercio-PB

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Nordeste é região com maior retorno de migrantes, segundo IBGE
Seg, 18 de Julho de 2011 10:12
A migração entre regiões do país perdeu intensidade na última década, e estados do Nordeste,
além de reter população, começaram a receber de volta os que deixaram seus estados rumo
ao centro-sul do país. É o que diz um levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (15) com base em dados da PNAD (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) 2009 e dos Censos realizados em 2000 e 2010.
Segundo o instituto, na última década começou a haver um movimento de retorno da
população às regiões de origem em todo o país. A corrente migratória mais expressiva
continua a ser entre o Nordeste e o Sudeste, mas houve redução. A região Nordeste foi a que
apresentou o maior número de migrantes retornando para seus estados, seguida, em menor
escala, pela região Sul.
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Nordeste é região com maior retorno de migrantes, segundo IBGE
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O IBGE investigou onde morava o indivíduo exatamente cinco anos antes da data das
pesquisas, no período entre 1999 e 2009, quando aproximadamente 4,8 milhões de brasileiros
migraram entre estados e entre regiões do país.
Em 2009, os estados do Nordeste que apresentaram migração de retorno mais expressiva,
conforme o instituto, superando os 20% do total de imigrantes, foram Pernambuco, Sergipe,
Rio Grande do Norte e Paraíba.
Oportunidades
“Além de apresentar menor migração, diminuindo o número de pessoas que saem, o Nordeste
começa a atrair população, com uma rede social melhor. Enquanto isso, o Sudeste, que já não
recebia mais tantas pessoas, passa a ser também emissor, não só de migrantes, como
também de quem é originário e está deixando essa região”, afirma Antônio Tadeu Ribeiro de
Oliveira, um dos pesquisadores do instituto.
Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro começaram a receber menos imigrantes na última
década, estados antes considerados de grande evasão começaram a perder menos
população, como Piauí e Alagoas. Já Bahia e Maranhão continuaram a ser classificados como
regiões “expulsoras”, mas também diminuíram o fluxo.
Rio Grande do Sul foi o estado que apresentou maior número de migrantes de retorno do país,
mas a taxa diminuiu em relação a 2004. Na Região Sul, o Paraná foi o estado que passou a
receber mais migrantes. “Esse fenômeno de retorno também acontece em direção ao Paraná,
mas em menor intensidade. São aqueles que haviam deixado o estado rumo ao Mato Grosso
do Sul e ao Norte, em razão da expansão de fronteira agrícola, mas que começaram a
retornar”, afirma o pesquisador.
Minas Gerais também aparece entre os que mais receberam migrantes de volta. "Em Minas,
houve uma inversão na corrente migratória, que antes saía com direção ao Rio de Janeiro, e
agora retorna, muito por conta da crise no RJ e do crescimento mineiro", avalia Oliveira.
Segundo o estudo, o fenômeno de retorno no país ocorre devido “à saturação dos espaços do
início da industrialização no centro-sul”, que “reduz a capacidade de geração de emprego e de
novas oportunidades ocupacionais, o que coloca o movimento de retorno na pauta das
estratégias de reprodução e circulação dos migrantes”.
Cidades que mais crescem
O estudo também considera que o crescimento das cidades com menos de 500 mil habitantes,
conforme dados do Censo 2010, pode ser creditado em parte às migrações. O instituto chama
o fenômeno, que vem ocorrendo nas últimas três décadas, de “desconcentração concentrada”
na distribuição populacional no Brasil.
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Fonte:
G1cidades
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