Alcalóides: derivados do triptofano e ácido antranílico Prof. Douglas

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01/06/2010
Alcalóides: derivados do triptofano e ácido antranílico
Prof. Douglas Siqueira Chaves
Introdução
 Atualmente são conhecidos ~2000 alcalóides indólicos;
Deerivados do Triptofano
 Encontrados em diversas famílias
Loganiaceae, Apocynaceae e Rubiaceae
 Divididos em dois grupos
‐ Indólicos monoterpênicos (maior) ‐ Quase todos os alcalóides indólicos
monoterpênicos são produtos de condensação da triptamina;
‐ Outro grupo com os demais indólicos.
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Fava de Calabar ‐ Physostigma venenosum (Fabaceae)
Originária do Golfo da Guiné
Deerivados do Triptofano
Parte utilizada: semente
Principal substância: fisostigmina
 A fisostigmina é um anticolinesterásico. O uso farmacológico é para o tratamento de
glaucoma.
 Diminui a pressão intraocular uma vez que diminui a resistência do humor aquoso.
 É utilizada em casos de envenenamento por atropina e drogas correlatas.
 É utilizada para reverter síndrome colinérgica central e arritmias cardíacas produzida por
superdosagem de fenotiazinas, anti‐histamínicos e anti‐depressivos tricíclicos.
Deerivados do Triptofano
Curiosidade: A fava de Calabar (África Ocidental) era usada no teste da mentira para
julgamento tribal de suspeitos de crime ou roubo.
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CO2
O
OH
N
H
N
H
NH2
N HO
H
NH2
NH
N
O
O
H
OH
Deerivados do Triptofano
N
H
O
O
H+
[O]
HO
N
H
N
N
H
N
Aromatização
N
H
NH
N
H
N
SAM
O
N
H
N
Harmina
Peganum harmalo
 A harmina é um alcalóide ‐carbolínico com propriedades inibidoras da MAO,
especialmente o subtipo para a serotonina. Possui propriedades sedativas e antidepressivas;
 Encontrada também em Banisteriopsis caapi – Santo Daime (Iagê).
Noz Vômica ‐ Strychnos nux‐vomica (Loganiaceae)
Árvore do sudeste asiático (tóxicas)
Deerivados do Triptofano
Parte utilizada: semente (alcalóides terciários)
 Atividade farmacológica:
‐ Estimulante medular e bulbar;
‐ Intoxicação assemelha‐se aos sintomas do tétano;
‐ Leva a morte por asfixia pela contração do diafragma ;
‐ Ativos via oral.
OBS: a estricnina é uma substância de uso proscrito (incluída na lista F da portaria 344).
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Deerivados do Triptofano
ALCALÓIDES DO ERGOT
Deerivados do Triptofano
ALCALÓIDES DO ERGOT
biossíntese 1
ALCALÓIDES DO ERGOT
biossíntese 2
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Esporão do centeio (Ergot) ‐ Claviceps purpurea (Clavicipitaceae)
‐ Relatos dos efeitos na Babilônia – 600 a.C.;
Deerivados do Triptofano
‐ Utilizados em rituais na Grécia Clássica
‐ Ergotismo
 Os alcalóides são produzidos pelo fungo que parasita a espiga do centeio (Secale cereale)
durante as estações úmidas da Europa;
 Alcalóides derivados da ergolina;
 Para que haja a biossíntese do ácido lisérgico parece ser necessário um intermediário com
enxofre;
 LSD: droga simpatomimética extremamente potente. É um derivado sintético do ácido
lisérgico. Foi sintetizado pela primeira vez por Hoffman em 1943 que ingeriu 250 μg; além dos
efeitos alucinógenos, causam necrose das extremidades do corpo;
Descrição: “Os rostos daqueles ao meu redor pareciam máscaras coloridas e grotescas... Inquietação motora importante, alterando com paralisia... Sensação pesada na cabeça, membros e em todo corpo, como se estivessem cheios de chumbo... Reconhecimento claro da minha condição, em cujo estado algumas vezes observei, como um observador independente, que eu gritava quase insanamente.” Catharanthus roseus G. Don (Apocynaceae)
Deerivados do Triptofano
Sinonímia: Vinca rosea
 Descobertos no final dos anos
indispensáveis no tratamento de leucemia;
60:
 Origem de novos derivados: vinorelbina
(Nalvelbine®), recentemente desenvolvida para
tratamento de câncer de mama.
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Derivado
os do Triptofano ‐ Quin
nolínicos
Cinchona (Rubiaceae)
Árvores cultivadas em várias partes do mundo: Bolívia, Guatemala, Índia, Indonésia, Zaire e Quênia
Antimalarial
1820: Isolamento da quinina por
Caventou & Pelletier
 Cinchona succirubra chamada de cascas vermelhas contém 5–7% de conteúdo
alcaloídico; C. ledgeriana fornece as cascas marrons com conteúdo de 5–14%; C. calisaya
fornece as cascas amarelas com conteúdo de 4–7%;
Deerivados do Antranilatto
 Mesmo não sendo mais utilizada, continua sendo produzida e utilizada como amargo e
antidiarréico. Propriedade buscada em bebidas, como água tônica (Schweppes®).
Tipos encontrados em Rutaceae
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ALCALÓIDES MONOTERPENOÍDICOS:
Classificação quanto ao tipo de monoterpeno
Alcalóides: derivados nicotínicos e de tirosina
Prof. Douglas Siqueira Chaves
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Derivvados de ácido nicotín
nico
Introdução
 Alcalóides encontrados no tabaco (Nicotiana tabacum; Solanaceaea) incluem a
nicotina e anabasina;
 O ácido nicotínico, componente da nicotinamida, é sintetizado a partir da
degradação do triptofano.
Clevagem oxidativa
do sistema indólico
CO2H
CO2H
CO2H
NH2
NH2
NH2
Derivvados de ácido nicotín
nico
N
H
N
H
O2
O
CHO
CO2H
NH2
O
Hidrólise
da amida
NH2
O
O2
NADPH
NH2
OH
PLP
L ala
L-ala
PLP
L-ala
CO2H
CO2H
CONH2
NAD
NH2
+
NH2
Ác Antranílico
N
OH
R
CO2H
N
Ác Nicotínico
Ác 3-hidroxiantranílico
CO2H
-CO2
N
CO2H
Formação da
Base de Schiff
CO2H
O
H2N
CO2H
Isomerização
cis-trans
CO2H
O
HO2C
NH2
Ác quinolínico
-CO2
N
CO2H
Ác picolínico
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Derivvados de ácido nicotín
nico
Derivvados de ácido nicotín
nico
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Tabaco
Folhas de Nicotiana tabacum contem 0,6 – 9% de (‐) nicotina, junto com um
 Os alcalóides nas folhas estão presentes como sais do ácido málico e cítrico;
 Pequenas quantidades de nicotina podem causar estimulação respiratória,
enquanto grandes quantidades podem causar depressão respiratória;
 O pó das folhas de tabaco é amplamente utilizado como inseticida, e a nicotina é
usada em formulações de uso na horticultura e agricultura;
 A toxidez da nicotina está associada a interação com os receptores nicotínicos no
SNC.
SNC
D
Derivados de tirosina
Derivvados de ácido nicotín
nico
pequeno percentual de estruturas relacionadas;
 Mescalina é isolada do cactus Lophophora williamsii (Cactaceae); usado pelos
Astecas e índios mexicanos em cerimônias religiosas; possui propriedades
alucinógenas e psicoativas.
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Derivados de tirosina ‐ tetraidroissoquinolinas
D
Derivados de tirosina
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Catecolaminas
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Derivados de tirosina ‐ benziltetraidroisoquinolinas
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Derivados de tirosina ‐ benziltetraidroisoquinolinas
Curare
 Curare (1548): descrita durante a expedição de espanhóislonzo ao lago de Maracaibo.
Utilizado por tribos indígenas da América do Sul.
Agonista de receptores colinérgicos na junção neuromuscular; causa paralisia flácida;
Inibidores de acetilcolinesterase conseguem reverter o quadro de envenenamento por
curares;
 O conteúdo alcaloídico de Chondrodendron tomentosum (Menispermaceae) é de 4 – 7%,
sendo a tubocurarina o principal alcalóide.
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Alcalóides Benziltetraisquinolínico modificados
Ópio (Papaver somniferum – Papaveraceae)
 Conhecida há séculos por sua atividade soporífera e analgésica;
Derivad
dos de tirosina ‐ Morffinanos
 Relatos de usos por sumérios (4000 anos a.C.);
 Mitologia grega: cápsula simbolizava Morfeu, o deus do sono;
 1ª descrição da obtenção do ópio: século I por Descorídeo;
 Wilhem Sertürner 1816: isolou a morfina (1804) e testou atividade
Papaver sonniferum L. (coleta do ópio)
Papaver sonniferum L.
Papaver sonniferum L. (detalhe da cápsula)
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Derivad
dos de tirosina ‐ Morffinanos
Ópio (Papaver somniferum – Papaveraceae)
 A morfina é um poderoso analgésico e é utilizado para aliviar dores intensas; Induz
Derivad
dos de tirosina ‐ Morffinanos
euforia, constipação, vômitos, dependência e tolerância.
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Derivados de tirrosina – alcalóides pro
otoberberínicos
Derivados dee tirosina – alcalóidess aporfínicos
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Aristolochia (Aristolochiaceae)
Nefrotóxico.
Stephania sp. (Menispermaceae)
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Anti‐hemorrágico
Antitussígeno
Antagonista GABA
Alcalóides da Família Amaryllidaceae
 Isolado de espécies do gênero Galanthus; encontrada no bulbo das espécies em
quantidades mínimas que variam de 0,05 a 0,2%.
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