Matriz de atividade individual* Módulo: 4 Atividade: Título: POLITICA MONETARIA E CONTROLE DA INFLAÇÃO. Aluno: MILTON SPORKENS JR Disciplina: IE Turma: 30 Introdução POLÍTICA MONETÁRIA Política monetária é a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em circulação, de crédito e das taxas de juros controlando a liquidez global do sistema econômico. A Política Monetária age diretamente sobre o controle da quantidade de dinheiro em circulação, visando defender o poder de compra da moeda. Tal prática pode ser expansionista ou restritiva. Em uma política monetária restritiva, a quantidade de dinheiro em circulação é diminuída, ou mantida estável, com o objetivo de desaquecer a economia e evitar o aumento dos preços. Em uma política monetária expansionista, a quantidade de dinheiro em circulação é aumentada, com o objetivo de aquecer a demanda e incentivar o crescimento econômico. Cabe ressaltar que a política monetária expansionista visa criar condições para o crescimento econômico, porém não o determina. 1 Instrumentos de política monetária Para fazer política monetária, o governo dispõe de cinco instrumentos básicos: Emissão de papel moeda Depósito compulsório (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais devem reter junto ao banco central Compra e venda de títulos da dívida pública Redescontos (Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais) Regulamentação sobre crédito e taxas de juros. Taxa de Juros básica e Inflação A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo BC (Banco Central) para manter a inflação sob controle. Se os juros caem muito, a população tem maior acesso ao crédito e consome mais. Este aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender esse maior consumo. Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento, a economia desacelera e você evita que os preços subam. Com a redução da taxa básica de juros (Selic), o BC também diminui a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública. Assim, começa a "sobrar" um pouco mais de dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo. É por isso que os empresários pedem corte nas taxas, para viabilizar investimentos. Nos mercados, reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da renda fixa para a Bolsa de Valores. Em um cenário normal, é também por esse motivo que as Bolsas sobem nos Estados Unidos ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os juros possam cair. 2 Quando o juro sobe, acontece o inverso. O investimento em dívida suga como um ralo o dinheiro que serviria para financiar o setor produtivo. Selic Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos. O Selic é um sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias. Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociados com os bancos. A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influência sobre os juros de toda a economia. Copom O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração. O Copom se reúne em dois dias seguidos. No primeiro dia da reunião, participam também os chefes dos seguintes: Departamento Econômico (Depec), Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin), Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), além do gerente-executivo da Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin). 3 Política Monetária Restritiva Política Monetária Restritiva: engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos. Instrumentos: Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco Central, de parcela dos depósitos recebidos do público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo, pois atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito multiplicador e, consequentemente, a liquidez da economia. Assistência Financeira de liquidez: o Banco Central empresta dinheiro aos bancos comerciais, sob determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse prazo é reduzido e a taxa de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros da própria economia aumenta, causando uma diminuição na liquidez. Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos meios de pagamento e da liquidez da economia. 4 Conclusão Através de Política Monetária, o Banco Central afeta a quantidade de moeda e, portanto, a taxa de juros e a renda. A Política Monetária restritiva é usada, principalmente para combater a inflação de uma economia com baixa taxa de desemprego. O Banco Central aumenta a demanda por moeda (tirando-a de circulação), provocando aumento da taxa de juros e queda da demanda agregada (consumo e investimento), consequentemente, queda na renda e criando uma recessão. A Política Monetária não pode operar muito rapidamente sobre a demanda agregada. A restrição da moeda, se sustentada por algum tempo reduzirá o investimento, porém estes efeitos não ocorrerão rapidamente, tornando-se visíveis em meio ano. A queda na renda é provocada quando a demanda agregada é menor que a produção. Como um efeito “dominó”, taxas de juros de uma economia maior que a taxa de juros internacional, investimento menores, demanda agregada menor, renda menor (desemprego) e recessão. Referências bibliográficas DURNBUSCH, Rudiger e FISCHER, Stanley. Macroeconomia. SP: Pearson Education do Brasil, 1.991. Wikipédia. Política monetária. A enciclopédia livre. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_monet%C3%A1ria> Acesso em 01 dez. 2009. Folha Online - Dinheiro - Em decisão unânime, Banco Central mantém taxa de juros em 11,25% - 23/01/2008. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u366338.shtml> Acesso em 01 dez. 2009. 5 Folha Online - Dinheiro - Entenda como a taxa básica de juros influencia a economia 04/06/2008. Disponível em < http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u392830.shtml> Acesso em 01 dez. 2009. Economia Monetária e Internacional « Carteira de Investimento em Ações Schwabb – Ano III. Disponível em < http://carteiradeinvestimento.wordpress.com/about/aprendizado/topicos-deeconomia/economia-monetaria-e-internacional/> Acesso em 01 dez. 2009. *Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática. 6