Semiologia e Semiotécnica I

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Semiologia e Semiotécnica I
Semiologia e Semiotécnica no Planejamento do Cuidado de Enfermagem
Semiologia e semiotécnica de Enfermagem são disciplinas incorporadas ao curriculum de
Enfermagem de acordo com a Resolução n. 314/94 do Conselho Federal de Enfermagem.

Semiótica ou Semiologia - É a arte de extrair de seu paciente, dados e elementos que
lhe permitam emitir, com segurança, um diagnóstico e um prognóstico a fim de subsidiar o
tratamento a ser instituído. Investigação e estudo dos sinais e sintomas apresentados pelo
paciente, é avaliada clinicamente pela Enfermagem (Posso, 1999). Identificação dos problemas
de enfermagem.

Propedêutica - Introdução aos princípios gerais de uma ciência

Semiotécnica - É o emprego de procedimentos metodicamente organizados para a
identificação de sinais e sintomas de patologias diversas. Estudo e metodização das ações que
sucedem ao exame físico (Posso, 1999). Intervenções de enfermagem para a resolução de
problemas.
Envolve o conhecimento dos fundamentos da prática de Enfermagem, com o domínio de
conceitos e habilidades. É essencial à prática de Enfermagem. As habilidades são necessárias
para o cuidado de uma grande variedade de pacientes, em bom estado de saúde e daqueles com
doenças brandas e crônicas; buscando satisfazer as necessidades básicas do indivíduo.
Tem-se o objetivo de instrumentalizar o aluno para realizar o exame físico. Espera-se que o
aluno seja capaz de:

Identificar sinais e sintomas que indicam a condição clínica do paciente

Relacionar sinais e sintomas com a terapêutica aplicada ao paciente grave

Identificar os problemas de enfermagem definindo os diagnósticos de enfermagem

Estabelecer prioridades para as intervenções de enfermagem diante do paciente
Enfermagem
__ Diagnóstico e o tratamento das respostas humanas à saúde e à doença. (American Nurses
Association - ANA, 1995)
PROCESSO DE ENFERMAGEM
O Processo de Enfermagem tem como embasamento científico estudos realizados
principalmente por Wanda Horta (1975/79), Lígia Paim (1978), Liliana Daniel (1977), dentre
outros.
FASES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
HISTÓRICO: coleta de informações referentes ao cliente com propósito de identificar as
necessidades, problemas, preocupações ou reações humanas.
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DIAGNÓSTICO: Análise e conclusão dos problemas e situações apresentadas pelo cliente/
paciente. Utilizamos o diagnóstico de NANDA (North American Nursing Association).
PLANEJAMENTO:

Estabelecimento de prioridades para os problemas e situações identificadas;

Definição de objetivos para o alcance dos resultados esperados;

Elaboração da prescrição de enfermagem que é sistematização dos cuidados de
enfermagem aprazados a serem implementados;

Registro escrito do diagnóstico e intervenções de enfermagem, que constituem a
documentação da assistência prestada.
IMPLEMENTAÇÃO:
É a execução, o desenvolvimento das ações, de enfermagem, planejadas para atender as
necessidades do cliente/ paciente.
AVALIAÇÃO:
É a verificação dos resultados alcançados, comparando-os com os objetivos propostos e o
padrão de assistência desejada. Esta fase perpassa todo o processo, para que haja os ajustes
necessários durante a prestação da assistência. Na alta do cliente/ paciente se faz a avaliação
final de todo o processo.
TIPOS DE INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM

Intervenções dependentes: atendem a uma recomendação de outra categoria
profissional.

Intervenções interdependentes: são atividades que o enfermeiro realiza em colaboração
com outros profissionais da equipe de saúde.

Intervenções independentes: são as atividades desenvolvidas pelo enfermeiro, definidas
pelo diagnóstico de enfermagem.
DOCUMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ENFERMAGEM
É constituída de todo o registro das atividades de enfermagem planejadas e desenvolvidas,
observações sobre o estado físico, emocional e mental da clientela, assim como as respostas
quanto às intervenções realizadas. É utilizado como instrumento de comunicação para a equipe
multiprofissional, além de constituir fonte de informações para auditorias, pesquisas, dentre
outros.
ATENÇÃO:

A exigência do processo de enfermagem é legal (Lei 8.748) e se os enfermeiros não o
fazem estão deixando de cumprir um aspecto da profissão.
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
Avaliar significa acompanhar tudo que foi proposto para o cliente a partir do
diagnóstico. É acompanhar dia-a-dia a situação do cliente, como ele reage como sujeito e como
organismo psicobiológico.

O processo é um modelo, um caminho que inclui 5 etapas ou paradas necessárias para
que a enfermagem sistematize sua assistência.

Registrar tudo sobre o cliente faz parte das ações de enfermagem e é de fundamental
importância para auditoria de enfermagem, para avaliar as condições do cliente em termos de
evolução, para avaliar a qualidade da assistência prestada, para colher informações em caso de
pesquisas.

Analisar uma situação exige do enfermeiro agilidade mental, principalmente em
situação de emergência. O enfermeiro identifica o problema e o analisa, tomando por base todo
o conhecimento científico.
DIAGNOSTICO EM ENFERMAGEM
Enfatiza os problemas fisiológicos e psicossociais que as enfermeiras podem legalmente
diagnosticar e tratar com independência. Há informações essenciais para atender as
necessidades fisiológicas, incluindo a manutenção das funções respiratória, neurológica e
cardiovascular.
Existem 139 planos de assistência, um para cada diagnóstico aprovado pela North
American Nursing Association (NANDA). Cada plano:

Explica de modo claro e resumido como aplicar o processo de enfermagem de
maneira sistemática e eficaz.

Pode ser usado independentemente, possibilitando evitar perda de tempo.
Conteúdo do plano de assistência
o
Diagnostico de enfermagem
Definição (apresenta uma explicação sucinta do diagnóstico)
Avaliação (sugere parâmetros a serem seguidos enquanto você estiver colhendo dados para
confirmar o diagnóstico)
Distúrbios associados (encontrara exemplos de condições medicas e psiquiátricas
freqüentemente associadas ao diagnóstico de enfermagem.)
Resultados esperados (relaciona metas para a resolução ou atenuação do problema do
paciente.)
Intervenções e justificativas (descreve as atividades especificas que você pode desempenhar
para alcançar os resultados esperados.)
Reavaliação (descreve as alterações do comportamento ou da condição do paciente, que
demonstram que você alcançou a meta desejada.)
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Exemplos de diagnóstico de enfermagem – NANDA –
HIPERTERMIA (1986)
Definição - Temperatura corporal elevada acima dos parâmetros normais.
Características Definidoras
• Aumento na temperatura corporal acima dos parâmetros normais
• Ataques ou convulsões, • Pele avermelhada, • Calor ao toque
• Freqüência respiratória aumentada • Taquicardia
Fatores Relacionados
Doença
ou trauma, Aumento da taxa metabólica, Atividade
vigorosa,
Medicamentos ou anestesia, Incapacidade ou diminuição da capacidade para perspirar,
Exposição a ambiente quente Desidratação, Vestimentas inadequadas
H
HIPOTERMIA (1986, 1988)
Definição - Temperatura corporal abaixo dos parâmetros normais.
Características Definidoras
• Redução da temperatura corporal abaixo dos parâmetros normais
• Palidez, • Tremor, • Pele fria, • Cianose nos leitos ungueais
• Hipertensão, • Piloereção, • Reenchimento capilar lento
• Taquicardia
Fatores Relacionados
Exposição a ambiente fresco ou frio
Medicamentos que causam vasodilatação
Desnutrição, Vestimentas inadequadas, Doença ou trauma
Evaporação através da pele em ambiente fresco
Diminuição da taxa metabólica, Dano ao hipotálamo
Consumo de álcool, Envelhecimento
Incapacidade ou diminuição da capacidade de tremer, Inatividade
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