O relacionamento adequado e a atitude correta para com os idosos

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UCB – Graduação em Enfermagem
Disciplina Enfermagem na Saúde do Idoso
Profª. Alcinéa Cristina Ferreira de Oliveira
O relacionamento adequado e a atitude correta para com
os idosos
- A doença por si só, já representa uma ameaça que gera situação de
insegurança, tanto no paciente como no seu ambiente familiar e
social.
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Peculiaridades da Hospitalização
Produz-se uma ameaça geral à vida, à saúde e a integridade
física.
Aparecem sintomas desagradáveis como dor, dispnéia, etc.
Frustram-se planos e esperanças e o paciente é alvo de
incertezas em relação ao presente e ao futuro.
Modificam-se as relações familiares
O idoso encontra-se num meio estranho, desconhecido. Em seu
quaro entram pessoas que não lhe pedem permissão para isso
e tomam atitudes que, por vezes, ele não compreende.
No hospital retiram-lhe, roupas e objetos pessoais (próteses
dentárias e auditivas, óculos), vestindo-lhe pijamas ou bata igual
ao dos outros pacientes – uniforme – que pode lhe parecer
humilhante.
Normas estabelecidas e até horários de leventar, dormir,
banhar-se, comer...
Os procedimentos terapêuticos e diagnósticos podem ser
agressivos: punções, sondagens, restrição de movimentos,
interrupção no meio da noite para verificação de sua
temperatura ou para administração de medicamentos, etc.
Sua privacidade nos procedimentos não é adequadamente
respeitada.
Observar rigorosamente as questões de administração de
fármacos.
Reações face à doença
 A experiência da doença e a mudança para um novo ambiente
podem induzir estados de ansiedade, raiva, negação, tristeza,
desesperança, culpa, regressão ou confusão.
 Perde o controle de sua vida, tendo dificuldades em resolver
seus problemas e em tomar decisões.
 Se o paciente apresenta muitas complicações ou está
inconsciente, a família pode vivenciar receios semelhantes,
expressos em forma de exigência excessiva, reticência em
colaborar e desconfiança em relação a quem trata o paciente.
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Mecanismos de adaptação face à doença
Colaboração: com o interesse de manter-se vivo, colabora e
suporta todos os procedimentos.
Negação: nas primeiras etapas da adaptação, aparece
frequentemente o mecanismo de defesa de negar o próprio
estado.
Raiva e hostilidade: episódios de violência podem ocorrer
quando o paciente está sujeito a uma obrigação, quando se
submete as normas muito restritivas, ou quando se viola a sua
intimidade.
Rebeldia: a atitude de rebelião e dominação pode ser indicativa
de insegurança.
Exigência e pedido: o paciente exigente chama
frequentemente o pessoal, monopolizando-o com longas
conversas. Tudo isso esconde uma necessidade de ser aceito.
Isolamento e Introversão: O paciente retrai-se e evita a
relação com os demais, passa longos períodos dormindo ou
com as portas fechadas, não querendo compartilhar seus
sentimentos.
Dependência e regressão: a incapacidade de ser autosuficiente dificulta a tomada de decisões sobre o futuro,
propiciando a renúncia à própria responsabilidade. Alguns
idosos delegam totlmente a responsabilidade aos profissionais
ou familiares.
RELACIONAMENTO ENTRE O PROFISSIONAL E O IDOSO
 Atuação técnica acompanhada de uma boa prática profissional.
a relação que se estabelece com o paciente não deve ser fruto
da casualidade.
 Não devemos tratar os idosos:
- como crianças irresponsáveis assumindo atitudes paternalistas e
de compaixão – respeitar a individualidade
- Com atitudes autoritárias que intensificam a dependência e
deterioram a confiança do paciente.
- Com expressões de falsa tranquilização, como, “não se
preocupe”, “não está acontecendo nada”, “está tudo bem”.
- Interromper ou não permitir as manifestações de dor ou o
silêncio.
- Mostrar-se hostil ou indiferente
 Atitude correta
- Os idosos devem receber cuidados de qualidade, com o mesmo
apoio oferecido aos demais pacientes.
-Garantir sempre o seu bem-estar e conforto.
- Conhecer e compreender os mecanismos que o idoso dispõe
para enfrentar a doença dominando seus sentimentos, em vez de
represálias ou de se retrair.
- Não se deve esquecer que um paciente ansioso ou “difícil” está
manifestando conflitos não-resolvidos.
- Aceitar a pessoa como ela é, sem juízos nem críticas.
- Chamar o idoso pelo nome, personalizando o mais possível a sua
assistência.
- Não empregar uma linguagem infantil para comunicar-se com o
idoso.
- Apresentar-se ao paciente pelo nome e pela especialidade,
principalmente diante daqueles com dificuldade visual.
- Estar disponível para escutar, dar apoio e esclarecer.
- responder às perguntas de forma simples, breve e lentamente.
Informação em excesso poderá causar confusão.
- Não elevar a voz a menos que o paciente tenha uma hipoacusia.
Falar em tom baixo e reduzir os estímulos do ambiente.- Os
pacientes inconscientes devem ser tratados como se estivessem
acordados, ou seja, chamá-los pelo nome e explicar-lhes os
cuidados que serão tomados, em tom de voz suave e
tranqüilizador.
- O paciente recém-admitido precisa de uma boa acolhida e
informações necessárias sobre o ambiente físico que o rodeia (
localização do banheiro, da campainha, da luz, dos corredores, do
posto de enfermagem, etc.
- estabelecer um plano de cuidados diários que se desenvolva de
forma sistemática. Isto permite que o idoso conheça seu horário de
atividades, o que lhe proporciona segurança.
- Estimular as ações de autocuidado.
- Mostrar otimismo e interesse pelo bem-estar do idoso e de sua
família.
Medicamentos e o idoso
 Os medicamentos melhoram a saúde e o bem-estar das
pessoas idosas por aliviar os sintomas de desconforto, tratar as
doenças crônicas e curar os processos infecciosos.
 Os medicamentos podem causar problemas de interação
medicamentosa, efeito de múltiplos medicamentos e podem
alterar o estado nutricional do idoso.
 Farmacocinética alterada (absorção, distribuição, metabolismo e
excreção). A variabilidade nesses processos nas pessoas
idosas deve-se em parte, a uma capacidade reduzida do fígado
e dos rins para metabolizar e excretar os medicamentos e aos
níveis diminuídos da eficiência circulatória e do sistema nervoso
para lidar com o efeito de determinados medicamentos. Muitos
medicamentos e seus metabólitos são excretados pelos rins.
 Com a idade avançada, temos diminuições no peso corporal, na
água corporal total, na massa corporal magra e na albumina
(proteína) plasmática, bem como um aumento no tecido adiposo
corporal.
Ações de enfermagem no ensino da
administração de medicamentos aos idosos.
auto-
 Explicar a ação, os efeitos colaterais e a dosagem de cada
medicamento.
 Escrever o esquema de medicamentos
 Rever periodicamente o esquema de medicamentos
 Desencorajar o uso de medicamentos populares sem a
orientação de um profissional de saúde.
 Solicitar demonstrações de retorno para garantir que ocorreu
aprendizado
 Traçar plano de ensino individualizado para cada idoso.
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O ambiente domiciliar
Segurança e conforto
Espaço pessoal
Programas e serviços de saúde comunitários
Cuidadores domiciliares
Hospital de apoio
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QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS QUE AFETAM O IDOSO
Estimular o aconselhamento e os serviços de um advogado
competente em relação aos aspectos financeiros e pessoais
podem preservar a autonomia e a autodeterminação.
A procuração é um acordo legal que autoriza uma pessoa,
designada pelo idoso, para atuar em fins específicos e
determinados no interesse do cedente. Essa é uma forma de
tutela voluntária; a permissão é livremente concedida quando a
pessoa idosa é competente.
Uma procuração durável é um acordo similar que continua
mesmo quando o idoso fica impossibilitado ou incapacitado.
Essa procuração pode incluir decisões financeiras ou pessoais,
dependendo dos desejos da pessoa.
Quando nenhum arranjo antecipado foi feito e pessoa idosa
parece incapaz de tomar decisões, qualquer um pode recorrer à
justiça para uma audiência de incompetência. Quando a justiça
determina que a pessoa é incompetente, o juiz apontará um
tutor, uma terceira pessoa que receberá poderes para assumir
as responsabilidades e tomar as decisões financeiras ou
pessoais para aquela pessoa
Referências
RUIPÉREZ, Isidoro e LIORENTE, Paloma. Geriatria . 2002 . RJ. Edit.
McGrawHill
SMELTZER, Suzanne C. e BARE, Brenda G. BRUNNER & SUDDARTH.
Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9ªad. RJ. Editora Guanabara
Koogan.
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