422 CAPÍTULO 14: ILUMINAÇÃO Figura 1. Ângulos de incidência, reflexão e transmissão. Um princípio básico que governa a propagação da luz é o da conservação da energia. Assim, a energia que chega a uma superfície de separação entre dois meios é refletida, transmitida ou absorvida. Ou seja, a soma das energias refletida, transmitida e absorvida é igual à energia incidente. Nesta seção vamos estudar a interação da energia luminosa com algumas superfícies idealizadas e determinar as leis de propagação nessas superfícies. Inicialmente introduzimos algumas notações (ver Figura 1). Se S é superfície e p ∈ S, indicamos por n o vetor normal a S em p. Dado um observador num ponto O o vetor unitário ωr = (O − p)/|O − p| é chamado de vetor do observador (“eye vector”). Se um raio luminoso incide em S no ponto p, chamamos de ângulo de incidência θi o ângulo que o raio forma com o vetor normal n. O vetor unitário na mesma direção do raio incidente, porém em sentido contrário, é chamado de vetor de incidência e será representado por ωi . Note que cos θi = ωi , n. O plano formado pelo vetor de incidência ωi e pelo vetor normal n à superfície, é chamado de plano de incidência. Os outros ângulos e vetores mostrados na Figura 1 serão definidos mais adiante. Existem três tipos de material considerados perfeitos do ponto de vista da interação com a energia luminosa: o refletor especular perfeito, o transmissor perfeito, e o difusor perfeito ou Lambertiano. Refletor especular perfeito Uma superfície S é um refletor especular perfeito quando ela satisfaz a lei lei de reflexão especular: “Para cada raio incidente, existe um único raio de reflexão, que está contido no plano de incidência, e além disso os ângulos de incidência e de reflexão são iguais, θi = θs .” O vetor unitário na direção do raio refletido especularmente será indicado por vs . A Figura 1 ilustra a geometria da reflexão especular. Note que cos θs = n, vs .