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ARTIGO NO
CIENTÍFICO
EFEITO DE CONDICIONAMENTO MECÂNICO
CONTROLE DE PORTE E QUALIDADE...
71
Efeito de condicionamento mecânico no controle
de porte e qualidade de crisântemo evasado
DENISE LASCHI1 e PRISCILA SILVÉRIO1
RESUMO
O crisântemo (Dendranthema grandiflorum
Ramat Kitam.) é uma planta originária do Japão e
pertence à família das asteráceas. É uma das plantas
ornamentais mais comercializadas, por três motivos
principais: precisão com que responde ao
fotoperíodo, diversidade de tipos e cores de flores e
durabilidade da flor. Seu cultivo em vaso exige, além
de poda, uso de reguladores para o controle mais efetivo do porte. Há algum tempo, vem-se “tentando
substituir o uso de substâncias químicas para regular o crescimento pelo uso de condicionamento mecânico”, que seria feito mediante uma perturbação
física em partes da planta, resultando em uma resposta mecânica a esse estresse, que normalmente se
apresenta na forma de inibição do crescimento em
massa e dimensão da maioria das partes da planta. O
presente trabalho teve como objetivo testar o uso do
condicionamento mecânico, comparando-o a um
regulador de crescimento e a uma testemunha não
submetida a nenhum tipo de tratamento para o controle de porte de crisântemo cultivado em vaso. Foi
conduzido em casa de vegetação do Departamento
de Horticultura, FCA-Unesp, a partir de março de
1999. As plantas foram submetidas aos seguintes
tratamentos: T1 = Testemunha; T2 = ácido succínio2,2 dimetilidrazido (SADH) 0,25%; T3 = Estresse mecânico a partir da quarta semana do ciclo, uma vez
por dia; T4 = Estresse mecânico a partir da quarta
semana do ciclo, duas vezes por dia; T5 = Estresse
mecânico a partir da sexta semana do ciclo, uma vez
por dia; T6 = Estresse mecânico a partir da sexta
semana do ciclo, duas vezes por dia. Com base nos
resultados, concluiu-se que o uso de condicionamento mecânico diminuiu significativamente o porte das
plantas e a aplicação precoce e a maior quantidade
1
diária aplicada aumentou o efeito do tratamento de
condicionamento mecânico; o SADH foi o tratamento
que produziu as menores plantas. O condicionamento mecânico não afetou o diâmetro de flores e o número de folhas e flores, indicando que esses tratamentos não alteraram a qualidade das plantas produzidas.
Palavras-chave: (Dendranthema grandiflorum
Ramat Kitam.); controle de porte; reguladores de
crescimento; estresse.
ABSTRACT
Título em inglês
The
chrysanthemum
(Dendranthema
grandiflorum Ramat Kitam.) is an original plant of
Japan belonging to Asteraceae family. It is one of
the most marketed ornamental plants, for three main
reasons: response precision to the photoperiod, diversity of types and colors of flowers and durability
of the flower. The chrysanthemum cultivation in vase
demands, besides the pruning, the use of regulators
for the more effective control of the height. Researchers are “trying to substitute the use of chemical substances to regulate the growth by the use of mechanical conditioning”, that would be done through a
physical disturbance in parts of the plant resulting in
a mechanical response to this stress, that usually
comes in the form of inhibition of the growth in mass
and dimension of most of plants parts. The present
experiment had as objective to study the influence
of stress, comparing to a growth regulator to control
chrysanthemum height. The work was installed in
pots under greenhouse conditions (Vegetal Production Department -Horticulture, FCA/Unesp), in
March of 1999. The plants were submitted to the fol-
Departamento de Produção Vegetal, Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA-UNESP), Caixa Postal 237, 18603-970, Botucatu (SP).
Rev. Bras. Hortic. Ornam., Campinas, v.9, n.1, p.71-77, 2003
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DENISE LASCHI & PRISCILA SILVÉRIO
lowing treatments: T1 = witness; T2 = SADH (succinic acid – 2.2- dimethyl hydrazide) (0,25%); T3 =
mechanical stress, starting from the fourth week, once
a day; T4 = mechanical stress, starting at the fourth
week, twice a day; T5 = mechanical stress, starting
at the sixth week, once a day; T6 = mechanical stress,
twice a day. The results, led to the following conclusions: the stress decreased significantly the height
of the plants; the precocious application of the stress
increases the response, and this presents a larger response as larger the amount of stress applied daily;
SADH was the treatment that produced the smallest
plants; the stress, didn’t have deleterious effect in
the qualitative parameters of the plants (production
of flowers and leaves), that is, didn’t decrease the
quality of the produced plants.
Keywords: (Dendranthema grandiflorum Ramat
Kitam.); potted mums; height control; growth regulators; mechanical stress.
1. INTRODUÇÃO
O crisântemo (Dendranthema grandiflorum
ramat Kitam.), planta originária do Japão, é uma das
plantas ornamentais mais comercializadas no Brasil,
por três motivos principais: precisão com que responde ao fotoperíodo, diversidade de tipos e cores
de flores e durabilidade da flor (LOPES, 1977).
Esta planta tem sido produzida para
comercialização em vaso ou cortada, contando, para
isso, com diferentes métodos de cultivo e variedades.
O cultivo de crisântemo em vaso exige variedades adaptadas para esse uso específico e, assim, para
que se obtenha tamanho adequado, que deve ser 2,0
a 2,5 vezes a altura do vaso (LARSON,1980), faz-se
uso de reguladores de crescimento usados comercialmente (Ball,1985, citado por REISS-BUBENHEIM
& LEWIS,1986).
Cathey (1967), citado por WEAVER (1982), relatou o uso do SADH (ácido succínico 2,2
dimetilidrazida) em aspersão foliar, em concentrações de 2.500 a 5.000 ppm, como um produto efetivo na redução de porte de crisântemo em vaso.
A prática da poda do ápice da planta também
reduz a altura da planta, mas esta é associada ao uso
de reguladores no caso de cultivo em vaso, para um
controle mais efetivo.
Há algum tempo, vem-se tentando substituir o
uso de substâncias químicas pelo condicionamento
Rev. Bras. Hortic. Ornam., Campinas, v.9, n.1, p.71-77, 2003
mecânico para regular o crescimento da planta, o qual
seria feito por meio de uma perturbação física em
partes da planta, resultando em uma resposta mecânica dessa planta. Tal condicionamento normalmente se apresenta na forma de inibição do crescimento
em massa e dimensão da maioria das partes da planta (LATIMER,1991).
Tal condicionamento pode ser obtido mediante
resposta ao estresse mecânico ao tato (toque,
fricção,etc.) chamado de tigmomorfogênese (JAFFE,
1973) e estresse mecânico não táctil (chacoalhar, vibrar, etc.), chamado de seismomorfogênese
(MITCHELL et al., 1975).
O mecanismo de resposta ao estresse mecânico
não é bem conhecido, mas alguns autores já o associaram a vários reguladores. TAKAHASHI & JAFFE
(1984), ao testarem tigmomorfogênese em soja, notaram que plantas estressadas apresentavam um aumento de produção de etileno. Chocalhar ramos de
pêra pode inibir o transporte polar de auxinas
(MITCHELL, 1977). O estresse pode também diminuir a quantidade de giberelina, como foi demonstrado por CAULA & MITCHELL (1983) em girassol. Esse efeito pode ser o responsável pela redução
em elongação do ramo e expansão de folhas, dado
comprovado também por BEYL & MITCHELL
(1977a).
Quando comparado a outros métodos de redução de altura, os resultados do condicionamento
mecânico em plantas parecem muito similares aos
obtidos com tratamento com daminozide (SADH) ou
chlormequat (CCC), fato observado por vários autores (BEYL & MITCHELL, 1977b; BIDDINGTON
& DEARMAN, 1985).
A resposta ao estresse é maior em tecidos jovens
ou tecidos diretamente contatados pelos tratamentos
(Turgoron et al, 1977, citado por LATIMER, 1991).
Plantas jovens também respondem melhor, o que indica que o tempo de iniciação do tratamento pode
afetar a resposta (Latimer, 1991, citado por
LATIMER, 1991), assim como a duração e o momento de aplicação do tratamento (BEYL &
MITCHELL, 1977a; MITCHELL, 1977).
MITCHELL (1996) relata que o condicionamento
mecânico promove a redução do comprimento do
ramo, área foliar e peso seco do ramo em vários vegetais. Essa redução pode variar de 25 a 43%, dependendo do momento em que se inicia o tratamento.
O mesmo autor relata que as giberelinas são
hormônios que apresentam a maior correlação com
EFEITO DE CONDICIONAMENTO MECÂNICO NO CONTROLE DE PORTE E QUALIDADE...
o uso de estresse mecânico. Os tecidos que receberam os tratamentos tiveram uma grande perda de
giberelina. TAKAHASHI & SUGE (1980) relataram
que o uso da combinação de GA4+GA7 anulou a resposta ao estresse mecânico em plantas de abóbora
(Cucumis sativus).
O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito do uso do estresse mecânico, comparado
a um regulador de crescimento e a uma testemunha,
no controle de porte e qualidade de crisântemo cultivado em vasos.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho foi conduzido em casa de
vegetação do Departamento de Horticultura da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Câmpus de Botucatu.
O experimento foi instalado em 8 de março de
1999. Para sua implantação, utilizaram-se 60 vasos
plásticos (1 L), preenchidos com uma mistura de terra
vermelha, xaxim, casca de pínus e esterco de curral
na proporção 5:2:2:1. A esta mistura adicionou-se
calcário calcítico (6,0 kg/m3), nitrato de cálcio especial (1,5kg/m3) e superfosfato triplo (0,75kg/m3). Seis
mudas não enraizadas de crisântemo foram plantadas em cada vaso e, durante o enraizamento, receberam uma adubação de nitrato de cálcio (268,8g/L),
nitrato de amônio (93,8g/L), MAP (75g/L) e sulfato
de amônio (62,5g/L).
Os vasos foram transferidos para a casa de vegetação 20 dias após o plantio, com as plantas já submetidas ao “pinching” (poda de ponteiro), os quais
foram dispostos em duas bancadas com 30 vasos cada
um. Em seguida, receberam a primeira irrigação e
uma identificação de tratamento, feita por sorteio.
O experimento contou com seis tratamentos dispostos em delineamento experimental de blocos
casualizados com dez repetições, onde cada vaso foi
considerado uma parcela.
Os tratamentos foram iniciados no dia seguinte
à instalação e receberam as seguintes denominações:
- T1: Plantas que não sofreram nenhum tratamento para controle de porte.
- T2: Pulverização com SADH (ácido succínico
– 2,2 dimetilidrazida).
- T3: Estresse mecânico – tigmomorfogênese
(passar pano sobre as folhas uma vez ao dia) a partir
da quarta semana do ciclo.
73
- T4: Estresse mecânico - tigmomorfogênese
(passar pano sobre as folhas duas vezes ao dia) a
partir da quarta semana do ciclo.
- T5: Estresse mecânico - tigmomorfogênese
(passar pano sobre as folhas uma vez ao dia) a
partir da sexta semana do ciclo.
- T6: Estresse mecânico - tigmomorfogênese
(passar pano sobre as folhas duas vezes ao dia), a
partir da sexta semana do ciclo.
Durante o experimento, não foi necessário o uso
de um sistema de iluminação/escurecimento para
indução floral, pois, no período da condução, o
fotoperíodo era adequado para a indução floral.
As mudas enraizadas foram obtidas de matrizes
da variedade “Braga” (tipo margarida, de coloração
vermelha), cuja característica é o porte alto.
O regulador de crescimento utilizado foi o SADH
(ácido succínico – 2,2 – dimetilidrazida), encontrado no mercado com o nome de Alar ou Bnine, numa
solução de 0,25%, mais 1,0 mL de óleo vegetal. A
aplicação foi feita por via foliar (área foliar total),
quando as plantas estavam na sexta semana do ciclo,
após o “pinching” (poda dos ponteiros), usando-se
um pulverizador manual. Aplicou-se o regulador
durante quatro semanas consecutivas, três vezes por
semana.
Efetuou-se o controle fitossanitário semanalmente,
com produtos recomendados para a cultura. Durante
a condução do experimento, não se observaram problemas com pragas e doenças.
Realizou-se uma adubação diária com fertilizantes distintos de acordo com a fase de desenvolvimento
do crisântemo.
A irrigação das plantas foi diária e manual, 50
ml/vaso.
O tratamento com estresse foi finalizado na fase
de abertura floral para que não houvesse danos às
flores.
Com o objetivo de avaliar a redução de porte
segundo o estresse mecânico, efetuaram-se as seguintes medidas, após a abertura das flores: número de
folhas; número de flores; número de botões; área
foliar, em cm2 (medida por meio de Automatic Area
Meter, modelo – AAM-7, HAYASHI DENKO CO.
LTD.); comprimento da parte aérea, em cm; comprimento de entrenós, em mm; diâmetro das flores, em
mm; massa seca do caule, em mg; massa seca das
folhas, em mg; massa seca das flores, em mg; altura
total dos vasos, em cm (para essa medida, levou-se
em consideração o vaso e a planta).
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DENISE LASCHI & PRISCILA SILVÉRIO
Para a avaliação dos resultados, os dados obtidos foram submetidos à análise da variância por contrastes, sendo as médias comparadas pelo teste de
Tukey, utilizando-se o nível de significância de 5%.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 apresenta a análise da variância
para todos os parâmetros avaliados em plantas de
crisântemo submetidas aos tratamentos para controle de porte.
Os resultados indicam contrastes significativos
para os parâmetros relacionados com o porte das
plantas, o que leva a crer que os tratamentos testados tiveram algum efeito no controle da altura das
plantas, e interferiram fisiologicamente nos mecanismos que atuam na redução de seu porte. Tais mecanismos de resposta não são bem conhecidos, mas
autores já o associaram a vários reguladores.
TAKAHASHI & JAFFE (1984), ao testarem
tigmomorfogênese em soja, notaram que plantas submetidas a estresse apresentavam um aumento de produção de etileno. Chocalhar ramos de pêra pode inibir o transporte polar de auxinas (MITCHELL, 1977).
O estresse pode também diminuir a quantidade de
giberelina, como foi demonstrado por CAULA &
MITCHELL (1983) em girassol. Esse efeito pode ser
o responsável pela redução em alongamento do ramo
e expansão de folhas.
O teste de médias (Tabela 2) para comprimento
de entrenós, comprimento da parte aérea, altura total do vaso, apresentou respostas semelhantes, tendo
o uso do SADH a menor média e a testemunha, a
maior para os três parâmetros citados. Ao analisar o
efeito do estresse, notou-se que houve resposta significativa para os três parâmetros, sendo o mais efetivo o estresse no começo do ciclo, duas vezes ao
dia. É interessante notar que a resposta ao estresse,
quando aplicado no início do ciclo, é quantitativa,
ou seja, quanto maior o estímulo, maior a resposta.
Quando a aplicação é iniciada no meio do ciclo, porém, a quantidade de estresse diário (uma ou duas
vezes) apresenta resposta uniforme, sendo igualmente
intermediária nos tratamentos de estresse no início
aplicados uma vez ou duas vezes ao dia.
Esse dado concorda com aqueles encontrados por
LATIMER (1991); BEYL & MITCHELL (1977b);
MITCHELL (1977); LASCHI & ARAKI (1995) e
outros para os quais o momento em que é iniciado o
tratamento é importante, e, quanto mais cedo, maior
a sensibilidade. Segundo LATIMER (1991),
Rev. Bras. Hortic. Ornam., Campinas, v.9, n.1, p.71-77, 2003
entretanto,maior sensibilidade ao estresse ocorre em
tecidos jovens ou tecidos diretamente atingidos pelos tratamentos. Há também melhor resposta em plantas jovens.
Quanto à resposta ao número de estímulos aplicados, apenas o tratamento iniciado no começo do
ciclo apresentou um efeito cumulativo, ou seja, quanto mais estímulos (um ou dois) maior a resposta, fato
que está de acordo com vários pesquisadores (BEYL
& MITCHELL, 1977a; MITCHELL, 1977), para os
quais a duração do estímulo afeta a resposta. Quando a aplicação do estresse se inicia no meio do ciclo,
apesar da redução de porte quando comparada à testemunha, não há diferença quanto ao número de estímulos aplicados diariamente.
Para parâmetro massa seca de caule houve maior
uniformidade de resposta, diferindo dos demais, apenas o tratamento com SADH. Trata-se de um dado
bastante interessante, visto indicar que a aplicação
de estresse não diminuiu a quantidade de massa seca
do caule, quando comparado com a testemunha.
LASCHI & ARAKI (1995) trabalhando com estresse,
também constataram que o SADH reduziu a massa
seca de caule.
Na Tabela 3, têm-se as médias e o resultado do
teste de médias para os parâmetros de qualidade do
vaso, ou seja, o número de botões, a massa seca total
de flores e o número de folhas. Os parâmetros seguintes: número de flores, diâmetro de flores, peso
seco de folhas e área foliar não aparecem nesse quadro por não apresentarem diferenças significativas
no teste da variância (Tabela 1).
Para o parâmetro número de folhas tem-se que a
testemunha e o SADH produziram menor número de
folhas, o que diferiu significativamente do estresse
no início do ciclo uma vez por dia, o qual apresentou
maior número de folhas, mas não diferiu dos demais
tratamentos. Esse dado é interessante tendo em vista
que a testemunha, apesar de apresentar parâmetros
de porte (CI, CPA, AT, MSC) bem superiores aos
demais tratamentos, não produziu maior número de
folhas. Já o SADH reduziu o número de folhas, quando comparadas ao estresse no início uma vez por dia.
Esse dado indica que o estresse não atua prejudicando a qualidade da planta produzida, quando comparado ao SADH e à testemunha. Esses dados confirmam os encontrados por LASCHI & ARAKI (1995)
e LATIMER (1991).
5
1
1
1
1
1
Tratamento
Contrastes
Test.x outros
SADH x outros
Estresse:
início x meio
Início:
uma vez x duas vezes
Meio:
uma vez x duas vezes
CE
3,64
56,13
0,2251
0,0034**
0,3896
0,0001**
0,0001**
0,0001**
**=significativo a 5% de probabilidade.
*= significativo a 1% de probabilidade.
C.V.
Média dos tratamentos
G.L
F.V.
4,21
28,77
0,2743
0,0069**
0,0056**
0,0001**
0,0001**
0,0001**
CPA
3,67
43,64
0,2940
0,0016**
0,0158*
0,0001**
0,0001**
0,0001**
AT
7,46
8,17
0,3311
0,1370
0,0232*
0,0001**
0,0059**
0,0001**
MSC
11,95
5,92
0,672
0,589
0,156
0,439
0,935
0,667
NFl
22,01
2,61
0,7136
0,3439
0,0001**
0,0001**
0,7991
0,0001**
NB
7,69
5,25
0,8258
0,2000
0,0003**
0,0005**
0,0007**
0,0001**
MSFl
3,31
57,72
0,3669
0,4784
0,7175
0,3168
0,1282
0,3484
φ Fl
MSFo
0,337
7,16
37,01
0,9880
0,0253*
0,0352*
8,17
4,18
0,636
0,191
0,159
0,0090** 0,321
0,2961
0,0041** 0,357
Nfo
8,15
1552,0
0,1665
0,1266
0,8067
0,0564
0,9191
0,1597
AF
Tabela 1. Análise da variância para valores obtidos de comprimento de entrenós (CE); comprimento da parte aérea (CPA); altura total (AT);
massa seca do caule (MSC); número de flores (NFl); número de botões (NB); massa seca de flores (MSFl); diâmetro de flores (φ Fl);
número de folhas (Nfo); massa seca de folhas (MSFo); e área foliar (AF) em plantas de crisântemo submetidas aos tratamentos de redução
de porte. Botucatu/1999
EFEITO DE CONDICIONAMENTO MECÂNICO NO CONTROLE DE PORTE E QUALIDADE...
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Tabela 2. Médias obtidas para comprimento de entrenós, em mm (CE); comprimento da parte aérea, em cm
(CPA); altura total – vaso+planta, em cm (AT); massa seca do caule, em mg (MSC) de plantas de crisântemo
submetidas aos tratamentos para controle de porte. Botucatu/1999
Tratamentos
Testemunha
SADH
Estresse 4a. sem/ uma vez
4a. sem/ duas vezes
Estresse 6a. sem/ uma vez
6a. sem/ duas vezes
CE
CPA
69,96 A
37,26 D
61,41 B
54,39 C
58,06 BC
55,39 BC
AT
33,33 A
29,13 D
27,60 BC
23,62 C
29,78 B
29,18 BC
48,74 A
37,88 D
44,37 B
41,97 C
44,82 B
44,06 BC
MSC
8,68 A
6,50 B
8,44 A
8,03 A
8,51 A
8,82 A
Médias de uma mesma coluna, seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 3.Médias obtidas para número de botões (NB); massa seca de flores, em mg (MSFl) e número de folhas
(Nfo) de plantas de crisântemo submetidas aos tratamentos para controle de porte. Botucatu/1999
Tratamentos
Testemunha
SADH
Estresse 4a. sem/ uma vez
4a. sem/ duas vezes
Estresse 6a. sem/ uma vez
6a. sem/ duas vezes
NB
2,65 BC
3,88 A
2,81 B
2,57 BCD
1,83 D
1,93 CD
MSFl
Nfo
5,68 A
4,82 C
5,13 BC
4,89 C
5,53 AB
5,49 AB
36,20 B
34,92 B
40,02 A
37,27 AB
36,83 AB
36,82 AB
Médias de uma mesma coluna, seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Figura 1. Vista geral dos tratamentos. Da esquerda para a direita: testemunha; SADH; estresse no início do
ciclo, uma vez ao dia; estresse no início do ciclo duas vezes ao dia; estresse no meio do ciclo uma vez ao dia;
estresse no meio do ciclo, duas vezes ao dia.
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EFEITO DE CONDICIONAMENTO MECÂNICO NO CONTROLE DE PORTE E QUALIDADE...
4. CONCLUSÕES
Tomando-se por base os resultados, concluiu-se
que o estresse mecânico diminuiu significativamente o porte das plantas e a aplicação precoce e o maior
número de aplicações diárias aumentou o efeito do
estresse. O SADH foi o tratamento que produziu as
menores plantas e o estresse não afetou o diâmetro e
o número de folhas e flores. Isto pode indicar que
esses tratamentos não alteraram a qualidade das plantas produzidas.
BIBLIOGRAFIA
77
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