MARKETING SOCIETAL E sua influência sobre o comportamento

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
TATIANE BERTHOLDE
MARKETING SOCIETAL
E sua influência sobre o comportamento de compra do
consumidor
Balneário Camboriú
2009
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TATIANE BERTHOLDE
MARKETING SOCIETAL
E sua influência sobre o comportamento de compra do
consumidor
Monografia apresentada como requisito parcial para
a obtenção do título de Bacharel em Administração
– ênfase em Marketing, na Universidade do Vale do
Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú.
Orientador: Prof. Ricardo Boeing da Silveira.
Balneário Camboriú
2009
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TATIANE BERTHOLDE
MARKETING SOCIETAL
e sua influência sobre o comportamento de compra do consumidor
Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em
Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Ênfase em Marketing da
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.
Área de Concentração: Marketing – Estudo do Comportamento do Consumidor
Balneário Camboriú, julho de 2009.
_________________________________
Prof. Ricardo Boeing da Silveira, Dr.
Orientador
___________________________________
Prof. MSc.
Rosilene Marcon
___________________________________
Prof. MSc.
Marcio Daniel Kiesel
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EQUIPE TÉCNICA
Estagiário (a): Tatiane Bertholde
Área de Estágio: Administrativa
Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder
Supervisor da Empresa: Ana Cristina Cremasco
Professor (a) orientador (a): Ricardo Boeing da Silveira
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DADOS DA EMPRESA
Razão Social: Centralizadora de Seguros-Cremasco e Cremasco Ltda ME
Endereço: Rua 906 n 289- Centro-Balneário Camboriú-SC-88330-854
Setor de Desenvolvimento do Estágio: Seguros
Duração do Estágio: 240 horas
Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Ana Cristina Cremasco-Socia Administrativa
Carimbo do CNPJ da Empresa:
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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
Balneário Camboriú, julho de 2009.
A Empresa Centralizadora de Seguros- Cremasco e Cremasco Ltda ME, pelo presente
instrumento, autorizam a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do
Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo
acadêmico Tatiane Bertholde.
___________________________________
Ana Cristina Cremasco
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O sucesso nasce do querer, da determinação e
persistência em se chegar a um objetivo.
Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e
vence obstáculos, no mínimo fará coisas
admiráveis.
José de Alencar
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DEDICATÓRIA
A minha família que sempre me apoiou em
todos os momentos, ao meu namorado pela
sua compreensão e dedicação, aos meus
amigos companheiros e leais e a Deus que
me deu forças para alcançar este sonho.
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AGRADECIMENTOS
Ao Professor Ricardo Boeing da Silveira pela sua orientação e seu apoio para a elaboração desta
Monografia.
Aos Professores do curso de Administração, pelas excelentes contribuições dadas ao longo do curso.
Aos meus pais Rosely de Fátima Koprowisk e Izael Bertholde que foram essenciais em minha
formação.
Aos meus irmãos Liandra Bertholde e Thiago Bertholde pelo amor, amizade e dedicação.
Ao meu cunhado e amigo Billy pelo apoio oferecido.
Ao meu namorado Leonardo Molon Scalabrin pela compreensão e dedicação.
Aos meus colegas de curso Alesandra M. Pereira, Caroline Schurhaus, Leandro W. Ferrari, Leandro
Silveira, pela amizade e companheirismo ao longo desses quatro anos.
Aos meus amigos queridos Ana Cristina Cremasco e Jerry Ângelo pela amizade dedicada.
Minha gratidão aos meus amigos Hamasi e Carol pela ajuda no momento necessário.
E a todos aqueles que contribuíram para que este sonho se realize.
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RESUMO
Diante do atual cenário brasileiro, observa-se crescente interesse por questões sociais e
ambientais, sendo que empresas vêm adotando posturas condizentes em suas ações de
marketing, almejando assim conquistar o público-alvo. Neste sentido, o entendimento do
comportamento do consumidor, desde o que pensa sobre o assunto até que influência este
exerce sobre suas decisões de compra, é de grande valia para decisões estratégicas de
marketing. O objetivo deste estudo, de caráter exploratório e descritivo, é ampliar o nível de
conhecimento a respeito das reações de consumidores brasileiros às ações de marketing
societal praticadas. Sendo realizada uma pesquisa quantitativa, cujo método escolhido para a
coleta das informações caracteriza-se como sendo questionários, visando a aprofundamento
do tema. Esta pesquisa traz considerações acerca das ações de marketing societal implantadas
por empresas brasileiras, assim como o perfil geográfico, demográfico e psicográfico dos
consumidores, bem como as razões que levam estes a serem influenciados por ações de
marketing societal e a comparação entre o grupo de consumidores influenciados por ações de
marketing societal com o grupo não influenciados por estas ações.
Palavras - chave: marketing; marketing societal; comportamento do consumidor.
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ABSTRACT
Today, in Brazil, it is well known that interest upon social and environmental issues is
increasing. Companies’ marketing tactics are harmonizing with that thought, in order
to obtain potential consumers’ sympathy. In that sense, the understanding of the customers’
behavior – from what they think of the matter to the influence they exert on their purchasing
resolutions – is of great value for marketing’s strategic decisions. The research aims at
increasing knowledge levels on Brazilian costumers’ reactions to societal marketing actions.
This is a quantitative research, and chosen method for gathering data consists of
questionnaires. This research brings considerations about the actions of societal marketing
established by Brazilian companies, as well as the geographic profile, demographic and
psychographic consumer, and the reasons why they are influenced by the actions of societal
marketing and the comparison between the group of consumers affected by actions of societal
marketing with the group not affected by these actions.
Keywords: marketing societal; marketing; consumer behaviour.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01
Estrutura dos quatro Ps...................................................................................... 24
Figura 02
Determinantes do preço.................................................................................
27
Figura 03
Fatores de influência no processo de decisão de compra..............................
35
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LISTA DE QUADROS
Quadro 01 Marketing social X Marketing societal………………………………..........
42
Quadro 02
Classificação das Empresas por setor de atuação...........................................
48
Quadro 03 Resumo dos resultados....................................................................................
95
Quadro 04 Resumo dos comparativos com o sexo dos respondentes............................... 139
Quadro 05 Resumo dos comparativos com o grau de instrução dos respondentes........... 140
Quadro 06 Resumo dos comparativos com a renda dos respondentes.............................. 141
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SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 16
1.1
Problema de pesquisa............................................................................................... 18
1.2
Objetivos da pesquisa..............................................................................................
1.3
Objetivo Geral.......................................................................................................... 18
1.4
Objetivos Específicos..............................................................................................
19
1.5
Justificativa..............................................................................................................
19
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................
21
2.1
Marketing. ...............................................................................................................
21
2.2
Composto Mercadológico........................................................................................
23
2.2.1
Produto.....................................................................................................................
24
2.2.2
Preço........................................................................................................................
26
2.2.3
Praça......................................................................................................................... 28
2.2.4
Promoção.................................................................................................................
29
2.3
Segmentação de Mercado........................................................................................
31
2.4
Comportamento do Consumidor.............................................................................. 34
2.4.1
Processo de decisão de compra................................................................................ 39
2.5
Marketing Societal...................................................................................................
41
3
METODOLOGIA..................................................................................................
45
3.1
Caracterização da Pesquisa......................................................................................
45
3.2
População e Amostra...............................................................................................
46
3.3
Instrumento de Coleta de Dados..............................................................................
48
3.4
Análise e Interpretação dos Dados........................................................................... 49
3.5
Limitações da pesquisa............................................................................................
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18
50
15
4
APRESETAÇÃO DOS RESULTADOS..............................................................
4.1
Identificação das ações de marketing societal implantados por empresas 51
brasileiras.................................................................................................................
4.1.1
Randon.....................................................................................................................
51
4.1.2
Eco Rodovias...........................................................................................................
53
4.1.3
Perdigão...................................................................................................................
55
4.1.4
Natura....................................................................................................................... 57
4.1.5
Bradesco................................................................................................................... 58
4.1.6
Suzano Papel e Celulose..........................................................................................
61
4.1.7
Brasil Ecodiesel.......................................................................................................
63
4.1.8
Itautec....................................................................................................................... 66
4.1.9
Vivo.........................................................................................................................
68
4.1.10 CPFL........................................................................................................................
70
51
4.2
Perfil geográfico, demográfico e Psicográfico dos consumidores influenciados 71
ou
não
por
ações
de
marketing
Societal
de
empresas
brasileiras.................................................................................................................
4.3
Razões que levam os consumidores a serem influenciados ou não por ações de 81
Marketing Societal de empresas brasileiras.............................................................
4.4
Comparação do grupo de consumidores por ações de Marketing Societal com o 96
grupo dos consumidores não influenciados por estas ações....................................
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 142
5.1
Sugestões para novos trabalhos............................................................................... 144
6
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 145
7
APÊNDICES ......................................................................................................... .152
APÊNDICE 1- INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS................................152
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16
1 INTRODUÇÃO
Com o crescimento da preocupação com a questão social e ambiental em todo o mundo, a
classe empresarial, parte ativa dentro dessa realidade, tem buscado formas de adequar-se ao
novo cenário conduzindo assim suas estratégias de marketing no desenvolvimento de
condições sociais e éticas, introduzindo uma nova filosofia denominada de marketing societal.
Ao conduzirem suas estratégias sob este prisma, as empresas visam aproximar o
desenvolvimento econômico e social, e conseqüentemente alcançar vantagem competitiva,
sendo confirmado por Pringle e Thompson (2000, p.3) “o MCS é uma forma efetiva de
melhorar a imagem corporativa, diferenciando produtos e aumentando tanto as vendas quanto
a fidelidade”.
Para uma melhor compreensão do tema, se faz importante salientar que o marketing societal
segundo Kotler (1998), é a tarefa da organização de determinar as necessidades, desejos e
interesses dos mercados-alvos e atender as satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente,
de maneira a preservar ou ampliar o bem-estar dos consumidores e da sociedade.
No âmbito do marketing é importante salientar que o marketing societal em toda sua
complexidade difere-se do marketing social que tem por objetivo a aculturação, a criação ou
mesmo a mudança de atitudes e de comportamentos de públicos que, de certa maneira, são os
meios para o objetivo pretendido e que podem nem sequer ser os beneficiários diretos da
mudança (MARTINSEN, 2003). Já a responsabilidade social é vista como parte do processo
gerencial, incorporando a satisfação dos diversos stakeholders por meio de ações delimitadas
pela ética (ALVES, 2003; MAIGNAN; FERREL, 2004).
No entanto o estudo do comportamento do consumidor que caracteriza-se pelas atividades
mentais e emocionais realizadas na seleção, compra e uso de produtos ou serviços para a
satisfação de necessidades e desejos, ou seja, sua percepção e avaliação perante as praticas
adotadas por empresas são o tema de estudo desta pesquisa. Sendo a descoberta da influência
que o marketing societal exerce sobre o comportamento de compra do consumidor o objetivo
essencial .
A estrutura do presente trabalho é composta de quatro partes. A primeira aborda os construtos teóricos
que embasaram a pesquisa, a fim de se construir um instrumental conceitual que formou a base para a
pesquisa de campo. Na segunda parte são expostos os procedimentos metodológicos utilizados, sendo
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este de caráter exploratório e descritivo, seguindo uma metodologia quantitativa com uso de
questionários. Adiante, são apresentados os resultados obtidos e as discussões sob a perspectiva da
temática abordada. A parte final apresenta as conclusões e recomendações para futuras pesquisas.
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18
1.1 Problema de Pesquisa
Diante do atual cenário brasileiro, percebe-se um forte apelo por questões sociais e
ambientais, no âmbito empresarial o marketing está voltando-se para estas questões,
almejando assim conquistar o público-alvo e conseqüentemente a maximização da riqueza.
Neste sentido, o entendimento do comportamento do consumidor, desde o que pensa sobre o
assunto até que influência este exerce sobre suas decisões de compra, é de grande valia para
decisões estratégicas de marketing. Esta pesquisa destina-se a descobrir a real influência que
esta nova prática exerce sobre o comportamento de compra do consumidor, e avaliar o
impacto ocasionado pelo marketing societal, ampliando assim o nível de conhecimento a
respeito das reações dos consumidores brasileiros, mais especificamente na cidade de
Balneário Camboriú - SC, por ser um pólo turístico, de grande fluxo populacional, tendo em
vista um melhor aproveitamento da pesquisa.
A partir da elucidação do problema, estabeleceu-se a seguinte pergunta de pesquisa: Qual o
perfil dos consumidores influenciados ou não por ações de marketing societal de empresas
brasileiras?
1.2 Objetivos da Pesquisa
A seguir são descritos os objetivos pertinentes a esta pesquisa, tanto o geral quanto os
específicos, descrevendo assim o real desígnio deste.
1.3 Objetivo Geral
Analisar o perfil dos consumidores influenciados ou não por ações de marketing societal de
empresas brasileiras.
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1.4 Objetivos Específicos
Identificar as ações de marketing societal implantadas por empresas brasileiras.
Apontar o perfil geográfico, demográfico e psicográfico dos consumidores influenciados ou
não por ações de marketing societal de empresas brasileiras.
Destacar as razões que levam os consumidores a serem influenciados ou não por ações de
marketing societal de empresas brasileiras.
Comparar o grupo de consumidores influenciados por ações de marketing societal com o
grupo de consumidores não influenciados por estas ações.
1.5 Justificativa
Indivíduos, empresas, governo e sociedade civil, dia após dia, são induzidos por vários canais
publicitários a ter uma consciência de contribuição a dar para tornar o lugar em que vivem
mais justo tanto no ponto de vista econômico, quanto social e ambiental.
O desenvolvimento da sociedade por meio de ações patrocinadas por empresas parece ser uma
tendência irreversível à medida que a própria sociedade pressiona por tais ações. Segundo
Czinkota et al (2001, p. 50), a responsabilidade social adotada por essas empresas “é o
conjunto de filosofias, políticas, procedimentos e ações de marketing com a intenção de
melhorar o bem estar social” e conseqüentemente agregar valor à empresa e à marca.
Segundo artigo publicado por Oliveira, Gouvêa e Guagliardi (2004), tem sido nos últimos
anos, crescente a tendência da prática de ações de caráter social por empresas que
exteriorizam seu engajamento na busca da melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Paralela a tal informação se desperta o interesse do presente estudo em aferir a existência,
bem como sua intensidade e influência do marketing societal na decisão de compra dos
consumidores consultados apontando assim o perfil geográfico, demográfico e psicográfico
dos mesmos.
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20
Kotler (1998) conceitua o marketing societal como sendo a tarefa da organização de
determinar as necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvo e atender às satisfações de
maneira mais eficaz e eficiente que os concorrentes, preservando ou ampliando o bem estar
dos consumidores e da sociedade.
Esta pesquisa possui o intuito de contribuir para as empresas auxiliando em suas estratégias
organizacionais, pois no contexto brasileiro, os consumidores vêm cada vez mais conferindo
às empresas uma responsabilidade de geração de mudanças na sociedade, que vai além de
gerar lucros, empregos e pagar impostos (INSTITUTO ETHOS, 2004).
A fim de descobrir a influência do marketing societal nos consumidores, a análise dos fatores
que influenciam a decisão de compra se torna um tema de suma importância no estudo do
marketing e da administração em geral. Brown e Dacin (1997 apud Magalhães e Damacena,
2006), comprovam a existência de relação entre a Responsabilidade Social Corporativa e a
avaliação de produtos que proporciona a intenção de compra, onde os atos responsáveis
possuem efeito positivo em relação ao julgamento que o consumidor faz do produto que
adquire, da empresa que o produziu e da que comercializa este produto. Já Drucker (1997) e
Porter e Kramer (2004) adicionam que, ao aderir à dimensão social, a empresa coloca em
funcionamento um ciclo virtuoso, uma vez que suas habilidades empresariais serão
especialmente apropriadas para ajudar os beneficiários a criar mais valor.
Com embasamento em estudos já desenvolvidos sobre o tema, percebeu-se a necessidade de
uma investigação mais profunda, que se dá através de pesquisas quantitativas com vários
perfis de consumidores, buscando uma melhor compreensão do impacto do marketing societal
no comportamento do “consumidor verde”.
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21
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Como embasamento teórico, procurou-se abordar as principais definições e tópicos sobre o
tema, destacando os seguintes assuntos: marketing; composto mercadológico; segmentação de
mercado; comportamento do consumidor; marketing societal.
2.1 Marketing
O Marketing é uma atividade empresarial que busca satisfazer necessidades e desejos de um
determinado mercado, através da troca de bens e serviços, visando à produção de lucros.
Drucker (1954), em seu livro “A Prática da Administração”, define Marketing como função
única da empresa moderna, e que tem por objetivo conquistar e preservar clientes. Em outras
palavras Marketing é um conjunto de atividades sistemáticas de uma organização humana
voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios
específicos (RICHERS, 1986).
A AMA - American Marketing Association (2005) define marketing como uma função
organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a
entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de
modo que beneficie a organização e seu público interessado.
Segundo autores como Richers (1978), Kotler (1998) ou Cobra (1992), marketing é um
sistema administrativo que, por meio de um planejamento estratégico, procura conhecer as
necessidades dos mercados alvo e atendê-las por meio da oferta de produtos ou serviços
adequados a essas necessidades, tendo como resultado a possibilidade de atingir os objetivos
da organização.
Ao definir a administração de marketing como sendo a análise, planejamento, implementação
e o controle de programas destinados a manter trocas com o mercado-alvo, esforços estes a
serem conduzidas sob a ótica de uma filosofia de eficiência, eficácia e de marketing
socialmente responsável (KOTLER; ARMSTRONG, 1993).
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Sob o prisma destas filosofias, Kotler (1998), descreve cinco conceitos distintos sob os quais
as empresas escolhem para guiar suas atividades de marketing; conceito de produção,
conceito de produto, conceito de venda, conceito de marketing e conceito de marketing
societal.
Alguns autores como Czinkota et al (2002) e Cobra (2002), descrevem estas filosofias como
sendo uma evolução do marketing e as denominam como eras, ambos concordando em partes
quanto à evolução destas. Czinkota et al (2002) descreve as eras do marketing como sendo a
era da produção, era das vendas, era do marketing e a era do marketing de relacionamento.
Diferentemente deste, Cobra em seu artigo “Um resumo do percurso do marketing brasileiro”,
publicado em 2002 na revista FAE Business, expõe as eras do marketing como a era da
produção, era das vendas, era do marketing e a era do marketing digital.
Observa-se certa divergência entre as visões de Kotler (1998), Czinkota et al (2002) e Cobra
(2002), entendendo-se que cada qual exprime uma particularidade, sendo de suma
importância para a teorização dos conceitos da administração de marketing.
Para tanto, ressalta-se que Kotler (1998), ao conduzir os esforços da administração de
marketing sob a ótica de uma filosofia, descrevendo conceitos que guiam as atividades
empresariais, vem de encontro aos objetivos pertinentes a esta pesquisa. Seguindo-se com a
exemplificação desses conceitos.
O conceito de produção assume que consumidores darão preferência aos produtos que
estiverem disponíveis e forem de preço baixo. Empresas orientadas para o conceito de
produção concentram-se em atingir eficiência de produção elevada e distribuição ampla.
(KOTLER, 1998; BOONE; KURTZ, 1998). Sendo que a grande questão, para as empresas é
produzir e não vender, sendo o principal papel do marketing, entregar produtos em locais
onde possam ser comprados.
Já outras empresas orientam suas atividades para o conceito de produto, que segundo Crocco
et al (2006), Kotler e Keller (2006), o foco recai sobre o produto e os consumidores passam a
favorecer aqueles produtos que oferecem mais qualidade, desempenho ou características
inovadoras. Fazendo com que as organizações aprimorem constantemente seus produtos.
Amplamente difundido, o conceito de vendas tem sua orientação voltada para um esforço
agressivo de vendas e promoções, assumindo que os consumidores mostram inércia ou
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23
resistência de compra e devem ser persuadidos a comprar (KOTLER; KELLER, 2006;
ROCHA; CHRISTENSEN, 1999).
Desafiando os três anteriores conceitos, o conceito de marketing postula que para se alcançar
os objetivos organizacionais se fazem necessário determinar as necessidades e desejos dos
consumidores, proporcionando assim a satisfação dos mercados alvos (KOTLER;
ARMSTRONG, 1993). Este conceito tem sido expresso de diversas maneiras, sendo
fundamentado em quatro pilares: mercado-alvo, necessidades dos consumidores, marketing
integrado e rentabilidade (KOTLER, 1998).
Recentemente questiona-se se o conceito de marketing é uma filosofia adequada para a
realidade de deterioração ambiental, escassez de recursos e problemas sociais vivenciados,
exigindo um novo conceito de marketing que se denomina marketing societal. Esta nova
avaliação é definida como a tarefa da organização de determinar as necessidades, desejos e
interesses dos consumidores atendendo as satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente
do que os concorrentes, de forma a preservar e ampliar o bem estar dos consumidores e da
sociedade. (KOTLER, 1998).
Conceber o marketing na contemporaneidade requer um pensamento complexo envolvendo
todo o contexto que ele abrange, deste a criação de um produto até sua comercialização, para
tanto se faz necessário o envolvimento do composto mercadológico em todo processo.
2.2 Composto Mercadológico
A atividade de Marketing gira em torno de quatro elementos principais: produto, preço, praça
e promoção. Esses quatro elementos são conhecidos como Mix de Marketing ou Composto
Mercadológico, e é através da combinação dos mesmos que a empresa busca adequar sua
oferta aos segmentos de mercado por ela almejados.
De acordo com Kotler (1996), o composto mercadológico pode ser definido como sendo a
seleção e a combinação de instrumentos que uma empresa deve adotar para alcançar seus
objetivos de mercado dentro de um prazo pré-determinado. Crocco et al (2006) adiciona que a
combinação de variáveis estratégicas controláveis pela organização, basicamente os 4 Ps, é
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24
orientada para a criação de valor para o cliente e o atingimento dos objetivos da organização
ofertante.
Portanto, através do composto mercadológico, a empresa busca um posicionamento dentro de
um determinado segmento, ou seja, visa ser percebida de uma determinada maneira pelos
mercados-alvos. O dito Mix de Marketing ou Composto Mercadológico é a combinação de
quatro elementos, ilustrados e descritos a seguir:
Figura 1: A Estrutura dos quatro Ps
Fonte: Kotler (2004, p.125)
2.2.1 Produto
O produto é o ingrediente básico no processo de troca, ele representa a essência de qualquer
organização, sejam elas de bens, serviços, pessoas, lugares ou idéias, as organizações
precisam de um produto para oferecer (CZINKOTA et al 2001).
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25
Segundo Iasnogrodski (1991, p.53), “o produto é o foco da reunião entre compradores e
vendedores para que haja uma troca”. A este conceito, Czinkota et al (2001), adiciona
conceituando produto como o conjunto de atributos, funções e benefícios que os clientes
compram. Podendo consistir em atributos tangíveis ou intangíveis, que por sua vez
Iasnogrodski (1991) exemplifica como sendo tangíveis os produtos industriais e de consumo,
enquanto que os serviços são produtos intangíveis. Os produtos de consumo são classificados
em categorias de acordo com o comportamento do consumidor.
Czinkota et al (2001), Churchill e Peter (2003) classificam os produtos de consumo em:
Produtos de conveniência; produtos de compra comparada; produtos de especialidade e
produtos não procurados.
Produtos industriais são aqueles comprados por organizações para serem usados na produção
de outros produtos, sendo estes classificados em cinco categorias (CZINKOTA et al, 2001), a
saber: instalações; acessórios; matérias primas; materiais e partes componentes; suprimentos.
Ao afirmamos que um produto possui um ciclo de vida, se faz necessário assumir quatro
coisas (KOTLER, 1998):
• Os produtos têm vida limitada.
• As vendas dos produtos passam por estágios distintos.
• Os lucros crescem e diminuem, nos diferentes estágios do ciclo de vida do produto.
• Os produtos requerem estratégias distintas de marketing, finanças e etc.
Com base, nos itens descritos acima Kotler (1998), divide o ciclo de vida do produto em
quatro estágios: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Apoiando esta idéia
Iasnogrodski (1991, p. 66) acrescenta que “esse ciclo e visto em termos de um padrão de
comportamento de vendas, que em ultima analise e o aspecto relevante”.
Segundo Tiffany e Peterson (1998), cada uma das fases do ciclo de vida do produto (CVP)
possui características próprias, exige estratégias mercadológicas especificas e possui um fluxo
de caixa particular. Estes itens apresentam-se resumidamente na seqüência:
Introdução: os esforços concentram-se em estimular a distribuição em dar espaço ao produto
e estimular o mercado. Neste estágio o lucro é praticamente inexistente.
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Crescimento: as prioridades são suprir e ampliar a demanda do produto. Este período
caracteriza-se como de rápida aceitação por parte do mercado e já se consegue obter lucro.
Maturidade: apresenta uma redução de custos, maximização da quota de mercado, claro
posicionamento da marca na mente dos consumidores. Neste estágio o lucro estabiliza-se ou
entra em declínio.
Declínio: Período em que as vendas mostram uma considerável queda, se fazendo necessária
a reconcepção do produto.
Os produtos possuem características, que segundo Iasnogrodski (1991), podem ser de três
naturezas: físicas, complementares e integrativas. Sendo que as características físicas
subdividem-se em: design, rotulagem, embalagem, cor, sabor e aroma. Já as características
complementares são descritas como sendo os serviços e garantias que cercam o produto. A
última dimensão é as características de funções integrativas do produto, sendo elas a marca,
logotipo, plus e imagem.
2.2.2 Preço
Diferencialmente dos outros elementos do composto mercadológico, o preço difere por ser o
único elemento que gera receita, os demais geram custos (KOTLER, 2004). Para Czinkota et
al (2001, p. 428) “preço é alguma unidade de valor entregue por uma parte em troca a alguma
coisa recebida de outra parte”. Já Crocco et al (2006, p.150), define preço como “componente
fundamental na avaliação do custo envolvido na troca pelo comprador-alvo”.
Os produtos necessariamente têm um preço e estes por sua vez são definidos pelas empresas
que os comercializam. Quando estes são indiferenciados e os concorrentes numerosos, a
empresa não detém nenhum poder de mercado, e o nível de preço é imposto pelas leis de
mercado, ou seja, da oferta e da procura. Ao contrario, a estratégia de marketing quando bem
definida tem a determinação do preço de venda uma decisão chave condicionando o sucesso
da estratégia adotada.
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As abordagens bases para adoção ou alteração de um preço baseiam-se em quatro: analise
marginal, preços baseados em custos, preços baseados na concorrência e preços baseados no
valor para o comprador (CROCOO et al, 2006). Embora a analise marginal seja a maneira
adequada para definir preços do ponto de vista econômico, as demais abordagens descritas
são habitualmente utilizadas por profissionais de marketing (CHURCHILL; PETER 2003).
Pois como descrito anteriormente, elas são estratégicas, portanto estão diretamente
relacionadas com os objetivos das organizações.
Ilustram-se, a fim de complementar a precificação, alguns determinantes do preço, conforme
Figura 2 abaixo:
Figura 2: Determinantes do Preço
Fonte: Czinkota et al (2001 p.435)
Autores como Crocco et al (2006), Churchill e Peter (2003) e Kotler (2004) concordam entre
si ao definirem que preços baseados em custos incluem markup, precificação pela taxa de
retorno e a analise do ponto de equilíbrio. Ao acrescentar que a fixação de preços baseados
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unicamente em custos pode levar as empresas a serias distorções, com relação ao preço de
mercado (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999), introduzem-se a este tipo de analise para
precificação dos preços outros critérios como a elaboração baseada na concorrência.
Ao considerar as práticas da concorrência na precificação, as empresas devem ser capazes de
igualar seus preços aos dos concorrentes ou ficar abaixo deles, e se for o caso devem mostrar
que seus produtos oferecem maior valor para assim justificar o preço mais elevado
(CHURCHILL; PETER, 2003).
De acordo com Kotler (2004), a definição baseada em valor, na qual a empresa estima um
valor pelo qual o consumidor esta disposto a pagar. Na mesma linha, ele acrescenta que o
papel do marketing é de adicionar aos seus produtos ou serviços benefícios extras. Ou seja, o
cliente efetiva a compra se entende como favorável a relação custo beneficio (CROCOO et al
2006).
As decisões de preço são decisivas para o alcance dos resultados econômicos e financeiros,
para o posicionamento estratégico competitivo da empresa, para a consecução de objetivos
relacionados a volume de vendas e a prestígio (BOONE; KURTZ, 2001, apud TOLEDO;
CAIGAWA; ROCHA, 2006). Seja qual for à abordagem utilizada pela empresa ou até mesmo
a combinação de varias é importante ressaltar que o preço desempenha papeis essenciais
devendo ser coerente com os outros elementos do composto mercadológico.
2.2.3 Praça (Distribuição)
Las Casas (1992) considera o aspecto da praça como uma das decisões mais importantes na
estratégia dos 4P´s. Segundo o autor, o ponto-de-venda (praça) deve estar em uma posição
estratégica que considere os consumidores e a concorrência.
A distribuição pode ser definida segundo Crocco et al (2006), como o processo, a estrutura e a
gestão da disponibilização dos produtos (bens, serviços e etc.) para as trocas. Distribuir bens e
serviços envolve levar os produtos até os clientes de forma eficiente e eficaz, tornando assim
os produtos disponíveis aos clientes quando e onde eles querem comprá-los, a fim de criar
trocas que ofereçam valor (CHURCHILL; PETER, 2003).
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Para distribuir seus produtos como mencionado anteriormente de forma eficiente e eficaz, os
fabricantes trabalham com intermediários de marketing para colocar seus produtos no
mercado. Estes por sua vez constituem o canal de marketing, que segundo a definição de
Stern e El Ansary citado por Kotler (1998, p. 466), “são conjuntos de organizações
interdependentes envolvidos no processo de tornar um produto ou serviço disponível para uso
ou consumo”. Czinkota et al (2001, p. 296) afirma que “é a rede de organizações que cria
utilidades de tempo, lugar e posse para consumidores e usuários empresariais”.
A distribuição como uma das variáveis de marketing exercita algumas funções fundamentais,
que segundo Churchill e Peter (2003) dividem-se em três categorias: transacionais, logísticas
e de facilitação. Já Kotler (1998), explica as funções com o exercício de nove diferentes
atividades, sendo elas: Informações; Promoção; Negociação; Pedido; Financiamento; Risco;
Propriedade Física; Pagamento e Propriedade.
A forma que um canal de marketing assume para executar as tarefas necessárias para colocar
os produtos á disposição dos consumidores é normalmente chamada de estrutura de canal, que
por sua vez possui três dimensões básicas, sendo estas: Extensão do canal; Intensidade em
vários níveis; Tipos de intermediários envolvidos (CZINKOTA et al, 2001).
Os canais podem ser organizados de diversas maneiras. Nos canais diretos, os produtos
movem-se diretamente aos consumidores (CHURCHILL; PETER 2003). Este também
denominado de canal de nível zero exemplifica-se como vendas diretas, ou de porta em porta
(KOTLER, 1998). Outros canais são ditos como indiretos que incluem agentes, atacadistas e
varejistas, estes segundo Kotler e Armstrong (1993), podem ter um nível ou mais,
dependendo do numero de intermediários.
Ao administrar canais de distribuição, deve-se selecionar o canal com base nas características
dos produtos, serviços, dos clientes, dos concorrentes, do ambiente e da própria organização.
Este deve oferecer ainda o nível desejado de cobertura de mercado de forma eficiente.
2.2.4 Promoção
Utilizam-se diversos métodos para informar potenciais compradores sobre a qualidade dos
produtos ou serviços, fornecer essas informações é a meta do elemento do composto
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mercadológico, denominado de promoção também conhecido como comunicação de
marketing.
A este elemento do composto mercadológico Crocco et al (2006) define como sendo o
esforço de comunicação para o reconhecimento do produto por parte do mercado-alvo.
Entende-se por comunicação a transmissão de uma mensagem de um emissor para um
receptor, de modo que ambos entendam da mesma maneira (CHURCHILL; PETER, 2003).
Segundo Churchill e Peter (2003), o composto de comunicação, ou promoção, combina
quatro diferentes elementos para criar a estratégia geral da comunicação de marketing, sendo
eles:
• Propaganda;
• Publicidade;
• Venda Pessoal;
• Promoção de Vendas;
Para Kotler (1999, p.137), “a propaganda é a ferramenta mais poderosa para promover a
conscientização das pessoas sobre uma empresa, um produto, um serviço ou uma idéia”.
A propaganda pode ser definida segundo Rocha e Christensen (1999) como o conjunto de
atividades pelas quais determinadas mensagens são transmitidas a um público-alvo.
Acrescentando a este conceito Kotler (1998), esclarece que a propaganda é qualquer forma
paga de apresentação impessoal e de promoção de idéias.
Diferencialmente da propaganda está à publicidade que por sua vez é a “comunicação vista
como não paga de informações sobre a companhia ou o produto, geralmente na forma de
algum tipo de mídia” (CHURCHILL; PETER, 2003, p.454). Confirmando tal definição
Crocco et al (2006), diz que é a comunicação veiculada, em geral, nos meios de comunicação,
não paga, de natureza sobre informações de produtos ou organizações.
A venda pessoal para Czinkota et al (2001, p.365) “é a comunicação de pessoa a pessoa na
qual um vendedor informa e educa possíveis clientes procurando influenciar suas opções de
compra”. Ou seja, é a venda que envolve interação pessoal com o cliente (CHURCHILL;
PETER, 2003).
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A promoção de vendas visa uma resposta mais imediata, estimulando o cliente a consumir o
produto instantaneamente. Ela consiste em estimular ações rápidas dos compradores, ou seja,
procura promover vendas imediatas de um produto (CZINKOTA et al 2001). Vindo de
encontro a esta definição Kotler e Armstrong (1993), confirmam tal definição ao proferir que
a promoção de vendas é um incentivo de curto prazo com o fim de encorajar a compra.
É importante que se tenha em mente que ao formular as estratégias e táticas de cada um dos 4
Ps, que as decisões em cada um estão intimamente relacionadas com os demais devendo
planejar o composto mercadológico para que o mesmo tenha sinergia, a fim de atingir o
segmento de mercado almejado.
2.3 Segmentação de Mercado
A segmentação de mercado vem sendo utilizada no planejamento estratégico de empresas e
instituições com objetivo de agrupar os consumidores conforme determinadas características
que possam conferir homogeneidade a cada grupo.
Las Casas (1993), afirma que para satisfazer as necessidades de um individuo, o trabalho é
mais fácil, pois o produto será adaptado a algumas necessidades especificas. Por essa razão a
segmentação de mercado pode ajudar as organizações a desenvolver e comercializar produtos
que se aproximem a satisfação do mercado-alvo (target). A empresa poderá atender melhor
uma fatia de mercado na qual possa oferecer um produto mais especifico e que se assemelhe a
aquilo que o consumidor quer e deseja, ao contrario da concorrência que faz um produto para
atender a todo o grupo.
Para Crocco et al (2006), “segmentação consiste em identificar grupos de consumidores que
demandam produtos distintos (ou compostos de marketing diferenciados) entre si”.
Ressaltando este conceito Kotler e Keller (2006), afirmam que segmentar um mercado
consiste em um grande grupo de consumidores que possuem as mesmas preferências.
Ferreira [199-] acrescenta que processo de segmentação requer que sejam identificados os
fatores que afetam as decisões de compras dos consumidores. Requisitos para a segmentação:
o seguimento deve ser identificável, mensurável, acessível, rentável e estável.
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Segundo artigo publicado por Veiga Neto (2007), a segmentação, nesse caso, é a base de toda
a estratégia de marketing, primeiro se segmenta o mercado em grupos homogêneos de
consumidores, escolhem-se aqueles grupos que oferecem melhores condições para serem
atendidos com o tipo de serviço ou produto em que a organização é, ou pretende ser,
especializada, de modo a atender às necessidades e desejos desses grupos específicos de
consumidores. Em seguida posiciona-se o produto ou serviço, de forma a expressar suas
diferenças e benefícios, para que então se decida estrategicamente a melhor maneira de
comunicar àqueles consumidores que suas necessidades podem ser, provavelmente, mais bem
atendidas por esta organização.
As formas de segmentar, vão depender muito do tipo de produto comercializado e das
exigências do mercado. Existem diversas formas para segmentar um determinado mercado.
Conforme Churchill e Peter (2003); Kotler e Armstrong (1993); Kotler (1998); Crocco et al
(2006) a segmentação de mercado pode ser realizada das seguintes formas: Segmentação
Geográfica;
Segmentação
Demográfica;
Segmentação
Psicográfica
e
Segmentação
Comportamental.
A segmentação geográfica consiste em dividir o mercado em grupos, de acordo com a
localização ou outros critérios geográficos, ou seja, em diferentes unidades geográficas, como
países, estados, regiões, cidades ou bairros, sendo mais específico este último. Na
segmentação geográfica, as diferenças regionais são consideradas. As regiões geográficas
podem ser usadas para segmentar mercados para esforços de marketing especializados.
Geralmente a segmentação geográfica é usada em conjunto com outros descritores de
segmentação (CHURCHILL; PETER, 2003; KOTLER; KELLER, 2006; ROCHA;
CHRISTENSEN, 1999).
A base mais popular para a segmentação dos grupos de consumo é a segmentação
demográfica, que envolve dividir o mercado com base em características da população,
levando em conta que as necessidades e desejos variam conforme as mudanças demográficas.
Esta abordagem consiste em segmentar os consumidores de acordo com variáveis como sexo,
idade, raça ou etnia, nível de renda, ocupação, nível de instrução e tamanho e ocupação da
família (COBRA, 1997; CHURCHILL; PETER, 2003; CROCCO et al, 2006).
A variável de segmentação por sexo tem sua utilização apropriada quando um determinado
produto tende a agradar mais a um sexo do que a outro. Pois segundo Kotler e Keller (2006,
p. 247), “homens e mulheres costumam ter orientações atitudinais e comportamentais
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diferentes”. Esta variável tem sido utilizada em ramos como do vestuário, cosméticos e até
mesmo revistas.
Outra vertente nesta segmentação é a idade, já que os desejos e as capacidades dos
consumidores mudam com a idade, a empresa para poder responder às necessidades de seus
clientes, precisa estar em constante mutação, pois, todavia, a idade e o ciclo de vida podem
ser variáveis enganadoras. A idade serve como base para estabelecer preços para alguns
produtos, como seguro de vida e seguro de saúde. É importante correlacionar o estágio do
ciclo de vida e a sensibilidade para cada tipo de produto (COBRA, 1997; ROCHA;
CHRISTENSEN, 1999).
A fim de servir mercados-alvo raciais ou étnicos buscou-se segmentar os produtos ou serviços
com bases em grupos de pessoas que tenham características físicas comuns, com bases
biológicas hereditárias. Vendo assim qual é a raça predominante de cada país, cidade ou
estado, focando as estratégias de marketing nestas (CHURCHILL; PETER, 2003; COBRA,
1997).
Já as segmentações por renda, instrução e ocupação são utilizadas para determinar quais
consumidores mais provavelmente responderam a uma determinada combinação que vai do
preço até a qualidade (CHURCHILL; PETER, 2003). A segmentação por renda é uma pratica
utilizada por diversas categorias de produtos e serviços, porém segundo Cobra (1997), nem
sempre a renda prevê os melhores consumidores para determinado produto. Sendo que
compradores com renda baixa podem comprar produtos de alto valor, já ao contrário, as
pessoas de alto poder aquisitivo podem passar a comprar produtos de baixo valor. Não
podendo dessa maneira, se assegurar na renda de cada indivíduo. Outras formas de explorar
os vários mercados dão-se pelo quesito de grau de instrução ou por ocupação.
Apesar de todas as variáveis que englobam a segmentação geográfica e demográfica serem de
suma importância para a segmentação dos mercados consumidores, estas, porém apresentam
várias limitações, por não apresentarem grupos homogêneos, conduzindo a possíveis
simplificações e estereótipos. Dessa forma, suas informações não podem ser consideradas
bom guia para decisões de mensagens de marketing, atendimento das necessidades de
consumidores ou para mostrar como são seus estilos de vida e valores (LANGER, 1985, apud
VEIGA NETO, 2007). Sendo assim desenvolveu-se o método de segmentação psicográfica
que segundo Kotler e Keller (2006); Crocco et al (2006), é a utilização da psicologia e da
demografia para entender melhor os consumidores, sendo estes divididos em grupos com base
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no estilo de vida, na personalidade e nos valores, ou seja, segmenta os grupos na classe social,
na personalidade, nas atitudes e na percepção. A segmentação psicográfica produz uma
descrição muito mais rica de um mercado-alvo potencial do que seria possível de outro modo
(FERREIRA, [1991).
Dentre as segmentações apresentadas, outra variável importantíssima é segmentação
comportamental que mostra em que ocasiões e com qual intensidade o consumidor adquire o
produto, bem como sua lealdade a marca (CROCCO et al, 2006). Kotler e Keller (2006)
dividem os consumidores em grupos segundo seus conhecimentos, atitude, uso e resposta ao
produto. Descrevendo assim as variáveis comportamentais, como sendo: ocasião, benefícios,
status do usuário, índice de utilização, estágio de prontidão, status de fidelidade e atitudes em
relação ao produto.
Para utilizar-se desta segmentação comportamental, faz-se necessário uma investigação mais
aprofundada no comportamento de compra do consumidor e como estes selecionam,
compram, usam e descartam artigos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer suas
necessidades e desejos.
2.4 Comportamento do Consumidor
Como propósito o Marketing busca atender e satisfazer às necessidades e desejos dos
consumidores, para tal se faz importante a compreensão do comportamento de compra do
consumidor, pois entender o cliente proporciona a empresa subsídios que podem ser usados
de forma estratégica nas atividades de Marketing. Como afirmam Kotler e Keller (2006), é
preciso monitorar permanentemente o comportamento de compra do consumidor.
Para Richers (1984), caracteriza-se o comportamento do consumidor pelas atividades mentais
e emocionais realizadas na seleção, compra e uso de produtos ou serviços para a satisfação de
necessidades e desejos. Envolvendo assim pensamentos, sentimentos e ações dos
consumidores e as influências sobre eles que determinam mudanças (CHURCHILL; PETER
2003). Desta forma, os fatores relacionados ao comportamento do consumo giram em torno
das ações dos consumidores, tornando-se, assim, essenciais à busca de sua compreensão
(RODRIGUES; JUPI, 2004).
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Para Engel; Blackwell; Miniard (2000) as variáveis que influenciam no processo de decisão
de compra encontram-se divididas entre as influências ambientais, as diferenças individuais e
os fatores pessoais. Ampliando estas influencias leva-se em consideração que o processo de
compra do consumidor é “influenciado por fatores sociais de marketing e situacionais”
(CHURCHILL; PETER 2003, p.146). Já Solomon (2002), Kotler (1998) e Kotler e Keller
(2006) compreendem que o indivíduo, como consumidor, sofre influências culturais, sociais,
pessoais e psicológicas. Como ilustrado na Figura 3, a seguir:
Figura 3: Fatores de influência no processo de decisão de compra
Fonte: Kotler (1998, p.163).
Dentre os fatores que influenciam as decisões de compras dos consumidores, “os culturais
exercem a maior e mais profunda influencia” (KOTLER; KELLER, 2006). Estes por sua vez,
são subdivididos em: cultura, subcultura e classe social.
Segundo Linton [199-] apud Rocha e Christensen (1999), a cultura é “a herança social total da
humanidade”. Sendo este o determinante mais fundamental dos desejos e do comportamento
de uma pessoa (KOTLER, 1998). Para Santos (1994, p. 7), “cultura diz respeito às maneiras
de conceber e organizar a vida social e seus aspectos materiais, o modo de produzir para
garantir a sobrevivência e o modo de ver o mundo”. Neste sentido, a cultura é formada pelo
conjunto de comportamentos, crenças, valores, atitudes, padrões e normas de conduta
adquiridos e compartilhados por um grupo social (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999; ENGEL;
BLACKWELL; MINIARD, 2000). Dessa forma, os integrantes de uma sociedade acabam
adquirindo um conjunto de valores, percepções, preferências e comportamentos através da
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vida familiar e de outras instituições básicas, que acabam, logicamente, interferindo em seus
hábitos de consumo presentes e futuros (MEDEIROS; CRUZ, 2006).
Já a subcultura diz respeito a um “segmento dentro de uma cultura que compartilha valores e
padrões de comportamentos distintos da cultura geral” (CHURCHILL; PETER 2003, p.156).
Adicionando a este conceito de que a cultura compõe-se de subculturas que fornecem
identificação e socialização mais especificas para seus membros, as subculturas incluem as
nacionalidades, as religiões, os grupos raciais e as regiões geográficas (KOTLER; KELLER,
2006).
No âmbito cultural encontram-se os fatores relacionados às classes sociais que são divisões
relativamente
homogêneas
e
duradouras
de
uma
sociedade,
sendo
ordenados
hierarquicamente onde os membros compartilham valores, interesses e comportamentos
similares (KOTLER, 1998; ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000). Onde esta define
grupos de pessoas em termos de renda e nível de instrução, representando o que as pessoas
fazem com seu tempo, o que compram, onde e como fazem suas compras (CROCOO et al,
2006). Nesse sentido, Churchill e Peter (2003), a distribuição da população brasileira em
classes sociais, segundo o Critério Brasil, dá-se em função de um sistema de pontuação
baseado na posse de bens de consumo duráveis, instrução do chefe da família e outros fatores,
como a presença de empregados domésticos.
Além dos fatores culturais, o comportamento do consumidor é influenciado por fatores
sociais, como grupos de referencia, família, papéis sociais e status (KOTLER; KELLER,
2006).
Os grupos de referencias segundo Sheth, Mittal e Newman citado por Crocco et al (2006), é
definido como pessoas, grupos e instituições a que os indivíduos recorrem para uma
orientação de seu próprio comportamento e valores. Ao concordar com tal definição Kotler
(1998), acrescenta ressaltando que os grupos de referencia têm influencias diretas e indiretas
sobre os indivíduos, sendo este primeiro denominado de grupos de afinidade, sendo estes
primários, como família, amigos, colegas e secundário como grupos religiosos e profissionais.
Além disso, é fato que as pessoas são também influenciadas por grupos de que não são
membros (SCHIFFMAN; KANUK, 2000). Sendo estes chamados de grupos de aspiração
onde os indivíduos esperam pertencer. E os grupos caracterizados pelos comportamentos e
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valores rejeitados denominam-se de grupos de dissociação (KOTLER; KELLER, 2006;
ROCHA; CHRISTENSEN, 1999).
Já a família exerce um papel importante na decisão de compra, sendo este um influenciador
primário, ou seja, o qual o consumidor tem contato direto. Podendo este se distinguir entre
duas famílias na vida do comprador, a de orientação, sendo formada pelos pais e a de
procriação por esposas e filho (KOTLER; KELLER, 2006; KOTLER, 1998; CROCOO et al,
2006).
No mesmo contexto encontram-se os papeis sociais e status traduzindo assim os diferentes
grupos sociais dos quais as pessoas participam ao longo de sua vida, assumindo diferentes
papeis e posições sociais, influenciando assim seu comportamento de compra (BOONE;
KURTZ, 1998).
Diferencialmente dos fatores culturais e sociais, o comportamento de compra do consumidor
também é influenciado por fatores pessoais, ou seja, características particulares das pessoas,
como momentos e vivências pelas quais um indivíduo está passando, os quais acabam por
interferir nos seus hábitos e nas suas decisões de consumo (MEDEIROS; CRUZ, 2006).
Dentre estas características leva-se em conta elementos que constituem os fatores pessoais,
como a idade e estágio no ciclo de vida, ocupação, circunstâncias econômicas, estilo de vida e
valores, personalidade e autoconceito (KOTLER; KELLER, 2006; ENGEL; BLACKWELL;
MINIARD, 2000).
Levando-se em conta que as pessoas compram diferentes bens e serviços ao longo de sua
vida, pois suas necessidades e desejos modificam-se com o passar do tempo, tem-se em vista
que o consumo é moldado pelo estagio do ciclo de vida da família, ou seja, pelo conjunto de
estágios pelos quais as famílias passam e que influenciam suas necessidades e a capacidade de
satisfazê-las (CHURCHILL; PETER 2003; KOTLER, 1998).
Outra variável influenciadora é a ocupação do indivíduo, estando esta relacionada com sua
profissão, sendo que o trabalho dos consumidores influencia seus padrões de consumo. Como
exemplo, citamos uma empresa de software que desenvolverá produtos para gerentes de
marca, engenheiros, advogados e médicos (KOTLER; KELLER, 2006).
Já as condições econômicas afetam significativamente na escolha de um determinado produto
ou serviço, estando estritamente relacionadas com a renda disponível, poupança e patrimônio,
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dívidas, condições de credito e atitude em relação às despesas versus poupança, afetando
assim diretamente as escolhas dos produtos (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000).
O estilo de vida é uma variável individual, sendo que pessoas da mesma cultura ou
subcultura, classe social e ocupação podem ter estilos bem diferentes, remetendo assim um
padrão de vida sendo expresso por atividades, interesses e opiniões, retratando assim a pessoa
por inteiro, interagindo com seu ambiente (KARSAKLIAN, 2000; KOTLER; KELLER,
2006; CROCOO et al, 2006).
Cada pessoa possui uma personalidade distinta, sendo esta o conjunto de características
psicológicas que levam a respostas consistentes e duradouras em seu ambiente, estando
relacionada ao autoconceito ou auto-imagem. No mesmo contexto afirma-se que a
personalidade de um indivíduo é composta de uma multiplicidade de componentes que
incluem valores, atitudes, crenças, motivos, intenções, preferências, opiniões, interesses,
preconceitos e normas culturais (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000).
Outra vertente fundamental nas influencias do comportamento do consumidor são os fatores
psicológicos que incluem “motivação, percepção, aprendizagem e crenças e atitudes”
(KOTLER, 1998, p. 173). Pois segundo Sant’Anna (1989), para que um consumidor tome a
decisão de compra é preciso que na sua mente se desenvolvam os seguintes estados:
existência de uma necessidade, consciência desta necessidade, conhecimento do objeto que a
pode satisfazer, desejo de satisfazê-la e decisão por determinado produto.
O ponto de partida no processo de decisão de compra é o reconhecimento de uma necessidade
sentida, sendo esta simplesmente a falta de algo útil, podendo ser fisiológicas e psicológicas, a
necessidade passa a ser um motivo quando alcança um determinado nível de intensidade
(BOONE; KURTZ, 1998; KOTLER; 1998; ROCHA; CHRISTENSEN, 1999).
Para Schiffman & Kanuk (2000), a motivação é a força motriz interna dos indivíduos que os
impele à ação, a qual é produzida por um estado de tensão, que existe uma vez que há uma
necessidade não satisfeita. Complementando tal afirmação Crocco et al (2006, p.75) define
motivação como um “estímulo que faz com que uma pessoa aja de determinada maneira”.
Dentre as diversas teorias sobre a motivação humana, destacam-se as seguintes: Teoria de
Freud; Teoria de Herzberg e a Teoria de Maslow que por sua vez trazem implicações
diferentes sobre o modo de analise do comportamento humano. (KOTLER; 1998).
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A teoria motivacional de Freud assumiu que as forças psicológicas reais que moldam o
comportamento das pessoas são inconscientes. Diferencialmente desta a teoria de Herzberg,
introduz dois fatores: insatisfatórios (aqueles que causam a insatisfação) e satisfatórios
(aqueles que causam a satisfação). Já a teoria motivacional de Maslow, implica que as
necessidades humanas são organizadas numa hierarquia, partindo das mais urgentes às menos
urgentes. Maslow chegou a esta conclusão buscando responder por que as pessoas são
dirigidas por certas necessidades em ocasiões específicas. (GIGLIO, 2003; CROCCO et al,
2006; KARSAKLIAN, 2000). Esta última é alvo de inúmeras críticas, porém continua sendo
um clássico das teorias motivacionais.
Interligada as motivações dos indivíduos está a percepção, ou seja, uma pessoa motivada está
pronta pra agir. Schiffman e Kanuk (2000, p.103) definem percepção como “o processo pelo
qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estímulos visando a um quadro
significativo e coerente do mundo”. Acrescentando a este conceito Boone e Kurtz (1998)
definem percepção como sendo o significado que uma pessoa atribui aos estímulos recebidos,
através dos cinco sentidos, como o tato, olfato, paladar, visão e audição. Segundo Kotler e
Keller (2006), as pessoas podem ter diferentes percepções do mesmo objeto, isto devido a três
processos: atenção seletiva, distorção seletiva e retenção seletiva.
As mudanças ocorridas no comportamento dos indivíduos são decorrentes das experiências
por eles vivenciadas. A estas, dá-se o nome de aprendizagem que é definido como um
processo permanente de aquisição de tendências para se comportar de certa forma, em reposta
a estímulos ou situações, envolvendo assim ligações entre estimulo e resposta (BOONE;
KURTZ, 1998; KOTLER; 1998; ROCHA; CHRISTENSEN, 1999).
Através da aprendizagem o individuo adquire crenças e atitudes, que influenciam em seu
comportamento de compra. A crença remete a um pensamento descritivo que uma pessoa
sustenta sobre algo, já as atitudes levam as pessoas a se comportarem de maneira consistente
em relação a objetos similares (KOTLER, 1998; CROCCO et al, 2006).
2.4.1 Processo de decisão de compra
O processo de decisão de compra é influenciado por diversos fatores, como culturais, sociais,
pessoais e psicológicos, envolvendo tanto o contexto cultural quanto motivações, valores,
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estilos de vida, personalidade entre outros, proporcionando assim a compreensão de cada
faceta do comportamento do consumidor. Sendo que este tem em sua mente estas influências
interagindo entre si, culminando em uma decisão que julgar ser a mais adequada (BOONE;
KURTZ, 1998; KOTLER; 1998; CROCCO et al; 2006; CHURCHILL; PETER 2003).
Os passos no processo de decisão de compra do consumidor culminam em cinco etapas,
sendo elas: Reconhecimento do problema; Busca de informações; Avaliação de alternativas;
Decisão de compra e Comportamento pós compra (KOTLER; KELLER, 2006;
CHURCHILL; PETER 2003).
O reconhecimento do problema ou da necessidade é o ponto de partida no processo de
compra, ocorrendo quando o consumidor sente a falta de algo, esta sensação pode vir de
estímulos internos, como a fome ou o cansaço, ou pode vir também externamente, como um
convite para um casamento, um anúncio de férias no Havaí (BOONE; KURTZ, 1998;
CROCCO et al; 2006; CHURCHILL; PETER, 2003; KOTLER, 1998).
Segundo autores como Crocoo et al (2006); Boone e Kurtz (1998); Kotler (1998)
posteriormente ao reconhecimento do problema ou de uma necessidade o consumidor passa
para o estagio da busca de informações que consiste na etapa de querer saber de algum
produto ou serviço. Pode-se recorrer à memória, para saber se já houve experiências
anteriores ou então a fontes pessoais (amigos, parentes), fontes comerciais (propaganda
vendedores), fontes públicas (meios de comunicações de massas) e fontes experimentais
(manuseio, exame).
Depois de coletadas as informações necessárias anteriormente à tomada de decisão o
consumidor faz a avaliação de alternativas, que consiste em um processo de escolha entre as
varias possíveis opções a fim de atingir as necessidades e desejos. Nesta etapa o consumidor
prestará mais atenção aos atributos que fornecerem os benefícios buscados (ENGEL;
BLACKWELL; MINIARD, 2000; KOTLER; KELLER, 2006).
O quarto item no processo é a decisão de compra, que após passadas as etapas de
identificação do problema ou necessidade, a busca de informações e a avaliação das
alternativas, resultam na decisão real de efetuar a compra. Neste estagio o individuo já fez sua
escolha e esta apto para tomar a decisão. Devendo-se levar em consideração três etapas
importantes de decisão nesta fase, como: de quem comprar como comprar e como pagar
(CROCOO et al 2006; CHURCHILL; PETER, 2003).
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41
Após a efetuação da compra, os consumidores tendem a avaliar de forma formal ou informal
o produto ou serviço adquirido, remetendo assim sua satisfação com a experiência vivenciada.
Podendo estes experimentar alguma dissonância cognitiva, ficando assim atento às
informações que apóiem sua decisão. Sendo esta fase importantíssima para a gestão
estratégica de marketing, pois compreende na aceitação por parte do consumidor (KOTLER;
KELLER, 2006).
Após análise dos fatores que influenciam as decisões de compras dos consumidores, bem
como seus pensamentos, sentimentos e ações e as etapas nestes processos envolvidos, tendose em vista uma melhor compreensão da real influencia que as ações oriundas do marketing
societal exercem sobre o consumidor.
2.5 Marketing Societal
O marketing como finalidade básica busca atender as necessidades e desejos dos mercadosalvos, porém a crescente preocupação com a inclusão de práticas de ações sociais e
ambientais faz com que o marketing seja mais do que desenvolver produtos e estabelecer
preços atraentes, introduzindo assim um novo conceito que amplia a filosofia de marketing,
ou seja, o marketing societal que por sua vez propõe que as empresas desenvolvam condições
sociais e éticas em suas praticas de marketing (KOTLER, 1998; MORAIS et al, 2006).
Em suma, Kotler (1998), define marketing societal como a tarefa da organização de
determinar as necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvos e atender as satisfações
desejadas mais eficaz e eficientemente, de maneira a preservar ou ampliar o bem-estar dos
consumidores e da sociedade. Pringle e Thompson (2000, p.3) definem marketing societal sob
a denominação de marketing para causas sociais (MCS) como uma “ferramenta estratégica de
marketing e de posicionamento que associa uma empresa ou marca a uma questão ou causa
social relevante, em beneficio mutuo”. Segundo Massó (1998 apud Vieira et al, 2007), por
marketing de causa social entendem-se as ações que buscam associar o nome da corporação
ou de uma marca a uma causa social relevante, e que exigem o engajamento do consumidor.
Nessa nova visão o desafio para as organizações é desenvolver um diferencial que lhes
assegure vantagem competitiva sustentável no longo prazo (MORAIS et al, 2006).
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42
No âmbito do marketing é importante salientar que o marketing societal em toda sua
complexidade difere-se do marketing social que tem por objetivo a aculturação, a criação ou
mesmo a mudança de atitudes e de comportamentos de públicos que, de certa maneira, são os
meios para o objetivo pretendido e que podem nem sequer ser os beneficiários diretos da
mudança (MARTINSEN, 2003). Devendo este ser entendido como a adaptação das
tecnologias do marketing comercial para programas destinados a influenciar o comportamento
voluntário de audiências-alvo, para melhorar seu próprio bem-estar e da sociedade da qual
fazem parte. Assim, o foco na mudança do comportamento voluntário e a meta desinteressada
de aumento do bem-estar da audiência-alvo, visando seu próprio bem e da sociedade em
geral, são características do marketing social (ANDREASEN, 1994 apud VEIGA et al, 2007).
O Quadro 1 demonstra algumas diferenciações entre marketing social e marketing societal (ou
para a causa social):
Utilizado por
Organizações não-lucrativas
Marketing Societal
(Ou para causa social)
Organizações lucrativas
Fator desencadeador
Melhores condições sociais
Investimento no social
Função principal
Mudança no social com
finalidade pública
Mudança social com
finalidade de retorno
Orientado para
O benefício público
O consumidor
Fator
Marketing Social
Quadro 1: Marketing social x marketing societal (ou para a causa social)
Fonte: SILVEIRA, R. B.; BALSINI, C. P. V, [200-]
Com base na elucidação que distingue o marketing societal do marketing social evidencia-se
claramente que o primeiro destina-se a atender de forma eficaz e eficientemente os
consumidores, equilibrando assim critérios como o lucro, satisfação dos desejos dos
consumidores e o interesse público (KOTLER, 1998).
Pringle e Thompson (2000, p.3) afirmam que “o MCS é uma forma efetiva de melhorar a
imagem corporativa, diferenciando produtos e aumentando tanto as vendas quanto a
fidelidade”. Pois este deve se afinar com o comportamento, tendências e valores do
consumidor atual, percebendo sua dimensão individual como também a coletiva, com o fito
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de construir, uma relação de respeito mútuo gerando um valor diferenciado para a marca e
para a empresa. (SOUZA; SANTOS; SILVA, 2008).
Seja pela nomenclatura de marketing societal, marketing para causa social ou mesmo
marketing social corporativo, Massó (1998 apud Vieira et al, 2007), afirma que estes
consistem em que as empresas identifiquem ações que possam ajudar a si mesmas
melhorando ao mesmo tempo algum aspecto da sociedade, porém de forma estratégica e em
longo prazo. Sendo o principal objetivo a busca por uma mudança fundamental durante o
tempo, trazendo benefícios principalmente para a imagem da marca. As empresas passam
então a investir em programas cuja meta principal é associar suas marcas a causas sociais
consideradas pelo público como relevantes e com isso garantir benefícios na forma de maiores
vendas ou margens de lucro (HOEFFLER; KELLER, 2002).
Ainda no mesmo contexto, Smith e Alcorn (1991) adicionam que o marketing social
corporativo combina os elementos do marketing tradicional com conceitos estabelecidos pela
responsabilidade
social
corporativa,
já
que
em
sua
estratégia
estão
presentes,
simultaneamente, o senso de responsabilidade social e a busca pela satisfação dos
stakeholders por meio de melhores produtos, maior lucratividade e participação de mercado.
Esses conceitos relativos à responsabilidade social corporativa passaram por uma evolução ao
longo dos anos, partindo-se de uma visão econômica clássica, Friedman (1962 apud Vieira et
al, 2007) defendia que a única responsabilidade social da empresa era gerar lucro para seus
acionistas até chegar àquela em que é vista como parte do processo gerencial, incorporando a
satisfação dos diversos stakeholders por meio de ações delimitadas pela ética (ALVES, 2003;
MAIGNAN; FERREL, 2004).
As empresas devem seguir leis e normas que regulamentam sua interferência no meio
ambiente, sua relação com os funcionários, sua interação com o governo e outras empresas.
Porém cumprir as regras não gera um diferencial competitivo, pois se trata de uma obrigação
exigida, sendo que esta vantagem competitiva pode ser obtida através de ações de
responsabilidade social que beneficiem o ambiente e a coletividade com a qual se relaciona
(PRINGLE; THOMPSON, 2000). Essas atitudes precisam também perdurar em longo prazo,
pois somente assim poderão superar o ceticismo e a desconfiança do consumidor (WEBB;
MOHR, 1998).
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44
A fim de se alcançar uma vantagem competitiva, as empresas devem ater-se a algumas
questões, como: a comunicação, a escolha da causa a qual se associam e a incorporação dos
valores éticos e de responsabilidade social na cultura organizacional (VIEIRA et al, 2007).
No quesito comunicação o grande desafio quando se trata de comunicar as ações dos
programas de responsabilidade social corporativa torna-se complexo na medida em que
diferentes stakeholders possuem expectativas distintas, necessitam de informações variadas, e
principalmente não respondem da mesma maneira aos diversos canais de comunicação
disponíveis. Fazendo-se necessário o desenvolvimento de estratégia de comunicação clara,
com campanhas de comunicação que possuam mensagens, estilos e canais convenientes para
cada público de stakeholders (DAWKINS, 2004 apud VIEIRA, et al, 2007).
Outra vertente fundamental nas estratégias do marketing societal, esta a escolha da causa,
sendo que esta deve basear-se no público a quem a causa desperta interesse, e que as melhores
causas são aquelas com maior visibilidade na mídia e potencial para gerar mérito.
(VARADARAJAN; MENON, 1998). Sendo imprescindível a melhor harmonia possível entre
os valores de marca desejados e aqueles que serão acrescentados a ela por meio da associação
com a entidade filantrópica ou causa escolhida. Por isso, um dos aspectos mais importantes do
marketing social corporativo é definir o território onde a personalidade da marca se
posicionará a fim de garantir o desenvolvimento pleno de seu caráter (PRINGLE;
THOMPSON, 2000).
Como ultimo quesito aborda-se a incorporação dos valores éticos e de responsabilidade social
na cultura da organização, sendo este a seleção de valores pertinentes e aos níveis de
desempenho quando da atuação, ou seja, quais valores farão parte da cultura organizacional e
quais os limites de abrangência e profundidade. (ROBIN; REIDENBACH, 1987).
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45
3 METODOLOGIA
Este capítulo enfatiza o tipo de metodologia utilizada nesta pesquisa, com o intuito de analisar
as influências que o marketing societal exerce sobre o comportamento de compra do
consumidor.
3.1 Caracterização da pesquisa
Esta pesquisa possui uma abordagem quantitativa, que se caracteriza pelo emprego da
quantificação tanto nas modalidades de coleta das informações, quanto no tratamento delas
por meio de técnicas estatísticas, este método representa em principio a intenção de garantir
precisão dos resultados, possibilitando assim uma margem de segurança quanto às
interferências (RICHARDSON, 1999; ROESCH, 1996).
Utilizam-se dois tipos de pesquisa, uma exploratória e outra descritiva. A exploratória aplicase com o intuito de responder o segundo e o terceiro objetivo especifico desta pesquisa,
orientada para a descoberta, apresentando-se particularmente útil quando o responsável pelas
decisões dispõe de poucas informações, sendo este o caso, possibilitando assim um melhor
entendimento sobre as percepções, comportamentos e necessidades do consumidor (HAIR JR.
et al, 2005; RICHARDSON, 1999). A pesquisa descritiva tenta descobrir respostas as
perguntas: quem, o que, quando, onde e, algumas vezes, como, sendo aplicada para a
descoberta do primeiro objetivo especifico. (COOPER; SCHINDLER, 2003). No mesmo
contexto, Lambim (1998) afirma que a pesquisa descritiva é voltada a obter uma exposição
completa e acurada das situações estudadas.
Quanto à base de dados, utilizam-se as primárias e as secundárias. Por definição, as fontes
primárias englobam os dados que ainda não foram analisados ou interpretados e constituem o
subsídio das pesquisas documentais (ANDRADE, 1997). Para a obtenção dos dados primários
serão utilizados questionários aplicados a uma amostragem especifica, sendo estes descritos
posteriormente.
Já as fontes secundárias são definidas como os estudos realizados por
terceiros, constituídas pela literatura originada de determinadas fontes primárias e constituem-
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se em fontes das pesquisas bibliográficas (COOPER, SCHINDLER, 2003; ANDRADE,
1997).
3.2 População e Amostra
Quanto ao universo ou população afirma-se que é o conjunto de elementos que possuem
determinadas características, ou seja, a população é o todo e a amostra refere-se a um
subconjunto relativamente pequeno desta, sendo a idéia básica da amostragem que ao
selecionar alguns elementos de uma população, podemos tirar conclusões sobre toda ela
(HAIR JR. et al, 2005; COOPER; SCHINDLER, 2003).
Com base na elucidação quanto aos conceitos referentes à população e a amostra e com o
intuito de alcançar os objetivos específicos propostos nesta pesquisa, nesta etapa
especificadamente o segundo e o terceiro, a saber:
• Apontar o perfil geográfico, demográfico e psicográfico dos consumidores
influenciados ou não por ações de marketing societal de empresas brasileiras.
• Destacar as razões que levam os consumidores a serem influenciados ou não por ações
de marketing societal de empresas brasileiras.
A fim de se atingir conclusões fidedignas para os objetivos específicos apresentados
anteriormente, elabora-se uma pesquisa de caráter quantitativa, a ser realizada na cidade de
Balneário Camboriú - SC, onde a população fixa, segundo dados do IBGE do ano de 2008
totaliza 94.344 mil habitantes (IBGE, 2008), chegando a atingir em sua totalidade um milhão
de habitantes nos meses de janeiro e fevereiro, de acordo com dados publicados pela
prefeitura municipal (PMBC, 2008). Como esta pesquisa tem por intuito abranger
diversificados perfis geográficos dos consumidores, a mesma será aplicada nos meses de
janeiro e fevereiro, pois são períodos propícios a proporcionar esta diversidade.
Como a população indicada anteriormente caracteriza-se como infinita, ou seja, superior a
100.000 mil habitantes, conforme definido por Hair Jr. et al, 2005; Cooper e Schindler, 2003.
Para a obtenção da amostragem aplica-se como base de cálculo a fórmula indicada por
Barbetta (2002):
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1
N=
n0 =
E0²
Onde:
N = tamanho (número de elementos) da população;
E0 = erro amostral tolerável;
n0 = primeira aproximação do tamanho da amostra;
Para o cálculo utiliza-se por base um grau de confiabilidade de 95% e um erro tolerável de
5%.
1
N = n0 =
= 400
0,05²
Na composição dessa amostra foi utilizado o plano de amostragem não-probabilística por
conveniência, por questões de acesso, tempo e custo para a coleta das informações, fatos que
certamente impedem generalizações com precisão estatística (HAIR JR. et al, 2005;
COOPER, SCHINDLER, 2003).
No mesmo contexto, a fim de se atingir o primeiro objetivo específico desta pesquisa –
identificar as ações de marketing societal implantadas por empresas brasileiras – propõe-se
um estudo descritivo com dados secundários, tomando por base de pesquisa o Instituto Ethos
de Empresas e Responsabilidade Social. Este, uma organização não-governamental criada
com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma
socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e
justa (ETHOS, 2008). Para tal, utilizam-se como população os associados ao instituto, sendo
1.373 empresas de diferentes setores e portes.
A amostragem utilizada será uma amostra probabilística aleatória simples, caracterizada por
possibilitar que cada membro da população tenha probabilidade igual ou conhecida distinta de
zero de pertencer à amostra (RICHARDSON, 1999).
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Para tal, utiliza-se como amostra uma empresa de cada setor associada ao Instituto Ethos.
Conforme dados coletados na BM&FBOVESPA (2008), são eles:
Setor
Empresa
Bens Industriais
Randon
Construção e Transporte
ECO Rodovias
Consumo Cíclico
Perdigão
Consumo não Cíclico
Natura
Financeiros e Outros
Bradesco
Materiais Básicos
Suzano Papel Celulose
Petróleo, Gás e Biocombustíveis
Brasil Ecodiesel
Tecnologia da Informação
Itautec
Telecomunicações
Vivo
Utilidade Publica
CPFL
Quadro 2: Classificação das empresas por setor de atuação
Fonte: Adaptado de BM&FBOVESPA; ETHOS, 2008
3.3 Instrumento de Coleta de Dados
O instrumento de coleta de dados é utilizado para obter informações acerca de algo que esta
sendo pesquisado. Segundo Mattar (2001, p.104) “o instrumento de coleta de dados é o
documento através do qual as perguntas e questões serão apresentadas aos respondentes e
onde são registrados as respostas e dados obtidos”. Neste caso a coleta de dados se dará por
meio de um questionário, que segundo definição de Hair Jr. et al (2005), é um conjunto
predeterminado de perguntas criadas para coletar dados dos respondentes, sendo este um
instrumento cientificamente desenvolvido para medir características importantes de
indivíduos.
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O questionário foi composto por perguntas fechadas onde sua característica principal é a
apresentação de categorias ou alternativas de respostas fixas e preestabelecidas, sendo que o
entrevistado deverá responder á alternativa que mais se ajusta as suas características, idéias ou
sentimentos. Sua aplicação será feita por meio do contato direto entre o pesquisador e o
respondente.
Quando se aplica um questionário, pretendem-se medir aspectos como atitudes ou opiniões do
público-alvo, e tal só são possíveis com a utilização de escalas. Sendo assim este questionário
terá como base a escala de Likert que apresenta uma série de cinco proposições, das quais o
inquirido deve selecionar uma.
No entanto aplicou-se um pré-teste do questionário com dez por cento da amostra da pesquisa,
verificando-se de que o mesmo estava adequado para a aplicação na amostra completa.
Salienta-se que as perguntas que compreendem o questionário são baseadas nos seguintes
autores: Kotler e Keller (2006); Churchill e Peter (2003); Solomon (2002); Kotler (1998)
Rocha e Christensen (1999); Engel; Blackwell; Miniard (2000); Medeiros e Cruz (2006);
Crocco et al (2006), Boone e Kurtz (1998); Karsaklian (2000); Pringle e Thompson (2000);
Vieira et al (2007); Morais et al (2006) Silveira e Balsani (200-), contidos na fundamentação
teórica deste trabalho e foram escolhidos porque atendem os objetivos propostos.
3.4 Análise e Interpretação dos Dados
Em um primeiro momento realizou-se uma análise das ações de marketing societal
desenvolvidas por empresas brasileiras, para tanto utilizou-se como fonte de dados
secundários pesquisas nos sites das empresas listadas no quadro 2, e a partir destas pesquisas
juntamente com o referencial teórico analisou-se as ações de marketing societal desenvolvida
pelas empresas.
Já em um segundo momento, deu-se o tratamento dos dados, que foi realizado através de
gráficos tabulados. Para a tabulação das questões da parte quantitativa dos questionários e
elaboração dos gráficos referentes às mesmas foi utilizado o software Excel. Sendo
mensurado nos gráficos tanto o perfil dos respondentes que se obteve através da primeira á
décima questão, bem como a opinião dos respondentes acerca do tema que deu-se por meio da
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décima primeira questão á vigésima segunda. Ressalta-se que todas as questões que compõe o
questionário foram tabuladas e a partir desta tabulação extraíram-se os gráficos que
auxiliaram nas devidas analises e conclusões.
A respeito disso, Mattar (2001, p.187) afirma que: “a tabulação pode ser simples, quando
envolve a contagem do número de casos que ocorreram em cada uma das variáveis de
estudo”.
3.5 Limitações da pesquisa
Esta pesquisa possuiu algumas limitações. Sendo que a pesquisa de campo foi desenvolvida
no mês de janeiro de 2009, com o intuito de abranger turistas que estivessem na cidade
durante este período, porém devido ao baixo fluxo de turistas obteve-se uma porcentagem
menor com relação aos residentes em outras localidades. Outra limitação encontrada foi à
falta de receptividade no momento da aplicação dos questionários, fazendo assim o tempo
previsto se estenderem.
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51
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Neste capitulo serão apresentados os dados obtidos durante a fase de coleta de dados.
Apontando assim as ações de marketing societal utilizadas pelas empresas analisadas, bem
como o perfil psicográfico, geográfico e demográficas dos consumidores e as razões pelas
quais são influenciados ou não por ações de marketing societal.
4.1 Identificações das ações de marketing societal implantadas por empresas
brasileiras
Quanto à identificação das ações de marketing societal implantadas por empresas brasileiras,
apresenta-se a seguir uma analise de cada empresa listada no quadro 2, chegando-se aos
seguintes resultados:
4.1.1 Randon
Segundo informações coletadas no site institucional das empresas Randon (2009), estas por
sua vez atuam nas áreas de implementos rodoviários, ferroviários, veículos especiais,
autopeças, sistemas automotivos e serviços, isto é, contam com uma linha de produtos para o
transporte de cargas terrestres.
Sendo um holding misto, líder de um conjunto de oito empresas operacionais, seguindo:
Randon Implementos; Randon Veículos Ltda; Fras-le S.A.; Master Sistemas Automotivos
Ltda; Jost Brasil Sistemas Automotivos Ltda; Suspensys Sistemas Automotivos Ltda e
Randon Consórcios.
Partindo-se da seguinte auto - definição: “Empresas Randon - Empresas Cidadãs” orientando
assim as ações de responsabilidade social da corporação. Participantes, por sua natureza, do
desenvolvimento industrial e da geração de renda do município, as Empresas Randon sentem-
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se também comprometidas com a comunidade, alicerce definitivo para o sucesso das
iniciativas da companhia, seja no âmbito dos negócios ou na valorização humana.
Na pratica as empresas Randon são responsáveis por programas tanto de cunho social quanto
ambiental, sendo estes divulgados no site da empresa e através de outros meios de
comunicação. Estas praticas vão de encontro com o conceito de Marketing Societal, definido
por Pringle e Thompson (2000, p.3) como uma “ferramenta estratégica de marketing e de
posicionamento que associa uma empresa ou marca a uma questão ou causa social relevante,
em beneficio mutuo”.
Sendo desenvolvidos os seguintes programas:
a) Programa Florescer:
O Programa Florescer consiste num Centro de Educação Livre para crianças e adolescentes de
7 a 14 anos, de ambos os sexos, com menos oportunidades econômicas e sociais, que estudam
em escolas públicas da região, filhos de funcionários das Empresas Randon e jovens da
comunidade. Os beneficiados participam gratuitamente de atividades pedagógicas, culturais e
esportivas. Sendo coordenada por profissionais da área de Pedagogia, Psicologia e da
Assistência Social.
b) Randon Collection:
Seu foco é dar visibilidade à marca e contribuir com o Programa Florescer são os objetivos da
estratégia de marketing que criou a Randon Collection, grife composta por cerca de 300 itens
de vestuário, acessórios, artigos esportivos e utensílios de uso pessoal e profissional, com
aplicação da marca da Randon S.A.
c) Viver de Bem com a Vida:
Desde 1998, o Viver de Bem com a Vida, programa certificado pela ONU e pelo SESI, vem
sendo aplicado nas Empresas Randon visando à conscientização para a prevenção do uso de
drogas no trabalho e na família e incentivando o cultivo de hábitos saudáveis, promovendo a
qualidade de vida. Campanhas educativas, atividades de valorização da vida e muita
informação transmitida das mais variadas formas – através de palestras, folhetos, cartazes,
cartilhas, produções em vídeo, boletins informativos, mostras fotográficas, espetáculos
teatrais e musicais.
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53
d) Crescer:
Voltado para a capacitação de líderes e equipes e à formação e desenvolvimento contínuos
dos funcionários, o Programa Crescer atingi todos os escalões das Empresas Randon.
Instituído em 2001, com a inauguração do Centro de Educação Raul Anselmo Randon, é
composto por cinco blocos de atividades: Desenvolvimento de Líderes; Capacitação
Tecnológica; Incentivo à educação formal; Desenvolvimento de Equipes; Crescer On-Line.
e) Caravana do Brinquedo:
Oportunizar um presente de Natal a crianças carentes, estimulando funcionários e comunidade
ao exercício da cidadania é o objetivo da Caravana do Brinquedo, iniciativa das Empresas
Randon em parceria com RBS TV e Rede Atlântida. Realizada desde 2002, a promoção
arrecada mais de dez mil brinquedos por edição. Ao todo, 14 entidades assistenciais
receberam os donativos.
4.1.2 Eco Rodovias
Através do site da Eco Rodovias (2009), esta defini-se como sendo uma empresa integradora
e gestora de soluções para movimentação de bens e pessoas. Atualmente, administra rodovias
nos principais corredores de importação e exportação brasileiros e importantes pólos de
turismo. Suas concessionárias de rodovias ligam os três mais importantes portos brasileiros
aos maiores centros de produção e consumo nacional, além de importantes regiões de turismo.
Estrategicamente, também possui negócios no setor de logística nas regiões em que atua.
Criada a partir do programa de concessões para recuperar as estradas brasileiras, a Eco
Rodovias, hoje, é responsável por 1.324,4 km de malha rodoviária, por onde passam cerca de
40% de toda a carga nacional movimentada para exportação e importação.
Sendo uma empresa de capital aberto registrada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários)
desde 2003, cujos acionistas são a Primav Construções e Comércio S.A. (do Grupo CR
Almeida) e a Impregilo International Infra-sutures N.V. (do Grupo Impregilo). Em 2007, ela
alcançou R$ 680,8 milhões de receita bruta e R$ 159,8 milhões de lucro líquido.
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54
A fim de contribuir para o desenvolvimento sustentável e ampliar o bem estar da sociedade e
do meio ambiente, a empresa utiliza-se de programas de responsabilidade social, cuja meta
principal é associar sua marca a causas sociais consideradas pelo público como relevantes e
com isso garantir benefícios na forma de maiores vendas ou margens de lucro (HOEFFLER;
KELLER, 2002).
Desenvolvendo assim os seguintes projetos e programas:
a) Ecoviver
Lançado em abril de 2006, é o primeiro programa de responsabilidade socioambiental
patrocinado pela Eco Rodovias. Com recursos de incentivos da Lei Rouanet, representa um
investimento anual de R$ 1,5 milhão. Voltado à Educação Ambiental de alunos do ensino
fundamental de escolas públicas de municípios próximos às rodovias administradas por
empresas do grupo, o Ecoviver tem como objetivo promover a conscientização ambiental,
estimulando o interesse de crianças e adolescentes pela preservação do meio ambiente e
mobilizando professores, alunos e comunidades a propor soluções para o problema do
acúmulo e da geração de lixo em suas comunidades.
b) Papai Noel Existe
Na Campanha de Natal, os stakeholders da Eco Rodovias recebem um cartão com um código
que dá direito à "adoção" de uma criança. Em um site específico, cada um deles tem a
oportunidade de se cadastrar e responder à carta crianças, que é entregue juntamente com um
brinquedo doado pela Eco Rodovias. No Natal de 2007, a campanha "Papai Noel Existe"
distribuiu brinquedos para 6 mil crianças carentes de 19 instituições em São Paulo, Paraná e
Rio Grande do Sul, o dobro do número de 2006. A campanha recebeu os prêmios Top Social
ADVB 2007 e Marketing Best de Responsabilidade Social 2007.
c) Usina de Asfalto Ecológico
Em 2007, a produção de asfalto ecológico foi de 12,3 mil toneladas, para os quais foram
reciclados cerca de 1,6 milhões de pneus velhos que seriam descartados, causando prejuízos
ao meio ambiente. O asfalto borracha é mais resistente a trincas e deformações e colabora
com a redução do passivo ambiental. É também mais confortável para os usuários, produzindo
menos ruído e proporcionando maior aderência.
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4.1.3 Perdigão
Com base no histórico empresarial divulgado no site institucional da empresa Perdigão
(2009), esta foi fundada em 1934 por imigrantes italianos em Videira (SC), a empresa
emprega hoje mais de 55 mil funcionários e opera unidades industriais em oito Estados
brasileiros, além da Argentina, Inglaterra, Holanda e Romênia. Escritórios comerciais da
empresa estão instalados na Inglaterra, Holanda, Hungria, Espanha, Áustria, Itália, França,
Rússia, Emirados Árabes Unidos (Dubai), Cingapura, Japão e Ilha da Madeira (Portugal),
além de centro de distribuição na Holanda.
Com receita bruta de R$ 7,8 bilhões, registrada em 2007, atua nas áreas de carnes e de lácteos,
além dos segmentos de massas prontas, tortas, pizzas, folhados e vegetais congelados. A
empresa, que se originou de um pequeno armazém de secos e molhados, iniciou as atividades
industriais com um abatedouro de suínos em 1939.
No quesito responsabilidade social e ambiental o Instituto Perdigão de Sustentabilidade tem
por objetivo integrar e fortalecer as inúmeras iniciativas sócio-ambientais implementadas.
Para tanto, o instituto mantém parcerias e apóia pesquisas dando continuidade a ações já em
andamento e buscando desenvolver novos projetos ambientais, sociais, educacionais, culturais
e esportivos, entre outros. Os principais programas desenvolvidos são:
a) Programa de Florestas Renováveis:
O Programa de Florestas Renováveis é utilizado como fonte de energia para as unidades
industriais, evitando, com isso, a destruição de florestas nativas e o consumo de combustíveis
fósseis. Atualmente, do total de florestas renováveis que a empresa dispõe 6 mil hectares são
passíveis de obtenção de créditos de carbono, conforme regulamentação da ONU com base no
Protocolo de Kyoto. A meta do Instituto é ampliar cada vez mais o cultivo de florestas
renováveis. Para este ano, está previsto o plantio de 2135 hectares.
b) Programa Perdigão de Suinocultura
Uma das prioridades do Instituto Perdigão de Sustentabilidade é o Programa Perdigão de
Suinocultura Sustentável, que visa orientar e apoiar produtores na adoção de mecanismos de
desenvolvimento limpo (MDL) para a redução do impacto dos dejetos da suinocultura ao
meio ambiente, atendendo às exigências do Protocolo de Kyoto.
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c) Programa de Reuso de Água
A reutilização da água também está entre os principais alvos do Instituto Perdigão de
Sustentabilidade, que apóia o desenvolvimento de pesquisas para a aplicação de novas
tecnologias que possibilitem o aumento da portabilidade e, conseqüentemente, o leque de
atividades a ser contemplado com a prática. O programa já está implementado em todas as
unidades da companhia e o volume economizado é suficiente para abastecer uma cidade de 60
mil habitantes.
d) Programa de Racionalização e Conservação de Energia
Combater o desperdício de energia elétrica, vapor e água são a proposta do Programa de
Racionalização e Conservação de Energia da Perdigão — Procep, outra ação priorizada pelo
Instituto Perdigão de Sustentabilidade com vistas a reduzir custos e minimizar impactos
ambientais.
O Procep, desde a sua implantação em 1994, tem obtido constantes aumentos na eficiência do
uso de energia. Esta eficiência reduz a necessidade de investimentos na área, libera
capacidade para ampliar produção e diminui os custos energéticos. A economia gerada até
hoje foi de aproximadamente 15%. A meta da Perdigão é reduzir o consumo em até 600
MWH, o que equivale ao consumo de 11 mil residências. Para tanto, estão previstas a
implantação de um projeto piloto que permite o monitoramento on-line do consumo e
demanda nas principais unidades produtivas, e a adoção de novo programas de combate ao
desperdício.
Com base nos programas apresentados, faz-se uma associação destas praticas com a teoria
citada por Smith e Alcorn (1991), que adicionam que o marketing social corporativo combina
os elementos do marketing tradicional com conceitos estabelecidos pela responsabilidade
social corporativa, já que em sua estratégia estão presentes, simultaneamente, o senso de
responsabilidade social e a busca pela satisfação dos stakeholders por meio de melhores
produtos, maior lucratividade e participação de mercado.
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4.1.4 Natura
Segundo informações do site institucional da Natura (2009), sendo esta uma marca de origem
brasileira, presente em sete países da América Latina e na França. Desde 2004, é uma
companhia de capital aberto, com ações listadas no Novo Mercado, o mais alto nível de
governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Em seu comportamento empresarial, busca criar valor para a sociedade como um todo,
gerando resultados integrados nas dimensões econômica, social e ambiental. Acreditando que
resultados sustentáveis são aqueles alcançados por meio de relações de qualidade e, por isso,
busca manter canais de diálogo abertos com todos os públicos com quem tem contato, em um
exercício contínuo de transparência. Conduta empresarial esta praticada pela Natura, que
traduz de forma pratica o que Kotler (1998), define como sendo marketing societal, como a
tarefa da organização de determinar as necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvos
e atender as satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente, de maneira a preservar ou
ampliar o bem-estar dos consumidores e da sociedade.
Atualmente participa dos seguintes programas sociais e ambientais:
a) Áreas Verdes Urbanas:
Para permitir que a sociedade possa usufruir dos benefícios da proximidade com a natureza,
permitindo vivenciar a relação de interdependência com o meio ambiente, com o todo e
promovendo ainda o contato com o conhecimento resultante de pesquisas sobre a diversidade
natural brasileira. Este é uma iniciativa de incremento, cuidado e manutenção de áreas como
parques e jardins botânicos.
b) Empreendedorismo Social:
Por meio de apoios e patrocínios, este projeto estimula a iniciativa e a rede de reflexão e
articulação das questões sociais, fundamentais para a construção de um mundo melhor.
Tendo como objetivo soluções inovadoras trazidas por pessoas e organizações que, em
comum, têm a vontade de fazer melhor pela vida de indivíduos e suas comunidades.
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c) Carbono Neutro:
O programa Carbono Neutro tem foco na redução das emissões, ou seja, a Natura com este
projeto otimiza oferecer aos seus clientes produtos neutros no que diz respeito às emissões de
gases de efeito estufa (GEEs), ocorrendo em todo processo e atividade da fabricação. Essa
metodologia quantifica as entradas e as saídas de matéria e energia de um sistema, permitindo
uma comparação objetiva do “desempenho ambiental” dos produtos.
d) Programa Mamãe e Bebe:
O programa de relacionamento mamãe e bebê cuidando de quem cuida nasceu para ajudar a
fortalecer o vínculo e o amor fundamental entre as mamães, os bebês, os papais e outras
pessoas da família, da gestação até os 3 anos de idade.
Além de acompanhar o passo-a-passo do desenvolvimento do bebê, o programa ainda oferece:
Orientações sobre a evolução do bebê através de e-mails exclusivos para gestantes e mamães.
ü Oportunidade de mães e familiares do bebê esclarecerem dúvidas com especialistas no
assunto.
ü Informações sobre saúde, comportamento, nutrição e cultura.
ü Atividades interativas no site, como desenhos para baixar e colorir, downloads de
músicas e ferramentas como o Diário do Bebê.
ü Informações sobre os produtos da linha Natura Mamãe e Bebê.
4.1.5 Bradesco
Segundo o site do Banco Bradesco (2009), este foi fundado em 1943 no interior de São Paulo,
Marília, com o nome de Banco Brasileiro de Descontos. Sua estratégia inicial consiste em
atrair o pequeno comerciante, o funcionário público, pessoas de posses modestas, ao contrário
dos bancos da época, que só tinham atenções para os grandes proprietários de terras. O
Bradesco é um dos primeiros a estimular o uso de cheques por seus correntistas, que são
orientados a preencher as folhas nas próprias Agências. Em 1946, a matriz é transferida para a
capital paulista, na Rua Álvares Penteado, no centro da cidade. Suas Agências passam a
receber pagamento de contas de luz, uma inovação no País.
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A área da responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável, o Bradesco se preocupa
com a educação, o meio ambiente e o desenvolvimento do país.
Tal compromisso é firmado por meio dos programas apoiados pela empresa que segundo
Massó (1998 apud Vieira et al, 2007), consistem em que as empresas identifiquem ações que
possam ajudar a si mesmas melhorando ao mesmo tempo algum aspecto da sociedade, porém
de forma estratégica e em longo prazo.
Como programas o Bradesco apóia os seguintes:
ü Histórico de inclusão bancária, reforçado hoje no Banco Postal e no Bradesco
Expresso.
ü Doações sistemáticas para ONGs e instituições filantrópicas que tratam do tema.
ü Programas Adolescente Aprendiz e Jovem Cidadão.
ü Projetos da Fundação Bradesco.
ü Promoção de Maratonas com foco em transformação social, por meio do Programa
Voluntários Bradesco.
ü Investimentos na Fundação Bradesco.
ü Apoio ao Instituto Ayrton Senna.
ü Combate ao trabalho infantil (requisito da norma SA8000).
ü Doação de 1% do imposto a pagar para os Fundos de Defesa da Criança e do
Adolescente.
ü Apoio, por meio da Fundação Bradesco, ao Compromisso Todos Pela Educação.
ü Projeto Educa + Ação.
ü Criação do Grupo de Trabalho para a Valorização da Diversidade.
ü Investimento no programa Finasa Esportes, voltado para meninas com idade entre 9 e
18 anos.
ü Aumento do número de mulheres em cargos de chefia na Organização.
ü Investimentos na Fundação Bradesco.
ü Apoio ao Dia Nacional da Ação Voluntária da Fundação Bradesco.
ü Campanhas de arrecadação de diversos materiais, por meio do Programa.
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ü Voluntários Bradesco.
ü Oferecimento de planos de saúde aos funcionários.
ü Doações para instituições, associações e hospitais.
ü Título de capitalização cujos recursos apóiam o Instituto Brasileiro de Controle do
Câncer.
ü Participação ativa no Conselho Empresarial Nacional de Prevenção ao HIV/AIDS
(CEN).
ü Apoio a campanhas de combate a doenças como Dengue e Rubéola.
ü Apoio às iniciativas da Fundação Amazonas Sustentável (FAS).
ü Certificação com base na norma de gestão ambiental ISO 14001:2004.
ü Certificação com base na norma de gestão ambiental ISO 14064-1:2006.
ü Programa de Ecoeficiência.
ü Adesão aos Princípios do Equador e a critérios ambientais na concessão de créditos.
ü Incentivo ao desenvolvimento de projetos MDL.
ü Programa de compensação das emissões de carbono.
ü Apoio às iniciativas da Fundação SOS Mata Atlântica.
ü Membro do Comitê Brasileiro do Pacto Global.
ü Programas de inclusão digital.
ü Diálogos e parcerias com diversas ONGs no aperfeiçoamento da gestão de
sustentabilidade e no desenvolvimento de produtos.
ü Apoio a Fóruns, Seminários e Câmaras Técnicas que abordam as formas de
desenvolvimento.
ü Histórico de inclusão bancária, reforçado hoje no Banco Postal e no Bradesco
Expresso.
ü Membro fundador do CBVE – Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial.
ü Apoio à coalizão financeira de combate à pornografia infantil
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4.1.6 Suzano Papel e Celulose
Segundo informações do site da empresa Suzano (2009), esta atua no setor de papel e
celulose, esta tem como missão destacar-se entre os 10 mais rentáveis conglomerados
empresariais privados do país, a partir de uma visão que reúne controle familiar, gestão
profissional de alto desempenho e parceria com o mercado de capitais.
Seu modelo de gestão procura conciliar crescimento e rentabilidade, competitividade e
sustentabilidade do negócio. Essas premissas conferem consistência à gestão e qualidade à
execução e implantação das estratégias.
Na condução dos negócios procura integrar os aspectos relacionados a riscos empresariais,
reputação da marca, sustentabilidade e planejamento estratégico. Estabelecendo critérios que
priorizam a sustentabilidade dos negócios, relacionando-os aos impactos econômicos, sociais
e ambientais que representam as estratégias de longo prazo e o seu posicionamento
competitivo. Seguindo assim atitudes que lhe proporcionem desenvolver um diferencial que
lhes assegure vantagem competitiva sustentável no longo prazo (MORAIS et al, 2006).
Divulgando assim, seus projetos no engajamento social e ambiental, associando praticas de
Marketing Societal em suas estratégias.
Seus projetos são desenvolvidos por meio de pesquisas realizadas na comunidade, com
identificação das necessidades de cada região. Ao todo 40 municípios brasileiros, com um
investimento aproximado de 12 milhões anuais em projetos, divididos nas seguintes áreas de
atuação: geração de renda, educação e meio ambiente. Sendo apresentados a seguir os
programas desenvolvidos:
a) Programa Educar e Formar:
A Suzano Papel e Celulose, em parceria com o Instituto Ayrton Senna e com as prefeituras
dos municípios do sul da Bahia, onde atua, implantaram em 2008 o Programa Educar e
Formar, que visa apoiar a aprendizagem de crianças do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries),
melhorar a infra-estrutura escolar e promover a leitura, com apoio do Instituto Ecofuturo.
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b) Apicultura
Projeto desenvolvido nas regiões do entorno das Unidades industriais e florestais, no extremo
sul da Bahia (Teixeira da Freitas, Nova Viçosa e Mucuri) e em Ipatinga, São Paulo. Com o
objetivo de proporcionar novas oportunidades de trabalho e geração de renda para a região.
c) Comunidade Produtiva
Os resíduos de eucalipto não aproveitados no processo de produção de celulose podem ser
usados como matérias-primas para confeccionar objetos artesanais. A Comunidade Produtiva
capacita pessoas da comunidade como artesãos, aptos a elaborar produtos ecológicos de
design diferenciado. Há núcleos de artesanato em São José, distrito de Alcobaça (BA),
Helvécia, distrito de Nova Viçosa (BA) e Biritiba-Mirim (SP).
d) Comunidade
Promover a auto-organização da comunidade, resgatar suas tradições culturais e capacitar
seus moradores para se organizarem em cooperativas de produção. Esse é o objetivo do
Projeto Com Unidade, promovido pela Associação dos Produtores de Florestas Plantadas do
Estado da Bahia (Abaf), em parceria com outras empresas da região.
e) Fruticultura
Nesse projeto, a empresa fornece a madeira para o plantio de maracujá em comunidades do
sul da Bahia. Em parceria com as prefeituras, com a Superintendência do Desenvolvimento
Industrial e Comercial (Sudic) e a Associação de Produtores Rurais, promovem geração de
renda para 1,7 mil pessoas.
f) Formação para o Trabalho
Para que a comunidade pudesse aproveitar as novas oportunidades surgidas pela dinamização
da economia local, criou-se o Centro de Treinamento, em Itabatã, subdistrito de Mucuri, em
parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço de
Aprendizagem Comercial (SENAC). Equipado para oferecer cursos de formação profissional
em diferentes áreas, capacitou cerca de 2.900 pessoas entre março de 2006 e outubro de 2007.
g) Apoio às Cooperativas
A percepção de que não existiam no mercado opções de crédito acessíveis às cooperativas de
catadores de material reciclável, e de que isso era um entrave ao seu desenvolvimento, levou a
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Suzano Papel e Celulose e o Instituto Ecofuturo a articularem o Programa Investimento
Reciclável, desenvolvido em parceria com o Banco Real e a Fundação Avina. O objetivo é
oferecer acesso aos recursos financeiros e capacitação para que os catadores ampliem sua
autonomia, aperfeiçoem seus mecanismos de autogestão, melhorem sua produtividade e seus
resultados. Na fase piloto (2007-2008), foram selecionadas cinco cooperativas e associações
da região metropolitana de São Paulo
h) Sementeira
Desenvolvido nos municípios do sul da Bahia e em Embu (SP), capacita professores da rede
pública para a educação ambiental, estimulando a consciência e as práticas dos alunos e das
comunidades. Iniciado em 1999, o projeto já capacitou mais de 1.500 professores e envolveu
mais de 43 mil estudantes.
i) Trilhas Ecológicas
Programa de visitas guiadas em trilhas estruturadas em áreas de reservas de florestas nativas
no sul da Bahia (Mucuri e Caravelas) e em São Paulo (Itatinga). Com este projeto é
compartilhado o conhecimento sobre florestas nativas sendo oferecido à comunidade um
espaço voltado à educação ambiental e ao lazer.
j) Parque das Neblinas
É uma área de conservação ambiental de 2,8 mil hectares localizada em Bertioga (SP),
vizinha ao Parque Estadual da Serra do Mar, região declarada pela UNESCO, em 1991, como
Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Gerenciado pelo
Instituto Ecofuturo e mantido pelo Grupo Suzano, o parque é um laboratório natural para
práticas de manejo sustentável, conservação e restauração da mata nativa, e espaço adequado
para o ecoturismo e a educação ambiental.
4.1.7 Brasil Ecodiesel
Segundo informações do site da empresa Brasil Ecodiesel (2009), iniciou a elaboração de seu
projeto para a produção do biodiesel em março de 2003 e, em 18 de julho de 2003, a
Companhia foi constituída sob a forma de sociedade limitada. À época, 99,9% de seu capital
social era retido pela sua controladora, a Brasil Ecodiesel Participações S.A., sociedade
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holding que também controlava suas atuais subsidiárias. Em 14 de agosto de 2006, a
Companhia foi transformada em sociedade por ações, alterou seu objeto e denominação social
para o atual e incorporou sua antiga controladora, a Brasil Ecodiesel Participações S.A..
Atualmente, as unidades de transesterificação da Companhia em operação são a Unidade de
Floriano, a Unidade de Crateús, Unidade de Iraquara, Unidade de Porto Nacional, Unidade de
Rosário do Sul e a Unidade de Itaquí. A capacidade instalada de produção da Unidade de
Floriano é de 44.550 m3 de biodiesel por ano. Em outubro de 2006, foi iniciada a operação da
Unidade de Crateús, integrada à unidade de esmagamento, com capacidade de produção de
118.800 m3 de biodiesel por ano. A unidade de transesterificação em Iraquara, na Bahia, com
capacidade de produção de 118.800 m3 de biodiesel por ano, que também contará com
unidade de esmagamento integrada, encontra-se em fase operacional desde novembro de
2006. Por fim, em maio de 2007 a Companhia colocou em operação a Unidade de Porto
Nacional, no Tocantins, em julho a Unidade de Rosário do Sul, no Rio Grande do Sul e a
Unidade de Itaquí, no Maranhão.
A Companhia procura incorporar às suas atividades práticas que levem em consideração
princípios éticos e de responsabilidade social. Entre os objetivos relacionados à expansão de
suas atividades, a Brasil Ecodiesel tem como missão promover o desenvolvimento humano e
social, principalmente por meio do incentivo à agricultura familiar, gerando empregos e renda
para populações de regiões carentes do Brasil. Através desta postura social a empresa associa
o nome da corporação ou da marca a uma causa relevante, e que exigem o engajamento do
consumidor, sendo esta uma pratica do Marketing Societal (Massó 1998 apud Vieira et al,
2007).
Dentre os projetos desenvolvidos, destacam-se:
a) Núcleo Santa Clara
O Núcleo de Produção Comunitária Santa Clara está localizado no município de Canto do
Buriti, no Piauí. Implantado e gerenciado com recursos próprios, surgiu no ano de 2004 a
partir da iniciativa de empresários que acreditam no desenvolvimento e na organização social
da agricultura familiar alinhados a resultados oriundos do capital e trabalho.
b) Núcleo Santa Clara – Agricultura
O atual modelo de Assistência técnica adotado na Santa Clara tem por princípios envolver as
famílias agricultoras como co-responsáveis do processo produtivo, através da troca de saberes
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entre agricultores e técnicos. O cultivo da mamona é uma atividade de complementação de
renda e, para tanto, a assistência técnica orienta, capacita e mobiliza os parceiros nos cultivos
de mamona e feijão, como também fomenta atividades complementares de acordo com o
potencial local dos agricultores como apoio a atividades também geradoras de renda como a
apicultura, hortas orgânicas, criação de galinhas caipira e outras que integradas ao projeto
agrícola gerem renda e independência as famílias.
c) Núcleo Santa Clara – Educação
O Grupo Escolar Lúcia Maria Oliveira, é a escola do Núcleo. A Escola foi regulamentada
como instituição de ensino da rede privada, mas na prática com ações filantrópicas e
inaugurada no dia 22 de março do ano de 2004. A equipe do Grupo escolar é composta por 21
professores com formação superior, 01 diretor, 01 Coordenador pedagógico, 01 Secretária, 01
Auxiliar de secretaria e 06 auxiliares de serviços gerais (merendeiras e serviços de limpeza
em geral), que mantém seu funcionamento regular durante os 03 turnos, atendendo uma
demanda de alunos matriculados no ensino fundamental numa média de faixa etária de 06 a
65 anos.
d) Núcleo Santa Clara – Ambiental
A II SEMEIA – Semana do Meio ambiente do Projeto Santa Clara, aconteceu no período de
01 a 05 de junho e contou com a presença efetiva dos parceiros rurais da comunidade. Pais de
alunos, professores e diversos funcionários do projeto reuniram-se na Escola Lúcia Maria de
Oliveira. Dentre as atividades realizadas, destacamos o Projeto Nosso solo nossa vida, onde
professores visitaram as células rurais e socializaram para a comunidade o projeto de
recuperação de solos e preservação ambiental que será de muita importância para o Núcleo
Santa Clara, pois envolverá a comunidade na tomada de decisões coletiva visando à
preservação do meio ambiente onde vivem e ainda, favorecerá a troca de conhecimentos com
professores e equipe agrícola do projeto. Vale ressaltar que o projeto ambiental prevê a
produção de 200 mil mudas nativas, as quais serão implantadas em áreas estratégicas, visando
controlar a erosão e ainda favorecer aclimatação para animais com a sombra das árvores. A
participação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canto do Buriti bem como do
Movimento
dos
Trabalhadores
Rurais
no
lançamento
do
projeto,
representados
respectivamente através dos Srs. José Francisco (José Miúdo) e Valdemar foi de grande
importância, pois constituiu-se num momento impar de estreitamento da parceria com as
cotadas instituições e ainda foi fortalecida a necessidade da sindicalização e da organização
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associativa dos jovens parceiros rurais, por parte do presidente do STR, José Miúdo que em
público elogiou o trabalho desenvolvido pela equipe de funcionários do projeto Santa Clara.
e) Núcleo Santa Clara – Social
• As ações realizadas na área social têm os seguintes objetivos:
• Aplicação dos princípios de ATER nas atividades e discussões do projeto;
• Fortalecimento do diálogo nas decisões participativas entre os atores da Santa Clara;
• Estímulo à organização social dos produtores rurais;
• Discussão de gênero e jovens, viabilização de estratégias participativas de inclusão
destes atores sociais no processo;
• Fomentar planejamento participativo e reforço ao desenvolvimento de projetos com
ênfase em atividades que complementam a renda e a sustentabilidade.
4.1.8 Itautec
Segundo informações coletadas no site institucional da Itautec (2009), esta atua nos
segmentos de informática, soluções e automações e serviços.
No exercício dessas atividades, a empresa busca sustentabilidade ambiental, social e
econômica, através da inovação tecnológica, assegurando qualidade, produtividade e
competitividade nos mercados em que atua, contribuindo para a melhoria da qualidade de
vida da população.
A responsabilidade social da Itautec é expressa pela prática de ações compartilhadas com a
comunidade. Estas praticas lhe asseguram uma vantagem competitiva obtida através das ações
de responsabilidade social que beneficiam o ambiente e a coletividade com a qual se
relacionam (PRINGLE; THOMPSON, 2000). Desde que comunicadas adequadamente, como
é o caso da Itautec, que divulga as iniciativas patrocinadas ou apoiadas através de seu site.
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Tais como:
a) De Olho no Computador
Curso de informática que tem o objetivo de promover a inclusão digital para filhos de
funcionários, jovens carentes e monitores das creches parceiras da Itautec. O conteúdo básico
do curso abrange introdução à microinformática, Microsoft Windows, Word, Internet ou
Power Point.
b)Voluntariado
A Itautec promove anualmente o programa Sou Voluntário, a fim de mobilizar e conscientizar
os funcionários sobre a importância da participação social e do exercício de cidadania,
destacando os impactos positivos que a ação voluntária traz à comunidade.
c) McDia Feliz
A Itautec apadrinha desde 2004 uma loja do McDonald's e incentiva os funcionários a
participarem como voluntários na campanha, que tem como objetivo beneficiar instituições
que cuidam de crianças e adolescentes com câncer.
d) Programa de Visitas
A Itautec desenvolve um programa de visitas direcionado aos alunos de faculdades e cursos
técnicos. O objetivo é permitir que alunos conheçam, com a vivência prática, o processo
produtivo da empresa.
e) Programa de Qualidade de Vida - Viva Bem
O programa visa à adoção de hábitos mais saudáveis para funcionários e seus familiares, além
de desenvolver ações de promoção da saúde, atividades físicas, de recreação e lazer,
voluntariado, esporte e cultura.
f) Ginástica Laboral
Os funcionários da produção de micros, placas, automações, televendas e gestão ambiental
participam de um programa de ginástica laboral que busca promover a diminuição do stress e
a integração entre os funcionários.
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g) Maratonas e Corridas
A companhia estimula e colabora para a participação de seus funcionários em maratonas e
corridas durante o ano, incentivando a prática da atividade física como forma de obter melhor
qualidade de vida e integração.
h) Exposição de Fotos
Em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI), a empresa realiza exposições
fotográficas de diferentes artistas, a fim de colocar os colaboradores em contato com obras
que fazem uma leitura da sociedade brasileira.
i) Caminhadas Ecológicas
Para promover a integração de funcionários e seus familiares, bem como enfatizar a
importância da preservação ambiental, são promovidas caminhadas ecológicas. Os passeios
contam com o acompanhamento especializado de guias.
j) Integração com a Família
O Projeto Férias, Dia das Mães e Dia dos Pais na empresa, consistem em proporcionar aos
filhos, mães e pais de colaboradores, conhecerem o local de trabalho de seus pais e/ou filhos
num dia de entretenimento e lazer.
4.1.9 Vivo
A Telemig Celular, ou seja, a Vivo, é uma empresa que atua na área de comunicação celular
no Brasil.
Segundo o site da empresa Vivo (2009), esta estimula o desenvolvimento operacional
preservando e respeitando recursos e belezas naturais, a vivo pratica ações que demonstram
sua preocupação com o meio ambiente e com a qualidade de vida da população.
Tais como:
a) Recolhimento de baterias usadas de aparelhos celulares em todos os seus pontos
b) Coleta seletiva de resíduo;
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c) Uso de postes cônicos metálicos, de menor impacto visual, em substituição às torres
treliçadas;
d) Uso de poste ecológico (em forma de pinheiro para reduzir o impacto visual);
e) Uso de equipamentos com baixo nível de ruído;
f) Implantação de estação com o uso de estrutura vertical já existente (topo de prédio, torre
de outra operadora e outras estruturas existentes;
g) Controle da emissão de gases de combustão dos motores estacionários e de veículos,
movidos a diesel;
h) Uso de equipamentos de baixo consumo de energia;
i) Controle do uso de gases com CFCs (gases utilizados em aparelhos de climatização);
j) Implantação de sistemas de prevenção e combate a incêndio;
l) Controle dos níveis de radiação não ionizantes provenientes de suas estações rádio base ERB;
m) Controle das atividades dos Prestadores de Serviços no âmbito da VIVO MG;
n) Constantes treinamentos para os envolvidos nos processos produtivos que possam gerar
impactos ambientais;
o) Freqüentes campanhas de conscientização dos empregados, seus familiares e prestadores
de Serviços sobre as questões ambientais;
p) Existência de canal disponibilizado para os empregados, fornecedores e prestadores de
serviços para trato das questões ambientais.
Todas estas ações exemplificadas anteriormente estão comunicadas no site da empresa,
fazendo destas uma pratica de Marketing Societal, pois visam melhorar a imagem corporativa,
diferenciando produtos e aumentando tanto as vendas quanto a fidelidade (Pringle e
Thompson 2000).
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4.1.10 CPFL
Segundo informações divulgadas no site da CPFL (2009), a empresa foi criada em agosto de
2002, a holding CPFL Energia é controlada pelo consórcio VBC Energia (Grupo Camargo
Corrêa e Grupo Votorantim), pelo Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil
(Previ), pela Bonaire Participações (empresa que reúne quatro outros fundos de pensão:
Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev), e ainda por acionistas minoritários que detêm cerca de
27,6% das ações (free-float).
Com mais de 6,2 mil colaboradores e uma plataforma de distribuição que atende 568
municípios paulistas, gaúchos, paranaenses e mineiros, a CPFL Energia intensificou seus
negócios nos últimos anos com a participação em vários empreendimentos de oferta de
energia nova e ainda com o início de suas atividades de comercialização de energia elétrica,
No quesito sustentabilidade preocupa-se com as conseqüências futuras de suas ações e
decisões, buscando sempre controlar e evitar riscos que possam trazer ameaças à
perenidade do Grupo CPFL, bem como efeitos não negociados com as comunidades onde
atua e com os públicos de seu relacionamento.
Nas fontes pesquisadas sobre a empresa, não encontrou-se nenhuma forma de comunicação e
divulgação de programas desenvolvidos ou apoiados no âmbito da responsabilidade social
pela CPFL, e como a mesma é associada ao Instituto Ethos, entende-se que conduz suas
atividades sob o prisma da responsabilidade social, porém não faz menção a nenhuma ação
desenvolvida para tais causas, o que gera ao entendimento do tema de Marketing Societal uma
desvantagem competitiva, pois para que os consumidores sejam influenciados por tais ações é
necessário primeiro que estas sejam lhes comunicadas, afirmando tal consideração Vieira et al
(2007), diz que para se alcançar uma vantagem competitiva, as empresas devem ater-se a
algumas questões, como: a comunicação, a escolha da causa a qual se associam e a
incorporação dos valores éticos e de responsabilidade social na cultura organizacional.
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4.2 Perfil geográfico, demográfico e psicográfico dos consumidores
influenciados ou não por ações de marketing societal de empresas brasileiras.
Quanto ao perfil geográfico, demográfico e psicográfico dos consumidores influenciados ou
não por ações de marketing societal implantadas por empresas brasileiras, apresentam-se os
resultados obtidos através da aplicação dos questionários, conforme metodologia descrita
anteriormente.
Na composição do perfil demográfico dos pesquisados, onde se perguntava o sexo,
demonstram-se os resultados, conforme gráfico 1, abaixo.
Gráfico 1- Sexo
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação ao gráfico 1, tem-se a seguinte configuração, 70% mulheres e 30% homens,
caracterizando assim um predomínio do sexo feminino entre os respondentes da pesquisa,
sendo importante salientar que segundo Kotler e Keller (2006, p.247), “homens e mulheres
costumam ter orientações atitudinais e comportamentais diferentes”. Sendo que esta variável é
utilizada por empresas para segmentar o mercado, quando um determinado produto tende a
agradar mais a um sexo do que a outro.
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No mesmo contexto do perfil demográfico dos pesquisados, onde se perguntava a idade,
demonstram-se os resultados, conforme gráfico 2, abaixo.
Gráfico 2- Idade
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 2, tem-se que 31% estão entre 18 e 25 anos, 28% entre 35 e 49 anos, 28% entre
26 e 34 anos, 7% na faixa etária de 50 a 59 anos, 3% até 17 e 3% entre 60 ou mais. Observase que a maior parte da amostra tem entre 18 e 25 anos, enquadrando-se em um perfil jovem,
no mesmo contexto ressalta que 28% têm entre 35 e 49 anos, a mesma porcentagem dos que
tem entre 26 e 34 anos. Esta variável é utilizada por algumas empresas para segmentar o
mercado, sendo que autores como Cobra (1997) e Rocha e Christensen (1999), colocam que
os desejos e as capacidades dos consumidores mudam com a idade, sendo importante que as
empresas para poderem responder às necessidades de seus clientes, precisam estar em
constante mutação, pois, todavia, a idade e o ciclo de vida podem ser variáveis enganadoras.
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73
Quanto ao perfil geográfico, questionou-se a nacionalidade dos pesquisados, chegando-se aos
seguintes resultados conforme gráfico 3.
Gráfico 3- Nacionalidade
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 3, quando questionados sobre a nacionalidade, tem-se que 98% são brasileiros e
2% de outra nacionalidade, isto devido à pesquisa ter sido aplicada no pais e durante a
temporada de verão, que na cidade de Balneário Comburiu abriga vários turista nesta época
do ano.
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74
Ainda na composição do perfil geográfico, questionou-se o estado de residência dos pesquisados,
chegando-se aos seguintes resultados conforme gráfico 4.
Gráfico 4- Estado onde reside
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação ao gráfico 4, tem-se que 70% residem em Santa Catarina, 7% no Paraná, 12% no
Rio Grande do Sul e 11% em outros estados. Conclui-se que a maioria reside no estado onde
foi aplicada a pesquisa e 19% em estados próximos como Paraná e Rio Grande do Sul. As
informações relativas ao perfil geográfico dos consumidores permitem que as empresas
possam segmentar o mercado por área geográfica, ou seja, consiste em dividir o mercado em
grupos, de acordo com a localização ou outros critérios geográficos, focando assim os
esforços de marketing especializados (CHURCHILL; PETER, 2003; KOTLER; KELLER,
2006; ROCHA; CHRISTENSEN, 1999).
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75
No quesito escolaridade, demonstra-se no gráfico 5 os resultados, apontando assim a
composição do perfil demográfico dos pesquisados.
Gráfico 5- Escolaridade
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação à escolaridade, ilustrado no gráfico5, tem-se, 50% Ensino Médio, 18% Superior
Incompleto, 18% Superior Completo, 4% Ensino Médio Incompleto, 4% Ensino
Fundamental, 4% Especialização, 2% Ensino Fundamental Incompleto. Pode-se perceber que
a maioria sendo representada por 50% tem o Ensino Médio e que 36% estão entre Superior
Incompleto e o Superior Completo.
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76
Quanto ao estado civil, demonstra-se no gráfico 6, o perfil dos respondentes.
Gráfico 6- Estado civil
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 6, com relação ao estado civil, tem-se 49% Casados, 40% Solteiros, 8%
Divorciados e 3% viúvos. Observa-se que as maiores porcentagens sendo elas 49% e 40%
dividem-se em casados e solteiros.
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77
Quanto à ocupação profissional do publico pesquisado, ilustra-se no gráfico 7.
Gráfico 7- Ocupação
Fonte: Dados primários (2009).
Quando questionados sobre a ocupação profissional desempenhada, obtiveram-se os seguintes
resultados, conforme ilustrado no gráfico 7, 47% Assalariados, 13% Profissionais Liberais,
12% desempenham funções não relacionadas no questionário, 10% Autônomos, 6%
Funcionários Públicos, 6% Empresários, 5% Aposentados e 1% Militares. Observa-se que a
maioria exerce atividade profissional assalariada dentro de uma organização.
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78
Na composição do perfil demográfico dos pesquisados, onde se perguntava a renda,
demonstram-se os resultados, conforme gráfico 8.
Gráfico 8- Renda
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação ao gráfico 8, tem-se a seguinte configuração: 69% têm renda entre R$ 300,00 a
R$ 1.800,00, 15% entre R$ 1.800,01 a R$ 4.500,00, 9% Não possui renda, 5% cima de R$
4.500,00 e 2% até R$ 300,00. Concluindo-se que a maioria tem renda entre R$ 300,00 e R$
1.800,00.
Com base na renda dos consumidores, muitas empresas criam estratégias de
segmentação, porém segundo Cobra (1997), nem sempre a renda prevê os melhores
consumidores para determinado produto. Sendo que compradores com renda baixa podem
comprar produtos de alto valor, já ao contrário, as pessoas de alto poder aquisitivo podem
passar a comprar produtos de baixo valor. Não podendo dessa maneira, se assegurar na renda
de cada indivíduo.
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79
Quando questionados se possuem carro ou casa próprios, chegou-se aos resultados ilustrados
no gráfico 9.
Gráfico 9- Possui Casa ou Carro Próprio
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação do gráfico 9, obteve-se os seguintes resultados, dos pesquisados 36% não
possuem nem carro e nem casa própria, 31% possuem casa e carro próprio, 22% possuem
somente carro próprio e 11% possuem somente casa própria.
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80
Com relação ao perfil psicográfico, ou seja, preferências pessoais, atitudes e percepção, foram
perguntadas aos pesquisados, qual o meio de comunicação usado com maior freqüência,
sendo demonstrado no gráfico 10.
Gráfico 10- Meios de comunicação
Fonte: Dados primários (2009).
Conforme demonstrado no gráfico10 percebe-se que 50% preferem utilizar a Televisão como
meio de comunicação, 45% a Internet, 4% Jornais e 1% Rádio.
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81
Em um contexto geral foram demonstradas as análises realizadas quanto ao perfil geográfico,
demográfico e psicográfico dos consumidores influenciados ou não por ações de marketing
societal de empresas brasileiras, quanto ao perfil geográfico abordou-se a nacionalidade dos
respondentes e seu atual estado de residência como demonstrados respectivamente nos
gráficos 3 e 4, já na composição do perfil demográfico abordaram-se questões como sexo,
idade, escolaridade, estado civil, ocupação profissional, renda e se estes possuem carro ou
casa própria, já na composição psicográfica questionou-se aos respondentes quanto aos meios
de comunicação usados por eles com mais freqüência. Em síntese conclui-se que a maioria
dos respondentes da pesquisa tem nacionalidade brasileira e residem em estados do sul do
país como Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, ainda no mesmo contexto observa-se
que a faixa etária predominante dos pesquisados está entre 18 e 34 anos representado assim
87%, observa-se que a metade dos pesquisados tem como nível de instrução o ensino médio,
sendo que 47% tem ocupação profissional assalariada e 69% tem renda até R$ 1.800,00. E
quanto aos meios de comunicação usados com mais freqüência observou-se que é a televisão
e a internet as mais habituais. Esta analise proporcionou a pesquisa traçar os perfis dos
respondentes, a fim de se atingir o segundo objetivo especifico deste.
4.3 Razões que levam os consumidores a serem influenciados ou não por ações
de marketing societal de empresas brasileiras.
Neste tópico serão apresentadas as razões que levam os consumidores a serem influenciados
ou não por ações de marketing societal de empresas brasileiras, sendo que para o alcance de
tais conclusões, os pesquisados responderam a uma serie de 12 questões, seguindo as
respostas obtidas.
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82
Na décima primeira pergunta, quando questionados se os meios de comunicação que usam
influenciam na decisão de compra de um produto,têm-se as seguintes respostas demonstradas
no gráfico 11:
Gráfico 11- Meios de comunicação influenciam na compra (Feminino)
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação ao gráfico 11, tem-se a seguinte configuração: 48% concordam parcialmente,
24% não concordam e nem discordam, 12% discordam parcialmente, 11% concordam
plenamente e 5% discordam plenamente.
Conclui-se que a maioria dos respondentes
concordam parcialmente que são influenciados pelos meios de comunicação.
Tal questionamento deu-se ao fato de que no quesito comunicação o grande desafio quando se
trata de comunicar as ações dos programas de responsabilidade social corporativa torna-se
complexo na medida em que diferentes stakeholders possuem expectativas distintas,
necessitam de informações variadas, e principalmente não respondem da mesma maneira aos
diversos canais de comunicação disponíveis. (DAWKINS, 2004 apud VIEIRA, et al, 2007).
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83
Quando questionados, se as empresas das quais compram produtos, desenvolvem condições
sociais para conservar ou aumentar o bem-estar dos consumidores, tem-se as informações
como segue no gráfico 12:
Gráfico 12- Empresas onde compro desenvolvem o bem estar dos consumidores. (Masculino).
Fonte: Dados primários (2009).
Observa-se no gráfico 12, que 45% concordam parcialmente, 23% não concordam nem
discordam, 18% concordam plenamente, 11% discordam parcialmente e 3% discordam
plenamente.
Este quesito é importante, pois Pringle e Thompson (2000, p.3) afirmam que “o MCS é uma
forma efetiva de melhorar a imagem corporativa, diferenciando produtos e aumentando tanto
as vendas quanto a fidelidade”.
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84
Na décima terceira questão, perguntou-se aos respondentes se eles julgam importante que as
empresas que contribuem para com a sociedade e o meio ambiente, divulguem suas ações
através dos meios de comunicação, seguindo assim as conclusões conforme gráfico 13:
Gráfico 13- Empresas com responsabilidade social devem divulgar suas ações nos meios de comunicação
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação ao gráfico 13, tem-se o seguinte, 60% concordam plenamente, 23% concordam
parcialmente, 13% nem concordam nem discordam, 2% discordam parcialmente e 2%
discordam plenamente. Conclui-se que a maioria dos respondentes ou concordam plenamente
ou concordam parcialmente com que as empresas divulguem suas praticas de
responsabilidade social. Confirma-se assim que o desenvolvimento de estratégia de
comunicação clara, com campanhas de comunicação que possuam mensagens, estilos e canais
convenientes para cada público de stakeholders, é uma vantagem competitiva (DAWKINS,
2004 apud VIEIRA, et al, 2007).
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85
Quando questionado aos respondentes se estes preferem comprar produtos mais baratos a
aqueles produtos mais caros, mesmo que estes favoreçam a sociedade e/ou a natureza, tem-se
as informações como segue no gráfico 14:
Gráfico 14- Prefere comprar produtos mais baratos, mesmo que não favoreçam a sociedade ou o meio ambiente
Fonte: Dados primários (2009).
Observa-se no gráfico 14, que 36% concordam parcialmente, 26% discordam parcialmente,
17% nem concordam nem discordam, 12% discordam plenamente e 9% concordam
plenamente. Conclui-se que 45% dos pesquisados estão entre aqueles que concordam
parcialmente ou concordam plenamente que optam por comprar produtos mais baratos e 38%
afirmam que não é o preço o propulsor de suas escolhas no momento da compra. Resultados
este obtidos, semelhantes aos da pesquisa realizada pelo Quorum Brasil, no mês de setembro
de 2008 na cidade de São Paulo, apresentada no Guia Exame de Sustentabilidade de 2008,
onde revelou que 70% dos entrevistados desistem de comprar produtos com selo ambiental
caso eles custem mais do que similares sem a certificação verde.
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86
Na décima quinta questão, onde se perguntou aos pesquisados, se estes sempre que possível
compram produtos de empresas que atuam com responsabilidade social, obtiveram-se os
seguintes resultados, conforme gráfico 15:
Gráfico 15- Quando possível compro produtos de empresas com responsabilidade social.
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação ao gráfico 15, tem- se que 45% concordam parcialmente, 26% concordam
plenamente, 16% nem concordam nem discordam, 11% discordam parcialmente e 2%
discordam plenamente. Sendo que a maioria representando 71% dos respondentes concordam
parcialmente ou plenamente que sempre que possível compram produtos de empresas com
responsabilidade social. Tal quesito é abordado por Smith e Alcorn (1991) que adicionam que
o marketing social corporativo combina os elementos do marketing tradicional com conceitos
estabelecidos pela responsabilidade social corporativa, já que em sua estratégia estão
presentes, simultaneamente, o senso de responsabilidade social e a busca pela satisfação dos
stakeholders.
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87
Na décima sexta questão, solicitou-se que fosse assinalado de um a dez, sendo dez a nota mais
alta, o comprometimento com a compra de produtos que causam o mínimo prejuízo ao meio
ambiente e a sociedade, sendo que apresenta-se os resultados no gráfico 16.
Gráfico 16- Nível de comprometimento na compra de produtos que não causam danos a sociedade ou meio
ambiente.
Fonte: Dados primários (2009).
Observa-se no gráfico 16, que os pesquisados deram as seguintes notas: 46% de 7 a 8, 35% de
5 a 6, 11% de 9 a 10, 7% de 3 a 4 e 1% de 1 a 2. Conclui-se que a maioria dos pesquisados,
considerou-se num nível de 7 a 8 comprometido com a compra de produtos que não causam
danos a sociedade e ao meio ambiente.
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88
A fim de se confirmar as respostas obtidas na décima quarta questão, questionou-se aos
pesquisados se estes dão mais preferência aos produtos de empresas que praticam
responsabilidade social do que os de preços baixos, seguindo as respostas, conforme gráfico
17.
Gráfico 17- Preferência a produtos de empresas com responsabilidade social ,do que as com menor preço.
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se que no gráfico 17, 42% concordam parcialmente, 23% nem concordam nem
discordam, 14% concordam plenamente, 17% discordam parcialmente e 4% discordam
plenamente. Observa-se que a maioria, sendo representada por 42% concordam parcialmente
que dão mais preferência por produtos de empresas que praticam a responsabilidade social do
que aquelas de preço baixo, gerando assim um conflito com a questão 14, onde 45% disseram
preferir produtos mais baratos.
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89
Na décima oitava questão, perguntou-se aos respondentes se as empresas que atuam com
responsabilidade social possuem produtos diferenciados conquistando novos consumidores,
sendo apresentado no gráfico 18.
Gráfico 18- Empresas que atuam com RS possuem produtos diferenciados conquistando novos consumidores.
Fonte: Dados primários (2009).
O gráfico 18, apresenta que 45% concordam parcialmente, 30% concordam plenamente, 18%
nem concordam nem discordam, 5% discordam parcialmente e 2% discordam plenamente.
Observa-se que 75% acreditam que as empresas que atuam com responsabilidade social
possuem produtos diferenciados conquistando assim novos consumidores. Vale ressaltar que
segundo, Czinkota et al (2001), o produto é um conjunto de atributos, funções e benefícios.
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90
Questionou-se aos respondentes se estes se consideram fieis aos produtos de empresas que
contribuem de alguma forma com a sociedade e com o meio ambiente, seguindo representado
abaixo às conclusões:
Gráfico 19- Sou fiel com as empresas que contribuem com a sociedade e o meio ambiente
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação ao gráfico 19, quanto à fidelidade, 37% concordam parcialmente, 14%
concordam plenamente, 17% nem concordam nem discordam, 28% discordam parcialmente e
4% discordam plenamente. Conclui-se que a maioria dos respondentes são fieis as empresas
que contribuem para com a sociedade e o meio ambiente, ressaltando assim o que Pringle e
Thompson (2000) afirmam que o MCS é uma forma efetiva de melhorar a imagem
corporativa, diferenciando produtos e aumentando tanto as vendas quanto a fidelidade.
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91
Na vigésima questão, onde perguntou-se se independente do preço os respondentes
consideram muito as marcas de produtos que estão ligadas as causas sociais, apresenta-se no
gráfico 20 as seguintes conclusões:
Gráfico 20- Independente do preço considera marcas ligadas a causas sociais
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se no gráfico 20, que 33% concordam parcialmente, 14% concordam plenamente, 17%
nem concordam nem discordam, 32% discordam parcialmente e 4% discordam plenamente.
Observa-se que 47% então entre os que concordam parcialmente ou plenamente que
independente do preço consideram muito as marcas de produtos que estão ligadas as causas
sociais, informação esta que coincide com a questão 17 onde 42% disseram concordar
parcialmente que dão mais preferência por produtos de empresas que praticam a
responsabilidade social do que aquelas de preço baixo.
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92
Continuando a análise, quando questionados se acreditam que as empresas que dizem ajudar
o ambiente e a sociedade realmente ajudam, os pesquisados responderam conforme segue no
gráfico 21:
Gráfico 21- Acredito que empresas que dizem ajudar o meio ambiente realmente o fazem
Fonte: Dados primários (2009).
Referente ao gráfico 21, 43% concordam parcialmente, 27% concordam plenamente, 18%
nem concordam nem discordam, 8% discordam parcialmente e 4% discordam plenamente.
Salienta-se que a maioria dos respondentes acredita que as empresas que dizem ajudar o meio
ambiente realmente o fazem, sendo que essas atitudes precisam também perdurar em longo
prazo, pois somente assim poderão superar o ceticismo e a desconfiança do consumidor
(WEBB; MOHR, 1998).
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93
Na vigésima segunda questão, onde perguntou-se se as empresas que aplicam ações de
responsabilidade social possuem mais vantagens que as empresas que não aplicam, tem-se no
gráfico 22 as conclusões:
Gráfico 22- Empresas que aplicam ações de RS possuem mais vantagens competitivas em relação às outras.
Fonte: Dados primários (2009).
Observa-se no gráfico 22, que 38% concordam parcialmente, 35% concordam plenamente,
16% nem concordam nem discordam, 6% discordam parcialmente e 5% discordam
plenamente. Conclui-se que 73% estão entre os que concordam parcialmente ou plenamente
que as empresas que aplicam ações de responsabilidade social possuem mais vantagens em
relação às outras.
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94
Pois como afirmam Pringle e Thompson (2000), a vantagem competitiva pode ser obtida
através de ações de responsabilidade social que beneficiem o ambiente e a coletividade com a
qual se relaciona.
Em suma, com o intuito de destacar as razões que levam os consumidores a serem
influenciados ou não por ações de marketing societal de empresas brasileiras, apresentaram-se
os resultados obtidos por meio de uma serie de doze questões, propiciando assim inúmeras
conclusões como a de que a maioria dos respondentes considera-se influenciados pelos meios
de comunicação, observou-se ainda que 45% dos respondentes dizem comprar produtos de
empresas que desenvolvem condições sociais para conservar ou aumentar o bem-estar dos
consumidores, sendo que a maioria julga importante que as empresas que contribuem para
com a sociedade e o meio ambiente, divulguem suas ações através dos meios de comunicação.
Salienta-se ainda que houvesse um conflito entre as respostas obtidas nas questões décima
quarta e na décima sétima, onde a base do questionamento foi o preço baixo, sendo que na
décima quarta os respondentes em sua maioria disseram preferir produtos de preços baixos
dos que aqueles que contribuem de alguma forma para com a sociedade e o meio ambiente, já
na décima sétima os respondentes representados por 42% disseram concordar que dão mais
preferência por produtos de empresas que praticam a responsabilidade social do que aquelas
de preço baixo. Outra observação resultante foi a de que 71% dos questionados concordaram
de que sempre que possível compram produtos de empresas que atuam com responsabilidade
social. Conclui-se que a maioria dos consumidores respondentes desta pesquisa quando
possível, ou seja, quando tem a opção de escolha ou quando bem informados, optam por
produtos de empresas que conduzem suas ações para o bem estar da sociedade e do meio
ambiente.
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95
A fim de ilustrar tais resultados, apresenta-se no quadro 3, o resumo dos resultados, conforme
segue:
Questão
11. Os meios de comunicação que uso,
influencia na minha decisão de compra
de um produto:
12. As empresas das quais compro
produtos, desenvolvem condições
sociais para conservar ou aumentar o
bem-estar dos consumidores:
13. Julgo importante que as empresas
que contribuem para com a sociedade e
o meio ambiente divulguem suas ações
através dos meios de comunicação:
14. Prefiro comprar produtos mais
baratos do que aqueles produtos mais
caros, mesmo que este favoreçam a
sociedade e/ou a natureza:
15. Sempre que posso compro
produtos de empresas que atuam com
responsabilidade social:
17. Dou mais preferência aos produtos
de
empresas
que
praticam
responsabilidade social do que os de
preços baixos:
18. As empresas que atuam com
responsabilidade
social
possuem
produtos diferenciados conquistando
novos consumidores:
19. Eu sou fiel aos produtos de
empresas que contribuem de alguma
forma coma sociedade e com o meio
ambiente:
20. Independente do preço eu
considero muito as marcas de produtos
que estão ligadas as causas sociais:
21. Eu acredito que as empresas que
dizem ajudar o ambiente e a sociedade
realmente ajudam:
22. As empresas que aplicam ações de
responsabilidade social possuem mais
vantagens que as empresas que não:
CP
CPL
NC-ND
DP
DPL
48%
11%
24%
12%
5%
45%
18%
23%
11%
3%
23%
60%
13%
2%
2%
36%
9%
17%
26%
12%
45%
26%
16%
11%
2%
42%
14%
23%
17%
4%
45%
30%
18%
5%
2%
37%
14%
17%
28%
4%
33%
14%
17%
32%
4%
43%
27%
18%
8%
4%
38%
35%
16%
6%
5%
Observa-se no quadro 3, a demonstração dos resultados obtidos nesta etapa da pesquisa,
reforçando assim a conclusão de que a maioria dos respondentes opta por produtos de
empresas que contribuam com a sociedade e com o meio ambiente.
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96
4.4 Comparação do grupo de consumidores influenciados por ações de
marketing societal com o grupo de consumidores não influenciados por estas
ações.
Neste tópico são apresentadas as comparações dos grupos de consumidores influenciados por
ações de marketing societal com o grupo de consumidores não influenciados por estas ações,
sendo que para o alcance de tais conclusões relacionaram-se as seguintes questões: a primeira
questão referente ao sexo, à quinta questão referente à escolaridade e a oitava relativa à renda
com as respectivas questões: Décima primeira: Os meios de comunicação que uso,
influenciam na minha decisão de compra de um produto; Décima segunda: As empresas das
quais compro produtos, desenvolvem condições sociais para conservar ou aumentar o bemestar dos consumidores; Décima terceira: Julgo importante que as empresas que contribuem
para com a sociedade e o meio ambiente, divulguem suas ações através dos meios de
comunicação; Décima quinta: Sempre que posso compro produtos de empresas que atuam
com responsabilidade social; Décima sétima: Dou mais preferência aos produtos de empresas
que praticam responsabilidade social do que os de preços baixos; Décima nona: Eu sou fiel
aos produtos de empresas que contribuem de alguma forma coma sociedade e com o meio
ambiente; Vigésima primeira: Eu acredito que as empresas que dizem ajudar o ambiente e a
sociedade realmente ajudam.
As escolhas das questões que referem-se à escolaridade e a renda foram baseadas na
afirmação feita por Churchill e Peter (2003), onde estes colocam que as segmentações por
renda e instrução são utilizadas para determinar quais consumidores mais provavelmente
responderam a uma determinada combinação que vai do preço até a qualidade.
Já a questão que aborda o sexo dos pesquisados optou-se por relacioná-la com as demais
devido ao fato de que homens e mulheres costumam ter orientações atitudinais e
comportamentais diferentes (KOTLER, KELLER 2006). Seguindo abaixo a apresentação
destas correlações:
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97
Na décima primeira pergunta, quando questionados se os meios de comunicação que usam
influenciam na decisão de compra de um produto,têm-se as seguintes respostas correlacionadas com a
primeira questão que refere-se ao sexo, demonstradas a seguir:
Gráfico 23- Meios de comunicação influenciam na compra (feminino)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 23, com relação ao publico feminino percebe-se que a metade das pesquisadas
representando 50% concordam parcialmente que os meios de comunicação influenciam na
compra, 24% nem concordam nem discordam, 12% discordam parcialmente, 8% concordam
plenamente e 6% discordam plenamente. Observa-se que a maioria do publico feminino
consideram-se influenciadas pelos meios de comunicação no momento de decisão de compra
e que apenas 18% delas não são influenciadas pelos meios de comunicação.
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98
No mesmo contexto, apresentam-se os resultados obtidos na décima primeira questão com os
consumidores do sexo masculino, conforme segue:
Gráfico 24- Meios de comunicação influenciam na compra (masculino)
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se representado no gráfico 24, que 44% dos homens concordam parcialmente, 23% nem
concordam nem discordam, 18% concordam plenamente, 11% discordam parcialmente e 4%
discordam plenamente. Percebe-se que a maioria dos respondentes do sexo masculino
concorda que são influenciados pelos meios de comunicação, porém ao fazer uma
comparação entre homens e mulheres conclui-se que o número de mulheres que se
consideram influenciadas pelos meios de comunicação são maiores. Sendo relevante esta
informação para auxiliar as empresas na segmentação de mercado que é à base de toda a
estratégia de marketing (VEIGA NETO2007).
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99
Ainda na décima primeira questão, apresenta-se os resultados obtidos correlacionando a
escolaridade daqueles que consideram-se influenciados ou não pelos meios de comunicação,
conforme segue:
Gráfico 25- Meios de comunicação influenciam na compra (ensino fundamental a médio incompleto).
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 25, apresentam-se os resultados com relação aos que tem do ensino fundamental
ao médio incompleto, sendo que dentre aqueles que estão neste grau de instrução, 38%
concordam, 36% nem concordam nem discordam e 26% discordam. Conclui-se que a maioria
concorda que é influenciado pelos meios de comunicação.
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100
Na mesma conjuntura, têm-se as conclusões com relação aos que tem escolaridade entre o
ensino médio e a especialização, demonstrado abaixo.
Gráfico 26- Meios de comunicação influenciam na compra (ensino médio a especialização).
Fonte: Dados primários (2009).
Observa-se no gráfico 26, que entre aqueles que possuem grau de instrução do ensino médio a
especialização 62% concordam que são influenciados pelos meios de comunicação, 22% nem
concordam nem discordam e 16% discordam desta influencia.
Ao comparar aqueles que têm grau de instrução do ensino fundamental ao médio incompleto
com os de ensino médio a especialização, percebe-se que segundo as respostas obtidas
durante a pesquisa estes últimos sofrem maiores influencias dos meios de comunicação, o que
gera um conflito com outros estudos já desenvolvidos acerca do tema, que trazem que quanto
menor o nível de instrução maior a influencia causada pelos meios de comunicação. Acreditase que o motivo que levou a estas respostas foi forma com que se abordaram os respondentes,
ou seja, faltando assim uma investigação mais aprofundada. (CHURCHILL; PETER, 2003).
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101
Correlacionando a renda dos pesquisados com a influência causada pelos meios de
comunicação, tem-se que:
Gráfico 27- Meios de comunicação influenciam na compra (renda até R$ 1.800,00).
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 27, observa-se que 54% dos que tem renda até R$ 1.800,00 concordam que sofrem
influencias dos meios de comunicação, 26% discordam e 20% nem concordam nem
discordam.
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102
Já com relação aos que tem renda acima de R$ 1.800,00, segue abaixo as conclusões:
Gráfico 28- Meios de comunicação influenciam na compra (renda acima de R$ 1.800,00).
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se no gráfico 28 a demonstração da influencia que os meios de comunicação exercem
sobre aqueles que possuem renda acima de R$ 1.800,00, observando-se assim que 67%
concordam serem influenciados, 18% discordam e 15% nem concordam nem discordam.
Conclui-se que os que possuem renda maior são mais influenciados dos que aqueles de menor
renda, sendo importante salientar que a segmentação por renda é uma pratica utilizada por
diversas categorias de produtos e serviços (COBRA, 1997).
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103
Na décima segunda pergunta, quando questionados se as empresas das quais compram
produtos desenvolvem condições sociais para conservar ou aumentar o bem-estar dos
consumidores, têm-se as seguintes respostas correlacionadas com a primeira questão que se
refere ao sexo, conforme segue:
Gráfico 29- Empresas onde compro desenvolvem o bem estar dos consumidores (feminino)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 29, 46% das mulheres concordam parcialmente que as empresas das quais
compram produtos desenvolvem o bem estar dos consumidores, 23% nem concordam nem
discordam, 19% concordam plenamente, 10% discordam parcialmente e 2% discordam
plenamente. Nota-se que um percentual alto de consumidores do sexo feminino compram
produtos de empresas que desenvolvem condições sociais e que apenas 12% discordam com
relação a isto.
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104
Dando ênfase a opinião dos respondentes do sexo masculino, segue abaixo gráfico.
Gráfico 30- Empresas onde compro desenvolvem o bem estar dos consumidores (masculino)
Fonte: Dados primários (2009).
Referente ao gráfico 30 percebe-se que do publico masculino, 45% concordam parcialmente,
23% nem concordam nem discordam, 15% concordam plenamente, 13% discordam
parcialmente e 4% discordam plenamente. Conclui-se que os respondentes do sexo masculino
têm opiniões semelhantes ao das mulheres, onde ambos têm como predominância a
concordância de que as empresas das quais compram produtos desenvolvem condições sociais
a fim de preservar o bem estar dos consumidores. Ressalta-se que ao desenvolverem estas
condições a empresa tende a melhorar a imagem, diferenciando assim seus produtos ou
serviços (Pringle e Thompson, 2000).
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105
Abordando-se a correlação entre a décima segunda questão e a escolaridade, tem-se a seguir
as devidas considerações.
Gráfico 31- Empresas onde compro desenvolvem o bem estar dos consumidores (ensino fundamental a médio
incompleto)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 31, conclui-se que 46% daqueles que tem entre o ensino fundamental ao médio
incompleto nem concorda nem discorda do questionamento, 44% concordam que as empresas
das quais compram produtos desenvolvem o bem estar dos consumidores e 10% discordam
disto.
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106
No mesmo contexto, tem-se a opinião daqueles que tem grau de instrução entre o médio
completo a especialização, seguindo.
Gráfico 32- Empresas onde compro desenvolvem o bem estar dos consumidores (ensino médio a especialização)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 32, que demonstra a opinião daqueles com grau de instrução do médio completo a
especialização, que 66% concordam 21% nem concordam nem discordam e 13% discordam,
representando assim que dos pesquisados os que têm maior nível de instrução concordam que
compram produtos de empresas que desenvolvem condições sociais para o bem estar dos
consumidores. Sendo que a segmentação por instrução é utilizada para determinar quais
consumidores
mais
provavelmente
responderam
a
uma
determinada
combinação
(CHURCHILL; PETER, 2003).
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107
Relacionando-se a renda dos pesquisados com a décima segunda questão, tem-se a seguinte
configuração:
Gráfico 33- Empresas onde compro desenvolvem o bem estar dos consumidores (renda até R$ 1.800,00).
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 33, onde se demonstra a opinião dos pesquisados que possuem renda até R$
1.800,00, observa-se que 63% afirmam concordar, 25% nem concordam nem discordam e
12% discordam, demonstrando assim que a maioria daqueles com esta faixa salarial compram
produtos de empresas que desenvolvem o bem estar dos consumidores.
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108
Já com relação aqueles cuja renda ultrapassa o valor de R$ 1.800,00, segue demonstrado no
gráfico 34.
Gráfico 34- Empresas onde compro desenvolvem o bem estar dos consumidores (renda acima de R$ 1.800,00)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 34, onde o publico pesquisado possui renda superior a R$ 1.800,00, conclui-se que
a maioria sendo representada por 68% concordam, 17% discordam e 15% nem concordam
nem discordam. Vale salientar que dos pesquisados cuja renda é mais elevada maior é a
tendência de comprar produtos de empresas que desenvolvam o bem estar dos consumidores.
Sendo que a renda fator relevante para a classificação quanto à classe social, é caracterizada
como um fator cultural que por sua vez exercem a maior e mais profunda influencia sobre o
comportamento de compra (KOTLER; KELLER, 2006).
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109
Quando questionados aos respondentes na décima terceira questão, se estes julgam importante
que as empresas que contribuem para com a sociedade e o meio ambiente, divulguem suas
ações através dos meios de comunicação, tem-se que correlacionada com a primeira questão
referente ao sexo, seguindo os resultados obtidos:
Quando questionados aos respondentes na décima terceira questão, se estes julgam importante
que as empresas que contribuem para com a sociedade e o meio ambiente, divulguem suas
ações através dos meios de comunicação, tem-se que correlacionada com a primeira questão
referente ao sexo, seguindo os resultados obtidos:
Gráfico 35- Empresas com Responsabilidade Social devem divulgar suas ações nos meios de comunicação
(feminino).
Fonte: Dados primários (2009).
Observa-se no gráfico 35, que 62% das respondentes julgam importante que as empresas que
praticam ações de responsabilidade social divulguem estas praticas nos meios de
comunicação, 23% concordam parcialmente, 11% nem concordam nem discordam, 3%
discordam parcialmente e 1% discorda plenamente. No mesmo contexto ressalta-se que
Crocco et al (2006), julga importante o esforço de comunicação para o reconhecimento do
produto por parte do mercado-alvo.
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110
Na mesma questão, demonstram-se os resultados obtidos com relação à opinião masculina, como
segue:
Gráfico 36- Empresas com Responsabilidade Social devem divulgar suas ações nos meios de comunicação
(masculino).
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se no gráfico 36, que 55% dos respondentes julgam importante a divulgação destas
ações através dos meios de comunicação, 22% concordam parcialmente, 18% nem concordam
nem discordam, 3% discordam parcialmente e 2% discordam plenamente. Percebe-se que
comparando o grupo feminino ao masculino, as mulheres em sua maioria são mais favoráveis
a divulgação destas ações nos meios de comunicação, opinião esta que relacionada com a
décima primeira questão, onde 50% das mulheres se dizem influenciadas pelos meios de
comunicação, torna-se uma informação relevante para as empresas que procuram segmentar o
mercado de forma demográfica utilizando como base o sexo.
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111
No mesmo contexto, apresentam-se os resultados obtidos da décima terceira questão
correlacionando-a com a escolaridade dos respondentes, seguindo abaixo ilustrado:
Gráfico 37- Empresas com Responsabilidade Social devem divulgar suas ações nos meios de comunicação
(ensino fundamental à médio incompleto).
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se representado no gráfico 37, 71% daqueles que tem entre o ensino fundamental à
médio incompleto concordam com a divulgação das ações de responsabilidade social nos
meios de comunicação, enquanto 22% nem concordam nem discordam com esta divulgação e
7% discordam.
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112
Dando ênfase à opinião daqueles que tem grau de instrução entre o médio completo a
especialização, segue apresentação dos resultados:
Gráfico 38- Empresas com Responsabilidade Social devem divulgar suas ações nos meios de comunicação
(ensino médio a especialização).
Fonte: Dados primários (2009).
Conforme o gráfico 38 observa-se que 84% daqueles que tem entre o ensino médio completo
à especialização concordam que empresas que praticam ações de responsabilidade social
divulguem estas através dos meios de comunicação, 12% nem concordam discordam e 4%
discordam. Conclui-se que quanto maior o nível de escolaridade mais os respondentes são
favoráveis a divulgação através dos meios de comunicação, isto é comprovado com os
resultados obtidos no gráfico 26, onde aqueles que têm maior nível de instrução consideramse influenciados pelos meios de comunicação que por sua vez é a transmissão de uma
mensagem de um emissor para um receptor, de modo que ambos entendam da mesma
maneira, sendo que este pode ser feito por meio de propaganda, publicidade, venda pessoal e
promoção de vendas (CHURCHILL; PETER, 2003).
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113
Já correlacionando a renda dos respondentes com a décima terceira questão, tem-se a seguinte
configuração dos respondentes:
Gráfico 39- Empresas com Responsabilidade Social devem divulgar suas ações nos meios de comunicação
(renda até R$ 1.800,00).
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação aos resultados demonstrados no gráfico 39, observa-se que 82% daqueles com
renda até R$ 1.800,00 concordam, 14% nem concordam nem discordam e 4% discordam.
Chega-se a conclusão que a maioria dos respondentes com renda até R$ 1.800,00 julgam
importante que as empresas que praticam ações de responsabilidade social divulguem estas
ações nos meios de comunicação.
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114
Abordando-se os resultados obtidos com aqueles que possuem renda acima de R$ 1.800,00,
demonstram-se os resultados a seguir:
Gráfico 40- Empresas com Responsabilidade Social devem divulgar suas ações nos meios de comunicação
(renda acima R$ 1.800,00).
Fonte: Dados primários (2009).
Conclui-se que 89% concordam 7% nem concordam nem discordam e 4% discordam, ou seja,
a maioria dos respondentes que possuem renda acima de R$ 1.800,00 concordam com a
divulgação das ações de responsabilidade social através dos meios de comunicação. Percebese assim que dos pesquisados aqueles com maior poder aquisitivo tendem a concordar com a
divulgação das ações de responsabilidade social nos meios de comunicação, pois esta facilita
o desenvolvimento de estratégia de comunicação clara, com campanhas de comunicação que
possuam mensagens, estilos e canais convenientes para cada público de stakeholders, é uma
vantagem competitiva (DAWKINS, 2004 apud VIEIRA, et al, 2007).
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115
Na décima quinta pergunta, quando questionados se quando possível compram produtos de
empresas que atuam com responsabilidade social ,têm-se as seguintes respostas
correlacionadas com a primeira questão que refere-se ao sexo, demonstradas a seguir:
Gráfico 41- Quando possível compro produtos de empresas com responsabilidade social (feminino)
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se no gráfico 41 a opinião do sexo feminino, sendo que 47% das respondentes
concordam parcialmente, 26%concordam plenamente, 16% nem concordam nem discordam,
10% discordam parcialmente e 1% discorda plenamente. Conclui-se que 73% estão entre
aquelas que concordam parcialmente ou plenamente que sempre que possível compram
produtos de empresas com responsabilidade social e apenas 11% discordam, ou seja, não
compram produtos de empresas com responsabilidade social.
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116
Apresentam-se a seguir os resultados obtidos com o publico masculino.
Gráfico 42- Quando possível compro produtos de empresas com responsabilidade social (masculino)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 42 referente à opinião masculina observa-se que 41% concordam parcialmente,
25% concordam plenamente, 18% nem concordam nem discordam, 12% discordam
parcialmente e 4% discordam plenamente. Tem-se que comparado com a opinião do sexo
feminino estas em sua maioria, ou seja, 73% concordam que sempre que possível compram
produtos de empresas com responsabilidade social, e neste quesito os homens que concordam
com tal afirmação correspondem a 66%.
Tal quesito é abordado por Smith e Alcorn (1991) que adicionam que o marketing social
corporativo combina os elementos do marketing tradicional com conceitos estabelecidos pela
responsabilidade
social
corporativa,
já
que
em
sua
estratégia
estão
presentes,
simultaneamente, o senso de responsabilidade social e a busca pela satisfação dos
stakeholders.
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117
Na mesma conjuntura, apresentam-se os resultados obtidos da décima quinta questão
correlacionando-a com a escolaridade dos respondentes, seguindo abaixo ilustrado:
Gráfico 43- Quando possível compro produtos de empresas com responsabilidade social (ensino fundamental à
médio incompleto)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 43 tem-se a correlação da décima quinta questão com o grau de escolaridade,
sendo que 63% daqueles que tem entre o ensino fundamental ao médio incompleto concordam
que quando possível compram produtos de empresas que praticam ações de responsabilidade
social, 29% nem concordam nem discordam, 8% discordam com tal afirmação.
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No mesmo contexto apresentam-se os resultados obtidos com aqueles que possuem um nível
de escolaridade do ensino médio completo a especialização, seguindo:
Gráfico 44- Quando possível compro produtos de empresas com responsabilidade social (ensino médio completo
à especialização)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 44 que refere-se a opinião daqueles que tem entre o ensino médio completo à
especialização, observa-se que 73% concordam 15% nem concordam nem discordam e 12%
discordam. Ao comprarmos aqueles com instrução entre o ensino fundamental ao médio
incompleto com o grupo dos com instrução do ensino médio completo à especialização,
conclui-se que quando maior o nível de instrução mais estes dizem comprar produtos de
empresas que praticam a responsabilidade social, deixando claro que estes são mais
favoráveis a este tipo de produto.
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119
No mesmo quesito aborda-se a correlação que se faz entre a renda dos respondentes com a
opinião destes ao fato de que quando possível preferem comprar produtos de empresas com
responsabilidade social, seguindo as informações obtidas:
Gráfico 45- Quando possível compro produtos de empresas com responsabilidade social (renda até R$ 1.800,00)
Fonte: Dados primários (2009).
Apresenta-se no gráfico 45 a opinião daqueles que possuem renda até R$ 1.800,00, sendo que
70% concordam 17% nem concordam nem discordam e 13% discordam, ou seja, observa-se
que a maioria sempre que possível preferem comprar produtos de empresas que atuam com
responsabilidade social e que 13% destes discordam, não dando preferência por comprar
produtos destas empresas.
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120
Daqueles com renda superior a R$ 1.800,00, tem-se os seguintes resultados:
Gráfico 46- Quando possível compro produtos de empresas com responsabilidade social (renda acima de
R$ 1.800,00)
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se no gráfico 46 a seguinte configuração dos que possuem renda acima de R$ 1.800,00,
sendo que 77% concordam 15% nem concordam nem discordam e 8% discordam. Observa-se
que os que possuem uma renda superior dão mais preferência por produtos de empresas que
praticam responsabilidade social daqueles com renda inferior, isto relaciona-se ao fato destes
por sua condição social preferirem produtos mais baratos.
É importante ressaltar que segundo Sant’Anna (1989), para que um consumidor tome a
decisão de compra é preciso que na sua mente se desenvolvam os seguintes estados:
existência de uma necessidade, consciência desta necessidade, conhecimento do objeto que a
pode satisfazer, desejo de satisfazê-la e decisão por determinado produto.
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121
Com relação à décima sétima pergunta, onde aborda-se a seguinte questão “dou mais
preferência aos produtos de empresas que praticam responsabilidade social do que os de
preços baixos” têm-se a seguinte configuração com relação ao sexo dos respondentes:
Gráfico 47- Preferência a produtos de empresas com responsabilidade social que as que têm menor preço
(feminino).
Fonte: Dados primários (2009).
Observa-se no gráfico 47, referente à opinião do sexo feminino, que 44% concordam
parcialmente, 23% nem concordam nem discordam, 18% discordam parcialmente, 12%
concordam plenamente e 3% discordam plenamente. Sendo que estas têm opiniões bem
distintas entre si, ficando claro que 56% concordam que preferem produtos de empresas que
atuam com responsabilidade social do que as que têm menor preço, e 21% discordam desta
afirmação, sendo que 18% preferiram não opinar com relação a esta abordagem.
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122
Seguindo o mesmo contexto, tem-se a opinião do sexo masculino.
Gráfico 48- Preferência a produtos de empresas com responsabilidade social que as que têm menor preço
(masculino).
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 48, tem-se a opinião do sexo masculino, onde 36% concordam parcialmente, 25%
nem concordam nem discordam, 18% concordam plenamente, 14% discordam parcialmente e
7% discordam plenamente. Conclui-se que 54% dos respondentes dizem preferir comprar
produtos de empresas que atuam com responsabilidade social do que aos de preço baixo e
21% discordam, deixando em evidencia que não dão preferência por estes produtos.
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123
Relacionando-se a questão décima sétima ao perfil de escolaridade dos respondentes, tem-se
apresentado pelo gráfico abaixo:
Gráfico 49- Preferência a produtos de empresas com responsabilidade social que as que têm menor preço
(ensino fundamental à médio incompleto).
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 49, tem-se que 46% daqueles com grau de instrução entre o fundamental completo
ao médio incompleto concordam, 27% nem concordam nem discordam e 27% discordam com
relação à preferência por produtos de empresas que atuam com responsabilidade social do que
as de preços menores, deixando claro que preferem os produtos de preço menos.
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124
Apresenta-se a opinião daqueles com grau de instrução entre o ensino médio completo à
especialização, sendo ilustrada abaixo esta configuração.
Gráfico 50- Preferência a produtos de empresas com responsabilidade social que as que têm menor preço (ensino
médio à especialização).
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 50, percebe-se que 57% daqueles com escolaridade entre o ensino médio à
especialização concordam que preferem compram prontos de empresas que atuam com
responsabilidade social do que aos de menor preço, 23% nem concordam nem discordam e
20% discordam desta afirmação. Conclui-se que aqueles com maior nível de escolaridade são
os que preferem produtos de empresas que atuam com responsabilidade social e aqueles que
dão preferência ao preço tem-se 27% com grau de instrução entre o ensino fundamental ao
médio incompleto e 20% entre o médio completo a especialização. Ou seja, quanto mais
elevado o nível de instrução maior a preferência por estes tipos de produtos, e quanto menor o
grau de instrução maior a preferência por preço reduzido.
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125
No mesmo contexto, correlaciona-se a renda dos respondentes com sua preferência por
produtos de empresas com responsabilidade social ou as de empresas de menor preço,
seguindo ilustrado o gráfico.
Gráfico 51- Preferência a produtos de empresas com responsabilidade social que as que têm menor preço (renda
até R$ 1.800,00).
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 51, tem-se que daqueles com renda até R$ 1.800,00, 52% concordam que preferem
produtos de empresas com responsabilidade social do que aqueles de preço baixo, 26% nem
concordam nem discordam e 22% discordam deixando claro sua preferência por preço. Vale
salientar que segundo Crocco et al (2006, p.150), este define preço como “componente
fundamental na avaliação do custo envolvido na troca pelo comprador-alvo”.
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126
Já aqueles que possuem renda acima de R$ 1.800,00, tem-se que:
Gráfico 52- Preferência a produtos de empresas com responsabilidade social que as que tem menor preço ( renda
acima R$ 1.800,00).
Fonte: Dados primários (2009).
Com relação ao gráfico 52, observa-se que 70% dos que tem renda acima de R$ 1.800,00
concordam que preferem produtos de empresas que atuam com responsabilidade social dos
que têm menor preço, 15% nem concordam nem discordam e 15% discordam. Ao
relacionamos a opinião daqueles de renda até R$ 1.800,00 com os de renda superior a R$
1.800,00, conclui-se que aqueles com maior poder aquisitivo dão mais preferência aos
produtos de empresas com responsabilidade social, deixando assim os produtos de preços
baixos sem muito prestigio. Sendo relevante a percepção das empresas de que as condições
econômicas afetam significativamente na escolha de um determinado produto ou serviço,
estando estritamente relacionadas com a renda disponível, poupança e patrimônio, dívidas,
condições de credito e atitude em relação às despesas versus poupança, afetando assim
diretamente as escolhas dos produtos (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000).
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127
Na décima nona questão, quanto à fidelidade aos produtos de empresas que contribuem de
alguma forma coma sociedade e com o meio ambiente, tem-se correlacionada esta questão
com o sexo dos respondentes, sendo apresentadas a seguir as devidas analises.
Gráfico 53- Sou fiel com empresas que contribuem com a sociedade e o meio ambiente (feminino)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 53, que refere-se à fidelidade dos respondentes com empresas que contribuem com
a sociedade e o meio ambiente, tem-se a opinião do sexo feminino, onde 39% concordam
parcialmente, 13% concordam plenamente, 16% nem concordam nem discordam, 30%
discordam parcialmente e 2% discordam plenamente. Conclui-se que 52% das pesquisadas se
dizem fieis a empresas que contribuem de alguma forma com a sociedade e o meio ambiente.
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128
Na opinião no sexo masculino, apresentam-se os resultados:
Gráfico 54- Sou fiel com empresas que contribuem com a sociedade e o meio ambiente (masculino)
Fonte: Dados primários (2009).
Na opinião do sexo masculino, tem-se no gráfico 54 que, 33% concordam parcialmente,
16%concordam plenamente, 20% nem concordam nem discordam, 23%discordam
parcialmente e 8% discordam plenamente. Percebe-se que as mulheres se consideram mais
fieis, representando assim 52% que concordam já os homens também consideram-se fieis
sendo estes 49%.
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129
Na décima nona questão quanto à fidelidade dos respondentes para com empresas que
contribuem para com a sociedade e o meio ambiente, tem-se relacionado com o grau de
escolaridade dos respondentes, conforme demonstrado no gráfico a seguir:
Gráfico 55- Sou fiel com empresas que contribuem com a sociedade e o meio ambiente (ensino fundamental à
médio incompleto)
Fonte: Dados primários (2009).
Demonstra-se no gráfico 55, que daqueles com ensino fundamental ao médio incompleto,
54% concordam que são fieis as empresas que contribuem com a sociedade e o meio
ambiente, 32% discordam quanto à fidelidade e 14% nem concordam nem discordam.
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130
No mesmo parâmetro, apresentam-se os resultados obtidos com os que têm nível de
escolaridade do ensino médio à especialização, conforme segue:
Gráfico 56- Sou fiel com empresas que contribuem com a sociedade e o meio ambiente (ensino médio à
especialização)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 56, tem-se que 50% concordam quanto à fidelidade, 32% discordam e 18% nem
concordam nem discordam. Percebe-se que aqueles de menor grau de instrução se considerem
mais fieis as empresas que contribuem para com a sociedade e o meio ambiente totalizando
estes 54%, já aqueles com maior grau de instrução que também se consideram fieis
representam 50%.
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131
Já relacionando a renda com a fidelidade dos respondentes para com ás empresas que
contribuem com a sociedade e o meio ambiente, têm-se os seguintes resultados:
Gráfico 57- Sou fiel com empresas que contribuem com a sociedade e o meio ambiente (renda até R$ 1.800,00)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 57, que correlaciona a fidelidade para com as empresas que contribuem com a
sociedade e o meio ambiente com a renda dos respondentes, observa-se que 47% dos que tem
renda até R$ 1.800,00 concordam, 35% discordam e 18% nem concordam nem discordam.
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132
Na opinião daqueles que possuem renda acima de R$ 1.800,00, apresentam-se os resultados
na seqüência.
Gráfico 58- Sou fiel com empresas que contribuem com a sociedade e o meio ambiente (renda acima de
R$ 1.800,00)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 58, onde apresentam-se a opinião daqueles com renda superior a R$ 1.800,00,
percebe-se que 67% se consideram fieis a empresas que contribuem para com a sociedade e o
meio ambiente, 19% discordam e 14% nem concordam nem discordam.
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133
Na vigésima primeira questão, quando deparados com a seguinte afirmação “Eu acredito que
as empresas que dizem ajudar o ambiente e a sociedade realmente ajudam”, os respondentes
configuraram suas opiniões, sendo estas apresentadas de forma que se correlacionem com o
sexo dos mesmos, sendo apresentadas a seguir as devidas analises.
Gráfico 59- Acredito que empresas que dizem ajudar o meio ambiente realmente o fazem (feminino)
Fonte: Dados primários (2009).
Apresentada no gráfico 59 a opinião do sexo feminino, quanto ao questionamento abordado,
tem-se que, 48% concordam parcialmente, 26% concordam plenamente, 18% nem concorda
nem discorda, 5% discorda parcialmente e 3% discorda plenamente. Percebe-se que 74% das
respondentes estão entre aquelas que concordam parcialmente e plenamente, ou seja, concluise que as empresas que dizem ajudar o meio ambiente estão transmitindo aos consumidores
uma imagem de credibilidade tanto para com a marca quanto para a instituição em si.
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134
No mesmo contexto, apresentam-se os resultados obtidos com o publico masculino.
Gráfico 60- Acredito que empresas que dizem ajudar o meio ambiente realmente o fazem (masculino)
Fonte: Dados primários (2009).
A opinião do sexo masculino com relação à indagação proposta na vigésima primeira questão,
sendo esta representada pelo gráfico 60, percebe-se que, 32% concordam parcialmente, 28%
concordam plenamente, 20% nem concorda nem discordam, 13% discorda parcialmente e 7%
discordam plenamente. Com base nestes dados analisa-se que 60% dos respondentes do sexo
masculino estão entre aqueles que concordam parcialmente e plenamente, sendo estes
números inferiores a opinião do sexo oposto, onde mais mulheres acreditam que as empresas
que dizem ajudar o meio ambiente realmente o fazem, valendo ressaltar que essas atitudes
precisam também perdurar em longo prazo, pois somente assim poderão superar o ceticismo e
a desconfiança do consumidor (WEBB; MOHR, 1998).
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135
Ainda na vigésima primeira questão apresenta-se a comparação da opinião dos respondentes
de acordo o grau de instrução dos mesmos, conforme abordado na quinta questão, seguindo
assim:
Gráfico 61- Acredito que empresas que dizem ajudar o meio ambiente realmente o fazem (ensino fundamental à
médio incompleto)
Fonte: Dados primários (2009).
Tem-se ilustrado no gráfico 61 que, 56% dos pesquisados cuja instrução vai do ensino
fundamental ao médio incompleto concordam, 29%nem concordam nem discordam e 15%
discordam.
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136
Na mesma situação tem-se a configuração daqueles com grau de instrução do ensino médio
completo a especialização, conforme segue.
Gráfico 62- Acredito que empresas que dizem ajudar o meio ambiente realmente o fazem (ensino médio à
especialização)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 62, tem-se que 72% concordam que acreditam que empresas que dizem ajudar o
meio ambiente realmente o fazem, 18% nem concordam nem discordam e 10% discordam.
Conclui-se que ao comparar a opinião daqueles com nível inferior de instrução com os de
nível mais elevado, estes últimos são mais crentes que empresas que dizem ajudar o meio
ambiente realmente o fazem.
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137
Como ultima correlação, faz-se uma comparação com a renda dos respondentes, seguindo as devidas
analises.
Gráfico 63- Acredito que empresas que dizem ajudar o meio ambiente realmente o fazem (renda até R$
1.800,00)
Fonte: Dados primários (2009).
No gráfico 63, onde apresenta-se os resultados obtidos com relação aos pesquisados cuja
renda é inferior a R$ 1.800,00, nota-se que 68% concordam que acreditam que as empresas
que dizem ajudar o meio ambiente realmente ajudam, 21% nem concordam nem discordam e
11% discordam.
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138
Aborda-se agora a opinião dos com renda superior a R$ 1.800,00, a saber:
Gráfico 64- Acredito que empresas que dizem ajudar o meio ambiente realmente o fazem (renda acima de
R$ 1.800,00)
Fonte: Dados primários (2009).
Ilustrado no gráfico 64, que refere-se ao publico com renda superior a R$ 1.800,00, tem-se
que 79% concordam, 11% discordam e 10% nem concordam nem discordam. Tem-se
percebido que as pessoas cuja é renda superior têm maior propensão a acreditarem na empresa
no quesito responsabilidade social.
Através da comparação dos grupos de consumidores influenciados por ações de marketing
societal com os grupos de consumidores não influenciados por estas ações, conforme
apresentação das analises descritas anteriormente, em um apanhado geral conclui-se que por
meio das correlações feitas tem-se percebido que independente do sexo, grau de instrução ou
da renda as pessoas tentem a serem influencias pelas praticas do marketing societal, porém
notou-se que os grupos do sexo feminino tendem a serem mais influenciados por ações de
marketing societal desenvolvidas por empresas brasileiras do que os grupos do sexo
masculino, assim como aqueles cujo grau de instrução vai do ensino médio a especialização.
Já com relação à renda observou-se que aqueles com renda superior mostraram-se mais
favoráveis a estas praticas. Chegando-se assim ao alcance do quarto objetivo especifico desta
pesquisa.
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139
A fim de ilustrar tais resultados, apresenta-se no quadro 4, um resumo dos comparativos feitos
com relação ao sexo dos respondentes, conforme segue:
1. Gênero
Feminino
CP
CPL NC-ND
Masculino
DP
11. Os meios de comunicação
que uso, influenciam na minha
50% 8%
24%
12%
decisão de compra de um
produto
12. As empresas das quais
compro produtos, desenvolvem
condições
sociais
para
46% 19%
23%
10%
conservar ou aumentar o bemestar dos consumidores. Em
minha opinião:
13. Julgo importante que as
empresas que contribuem para
com a sociedade e o meio
23% 62%
11%
3%
ambiente divulguem suas ações
através
dos
meios
de
comunicação
15. Sempre que posso compro
produtos de empresas que
47% 26%
16%
10%
atuam com responsabilidade
social
17. Dou mais preferência aos
produtos de empresas que
23%
18%
praticam
responsabilidade 44% 12%
social do que os de preços
baixos
19. Eu sou fiel aos produtos de
empresas que contribuem de
39% 13%
16%
30%
alguma forma coma sociedade e
com o meio ambiente
21. Eu acredito que as empresas
que dizem ajudar o ambiente e 48% 26%
18%
5%
a sociedade realmente ajudam
Quadro 4. Resumo dos comparativos com o sexo dos respondentes
DPL
CP
CPL NC-ND
DP
DP
6%
44% 18%
23%
11%
4%
2%
45% 15%
23%
13%
4%
1%
22% 55%
18%
2%
3%
1%
41% 25%
18%
12%
4%
3%
36% 18%
25%
14%
7%
2%
33% 16%
20%
23%
8%
3%
32% 28%
20%
13%
7%
Com relação ao quadro 4, percebe-se como já mencionado anteriormente que o grupo do sexo
feminino tendem a serem mais influenciados por ações de marketing societal desenvolvidas
por empresas brasileiras do que os grupos do sexo masculino.
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140
A fim de ilustrar tais resultados, apresenta-se no quadro 5, um resumo dos comparativos feitos
com relação ao grau de instrução dos respondentes, conforme segue:
5. Escolaridade
Concordam - Discordam
Fund.-Médio
C
NC-ND
Médio - Espec.
D
C
11. Os meios de comunicação
que uso, influenciam na minha
38%
36%
26%
62%
decisão de compra de um
produto
12. As empresas das quais
compro
produtos,
desenvolvem condições sociais
44%
46%
10%
66%
para conservar ou aumentar o
bem-estar dos consumidores.
Em minha opinião:
13. Julgo importante que as
empresas que contribuem
para com a sociedade e o meio
71%
22%
7%
84%
ambiente divulguem suas
ações através dos meios de
comunicação
15. Sempre que posso compro
produtos de empresas que
63%
29%
8%
73%
atuam com responsabilidade
social
17. Dou mais preferência aos
produtos de empresas que
46%
27%
27%
57%
praticam
responsabilidade
social do que os de preços
baixos
19. Eu sou fiel aos produtos de
empresas que contribuem de
54%
14%
32%
50%
alguma forma coma sociedade
e com o meio ambiente
21. Eu acredito que as
empresas que dizem ajudar o
56%
29%
15%
72%
ambiente e a sociedade
realmente ajudam
Quadro 5- Resumo dos comparativos com o grau de instrução dos respondentes
NC-ND
D
22%
16%
21%
13%
12%
4%
15%
12%
23%
20%
18%
32%
18%
10%
Com relação ao quadro 5, percebem-se aqueles cujo grau de instrução é mais elevado,
apresentam um comportamento mais favorável às empresas que praticam ações de marketing
societal.
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141
A fim de ilustrar tais resultados, apresenta-se no quadro 6, um resumo dos comparativos feitos
com relação à renda dos respondentes, conforme segue:
8. Renda
Concordam - Discordam
11. Os meios de comunicação
que uso, influenciam na minha
decisão de compra de um
produto
12. As empresas das quais
compro
produtos,
desenvolvem condições sociais
para conservar ou aumentar o
bem-estar dos consumidores.
Em minha opinião:
13. Julgo importante que as
empresas que contribuem
para com a sociedade e o meio
ambiente divulguem suas
ações através dos meios de
comunicação
15. Sempre que posso compro
produtos de empresas que
atuam com responsabilidade
social
17. Dou mais preferência aos
produtos de empresas que
praticam
responsabilidade
social do que os de preços
baixos
19. Eu sou fiel aos produtos de
empresas que contribuem de
alguma forma coma sociedade
e com o meio ambiente
21. Eu acredito que as
empresas que dizem ajudar o
ambiente e a sociedade
realmente ajudam
Até R$ 1.800
Acima R$ 1.800
C
NC-ND
D
C
NC-ND
D
54%
20%
26%
67%
15%
18%
63%
25%
12%
68%
15%
17%
82%
14%
4%
89%
7%
4%
70%
17%
13%
77%
15%
8%
52%
26%
22%
70%
15%
15%
47%
18%
35%
67%
14%
19%
56%
29%
15%
79%
10%
11%
Com relação ao quadro 6, percebe-se aqueles cuja renda observou-se é superior mostraram-se
mais favoráveis a estas praticas.
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142
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
São muitas as cobranças que as empresas passam isto devido ao forte apelo por questões
sociais e ambientas fazendo com que elas voltem suas ações de marketing para estas questões,
introduzindo assim um novo conceito que é definido como marketing societal, tema desta
pesquisa.
Ao introduzirem este novo conceito em suas ações, as empresas em suas tentativas de
conquistar os consumidores, acabam criando estratégias de induzi-los através de vários canais
publicitários. Sendo que esta tentativa de indução dos consumidores levou ao estudo desta
pesquisa, onde o objetivo principal trata de analisar o perfil dos consumidores influenciados
ou não por ações de marketing societal de empresas brasileiras.
Elaborou-se a pesquisa quantitativa, onde utilizou-se as caracterizações exploratórias e
descritivas. A caracterização exploratória auxiliou no alcance do segundo, terceiro e quarto
objetivo específico deste trabalho, onde elaborou-se um questionário composto por vinte e
duas perguntas, aplicadas a uma amostra de 400 pessoas. Enquanto a pesquisa de caráter
descritivo dedicou-se ao primeiro objetivo especifico, sendo esta realizada através de
pesquisas nos sites das empresas listadas no quadro 2.
Uma vez revisada a literatura, identificou-se a importância dos autores estudados, viu-se
como os assuntos interligam-se e são peças fundamentais para a realização de um trabalho.
Podendo-se perceber o quão é importante fazer a relação da teoria com a pratica.
No que tange a identificação das ações de marketing societal implantadas por empresas
brasileiras, pôde-se observar que as mesmas, de acordo com os resultados obtidos, são em
resumo responsáveis por programas tanto de cunho social quanto ambiental, sendo estes
divulgados no site das empresas e através de outros meios de comunicação.
Outro quesito foi à identificação do perfil geográfico, demográfico e psicográfico dos
consumidores influenciados ou não por ações de marketing societal de empresas brasileiras,
chegando-se as seguintes configurações: Em síntese conclui-se que a maioria dos
respondentes da pesquisa tem nacionalidade brasileira e residem em estados do sul do pais
como Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, ainda no mesmo contexto observa-se que a
faixa etária predominante dos pesquisados esta entre 18 e 34 anos representado assim 87%,
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143
observa-se que a metade dos pesquisados tem como nível de instrução o ensino médio, sendo
que 47% tem ocupação profissional assalariada e 69% tem renda até R$ 1.800,00. E quanto
aos meios de comunicação usados com mais freqüência observou-se que é a televisão e a
internet as mais habituais.
Outra análise realizada foi à identificação das razões que levam os consumidores a serem
influenciados ou não por ações de marketing societal de empresas brasileiras, podendo-se
concluir que a maioria dos respondentes consideram-se influenciados pelos meios de
comunicação, observou-se ainda que 45% dos respondentes dizem comprar produtos de
empresas que desenvolvem condições sociais para conservar ou aumentar o bem-estar dos
consumidores, sendo que a maioria julga importante que as empresas que contribuem para
com a sociedade e o meio ambiente, divulguem suas ações através dos meios de comunicação.
Salienta-se ainda que houvesse um conflito entre as respostas obtidas nas questões décima
quarta e na décima sétima, onde a base do questionamento foi o preço baixo, sendo que na
décima quarta os respondentes em sua maioria disseram preferir produtos de preços baixos
dos que aqueles que contribuem de alguma forma para com a sociedade e o meio ambiente, já
na décima sétima os respondentes representados por 42% disseram concordar que dão mais
preferência por produtos de empresas que praticam a responsabilidade social do que aquelas
de preço baixo. Outra observação resultante foi a de que 71% dos questionados concordaram
de que sempre que possível compram produtos de empresas que atuam com responsabilidade
social.
No que tange a comparação do grupo de consumidores influenciados por ações de marketing
societal com o grupo de consumidores não influenciados por estas ações, conclui-se que
independente do sexo, grau de instrução ou da renda as pessoas tendem a ser influenciadas
pelas práticas do marketing societal, porém notou-se que o sexo feminino tende a ser mais
influenciado por ações de marketing societal desenvolvidas por empresas brasileiras do que os
grupos do sexo masculino, assim como aqueles cujo grau de instrução vai do ensino médio a
especialização. Já com relação à renda observou-se que aqueles com renda superior
mostraram-se mais favoráveis a estas praticas.
Enfim verificou-se a importância de conhecer a percepção dos consumidores com relação às
praticas de marketing societal adotadas por empresas brasileiras bem como as influencias por
estas causadas.
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144
5.1 Sugestões para novos trabalhos
Em um próximo trabalho sugere-se que seja realizado um estudo, a fim de se investigar se
empresas que conduzem suas atividades pelo prisma da responsabilidade social realmente o
fazem por uma preocupação com o bem estar da sociedade e do meio ambiente ou se o fazem
simplesmente almejando a maximização das riquezas.
Outra sugestão refere-se ao aprofundamento acerca do comportamento do consumidor através
de uma investigação com relação à percepção que estes têm de empresas praticantes do
marketing societal, bem como a aplicação desta voltada pelo método qualitativo.
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145
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152
Apêndice 1- Instrumento de coleta de dados
1. Sexo:
( )Masculino ( )Feminino
2. Faixa etária:
( )menor de 18 anos
( )entre 18 e 25 anos
( )entre 26 e 34 anos ( )entre 35 e 49 anos
( )entre 50 e 59 anos ( )60 anos ou mais
3.Nacionalidade:
( )brasileira ( )outra:______________
4.Estado no qual reside atualmente:
( )AC
( )AL
( )AP
( )AM
( )BA
( )CE
( )DF
( )ES
( )GO
( )MA
( )MT
( )MS
( )MG
( )PA
( )PB
( )PR
( )PE
( )PI
( )RJ
( )RN
( )RS
( )RO
( )PR
( )SC
( )SP
( )SE
( )TO
( ) Outro: ______________
5.Escolaridade:
( )Ensino Fundamental incompleto
( )Ensino Fundamental completo
( )Ensino Médio incompleto
( )Ensino Médio completo
( )Ensino Superior incompleto
( )Ensino Superior completo
( ) Especialização,mestrado ou doutorado
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153
6.Estado Civil:
( )Solteiro
( )Casado
( )Divorciado
( )Viúvo
7.Ocupação:
( )Funcionário Público
( )Militar
( )Assalariado
( )Profissional liberal
( )Autônomo
( )Aposentado
( )Empresário
( )Outro
8.Renda:
( )não possuo renda
( )Até R$300,00
( )Entre R$300,00 e R$1.800,00
( )Entre R$1.800,00 e R$4.500,00
( )Acima de R$4.500,00
9.Você possui casa ou carro próprios?
( )Casa própria
( )Carro próprio
( )Casa e carro próprios
( )Nenhum dos dois
10.Qual o meio de comunicação que você utiliza com mais freqüência?
( )Rádio
( )Televisão
( )Jornais e revistas
( )Internet
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154
11. Os meios de comunicação utilizados por você influenciam na sua decisão de compra
de um produto?
( )sim
( )não
12.As empresas vem adotando posturas de responsabilidade social e ética em suas
ações.Em sua opinião, você:
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
( )discordo plenamente
13. Sempre sou comprometido com as causas sociais e ambientais.
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
( )discordo plenamente
14.Em minha decisão de compra,
dou mais
preferência aos produtos de preços
baixos,do que aos de empresas que praticam a responsabilidade social.
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
( )discordo plenamente
16.Sempre compro produtos de empresas que conduzem suas ações sob a ética e a
responsabilidade social.
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
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155
( )discordo plenamente
17.Imagine em uma escala de um a dez degraus, onde no primeiro degrau está o
consumidor nada comprometido com a compra de produtos que causam mínimo
impacto ao meio ambiente e a sociedade e no degrau 10 esta o consumidor totalmente
comprometido com a compra de produtos que causam mínimo impacto ao meio
ambiente e a sociedade. Em qual degrau você se posicionaria atualmente?
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
18. As empresas que atuam com responsabilidade social possuem produtos diferenciados
conquistando novos consumidores.
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
( )discordo plenamente
19. Eu sou fiel aos produtos de empresas que contribuem de alguma forma com a
sociedade e com o meio ambiente.
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
( )discordo plenamente
20. Independente do preço eu considero muito as marcas de produtos que estão ligadas
as causas sociais.
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
( )discordo plenamente
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156
21. Eu acredito que as empresas que dizem ajudar o ambiente e a sociedade realmente
ajudam.
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
( )discordo plenamente
22. As empresas que aplicam ações de responsabilidade social possuem mais vantagens
que as empresas que não aplicam.
( )concordo plenamente
( )concordo parcialmente
( )não concordo nem discordo
( )discordo parcialmente
( )discordo plenamente
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