CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA À SEPSE Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico MORTALIDADE DETECÇÃO PRECOCE + TRATAMENTO CORRETO SEPSE = Infecção + SRIS (pelo menos 2 dos critérios/sinais) SEPSE GRAVE = Sepse + Disfunção orgânica (pelo menos de 1 órgão) CHOQUE SÉPTICO = Hipotensão persistente, não responsiva a volume (refratária) Não retarde o atendimento à espera de vaga em UTI TEMPO É VIDA! SEPSE SEPSE GRAVE DEVE SER SUSPEITADA EM TODOS OS PACIENTES COM QUADRO INFECCIOSO A equipe multidisciplinar deve estar atenta à presença de sinais de resposta inflamatória sistêmica, que definem a presença de sepse: • Febre ou hipotermia • Frequência respiratória > 20 rpm ou PaCO2 <32mmHg • Frequência cardíaca > 90 bpm 3 • Leucócitos totais >12.000/mm ou < 4.000 ou presença de >10% de formas jovens A PRESENÇA DE DISFUNÇÃO ORGÂNICA DEFINE O DIAGNÓSTICO DE SEPSE GRAVE. FIQUE ATENTO PARA: • hipotensão (PAS<90, PAM<65 ou queda de 40mmHg na PA basal) • diurese < 0,5ml/Kg/h ou elevação abrupta da creatinina • necessidade de suplementação de oxigênio (PaO2/FiO2 < 250) 3 • coagulopatia: plaquetopenia < 100.000/mm ou redução de 50% em relação ao valor registrado nos últimos 3 dias ou INR > 1,5 • acidose metabólica inexplicável: déficit de bases ≤ 5,0 mEq/L e lactato > 1,5 vezes o valor normal • rebaixamento do nível de consciência, agitação ou delirium • aumento significativo de bilirrubinas (> 2 vezes o valor de referência) LEMBRE-SE A ausência dos critérios de SIRS não exclui o diagnóstico de sepse grave. Alguns pacientes, principalmente idosos e imunossuprimidos, não apresentam esses sinais. Assim, na presença de uma dessas disfunções, sem outra explicação plausível, pense em sepse e inicie as medidas preconizadas. 02 ATENDIMENTO AO PACIENTE COM PROVÁVEL SEPSE GRAVE/CHOQUE SÉPTICO ABORDAGEM INICIAL DA ENFERMAGEM Infecção Pelo menos 2 critérios de SRIS Pelo menos 1 disfunção orgânica Provável sepse grave Enfermeira Providencia acesso venoso periférico calibroso Chama o médico referência PERANTE SUSPEITA CLÍNICA DE SEPSE GRAVE, SEGUIR OS SEGUINTES PASSOS PACOTE 3 HORAS PASSO 1 obrigatório em todos os casos Coletar lactato + hemoculturas + culturas de sítios pertinentes utilize ROTINA específica para o protocolo sepse acione o profissional responsável pela coleta PACOTE 3 HORAS PASSO 2 obrigatório em todos os casos PACOTE 3/6 HORAS Iniciar antibioticoterapia empírica em 1 hora consulte o guia da CCIH para a escolha do antimicrobiano prescreva o antibiótico notifique a enfermeira responsável pelo leito para administração imediata PASSO 3 Se lactato > 2 x o valor normal ou hipotensão OTIMIZAÇÃO HEMODINÂMICA Tempo ideal máximo para resultado do lactato = 30 min Caso seja comprovado posteriormente não se tratar de sepse, sempre poderemos suspender a antibioticoterapia *Colha Kit sepse – hemocultura, gasometria arterial/lactato, hemograma, creatinina, bilirrubinas, coagulograma. 03 04 Vasopressores Noradrenalina Persiste necessidade de vasopressor? Manter observação clínica Colher lactato em caso de piora NÃO SIM SIM NÃO Hipotensão persistente ou hipotensão ameaçadora à vida 65mmHg Sempre que possível, medir a pressão arterial de forma invasiva. Em pacientes com lactato inicialmente alterado devese procurar a normalização do mesmo. Em casos de hipotensão ameaçadora à vida, o vasopressor pode ser iniciado antes mesmo da reposição volêmica inicial. Manter a pressão arterial média entre 65 e 75mmHg. Nenhum paciente deve permanecer hipotenso por mais que 30-40 min. O vasopressor pode ser iniciado em veia periférica para garantir normotensão até que o acesso central seja providenciado. (SF ou Ringer lactato) 30ml/kg peso em 30 a 60 min Lactato arterial > 2 x o valor normal Em pacientes cardiopatas pode ser necessário reduzir a velocidade de hidratação. 90 ou pressão arterial média Cristalóide (SF ou Ringer lactato) 30ml/kg peso em 30 a 60 min Hipotensão arterial pressão arterial sistólica PACOTE 3/6 HORAS - PASSO 3 - OTIMIZAÇÃO HEMODINÂMICA 05 Manter observação. Colher novo lactato e SvcO2 se deterioração clínica Infundir Ringer lactato ou SF 500ml EV embolus Iniciar dobutamina 2,5mcg/Kg/min NÃO SvcO2 > 70%? Em VM - PVC 12mmHg Sem VM - PVC 8mmHg SIM SIM SvcO2 > 70%? NÃO transfusãoem regimede urgência) (Se Hb<7 g/dL considerar Titular dose até SvcO2 70% ou ausência de resposta ao aumento da dose SIM NÃO Colher SvcO2 e mensurarPVC Se HB>9,0g/dl – avaliar controle de temperatura, sedação, intubação e ventilação mecânica Se HB<9.0 g/dl– transfundir em regime de urgência É desejável obter diurese > 0,5ml/Kg/hora, entretanto não há evidências que suportem a p erseguiç ão desse alvo terap êut ico, quan do la cta to Svc O 2 e PV C estão otimizados. PACOTE 6 HORAS - PASSO 4 - OTIMIZAÇÃO DE SvcO2 / PVC - (Puncionar acesso venoso central) O ATENDIMENTO INICIAL À SEPSE É MULTIPROFISSIONAL E DEVE SER FEITO EM QUALQUER ÁREA DO HOSPITAL (PRONTO-SOCORRO, UNIDADES DE INTERNAÇÃO E TERAPIA INTENSIVA). A Campanha Sobrevivendo a Sepse é um esforço mundial visando reduzir a mortalidade por sepse. No Brasil, ela é coordenada pelo Instituto Latino Americano de Sepse – ILAS . Ela se baseia em 7 intervenções que geram indicadores de qualidade assistencial, os quais norteiam políticas de melhoria assistencial. O ILAS emite periodicamente relatórios de performance dos hospitais participantes, incluindo benchmarking com as demais instituições. Pacote 3 horas: Coleta de lactato Coleta de hemoculturas Antibioticoterapia precoce Fluidos nos pacientes com hipotensão ou lactato acima de 2 vezes o valor normal Pacote 6 horas: Vasopressores para obter PAM > 65mmHg Mensuração de pressão venosa central Mensuração de saturação venosa central de oxigênio Implemente protocolos para tratamento de sepse em sua instituição! PASSOS FUNDAMENTAIS 1. Constitua um grupo de sepse englobando administração, chefias médicas e de enfermagem do pronto-socorro, unidades de internação e terapia intensiva, CCIH, laboratório e farmácia. 2. Desenvolva estratégias para detecção e triagem desses pacientes no prontosocorro, unidades de internação e terapia intensiva. 3. Elabore um protocolo de tratamento. 4. Elabore um guia de terapia antimicrobiana empírica. 5. Crie fluxos especiais para a coleta de exames. 6. Crie fluxos especiais para disponibilizar antimicrobianos dentro da primeira hora. 7. Treine sua equipe: foque na enfermagem e na equipe médica! CONSULTE NOSSO SITE! Esse folder e diversos outros materiais para auxiliá-lo nesse processo estão disponíveis para download e reprodução! JUNTE-SE A NÓS! Seja mais um hospital da nossa rede! Se deseja ajuda no processo de implementação, envie um e-mail para [email protected]. FAÇA NOSSO CURSO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA. CONSULTE NOSSO SITE - www.ilas.org.br 06 SOBRE O ILAS... Ao longo de toda a história da Medicina, a sepse grave e o choque séptico permaneceram como condições de extrema gravidade e sem possibilidade de tratamento eficaz. O Brasil tem uma das maiores taxas de letalidade por sepse no mundo. Em anos recentes, o conhecimento científico acumulado permitiu pela primeira vez estabelecer um conjunto de medidas que reduzem a mortalidade e os custos hospitalares. A Campanha de Sobrevivência à Sepse tornou-se um marco na luta contra essa síndrome. O Instituto Latino Americano da Sepse – ILAS é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 2004, com o objetivo de auxiliar no processo de aperfeiçoamento da qualidade assistencial do paciente com sepse grave por meio da implementação de protocolos de reconhecimento e tratamento baseados em evidências científicas, da geração e difusão de conhecimentos e do desenvolvimento de estudos clínicos. Participe você também de nossas ações! Visite nosso site! Implemente a Campanha em sua instituição! Participe do nosso Fórum anual! Participe de nossos estudos clínicos! Assine a declaração mundial contra a sepse! www.world-sepsis-day.org INFORMAÇÕES ADICIONAIS INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE Telefone: (11) 3721-6709 Rua Pedro de Toledo, 980 – cj 94 – São Paulo – SP Acesse nosso site: www.ilas.org.br 07 MAIS INFORMAÇÕES ACESSE www.diamundialdasepse.com.br www.facebook.com/diamundialdasepse