CONSUMO ALIMENTAR DE IDOSOS CADASTRADOS EM UMA

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
DCVida – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA
CURSO DE NUTRIÇÃO
ÉRICA CARVALHO GINDRI
CONSUMO ALIMENTAR DE IDOSOS CADASTRADOS EM UMA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Ijuí – RS
2013
1
ÉRICA CARVALHO GINDRI
CONSUMO ALIMENTAR DE IDOSOS CADASTRADOS EM UMA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Trabalho de Conclusão de Curso de
Nutrição, do Departamento de Ciências da
Vida – DCVida, da Universidade Regional
do Noroeste do Estado do Rio Grande do
Sul (UNIJUÍ), para obtenção parcial do
título de Nutricionista.
Orientadora: Maristela Borin Busnello
Ijuí – RS
2013
2
3
RESUMO
A nutrição tem um papel importante na modulação do processo de envelhecimento
humano e o consumo alimentar está diretamente ligado à qualidade de vida. Nesta
pesquisa foi analisado o consumo alimentar, as práticas alimentares e outras
características de saúde, além de dados sociodemográficos de idosos cadastrados
em uma Estratégia de Saúde da Família em um município da Região Noroeste do
RS. Realizou-se um estudo transversal com coleta de dados primários, participaram
do estudo 40 idosos de ambos os sexos. Para a análise do consumo alimentar desta
população foi aplicado um questionário alimentar, proposto pelo Ministério da Saúde.
Foram considerados como parâmetros de interpretação dos hábitos alimentares
aqueles propostos no Guia Alimentar para a População Brasileira e os Dez passos
da Alimentação Saudável para Idosos. Quanto ao consumo dos grupos alimentares,
os idosos apresentaram baixa ingestão do consumo de frutas, verduras e legumes,
leguminosas, leite e derivados e água, aumento no consumo de carboidratos e
inadequação do consumo de alimentos ricos em açúcares, frituras, salgadinhos e
embutidos. Os resultados aqui apresentados contribuem para criar estratégias de
intervenção, auxiliando o nutricionista e a equipe de saúde na adoção de práticas
alimentares saudáveis.
Palavras-chave: Idoso, consumo alimentar, envelhecimento.
4
ABSTRACT
Nutrition plays an important role in the modulation of human aging and food
consumption process is directly linked to the quality of life . This research was
analyzed dietary intake , eating habits and other health characteristics , and
sociodemographic data of elderly enrolled in a Family Health Strategy in a city in the
Northwest Region of RS . We conducted a cross-sectional study with primary data
collection , participated in the study 40 subjects of both sexes . For the analysis of
dietary intake of this population a food questionnaire proposed by the Ministry of
Health were considered as parameters in the interpretation of dietary habits in those
proposed Food Guide for the Brazilian Population and Ten Steps to Healthy Eating
for Seniors was applied . Regarding the consumption of food groups , the elderly had
low intakes of fruit , vegetables, legumes , dairy products and water , increased
consumption of carbohydrates and inadequate consumption of foods high in sugars ,
fried foods , chips and sausages. The results presented here contribute to create
intervention strategies , helping nutritionists and health professionals to adopt healthy
eating habits.
Keywords: Elderly, food consumption, aging.
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 6
2 METODOLOGIA ....................................................................................................... 8
3 RESULTADOS .......................................................................................................... 9
4 DISCUSSÃO ........................................................................................................... 12
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 16
6 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 17
7 ANEXOS ................................................................................................................. 22
6
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento humano é um processo progressivo inevitável e natural de
todos os seres, com mudanças nas funções fisiológicas e declínio do ritmo biológico
do organismo ao passar dos anos, sendo que o grau de comprometimento orgânico
varia de acordo com o estilo de vida e os hábitos alimentares do indivíduo
(FERREIRA et al., 2009; MACHADO, 2009).
Na literatura há inúmeros conceitos sobre envelhecimento. De acordo com
Sant’anna, Camara e Braga (2003) o envelhecimento possui várias dimensões.
Mesmo comumente relacionado com o tempo de vida do individuo, também abrange
outros fatores, como: aspectos biológicos, psicológicos e sociais.
Para Zimerman (apud SAMATO, 2007), o conceito de envelhecimento é
semelhante ao de Sant’anna, Camara e Braga (2003), porém acrescentam que as
alterações do envelhecimento podem ou não acontecer mais cedo do que o
esperado e são naturais e gradativas, avançam segundo a genética, bem como o
modo de vida de cada um.
No Brasil o idoso é considerado a pessoa que possui idade maior de 60 anos
(BRASIL, 1994). Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os
indivíduos como idosos com 65 anos ou mais, para os países centrais, e a partir dos
60 anos, para os países periféricos.
A transição demográfica no Brasil é eminente com progressivo aumento da
população idosa, cerca de 10% da população total encontra-se nesta faixa etária
(MAFALDA, 2011). Projeções indicam que, em 2020, seremos o sexto país do
mundo em número de idosos, com uma população superior a 30 milhões de
pessoas. Essa situação de senescência do Brasil é decorrente de mudanças, que
vem acontecendo de maneira acelerada nas três últimas décadas, decorrentes da
redução da mortalidade infantil e do declínio acentuado da fecundidade (TANNURE
et al., 2010). Araújo et al. (2011) apresentam que a população brasileira crescerá
3,22 vezes até o ano de 2025, a população acima de 65 anos aumentará 8,9 vezes
e os acima de 80 anos, 15,6 vezes. Mantendo-se estes dados, provavelmente o
Brasil terá uma das maiores populações de idosos do mundo.
Neste cenário, o aumento da população idosa, as transformações sociais e
econômicas, juntamente com a mudança dos hábitos alimentares, e fatores
associados como o sedentarismo e estresse, contribuem para o aumento da
7
incidência de doenças crônicas como as cardiovasculares, câncer, diabetes e
doenças respiratórias (VERAS, 2012), sendo estas principais causas de morte no
mundo (DAHLGREN; WHITEHEAD, 1991 apud GEIB, 2012). Fica evidente a
necessidade de cuidados especiais, na manutenção da saúde através da detecção
precoce, adoção de hábitos alimentares saudáveis, prática da atividade física e o
acesso ao tratamento adequado, garantindo assim a prevenção de doenças.
Com base nos dados levantados da fonte de dados do Datasus, o RS
apresenta uma população idosa de 3.194.159 habitantes, equivalendo a 11,52% da
população total. Em Ijuí observamos, em 2009, 14,22% de idosos. As taxas de
mortalidade por doenças do aparelho circulatório são de 41,2% para Ijuí e para o RS
41%, respectivamente (BRASIL, 2009). Esses dados mostram a questão já descrita
na literatura que mostra que as doenças crônicas não transmissíveis do aparelho
circulatório são maiores nesta faixa etária de 60 anos ou mais.
No que tange a área da nutrição as alterações no organismo do idoso
proporcionam
expressivas
mudanças
na
ingestão,
digestão,
absorção,
metabolização e das necessidades de nutrientes. Alguns fatores que ocasionam
estas alterações, dentre eles menciona-se a perda de dentes e uso de próteses, uso
de medicamentos, disponibilidade de alimentos, bem como aspectos culturais,
religiosos, incapacidade física de desempenho de atividades, alteração do paladar
dentre outros, comprometendo as condições de saúde do idoso, que evidenciem
principalmente da má nutrição (DALLEPIANE, 2009; MACHADO, 2009).
Wakimoto e Block (2001 apud PFRIMER; FERRIOLLI, 2008) acrescentam
que os hábitos alimentares do idoso também são influenciados por questões de
integração social, como solidão, isolamento social, acesso ao transporte e omissão
de refeições.
No que se trata dos hábitos alimentares do idoso, verifica-se um aumento do
consumo de alimentos preparados, leite, cereais refinados, carnes e açúcar e uma
diminuição do consumo de frutas, verduras, legumes, grãos inteiros e cereais (GEIB,
2012). Conforme Brasil (2006) para a População Brasileira o consumo de frutas,
legumes e verduras auxiliam na prevenção e no controle das doenças crônicas nãotransmissíveis, principalmente quando associadas a obesidade.
“O estilo de vida e a dieta minimizam o risco de doenças e maximizam a
possibilidade de um envelhecimento saudável” (DREWNOWSKI; EVANS, 2001 apud
PFRIMER; FERRIOLLI, 2008, p. 461).
8
Uma alimentação adequada está diretamente relacionada com um envelhecer
saudável, proporcionando uma terceira idade mais ativa. A nutrição e a saúde estão
intimamente ligadas, estas contribuem para o bem estar do indivíduo. A nutrição tem
um papel importante na modulação do processo de envelhecimento humano e o
consumo alimentar está diretamente ligado a qualidade de vida. Tendo em vista este
panorama, o trabalho tem como objetivo avaliar o consumo alimentar de idosos
cadastrados em uma Estratégia de Saúde da Família em um município da Região
Noroeste do RS.
2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico transversal com coleta de dados
primários realizado em agosto de 2013, com idosos cadastrados em uma Estratégia
de Saúde da Família de Ijuí, município do interior do Rio Grande do Sul.
Na
pesquisa
foram
entrevistados
40
idosos,
o
que
representa
aproximadamente 10% dos usuários nesta faixa de idade. A inclusão no estudo
considerou os seguintes critérios: ser idoso (60 anos ou mais), residir na área de
cobertura da ESF, apresentar condições de responder as questões durante a
entrevista; como critérios de exclusão considerou: ter menos de 60 anos, apresentar
limitações na capacidade funcional.
A coleta de dados foi realizada no domicílio dos idosos pela pesquisadora. Os
dados que foram coletados para a realização deste estudo foram características
sociodemográficas (idade, sexo, escolaridade, renda mensal), características de
saúde (prática de atividade física, patologia associadas, saúde bucal), conforme
instrumento de pesquisa em anexo.
Para a análise de o consumo alimentar desta população foi aplicado um
questionário de frequência alimentar (BRASIL, 2006), abordando as seguintes
questões sobre hábitos alimentares: frequência do consumo de porções de frutas e
legumes, leguminosas, carboidratos, carnes ou ovos e leite e derivados, retirada ou
não da gordura aparente da carne e/ou frango, frequência do consumo de doces,
frituras e embutidos; tipo de gordura utilizada na cocção dos alimentos; adição de sal
na comida; costume de trocar refeições principais (almoço ou jantar) por lanches;
quantidade diária de ingestão de água e a frequência do consumo de bebidas
alcoólicas.
9
Foram
considerados
como
parâmetro
de
interpretação
dos
hábitos
alimentares aqueles propostos por Brasil (2006 e 2007), considerando as
recomendações de porções diárias de frutas e legumes, leguminosas, carboidratos,
leguminosas, carnes ou ovos e leite e derivados.
Após a aplicação dos questionários, os dados foram digitados em uma
planilha do Excel, para serem analisados e, após, exportados para o software
Epiinfo versão 3.3.2, 2005, para a realização da epidemiologia descritiva
considerando a frequência.
Este estudo foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNIJUI,
sendo aprovado com parecer consubstanciado número 388.395/2013, e foram
adotados os procedimentos descritos na resolução do Conselho Nacional de Saúde
466/2012.
3 RESULTADOS
Foram entrevistados na pesquisa 40 idosos. Estes apresentaram idade média
de 72,4 anos e 8,09 DP. A idade mínima foi 60 anos e a máxima 91 anos. Do total
de idosos entrevistados 29 (72,5%) idosos eram do sexo feminino e 11 (27,5%)
idosos eram do sexo masculino. A renda familiar predominante entre os idosos foi de
um a dois salários mínimos. Com relação à escolaridade 17 (42,5%) idosos
estudaram até o ensino fundamental completo. Em relação às características de
saúde 15 (37,5%) dos idosos não praticavam atividade física conforme
recomendado. A maioria relatou que a saúde bucal 29 (72,5%) estava boa ou ótima.
Quando questionados sobre sua saúde 25 (62,5%) responderam que estava regular.
Dos idosos 35 (87,5%) tomavam medicamento todos os dias. A maioria dos
idosos relataram a presença de hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia e
cardiopatias, individualmente ou combinadas. Estas patologias de acordo com a
literatura são mais frequentes na população idosa. Quanto ao numero de refeições
diárias apenas 5 (12,5%) idosos relataram realizar 5 refeições ao dia e 24 (60%)
idosos realizam 4 refeições ao dia. Foi questionado também o consumo de peixe. O
consumo em duas ou mais vezes por semana, foi referido por apenas 2 (5%) dos
idosos e 25 (62,5%) relataram consumir apenas algumas vezes no ano.
10
A Tabela 1 ilustra o consumo dos grupos alimentares e água, observando-se
que de modo geral os idosos apresentaram baixa ingestão de alguns grupos de
alimentos em relação ao proposto por Brasil (2007).
Quanto ao consumo de frutas 9 (22,5%) idosos relataram consumir três ou
mais frutas diariamente, já o consumo de uma porção foi citado por 14 (35%) idosos.
Ao serem questionados sobre a quantidade ingerida de legumes e verduras, 6 (15%)
idosos relataram consumir oito ou mais colheres de sopa. E, 11 (27,5%) idosos
relataram consumir quatro a cinco colheres de sopa. Quanto ao consumo de
carboidratos a maioria 17 (42,5%) idosos relataram consumir 5 porções/dia e 9
(22,5%) idosos relataram consumir 6 porções/dia.
Sobre a quantidade de leguminosas ingerida diariamente, 16 (40%) idosos
consomem duas ou mais colheres de sopa. Outros 17 (42,5%) idosos referem
consumir leguminosas menos de cinco vezes na semana. Na questão referente ao
consumo diário de carnes ou ovos, 27 (67,5%) idosos consomem um pedaço de
carnes ou ovos, e 2 (5%) idosos relataram que não consomem nenhuma porção de
carnes ou ovos.
Referente ao consumo de leite e seus derivados apenas 1 (2,5%) idoso
relatou consumir três ou mais copos de leite ou pedaços/fatias/porções de seus
derivados, durante o dia. Já o consumo de um ou menos copos de leite ou
pedaços/fatias/porções de seus derivados foi relatado por 22 (55%) idosos.
Quanto ao consumo de água, 2 (5%) idosos referem beber seis a oito copos e
22 (55%) idosos relataram beber menos de quatro copos.
Tabela 1 – Consumo dos grupos de alimentos em idosos cadastrados no ESF,
Ijuí – RS, 2013
Grupos de alimentos
Frutas (unidade/fatia/pedaço/copo de suco natural/dia)
Não como
Três ou mais
Duas
Uma
Total
Legumes/Verduras (colheres de sopa/dia)
Não como
Três ou menos
Quatro a cinco
Seis a sete
Oito ou mais
Total
Leguminosas/dia
Não como
Número (Nº)
Percentual (%)
7
9
10
14
40
17,5
22,5
25
35
100
8
8
11
7
6
40
20
20
27,5
17,5
15
100
2
5
11
Grupos de alimentos
Duas ou mais colheres de sopa
Menos de cinco vezes na semana
Uma colher de sopa ou menos
Total
Carboidratos (porções/dia)
Três porções
Quatro porções
Cinco porções
Seis porções
Sete porções ou mais
Total
Carnes (pedaço/fatia/colher de sopa ou ovo/dia)
Não como
Um
Dois
Mais de dois
Total
Leite e derivados (copo/pedaço/fatia/porções/dia)
Não como
Três ou mais
Dois
Um ou menos
Total
Água (copos/dia)
Menos de quatro
Oito ou mais
Quatro a cinco
Seis a oito
Total
Número (Nº)
16
17
5
40
Percentual (%)
40
42,5
12,5
100
1
1
12
9
17
40
2,5
2,5
30
22,5
42,5
100
2
27
8
3
40
5
67,5
20
7,5
100
4
1
13
22
40
10
2,5
32,5
55
100
22
6
10
2
40
55
15
25
5
100
Investigou-se o comportamento dos idosos referente às práticas alimentares
(Tabela 2) e verificou-se adequação para a retirada da gordura aparente da carne ou
frango (70%), tipo de gordura (óleo vegetal) para cozinhar os alimentos (67,5%), não
costuma colocar mais sal na comida (92,5%) e ao consumo de bebidas alcoólicas
(90%). Destaca-se inadequação no consumo de frituras, salgadinhos e embutidos
(82,5%),
no
consumo
de
doces,
bolos,
biscoitos,
refrigerantes
e
sucos
industrializados (57,5%).
Tabela 2 – Práticas alimentares descritas pelos idosos cadastrados no ESF, Ijuí
– RS, 2013
Práticas alimentares
Retira a gordura aparente de carnes e/ou frango
Costuma consumir frituras, salgadinhos e embutidos
Costuma consumir doces, bolos, biscoitos, refrigerantes e
sucos industrializados
Tipo de gordura para cozinhar os alimentos
Costuma colocar mais sal na comida
Consumo de bebidas alcoólicas
Total
Classificação Adequada Inadequada
N
% N
%
28
70 12
30
82,5
7
17,5 33
57,5
17
42,5 23
27
37
36
40
67,5
92,5
90
100
13
3
4
40
32,5
7,5
10
100
12
4 DISCUSSÃO
Os resultados observados no presente estudo apontam para aspectos
relevantes ao sinalizar que os idosos apresentam inadequação, quanto aos hábitos
alimentares saudáveis preconizados.
O perfil socioeconômico e demográfico dos idosos estudados é semelhante
ao encontrado no país, que é característico da população idosa brasileira (IBGE).
Prevalece uma população feminina com poucos anos de estudo e de baixa renda.
Entre as principais morbidades relatadas, notou-se que hipertensão arterial foi a
enfermidade mais frequente, identificado também em estudo realizado por Malta,
Papini e Corrente (2013), Orlando et al. (2010-2011), Abreu et al. (2013).
O uso de medicamentos por um período prolongado pode interferir na
digestão, na absorção e no metabolismo de nutrientes, originando desnutrição e até
anorexia (PFRIMER; FERRIOLLI apud VITOLO, 2008). As boas condições de saúde
bucal contribuem para que as refeições não sejam restritas a alimentos difíceis de
mastigar.
Neste estudo menos da metade dos idosos entrevistados realizam atividade
física regularmente, podendo estar relacionado com as limitações decorrentes da
idade. A atividade física pode ser definida como qualquer movimento realizado pelo
sistema esquelético com gasto de energia, o que requer um profissional capacitado
e habilitado para esse fim (SILVA, 2012). A prática de atividade física aliada à
alimentação saudável, melhora a qualidade e expectativa de vida, atuando na
prevenção do desenvolvimento de doenças, além de melhorar o controle das
comorbidades associadas (MACHADO, 2009). Barreto et al. (2005) acrescentam que
o estilo de vida ativo diminui o risco de DCNT, da mortalidade geral e doenças
cardiovasculares.
Durante o dia é necessário que realize pelo menos três refeições (café da
manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia, para que haja um
fracionamento adequado aumentando a frequência e diminuído o volume da
refeição. Neste estudo não ouve um fracionamento adequado da dieta, pois a
maioria os idosos relataram consumir quatro refeições dia. Porém estudo realizado
com idosas atendidas no Núcleo de Atenção ao Idoso da Universidade Federal do
Recife, identificaram que 87,7% e 43,4% realizavam três refeições diárias e dois
lanches, respectivamente (AMADO; ARRUDA; FERREIRA, 2007).
13
A distribuição adequada das refeições estimula o funcionamento do intestino
e evita que se coma fora de hora, garantindo assim o fornecimento de nutrientes e
energia, causando maior conforto e apetite para pessoa idosa.
A avaliação dos hábitos alimentares realizada com o auxílio do questionário
de frequência alimentar (QFA), identificou a inadequação no consumo do(s) grupo(s)
alimentar(es), tais como: as frutas, legumes e verduras, carboidratos, leite e
derivados, leguminosas e água, considerados como protetores a saúde. O consumo
irregular de frutas, verduras e legumes teve uma elevada prevalência entre os
idosos,
semelhante
ao
encontrado
em
outros
estudos
(MALTA;
PAPINI;
CORRENTE, 2013; HEITOR; RODRIGUES; TAVARES, 2013). Por outro lado,
estudo na cidade de Pelotas-RS encontrou um consumo adequado de frutas e
hortaliças entre os idosos (VINHOLES; ASSUNÇÃO; NEUTZLING, 2009).
Estudo realizado por Viebig et al. (2009) com idosos na cidade de São Paulo
constatou que o consumo insuficiente de frutas e hortaliças está intensamente
associado com a escolaridade e a baixa renda dos idosos, e que o consumo destas
aumenta logo que melhora o nível de escolaridade e a renda dos indivíduos, esta
associação condiz com o descrito pela pesquisa.
Brasil (2007) recomenda uma ingestão de três ou mais porções de frutas,
legumes e verduras diariamente. Considerando esta recomendação percebe-se o
baixo consumo deste grupo de alimentos. Essa situação precisa ser observada com
mais atenção, uma vez que evidências indicam que dietas ricas em frutas e
hortaliças contribuem para a proteção à saúde e diminuição do risco de ocorrência
de várias doenças.
Brasil (2006) ressalta a importância de frutas, verduras e legumes,
destacando aqueles fortemente coloridos, frescos, por serem fontes ricas de
vitaminas, minerais e fibras, além de contribuírem com propriedades antioxidantes
auxiliando na prevenção e no controle da obesidade, diabetes, doenças cardíacas e
alguns tipos de câncer.
Quanto ao consumo de leguminosas a maioria dos idosos relatou consumir
menos de cinco vezes por semana. Estudo realizado no RS com idosos também
observou consumo insuficiente deste grupo de alimentos (BOZ; SANTOS; MENDES,
2010). Segundo Brasil (2006) a queda do consumo deste grupo de alimentos tem
sido atribuída à inclusão cada vez maior de alimentos industrializados e menos
saudáveis, acrescenta ainda que as leguminosas são os vegetais mais ricos em
14
proteína, contêm fibras, vitaminas e minerais, além de ser importante fonte de
energia para famílias de baixa renda, e que a preparação típica brasileira, feijão com
arroz é considerada uma combinação saudável e nutritiva (BRASIL, 2006).
Os carboidratos são a maior fonte de energia para o organismo. A maioria dos
idosos nesta pesquisa relatou consumir mais que seis porções/dia. Diferente ao
encontrado em estudo com idosos de município paulista quando consumo médio
observado foi insuficiente para o grupo dos cereais, pães, raízes e tubérculos
(MALTA; PAPINI; CORRENTE, 2013).
Quando há um consumo de alimentos ricos em carboidratos maior que o
recomendado, com pouca variedade nos tipos de alimentos consumidos, essa
alimentação será concentrada em energia, característica que está associada ao
excesso de peso e obesidade e a outras DCNT. A quantidade adequada de
alimentos com carboidratos em sua forma integral, ou seja, que conservaram a fibra
alimentar, ajuda a função intestinal, protegendo contra a constipação intestinal e
possivelmente contra a doença diverticular e o câncer do cólon (BRASIL, 2006).
Quanto ao grupo dos alimentos de origem animal Brasil (2007) recomenda o
consumo de três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes
ou ovos diariamente, sendo indicado retirar a gordura aparente das carnes e a pele
das aves antes da preparação. A maioria dos idosos desta pesquisa relatou
consumir uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos, de acordo com o
recomendado.
Todos estes alimentos são fontes de proteínas, vitaminas e minerais e fazem
parte de uma alimentação nutritiva, contribuindo para a saúde do idoso. Lembrando
que é necessário que o consumo destes alimentos esteja adequado, pois o
colesterol está presente nos produtos de origem animal, e o consumo excessivo
destes contribui para o aumento do colesterol sanguíneo, aumentando o risco de
desenvolver problemas cardiovasculares (SILVA, 2012). O consumo irregular de
peixes teve uma alta prevalência entre os idosos, como não foi avaliada a forma de
preparo do consumo de peixe, limitou a classificação deste alimento como hábito
alimentar saudável.
A maioria dos idosos nesta pesquisa não atingiu o consumo adequado do
grupo de leites e derivados. Apenas um dos participantes consumia estes alimentos
de acordo com o recomendado. Estudo com idosos na zona rural do município de
Uberaba-MG, que considerou os mesmos índices para alimentação saudável,
15
verificou resultados semelhantes a este estudo o consumo de três porções/dia de
leites e derivados foi o menos referido (HEITOR; RODRIGUES; TAVARES, 2013).
Estudo transversal, com trezentos idosos de ambos os sexos, no Centro de
Saúde Escola Geraldo de Paula Souza, localizado na zona oeste do município de
São Paulo verificou um consumo médio de uma porção deste grupo de alimentos,
semelhante ao encontrado neste estudo (PASSANHA et al., 2011).
Segundo IBGE (2011) idosos apresentam maior percentual de inadequação
das vitaminas E, D e cálcio, tanto os homens quanto as mulheres nas áreas urbana
e rural. Os resultados encontrados mostram-se preocupantes, pois os leites e
derivados são considerados as principais fontes de cálcio, na alimentação,
fundamentais para a saúde óssea do idoso, um dos fatores relacionados ao baixo
consumo deste grupo de alimentos é a substituição do leite pelo consumo de
refrigerantes (PEREIRA et al., 2009).
É importante considerar que o consumo de alimentos de origem animal deve
ser moderado, devido ao alto teor de gorduras saturadas, que aumentam o risco de
desenvolvimento da obesidade, de doenças cardíacas e outras doenças, incluindo
alguns tipos de câncer (BRASIL, 2006).
Um total de 55% dos idosos relatou consumir menos de quatro copos de água
diariamente, dado este semelhante ao estudo realizado em Erechim – RS
verificaram que 50% dos idosos consumiam água e os demais consumiam líquidos,
estando incluídos neste, o consumo de refrigerantes e sucos industrializados
(CARVALHO; ZANARDO, 2010). Outra pesquisa realizada o RS refere baixa
ingestão do consumo de água por parte dos idosos (KÜMPEL et al., 2011).
Segundo Waitzberg (2004) à medida que envelhecemos, há uma diminuição
da proporção de água no organismo. Os idosos, além de possuírem menor
quantidade de água, cerca de 40% a 50% do peso corpóreo, também são mais
vulneráveis à perda de água do que os jovens. A desidratação é comum entre os
idosos e está relacionada com muitas doenças degenerativas relacionadas à idade
provocando delirium, problemas de deglutição e constipação intestinal (VITOLO,
2008).
Dos idosos estudados 57,5% apresentaram inadequação do consumo de
doces, bolos, biscoitos e outros alimentos ricos em açúcar. A POF, conduzida pelo
IBGE entre os anos de 2008-2009 para a população brasileira constatou que os
idosos apresentaram menor consumo de açúcar total, sendo o consumo dos
16
adolescentes 30% mais elevado do que entre os idosos, e 15% a 18% maior entre
os adultos. É importante considerar que o consumo elevado de alimentos com
adição de açúcares pode substituir ou reduzir a ingestão de alimentos importantes
para uma alimentação saudável (IBGE, 2011).
No que se refere às frituras, salgadinhos e embutidos verificou-se
inadequação do consumo em 82,5% dos idosos estudados. A literatura traz que
gorduras, açúcares e sódio presente nos alimentos industrializados, quando
frequentes e em grande quantidade aumenta o risco de doenças como obesidade,
hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração (BRASIL, 2006). A ingestão
destes alimentos na população idosa deve ser reduzida, pois grande parte dos
idosos deste estudo apresentam hipertensão e DM e ainda hábitos alimentares não
saudáveis que poderão influenciar ao aparecimento ou agravamento destas
comorbidades.
Os hábitos e práticas alimentares observados entre os idosos trazem
inquietação, pois para quase todos os resultados observou-se inadequação e esta
situação podem trazer prejuízos à saúde do idoso, além de contribuir para o
agravamento de doenças decorrentes da idade. Outro aspecto a destacar será a
baixa renda referida pelos idosos o que pode prejudicar o acesso aos alimentos
saudáveis como as frutas, verduras e legumes, que geralmente tem custo mais
elevado.
5 CONCLUSÃO
Os resultados encontrados no presente estudo aumentam o conhecimento
sobre o consumo alimentar, as práticas alimentares e outras características de
saúde dos idosos, contribuído para criar estratégias de intervenção, auxiliando o
nutricionista e a equipe de saúde na adoção de práticas alimentares saudáveis.
Neste estudo a maioria dos idosos apresentou baixo consumo de frutas,
verduras e legumes, leguminosas, leite e derivados e água, aumento no consumo de
carboidratos e inadequação do consumo de alimentos ricos em açúcares, frituras,
salgadinhos e embutidos.
Os hábitos alimentares não saudáveis apresentados pelos idosos, juntamente
com as patologias apresentadas estão intimamente ligados ao comportamento e as
escolhas alimentares realizadas ao longo da vida, lembrando que nunca é tarde para
17
iniciar hábitos alimentares saudáveis, mas, quanto mais cedo começar as mudanças
no comportamento alimentar melhor será a prevenção, assim proporcionará um
envelhecer saudável.
Resultados expressivos em prol de longevidade com melhor qualidade de
vida podem ser alcançados com o cuidado precoce com a saúde, pois diminui os
riscos de adoecimento e, em caso de surgimento de intercorrências, o tratamento
será mais eficaz e com menor invasão, consequentemente menos oneroso para o
estado.
A equipe de saúde na atenção básica pode no cuidado individual e ou no
trabalho coletivo com a implantação e acompanhamento dos grupos de saúde
desenvolver conhecimentos sobre o cuidado na alimentação favorecendo a melhora
da qualidade de vida e trocas de saberes coletivo.
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22
ANEXOS
23
ANEXO A – Questionário da Pesquisa
Pesquisa: “CONSUMO ALIMENTAR DE IDOSOS CADASTRADOS EM UMA
ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA”
Equipe de pesquisa:
Prof. Maristela B. Busnello (Doutoranda em Educação nas Ciências – DCVida/Unijuí)
- [email protected]
Érica Carvalho Gindri (acadêmica de Nutrição/Unijuí)
1. Dados sociodemográficos:
Nome:
Idade:
Sexo: ( ) F ( ) M
Escolaridade:
( ) Sem escolaridade
( ) Ensino fundamental (1º grau) incompleto
( ) Ensino fundamental (1º grau) completo
( ) Ensino médio (2º grau) incompleto
( ) Ensino médio (2º grau) completo
( ) Superior incompleto
( ) Superior completo
Renda mensal:
( ) Menos de 1 Salário Mínimo
( ) De 1 a 2 Salários Mínimo
( ) De 2 a 3 Salários Mínimo
( ) De 3 a 5 Salários Mínimo
( ) De 5 a 10 Salários Mínimo
( ) Acima de 10 Salários Mínimo
Como o senhor(a) acha que está sua saúde?
O senhor(a) tem alguma doença? Ou toma algum medicamento todos os dias?
Como o senhor(a) acha que está a saúde da sua boca (dentes, dentadura,
gengivas)?
( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) mal ( ) péssimo
24
2. Hábitos alimentares:
1 – Qual é, em média, a quantidade de frutas (unidade/fatia/pedaço/copo de
suco natural) que você come por dia?
( ) Não como frutas, nem tomo suco de frutas natural todos os dias
( ) 3 ou mais unidades/fatias/pedaços/copos de suco natural
( ) 2 unidades/fatias/pedaços/copos de suco natural
( ) 1 unidade/fatia/pedaço/copo de suco natural
2 – Qual é, em média, a quantidade de legumes e verduras que você come por
dia?
( ) Não como legumes, nem verduras todos os dia
( ) 3 ou menos colheres de sopa
( ) 4 a 5 colheres de sopa
( ) 6 a 7 colheres de sopa
( ) 8 ou mais colheres de sopa
3 – Qual é, em média, a quantidade que você come dos seguintes alimentos:
feijão de qualquer tipo ou cor, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja, fava,
sementes ou castanhas?
( ) Não consumo
( ) 2 ou mais colheres de sopa por dia
( ) Consumo menos de 5 vezes por semana
( ) 1 colher de sopa ou menos por dia
4 – Qual a quantidade, em média, que você consome por dia dos alimentos
listados abaixo?
a. Arroz, milho e outros cereais (inclusive os matinais); mandioca/macaxeira/aipim,
cará ou inhame; macarrão e outras massas; batata-inglesa, batata-doce, batatabaroa ou mandioquinha:_____ colheres de sopa
b. Pães:_____ unidades/fatias
c. Bolos sem cobertura e/ou recheio:_____ fatias
d. Biscoito ou bolacha sem recheio: _____unidades
5 – Qual é, em média, a quantidade de carnes (gado, porco, aves, peixes e
outras) ou ovos que você come por dia?
( ) Não consumo nenhum tipo de carne
( ) 1 pedaço/fatia/colher de sopa ou 1 ovo
( ) 2 pedaços/fatias/colheres de sopa ou 2 ovos
( ) Mais de 2 pedaços/fatias/colheres de sopa ou mais de 2 ovos
25
6 – Você costuma tirar a gordura aparente das carnes, a pele do frango ou
outro tipo de ave?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não como carne vermelha ou frango
7 – Você costuma comer peixes com qual frequência?
( ) Não consumo
( ) Somente algumas vezes no ano
( ) 2 ou mais vezes por semana
( ) De 1 a 4 vezes por mês
8 – Qual é, em média, a quantidade de leite e seus derivados (iogurtes, bebidas
lácteas, coalhada, requeijão, queijos e outros) que você come por dia?
Pense na quantidade usual que você consome: pedaço, fatia ou porções em
colheres de sopa ou copo grande (tamanho do copo de requeijão) ou xícara grande,
quando for o caso.
( ) Não consumo leite, nem derivados (vá para a questão 10)
( ) 3 ou mais copos de leite ou pedaços/fatias/porções
( ) 2 copos de leite ou pedaços/fatias/porções
( ) 1 ou menos copos de leite ou pedaços/fatias/porções
9 – Que tipo de leite e seus derivados você habitualmente consome?
( ) Integral
( ) Com baixo teor de gorduras (semidesnatado, desnatado ou light)
10 – Pense nos seguintes alimentos: frituras, salgadinhos fritos ou em
pacotes, carnes salgadas, hambúrgueres, presuntos e embutidos (salsicha,
mortadela, salame, lingüiça e outros). Você costuma comer qualquer um deles
com que frequência?
( ) Raramente ou nunca
( ) Todos os dias
( ) De 2 a 3 vezes por semana
( ) De 4 a 5 vezes por semana
( ) Menos que 2 vezes por semana
11 – Pense nos seguintes alimentos; doces de qualquer tipo, bolos recheados
com cobertura, biscoitos doces, refrigerantes e sucos industrializados. Você
costuma comer qualquer um deles com que frequência?
( ) Raramente ou nunca
( ) Menos que 2 vezes por semana
( ) De 2 a 3 vezes por semana
( ) De 4 a 5 vezes por semana
( ) Todos os dias
26
12 – Qual tipo de gordura é mais usado na sua casa para cozinhar os
alimentos?
( ) Banha animal ou manteiga
( ) Óleo vegetal como: soja, girassol, milho, algodão ou canola
( ) Margarina ou gordura vegetal
13 – Você costuma colocar mais sal nos alimentos quando já servidos em seu
prato?
( ) Sim
( ) Não
14 – Pense na sua rotina semanal: quais as refeições você costuma fazer
habitualmente no dia?
( ) Desjejum
( ) Colação
( ) Almoço
( ) Lanche
( ) Jantar
( ) Ceia
15 – Quantos copos de água você bebe por dia? Inclua no seu cálculo sucos
de frutas naturais ou chás (exceto café, chá preto e chá mate).
( ) Menos de 4 copos
( ) 8 copos ou mais
( ) 4 a 5 copos
( ) 6 a 8 copos
16 – Você costuma consumir bebidas alcoólicas (uísque, cachaça, vinho,
cerveja, conhaque etc.) com qual frequência?
( ) Diariamente
( ) 1 a 6 vezes na semana
( ) Eventualmente ou raramente (menos de 4 vezes ao mês)
( ) Não consumo
17 – Você faz atividade física REGULAR, isto é, pelo menos 30 minutos por dia,
todos os dias da semana, durante o seu tempo livre?
Considere aqui as atividades da sua rotina diária como o deslocamento a pé ou de
bicicleta para o trabalho, subir escadas, atividades domésticas, atividades de lazer
ativo e atividades praticadas em academias e clubes. Os 30 minutos podem ser
divididos em 3 etapas de 10 minutos.
( ) Não
( ) Sim
( ) 2 a 4 vezes por semana
27
18 – Você costuma ler a informação nutricional que está presente no rótulo de
alimentos industrializados antes de comprá-los?
( ) Nunca
( ) Quase nunca
( ) Algumas vezes, para alguns produtos
( ) Sempre ou quase sempre, para todos os produtos
28
ANEXO B – Parecer Consubstanciado do CEP
29
30
31
32
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