OK - Valeria - PALESTRA FEBRE AMARELA SEMINÁRIO 2012

Propaganda
“Seminário Estadual das Ações de
Controle de Febre Amarela"
PANORAMA GERAL DAS
EPIZOOTIAS DE FEBRE
AMARELA
Profa. Dra. Valéria de Sá Jayme
Escola de Veterinária e Zootecnia
Universidade Federal do Goiás
Goiânia –GO - 2012
FEBRE AMARELA
Metazoonose
Antropozoonose
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Agente = Arbovírus, pertencente à família
Flaviviridae, gênero Flavivirus
Vetores Aedes; Haemagogus; Sabethes
Apresenta sorotipo único
VETORES
Vetores no meio silvestre - Reservatórios
Haemagogus janthinomys (ou H. spegazzinii)
é o mais importante, considerando-se o
Sabethes chloropterus como secundário
Risco da reurbanização
-
Aedes (Stegomyia) aegypti
-
Aedes (Stegomyia) albopictus
Vetores / Reservatórios
Vetores
Reservatórios
Disseminadores
VETORES
RURAL
Haemogogus jatinomys
URBANO
Aedes aegypiti
Fonte: www.revelacaoonline.uniube.br
FONTES DE INFECÇÃO AO VETOR =
HOMEM E PNH
FEBRE AMARELA
DUAS FORMAS EPIDEMIOLÓGICAS DISTINTAS
SILVESTRE
URBANA
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA, ESPÉCIE VETORIAL E
TIPO DE HOSPEDEIRO
FEBRE AMARELA
Ocorre na América Central, na América do Sul e na África
Período de incubação - 3 a 6 d
Período de transmissibilidade – 1 d antes dos sintomas até
o 4º d da doença (viremia)
Sintomas iniciais - febre, cansaço, mal-estar e dores de
cabeça e musculares, náuseas, vômitos e diarréia
Evolução
hemorragias
-
em
15%
internas
dos
e
infectados:
coagulação
convulsões,
intravascular
disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos; hepatite
Choque
Vigilância da Febre Amarela no Brasil
Detecção de
caso humano
Isolamento viral
em mosquitos
Epizootia em
PNH
Impacto
epidemiológico
Ações de controle imediatas
EPIDEMIOLOGIA
Áreas de Risco para Febre
Amarela Silvestre. Brasil, 2003
Áreas de risco
Estados
Endêmica
12
População
29.327.171 hab.
Transição
parcialmente 7
22.347.837 hab.
Indene de risco potencial
parcialmente 7
4.777.348 hab.
8 e parcialmente 7
109.660.162 hab.
Indene
Fonte: MS/Secretaria de Vigilância em Saúde
Ciclos de transmissão da Febre Amarela no
Brasil
Silvestre
Macacos
Ha. janthinomys
Sa.chloropterus
Haemagogus
Sabetis
.
Macacos
(Infecção
acidental)
Urbano
Homem
Aedes
aegypti
Aedes
aegypti
Homem
ausente
desde
1942
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
• Ciclicidade
• 5 a 7 anos
• conjunção de FATORES BIOECOLÓGICOS,
SOCIAIS, ECONÔMICOS E CULTURAIS
EPIDEMIOLOGIA
A forma urbana ocorre através da transmissão
pessoa a pessoa pelo mosquito Aedes
O homem é um hospedeiro acidental
CICLO DA FEBRE AMARELA SILVESTRE
Ocorrência atual
Fonte Acha & Szyfres (1992)
IMPORTÂNCIA DOS
PRIMATAS NÃO HUMANOS
Importância dos primatas
Hospedeiros silvestres primários
Não são considerados reservatórios
Quase a totalidade dos macacos, inclusive no Brasil, foi
definida
como
hospedeiros
vertebrados
participam do ciclo natural
_________________________________________________________________________________________
____________
primários
que
Importância dos primatas
Ampla
diversidade
Ampla
distribuição
Florestas tropicais
Florestas subtropicais
______________________________________________________________________________________
____________
1
Importância dos primatas
Ocupam
diferentes níveis
das
florestas/matas
Importância dos primatas
Os Primatas:
Ocupam
habitats de
ampla
diversidade
Importância dos primatas
≠s sistemas sociais:
Casais, Monogamias
Grupo com > de 1 macho
Único macho p/ grupo
Outros...
______________________________________________________________________________________
____________
1
Hospedeiros silvestres
Principalmente PRIMATAS dos gêneros
Alouatta, Callithrix , Rhesus, Cebus e
Saimiri
Marsupiais, roedores
Fonte: www.redlist.org
Hospedeiros
Cebus sp
Foto: Rodrigo del
Valle
(macaco
prego)
Alouatta sp
Callithrix
sp
(guariba,
bugio)
Hospedeiros
(mico, soim)
Amplificadores
Disseminadores
______________________________________________________________________________________
____________
1 (BRASIL, 2005)
Hospedeiros
Hospedeiros
Amplificadores
Disseminadores
______________________________________________________________________________________
____________
1 (BRASIL, 2005)
Hospedeiros
Hospedeiros
Amplificadores
Disseminadores
______________________________________________________________________________________
____________
1 (BRASIL, 2005)
Hospedeiros
Hospedeiros
Amplificadores
Disseminadores
______________________________________________________________________________________
____________
1 (BRASIL, 2005)
Hospedeiros
Hospedeiros
Amplificadores
Disseminadores
______________________________________________________________________________________
____________
1 (BRASIL, 2005)
Hospedeiros
Hospedeiros
Amplificadores
Disseminadores
______________________________________________________________________________________
____________
1 (BRASIL, 2005)
EPIDEMIOLOGIA
Ciclo silvestre - transmissão feita por intermédio
de mosquitos, principalmente do gênero
Haemagogus
O homem susceptível pode ser infectado ao
penetrar em áreas de florestas e tornar-se fonte de
infecção para o mosquito Aedes aegypti ou Aedes
albopictus ao retornar a áreas urbanas
Vigilância de Epizootias
em Primatas Não Humanos
1a Edição: Manual de Vigilância de Epizootias em
PNH
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_vig_epizootias20
06.pdf
Epizootias em Primatas não Humanos:
1) Início em 1999
2) Trabalho com instituições colaboradoras
(meio ambiente, preservação)
3) Formação de pontos focais por Estados
(técnicos multiplicadores)
4) Expansão da rede de vigilância e notificação
(saúde e extra saúde)
5) Investigação em epizootia e monitoramento
em áreas sentinela (áreas vulneráveis)
Epizootias
Doente
Fotos:
SES/RS
Animal morto
SINAIS CLÍNICOS EM PRIMATAS
Primatas americanos:
Alouatta
Aotus
Ateles
Callithrix
Cebus
Saimiri
Sinais clínicos semelhantes
aos do homem
. Os primatas da família Callitrichidae e Cebidae são
muito suscetíveis à infecção pelo vírus e apresentam
taxas de letalidade elevadas
(HERVÉ et. al., 1985).
HISTÓRICO
•1998 – Vigilância a partir dos casos humanos
•1999 – Observação das epizootias em PNH concomitante
com a ocorrência de casos humanos (GO e TO)
FAS EM GOIÁS – CASOS HUMANOS
FAS = Abril/2007 GO Município de Jataí (Distritos próximos)
dois casos
um óbito
vacinação na área rural
DEZEMBRO/2007 – JANEIRO/2008
Novos casos suspeitos
Novos casos confirmados
Novos óbitos
Pessoas não imunizadas + histórico de entrada em área
silvestre
Distribuição das Epizootias notificadas, sem coleta
e com coleta de amostras, por ano. Brasil, 1999 a
2012
2612
epizootias
ESPIN
08/09
4517
animais
Material cedido por Araújo (2012)
ESPIN-FA 2008/2009 –
Epizootias em PNH
1.177 epizootias
notificadas
2.369 animais
envolvidos
103 descartadas
203 em
investigação
130
confirmadas
SP=2 / PR=1
* Dados até 29/05/2009
** 63 municípios
RS = 127**
ESPIN-FA 2008/2009
Fonte: SVS/MS
Material cedido por Araújo (2012)
Distribuição das Epizootias em PNH, por área de
provável infecção. Brasil, 1999 a 2012
Material cedido por Araújo (2012)
Distribuição das Epizootias em PNH por área de
provável infecção. Brasil, 1999 a 2012
Material cedido por Araújo (2012)
Distribuição das Epizootias de primatas, segundo
o resultado laboratorial para FA. Brasil, 1999 a
2012
MORTE = notificação sem encaminhamento de amostra
para laboratório
INVESTIGAÇÃO = No aguardo do resultado laboratorial
para FA
DESCARTADA = Diagnóstico laboratorial negativo para FA
CONFIRMADA = Confirmação por laboratório ou vínculo
epidemiológico
Material cedido por Araújo (2012)
Distribuição das Epizootias de primatas, segundo
o mês de ocorrência. Brasil, 2007 a 2012
Período
Sazonal
Material cedido por Araújo (2012)
“
Distribuição das Epizootias de primatas, segundo o
resultado laboratorial para FA. Brasil, 1999 a 2012
Material cedido por Araújo (2012)
Distribuição das Epizootias de primatas, segundo o
gênero. Brasil, 1999 a 2012
4517 primatas mortos nas 2612 epizootias
81,9% identificados
18,1% não identificado o gênero
Callithrix sp.
Cebus sp.
( 31,0%)
(8,0%)
Alouatta sp. 61,0%
Material cedido por Araújo (2012)
EPIZOOTIAS DE FAS EM GOIÁS
FEBRE AMARELA
RISCO DE REURBANIZAÇÃO ???
FATORES DE RISCO
FORMA URBANA
• Elevada infestação vetorial
• Número de susceptíveis
• Proximidade de foco enzoótico
• Deslocamento de infectados
FATORES DE RISCO
FORMA SILVESTRE
• Deslocamento de susceptíveis
• Densidade vetorial
• Baixa cobertura vacinal
• Presença de primatas = amplificadores
e disseminadores do vírus amarílico
•Morte de macacos
IMPORTANTE !
Presença de macacos mortos e/ou doentes é indicativo de
que o vírus da febre amarela pode ser a causa da morte do
animal e sugerir circulação do vírus no local
A informação e investigação das epizootias em PNHs podem
embasam a adoção de medidas de prevenção e controle
A comprovação do evento sentinela (epizootia de primata)
pode auxiliar na delimitação das áreas de transmissão da
doença
PREVENÇÃO E CONTROLE
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• Manter incidência zero da forma urbana
• Reduzir a incidência da forma silvestre
• Detecção precoce da circulação viral
• Estimar a população susceptível
• Avaliar o comportamento da zoonose
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ocupação do meio silvestre
Crescimento urbano desordenado
Modificações antrópicas - mineração,
hidroelétricas, monoculturas...
Ecoturismo
Migrações humanas
DIVERSIDADE DE FATORES
EPIDEMIOLÓGICOS ENVOLVIDOS
Áreas de enchentes; carência de
saneamento; crescimento urbano
desordenado...
•Situações de lazer - ECOTURISMO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Doença de epidemiologia complexa
Conhecimento do processo Saúde-Doença
Capacitação profissional
Análise regional
Prevenção e controle
Saneamento básico e ambiental
Campanhas de Educação em Saúde
“Vontade política”
Perdas humanas e econômicas
Vigilância Eco-epidemiológica
Necessidade de Ampliação do Diagnóstico
de Epizootias em Primatas
Atualmente:
Instituto Evandro Chagas - IEC/PA
Laboratório de Referência Nacional
Instituto Adolfo Lutz - IAL/SP
Laboratório Referência Regional.
Perspectivas:
Laboratório de Patologia Veterinária UNB
Laboratório Marcos Enrieti - PR
ROMANO (2010)
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Referências
BARNETT, E. D.; Yellow Fever: Epidemiology and Prevention.
EMERGING INFECTIONS, St. Louis, v. 44, n.15, p. 850-856,
2007.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE,
Boletim
Eletrônico
Epidemiológico,
Situação
Epidemiológica das Zoonoses de Interesse à Saúde Pública.
Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/boletim_epidemi
ologico_zoonoses_062009.pdf. Acesso em: 10 fev. 2012.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE, Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Nãohumanos,
2005,
Disponível
em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/epizootias.pdf
Acesso em: 11 fev. 2012.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE, Guia de Vigilância Epidemiológica, 2005. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/febre_amarela
_gve.pdf. Acesso em: 11 fev.2012
Referências
TUBOI, S. H. COSTA, Z. G. A. VASCONCELOS, P. F. C. HATCH, D. L.,
Clinical and epidemiologic characteristics of Yellow Fever in
Brazil: analysis of reported cases, 1998-2002. Transactions of
the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, v.101, n.2,
p.169-175, 2007.
VASCONCELOS, P. F. C. Febre amarela. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical, Brasília, v. 36, n.1, p. 275-293,
2003.
VASCONCELOS P. F. C. BRYANT, J. E. TRAVASSOS DA ROSA, E. S.
TESH, R. B., RODRIGUES, S. G., BARRETT, A. D. T. Emerging
Infectious Diseases, Atlanta, v. 10, n.1, p.1578-1584, 2004
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO), GLOBAL ALERT AND
RESPONSE (GAR). The yellow fever
initiative: an
introduction
Disponível
em:
http://www.who.int/csr/disease/yellowfev/introduction/e
n/index.html. Acesso em: 10 fev.2012
OBRIGADA!
Profa.Dra.Valé
Profa.Dra.Valéria de Sá
Sá Jayme
Escola de Veteriná
Veterinária – UFG
(0xx62)3521(0xx62)3521-1527
[email protected]
Download