Mulheres no Mercado de Trabalho Mayara de Oliveira Ramos Bacharel em Relações Internacionais UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá [email protected] Rubens Carneiro Ulbanere Coordenador do Núcleo de Pesquisas Fernando Eduardo Lee UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá [email protected] Bruno Silva de Jesus Especialista em Gestão Estratégica USP – Universidade de São Paulo [email protected] RESUMO Há décadas vem sendo discutida a participação da mulher no mercado de trabalho conforme Priore (1997). O perfil das vagas ocupadas pelas mulheres vem sendo alterado nos últimos anos, em face das suas especialidades e habilidades conforme estudos de Júlio (2002). Com este trabalho procurou-se atender a dois objetivos: a) Analisar a participação das mulheres no mercado de trabalho. b) Identificar mulheres que fazem parte da história. A metodologia utilizada é de pesquisa bibliográfica, com estudos nas fontes e rede da internet. As principais conclusões mostram que a mulher ganhou significativa evolução no mercado de trabalho, devendo ser protagonistas no forjamento de uma nova consciência social que impulsione o estabelecimento de simetria nas relações de gênero. A auto-organização feminina com vistas a lutar pela igualdade é que poderá reverter a discriminação ainda presente na sociedade brasileira. Palavras-chave: Trabalho da mulher; Mercado de trabalho; Capacitação da mulher. SUMMARY Has been discussed for decades women's participation in the labor market as Priore (1997). The profile of the jobs occupied by women has been changed in recent years in view of their expertise and skills as studies Julio (2002). This work aimed to meet two objectives: a) analyze the participation of women in the labor market. b) Identify women who are part of history. The methodology used is a literature search, studies on the sources and the internet network. The main findings show that the woman has gained significant developments in the labor market, should be the leaders in forging a new social consciousness that drives the establishment of symmetry in gender relations. The female self-organization in order to fight for equality is that you can reverse discrimination still present in Brazilian society. Keywords: Women's work, The labor market, Women's empowerment. 1. Introdução. Atualmente o perfil das mulheres é muito diferente daquele do começo do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os homens, ela aglutina as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona de casa, conforme Ramos (2000). Percorrendo o caminho profissional, as mulheres acreditaram na idéia de que era possível conciliar casa e carreira e foram à luta construindo uma dupla jornada de trabalho. Enquanto os homens preocuparam-se mais com o poder e ascensão individual, as mulheres seguiram valorizando mais a coletividade do que o individualismo. As mulheres apresentam maior sensibilidade e liderança nas relações humanas e, por isso, se destacam mais em cargos de chefia, procurando encorajar a participação dos empregados, a divisão de responsabilidades e as diversidades individuais de cada membro da sua equipe. Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas. Apesar da evolução da mulher dentro de uma atividade que era antes exclusivamente masculina, e apesar de ter adquirido mais instrução, os salários não acompanharam este crescimento. As mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a mesma função. Conforme o salário cresce, cai a participação feminina. Entre aqueles que recebem mais de vinte salários, apenas 19,3% são mulheres. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) (2010), o salário médio de admissão dos homens teve um acréscimo de 3,88% (subindo para R$ 832,49), ante um aumento de 1,93% (subindo para R$ 736,63) para as mulheres. Os índices mostram que, apesar do crescimento considerável do número de mulheres no mercado de trabalho, existe uma diferença significativamente inferior no aumento dos salários das trabalhadoras em relação ao dos homens. Estudo divulgado pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) (2010), mostra que 17,1% das mulheres da População Economicamente Ativa (PEA) tinham o nível superior completo, ante 13% dos homens. Em 2000, esse percentual era de 12,9% para as mulheres e de 10,8% para os homens. Houve aumento na educação das mulheres, se em 2000 a maior parte da população Economicamente ativa com nível superior era composta por homens (51,3%), hoje essa posição é ocupada pelas mulheres (53,6%). Quanto maior o grau de instrução, maior é a diferença salarial entre homens e mulheres, segundo dados divulgados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Nos cargos com nível superior completo, a diferença de remuneração entre homens e mulheres é maior: elas recebem 63,8% do valor pago a eles para as mesmas funções, menos que em 2000, quando esse percentual era de 65,2%. Pelo menos, elas já provaram que além de ótimas donas de casa, podem também ser boas motoristas, mecânicas, engenheiras, advogadas e sem ficar atrás de nenhum homem. Já está mais do que provado que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si, de conquistar aquilo que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história. Embora exista certa discriminação em relação ao trabalho feminino, elas estão conseguindo um espaço muito grande em áreas que antes era reduto masculino, e ganhou o respeito mostrando um profissionalismo muito grande. Apesar de ser de forma ainda pequena, está sendo cada vez maior o número de mulheres que ganham mais que o marido. O grande desafio para as mulheres dessa geração é tentar reverter o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres. 2. Objetivos. O objetivo geral desta pesquisa é enfatizar a importância da mulher no mercado de trabalho e no âmbito familiar. Os objetivos específicos, são: a) Analisar a participação das mulheres no mercado de trabalho; b) Identificar mulheres que fazem parte da história. 3. Justificativa. A luta das mulheres por igualdade profissional vem de longa data. Melhores salários, oportunidades iguais às dos homens, mas, acima de tudo, respeito no ambiente profissional. A inserção, cada vez mais crescente, da mulher no mercado de trabalho se dá em razão do avanço e crescimento da industrialização no Brasil. Com dedicação e profissionalismo, a mulher tenta atingir o padrão de perfeição no trabalho, em especial pela capacidade empreendedora e a seriedade com que enfrenta os desafios que se apresentam. A inserção feminina no mercado de trabalho tem sido competitiva em relação ao universo masculino. É relevante a importância do estudo e a compreensão do contexto feminino no mercado de trabalho. Aonde elas vêm se destacando, criando mecanismos para as protegerem de toda a desigualdade. As mulheres merecem serem respeitadas por toda a capacidade e determinação na busca de um futuro bem sucedido. 4. Materiais e métodos. Como procedimento metodológico, fez-se uso de pesquisa bibliográfica, que foi baseada na consulta de livros, teses, artigos, revistas, sites de Internet, dentre outros. Foram obtidas informações de dados estatísticos obtidos do IBGE, PNAD, SEADE, DIESE, sempre utilizando a questão de gênero como perspectiva para a análise do material encontrado durante a pesquisa. Foi aplicada pesquisa de campo, sendo que a amostra é constituída por mulheres trabalhadoras, escolhidas aleatoriamente. A coleta de dados se deu através de entrevista composta de perguntas objetivas. Após a aplicação deste, foi feita tabulação dos dados encontrados para obtenção dos resultados, com análise da evolução da ocupação de vagas no mercado de trabalho, nos últimos vinte anos, estudando também as desigualdades. 5. Revisão bibliográfica 5.1 Inserção feminina no mercado de trabalho. As igualdades entre homens e mulheres foram acontecendo por uma sucessão de atos desenvolvidos por um movimento chamado: Feminismo. Feminismo é um movimento social, filosófico e político que visa os direitos iguais e uma vivência humana liberta de padrões opressores, antigamente, por exemplo, mulheres (ativistas femininas) fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres, pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença maternidade e salários iguais. No Brasil o feminismo, com o mesmo objetivo geral desafiou a ordem conservadora que excluía a mulher de votar, do direito como cidadã e lutou pela libertação com relação à dominação masculina em todos os aspectos da vida da mulher. Com o passar do tempo, o movimento ganhou forças e visibilidade no plano internacional, as mulheres então estavam conquistando seu espaço. O crescimento da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro foi uma das mais marcantes transformações ocorridas no país desde os anos setenta. A partir daí, aumentou a participação das mulheres na atividade econômica, prosseguindo nos anos 80, apesar da atividade econômica estar estagnada. Nos anos 90, onde foi caracterizado pela intensa abertura econômica, pelos baixos investimentos e pela terceirização da economia, continuou a crescente incorporação da mulher na força de trabalho. Conforme Priore (1997) o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho foi contribuído, também, pelo aumento do custo de vida e a monetarização da economia, forçando as mulheres ajudar no rendimento familiar. A integração das mulheres no mercado de trabalho inicialmente foi em setores com elevadas taxas de feminilização. O emprego feminino concentra-se de trabalhadoras do setor de Saúde, Indústria têxtil, Comércio a Retalho, professoras, Cabeleireiras, Manicures, funcionárias pública. Mas o contingente das mulheres trabalhadoras está concentrado no serviço doméstico remunerado. Isto significa que em um conjunto de importantes setores empregadores, as mulheres são maioritárias. 5.2. Desigualdades no mercado de trabalho. Conforme o MT (2010) apesar das mulheres terem conquistado espaço no mercado de trabalho, o preconceito não deixou de existir. Ainda existem diferenças salariais mesmo ocupando cargos semelhantes a dos homens. A inserção das mulheres com escolaridade superior no mercado de trabalho também cresceu, no Brasil as mulheres são 44% do mercado de trabalho, e há muito tempo é maioria nos cursos universitários. Contudo, ganham 71% a menos do que os homens ganham e têm mais dificuldade de ascensão nas empresas. Segundo o Boletim Mulher & Trabalho (2011), pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a participação da mulher no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo, passou de 55,9% em 2009, para 56,2% no ano passado, mas o salário delas corresponde apenas 75,5% do que os homens recebem pelo desempenho da mesma função. A vida profissional compartilhada com as mulheres tem se revelado mais ativa, mais colorida e mais interessante. Esse intercâmbio de conhecimentos e sensibilidades tem se mostrado proveitoso para ambas as partes. Troca-se razão por criatividade, matemática por poesia, disciplina por afetividade. E vice-versa. Reafirmo a necessidade de aprendizado permanente e as mulheres são boas professoras por natureza. Enfim, diria que não importa o sexo ou a opção sexual. Quem aspira a uma carreira de sucesso tem que assumir, de agora em diante, um perfil mais feminino. E este conselho vale também para as mulheres que ainda não descobriram suas próprias virtudes (JULIO, 2002). 5.3. Marcha das margaridas A Marcha das Margaridas é uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta para conquistar visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. Em 2011, as mulheres trabalhadoras rurais, mais uma vez, estarão nas ruas, em movimento para protestas contra as desigualdades sociais; denunciar todas as formas de violência, exploração e dominação e avançar na construção da igualdade para as mulheres. Neste ano a Marcha tem como lema o desenvolvimento sustentável como justiça, autonomia, igualdade e liberdade, o que não foge muito dos anos anteriores. A Marcha acontece todos os anos em Brasília, coordenada pelo Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, composto pela Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura CONTAG. 5.4. Marcha mundial das mulheres. É um movimento social feminista internacional, luta contra a pobreza e a violência sexista, mercantilização do corpo da mulher pela legalização do aborto e outros. O movimento se inspirou na Marcha PÃO E ROSA (Julho, 1995) onde cerca de 850 milhões de mulheres percorram 200 quilômetros. Elas marchavam contra a pobreza, à conquista desta manifestação foi o aumento do salário mínimo. Com isso, se teve uma campanha entre março a outubro, onde seis mil grupos de 159 países aderiram a Marcha Mundial das Mulheres e foi feito um abaixo assinado com mais de cinco milhões de assinaturas apoiando as reivindicações das mulheres e entregue a ONU. 5.5. Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de São Paulo. É uma organização não governamental, sem fins lucrativos, apartidária e não assistencial, que agrega mulheres empresárias e profissionais com ideais comuns como: eliminação de todos os tipos de descriminação, encorajamento e promoção das mulheres à margem do mercado de trabalho, oportunidades na vida econômica. A BPW - São Paulo está ligada à Federação Nacional (BPW – Brasil) e através dela à Federação Internacional (International Federation of Business and Professional Women). Presente em mais de 100 países, com mais de 40 mil mulheres organizadas, e com forte representação em diversos órgãos da ONU. 5.6. Dia Internacional da Mulher. A ONU em 1975 oficializou o oito de março como o Dia Internacional da Mulher. A fixação da data é o reconhecimento e o coroamento de um longo processo de lutas, organização e conscientização das mulheres. Ao longo dos anos, muitas têm sido as vitórias das mulheres, conquistando seus direitos. Segundo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) 2011, atualmente o Brasil tem mais mulheres que homens, onde elas ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho. As mulheres são responsáveis por 26,0% dos domicílios brasileiros. 5.7. Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. A equidade é um dos princípios da Política Nacional para as Mulheres, aprovado na I e II conferências Nacionais de Políticas para as Mulheres, e reitera o acesso de todas as pessoas aos direitos universais e a adoção de ações afirmativas voltadas para grupos historicamente discriminados. Entre as diretrizes desta Política Nacional para Mulheres está o reconhecimento da responsabilidade do Estado na implementação de políticas que incidam na divisão social e sexual do trabalho; que priorizem a promoção de relações de trabalho não discriminatórios em razão de sexo, raça ou etnia, entre outras; e que assegurem a equidade salarial entre homens e mulheres e o acesso das mulheres a cargos de direção. 5.8. Secretaria de Políticas para as Mulheres. A Secretaria de Políticas para as Mulheres trabalha com as mulheres, para as mulheres e pelas mulheres. Foi criada através da Medida Provisória 103 (que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências), no primeiro dia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 5.9. Observatório Brasil da Igualdade de Gênero. O Observatório Brasil da Igualdade de Gênero é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República que, em parceria com outras instituições públicas e com organismos internacionais e organizações da sociedade civil, pretende dar visibilidade e fortalecer as ações do Estado Brasileiro para a promoção da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres. 5.10. Centro Feminista de Estudos e Assessoria CFEMEA. O Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFEMEA - é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, autônoma e não partidária. Atua nacional e internacionalmente em favor das mulheres, de relações de gênero igualitárias e por uma sociedade e um Estado justos e democráticos. Dentre os temas trabalhados pelo CFEMEA encontra-se o ORÇAMENTO MULHER, orientando-se pelos princípios democráticos sustentados, pelo movimento feminista, quais sejam: a igualdade, o respeito à diversidade, a autonomia das mulheres, a universalidade dos direitos, a justiça social, a transparência dos atos públicos e a participação cidadã. 5.11. Assédio Moral e Sexual à Mulher Trabalhadora. O Assédio moral, grande violência psicológica, pode ser conceituado como “qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude...) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física da vítima, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho” (HIRIGOYEN, 2002, p. 17). Todo comportamento ilícito que visa humilhação, constrangimento e pressão exacerbada na vítima, desde que ocorrido de forma repetitiva, configura o assédio. Entretanto, a omissão como o descaso reiterado pode configurar esse tipo de violência. A lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha dispõe em seu art. 7º, II: A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento, ou que lhe vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e a autodeterminação. 6. Resultados e Discussão 6.1. Crescimento e participação das mulheres no mercado. Um ramo em que a participação feminina tem crescido a nível nacional é o da construção civil que vem utilizando a mão-de-obra feminina para fazer acabamentos, montar azulejo, rejuntar e limpar. A escolha é justificada pelo fato de as mulheres serem consideradas mais organizadas e caprichosas que o sexo oposto. Enfermagem, Nutrição, Serviço Social, Psicologia e Letras aparecem como as carreiras que se apresentam destinados às mulheres, mas elas têm se sobressaído e mostrado que não ficam restritas a rótulos, buscando espaço a cada dia em profissões que fazem parte do universo masculino como Medicina, Arquitetura, Engenharia, Computação, Administração. Pesquisa feita por Regina Madalozzo, professora de economia do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), mostra que entre 1978 e 2007, o sexo feminino conquistou postos de trabalho em diversas profissões tradicionalmente masculinas. Mas o avanço ainda está longe de representar igualdade de oportunidades para ambos os sexos, afirma Regina. A pesquisa constatou ainda que as mulheres vêm avançando pouco a pouco em outras carreiras consideradas masculinas, como economia e advocacia. Um dado que chama atenção é o aumento do número de economistas do sexo feminino. Em 1978 elas eram somente 18,76%. Atualmente, ocupam 76,13% dos cargos no setor. A revista Exame (2009) que pela primeira vez uma mulher receber o Nobel de Economia desde que o prêmio foi criado, em 1969. Outro dado interessante é que as mulheres ainda ocupam 90% dos postos em carreiras consideradas femininas. Profissões como a de professor, enfermeiro, bibliotecário, secretário e atendente de creche já eram exercidas preferencialmente por mulheres em 1978 e continuam sendo. De acordo com a pesquisa, pouca coisa mudou. Há trinta anos, 90, 58% dos professores eram mulheres. Em 2007, são 81,54%. Outro exemplo: enfermeiras mulheres eram 86,94% em 1978. Agora ocupam 86,48%. “Ou estas profissões não são realmente do gosto do homem ou então têm um status tão baixo que os homens não aceitam trabalhar nelas”, justifica Regina. Atualmente as mulheres possuem representantes em quase todas as profissões. Embora sua inserção ainda se dê, predominantemente, nos segmentos menos valorizados do mercado, caso da importante presença feminina no emprego doméstico e no setor informal, as mulheres também passaram a ocupar postos em novos grupos ocupacionais. Observa-se, por exemplo, maior participação feminina no grupo de gerentes financeiras, comerciais e de publicidade, postos de trabalho historicamente destinados aos homens. Por outro lado, a maior escolaridade das mulheres, que já são maioria no ensino superior, não tem repercutido em igualdade salarial com os homens, mesmo quando exercem a mesma função. 6.2. Participação das mulheres na Petrobrás. A Petrobrás é uma das 39 empresas signatárias dos Princípios do Empoderamento das Mulheres, lançados na ONU em março de 2010. O documento lista sete princípios que fornecem às empresas orientações práticas para a promoção de igualdade de gênero no ambiente de trabalho, no mercado e na comunidade. Os signatários apoiam a ideia de que dar tratamento igual a mulheres e homens não é apenas a coisa certa a se fazer, mas também é bom para os negócios e deve ser prioridade. A participação das mulheres na Petrobrás tem crescido a cada ano. Em 2003, quando a Companhia aderiu ao Pacto Global da ONU, a Companhia contava com 4.406 mulheres em seu quadro de empregados próprios. Em dezembro de 2009, esse número subiu para 8.296 empregadas, elevando-se de 12% para 14% a participação das mulheres na força de trabalho da Companhia. Essas mulheres estão presentes em todas as áreas de negócios, serviços e unidades operacionais da Companhia, distribuídas por todas as regiões do país. Com a maior inserção das mulheres na Companhia, a Petrobrás coloca em prática um dos valores expressos no Plano Estratégico 2020, que é o respeito à diversidade humana e cultural, baseando-nos em três princípios: não discriminação, igualdade de oportunidades e respeito às diferenças. A estatal lançou em janeiro o livro “As mulheres e a Petrobrás”. O livro festeja a participação feminina no quadro de funcionários da estatal, com imagens de 150 trabalhadoras nas mais diversas funções. Até o fim da década de 70, a Petrobras não admitia mulheres engenheiras. Aproximadamente 120 imagens de trabalhadoras compõem a obra, intitulada As Mulheres e a Petrobrás, que também retrata a diversidade da mulher brasileira. Trata-se de um ensaio fotográfico, de 100 páginas, sobre a força de trabalho feminina da empresa, que mostra o crescimento da participação de mulheres nas mais diversas funções operacionais da indústria de petróleo. Foram fotografadas aproximadamente 300 trabalhadoras, entre elas, operadoras, motoristas, técnicas químicas, oficiais náuticas, contratadas por empresas prestadoras de serviço e mulheres apoiadas por projetos sociais patrocinados pela Petrobrás, de vários estados brasileiros. As 120 fotos representam a diversidade étnica e cultural da mulher brasileira e as diferentes áreas da companhia (refinarias, campos de petróleo, laboratórios, Universidade Petrobrás, terminal marítimo, navios, plataformas e escritórios). A primeira diretora da Petrobrás é Maria das Graças Foster que assumiu em 2007. A Petrobrás fechou 2007 com 7.104 funcionárias. As mulheres representam 14% do efetivo. Em 2003, eram 4.406 empregadas, equivalentes a 12% do quadro. 6.3. As mulheres como vigilantes. Em escola de formação de vigilantes, 20% da turma é composta por mulheres; o poder de observação feminino pode ser diferencial na profissão. Mercedes Aparecida de Souza, 31 anos, é casada, têm dois filhos e, há alguns dias, era apenas uma pacata dona de casa. Entretanto, desde ontem, mudou de forma radical sua rotina. Juntamente com um número crescente de mulheres, Mercedes se formou em um curso de vigilantes em Santos. Bem humorada e otimista com as possibilidades abertas, ela já manda um recado ao marido. “É bom ele andar na linha comigo. Agora, o rolo de macarrão vai ser substituído pelas balas”, diz, aos risos. Com cabelos longos e maquiadas, Mercedes e mais sete mulheres estavam lá. Elas representavam 20% do total dos alunos, o que, segundo o gerente da escola, Francisco Alves, é o número normal de mulheres no curso. Elas se formaram e buscam oportunidade de emprego. Há cerca de cinco anos, era difícil ver mulheres nas turmas. Hoje, sempre temos entre oito ou 10 em cada grupo. As empresas procuram porque sabem que um vigilante não precisa ser só baseado em força física, precisa ter inteligência também, algo que as mulheres têm de sobra. Na escola em questão, o curso dura 18 dias. Nesse período, os alunos tanto homens quanto mulheres aprendem técnicas contra incêndios, defesa pessoal, primeiros socorros, lições sobre armamento, segurança privada e, inclusive, como atirar. Habilitadas no curso, que, de acordo com os gerentes, é autorizado pela Polícia Federal, às novas vigilantes podem trabalhar em eventos, na segurança de empresas, agências bancárias, hospitais, escolta e até em carros-fortes. 6.4. As mulheres em carreira de Piloto de avião. De acordo com a Agência Nacional de Aviação (Anac), a participação feminina na aviação cresceu significativamente nos últimos anos. A agência emitiu 793 licenças para pilotos mulheres, das quais 163 habilitações estão válidas, ou seja, foram renovadas de acordo com a regulamentação. A aviação: um espaço tradicionalmente masculino, onde atuam profissionais com características de raciocínio lógico e analítico, construídas ao longo da história como peculiares aos homens. Espaço que começa agora a ser paulatinamente ocupado também pelas mulheres, que encontram nessa área um novo ponto de inserção e projeção social. As preocupações feministas estão dentro da tecnologia, não são um simples verniz retórico. Estamos falando de coabitação: entre diferentes ciências e diferentes formas de cultura, entre organismos e máquinas, conforme Giddens (1993). Entre as profissionais, das licenças válidas foram habilitadas 51 pilotos privados de avião, 65 pilotos comerciais e 15 de linha aérea (o nível mais alto da carreira na aviação civil). A Anac emitiu licenças para seis pilotos privados para helicópteros, 20 pilotos comerciais e seis de linha aérea. Mesmo assim, a Anac acredita que as mulheres ainda têm muito espaço para conquistar no setor da aviação, a ocupação representa apenas 0,8 % do total de licenças válidas em relação aos pilotos homens, que somam 54.083 licenças emitidas pela agência, sendo 14.282 renovadas. Além disso, menos de dez mulheres estão inscritas para concorrer a 213 bolsas de estudos do projeto Jovens Pilotos para a Aviação Civil, oferecidas pela Anac. A bolsa cobre 75% das horas de voo necessárias para a formação dos pilotos. As aulas acontecerão em 19 aeroclubes de oito estados (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Maranhão e Tocantins). 6.5 As mulheres como Mecânicas de automóveis. As mulheres já estão emprestando seu profissionalismo também no universo da mecânica de automóveis, outro reduto profissional tipicamente masculino. Quem vê uma mulher, não diz que é uma técnica em automobilística e elas enfrentam milhares de desafios diários, por se tratar de uma mulher com força física inferior a da maioria dos homens. Algumas mulheres são levadas a assumirem “papéis masculinos” pela necessidade, mas outras o fazem por enfrentamento. No entanto, não se pode negar que o mundo inteiro está reavaliando uma série de conceitos. Alguns homens também já estão entrando em territórios dantes femininos e desbancando muitas de nós na cozinha e em outras atividades domésticas. Os dois sexos estão se permitindo experimentar a vida na esperança sempre de alcançar a harmonia, o bem estar. A tecnologia de automóveis se renova quase que diariamente. A gente está sempre tendo que aprender mais e mais, diz Elaine da Silva (23) Mecânica de automóveis. 6.6 Nova carreira para as mulheres - Prático de navio. Em março de 2010, a Praticante de Prático Fernanda Letícia da Silva foi aprovada no exame para Prático de Porto em Santos, após realizar uma manobra, de atracação com giro do navio F.D. Salvatore Pollo, graneleiro de bandeira italiana com 225 metros de comprimento e 11,26 metros de calado, ao TGG Terminal de Graneis do Guarujá. A Praticante de Prático Letícia Silva, 26 anos, Primeiro Oficial de Náutica, formada pela EFOMM (Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante), despachava na função de Imediato de um navio antes do seu estágio no Porto de Santos, para o qual foi aprovada em 30º lugar através de concurso nacional com 117 vagas para vários portos brasileiros em 2008. Tripulou diversos tipos de navios mercantes na costa leste da América do Sul (ECSA) e entre Brasil e Europa, além de navios de offshore com posicionamento dinâmico no Golfo do México (GoM/USG) e na Bacia de Campos, acumulando mais de 300.000 milhas navegadas. Durante seu tempo em terra dedicou-se a atividades extracurriculares em prol das Marinhas Mercante e do Brasil tendo seu trabalho reconhecido em 2006 quando foi condecorada com a Medalha Mérito Tamandaré, ainda como Praticante de Oficial de Náutica, a mais jovem Oficial Mercante a recebê-la. 6.7. Exemplos de mulheres que fazem parte da história. Dentre as mulheres que fizeram história no mundo podem ser destacadas: Dona Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, conhecida como Princesa Izabel. Nasceu no Rio de Janeiro, 29 de julho de 1846 e faleceu na França em 14 de novembro de 1921. Ela assumiu a regência do trono do Brasil em três ocasiões, na qualidade de herdeira de seu pai, o imperador Dom Pedro II, e da imperatriz Dona Teresa Cristina de Bourbon - Duas Sicílias. Foi à primeira senadora do Brasil, terceira Chefe de Estado brasileira e a última princesa imperial do Brasil. Foi cognominada a Redentora por ter, abolido a escravidão do Brasil, através da Lei Áurea, foi responsável também pela assinatura da Lei do Ventre Livre (1871), que estabeleceu liberdade aos filhos dos escravos. Com a morte de seu pai, em 1891, tornou-se chefe da Casa Imperial do Brasil e a primeira na linha sucessória ao extinto trono imperial brasileiro, sendo considerada, Sua Majestade Imperial, Dona Isabel I, Por Graça de Deus, e unânime aclamação dos povos, Imperatriz constitucional e Defensora Perpétua do Brasil, conforme dizia a Constituição de 1824. Nascida a 21 de Abril de 1926, em Mayfair, Londres, é a mais velha monarca britânica de todos os tempos. Conhecida por Rainha Elizabeth II, tendo como título oficial: Isabel Segunda, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã- Bretanha e Irlanda do Norte e de seus outros Reinos e Territórios Rainha, Chefe da Comunidade Britânica das Nações, Defensora da Fé. Nísia Floresta Brasileira Augusta, nascida em 12 de outubro de 1810, faleceu em 24 de abril de 1885. Foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira. É considerada uma pioneira do feminismo no Brasil e foi provavelmente a primeira mulher a romper os limites entre o espaço público e privado, publicando textos em jornais, na época a imprensa nacional ainda engatinhava. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e escravos. Dilma Vana Rousseff nasceu em 1947. É uma economista e política brasileira, e a atual presidenta da República Federativa do Brasil. Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e posteriormente, da Casa Civil. É a primeira mulher a ser eleita para o posto de Chefe de Estado e de Governo. Estão retratadas representantes do mundo artístico, como as cantoras Elis Regina, Rita Lee e Maria Bethânia, além das atrizes como Ruth de Souza (primeira atriz negra), artistas plásticas, e a primeira miss negra brasileira Vera Lucia Couto. Entre as feministas está Bertha Maria Julia Lutz, criadora da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, em 1922, onde lutou pelo direito das mulheres de votar e ser votada levou o governo de Getúlio Vargas a promulgar o novo Código Eleitoral em 1932, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras. Entre mais de uma centena de mulheres que deixaram sua marca na história, permitindo a inserção da espécie feminina no contexto mundial, sendo reconhecidas e respeitadas igualitariamente. Atualmente as mulheres têm confirmado que o “sexo frágil” pode ser mais forte do que se pensa e tem ganhado muito espaço, um exemplo é a profissão de motorista de caminhão, ônibus e táxis, impressionantemente crescente no meio feminino. As mulheres têm ganhado forças na ciência e no conhecimento também não tem sido diferente, a primeira astronauta mulher foi à russa Vantina Tereshkova, de 25 anos na época, tornou-se um ícone da luta feminina, provando que as mulheres podem fazer e ir onde quiserem até mesmo às estrelas. A primeira mulher Juíza de futebol foi uma brasileira, Asaléa de Campos, que teve seu diploma reconhecido em 1971. As forças Armadas, durante muito tempo, constituíram um território restrito aos homens, mas em 1979, ingressaram no Exército Brasileiro as primeiras mulheres do colégio Militar. O nome escolhido para a turma foi da primeira mulher que exerceu a função de soldado no país, Maria Quitéria de Jesus. É visível que o preconceito entre os sexos, através destas mulheres com empenho único e uma visão excepcional, está sendo quebrado. Mas, em outras áreas de atuação, profissionais do sexo feminino já ocupam cargos expressivos há algum tempo. Na segurança pública e no judiciário, são inúmeros os exemplos de mulheres que exercem liderança e influência e, no Estado de São Paulo, pela primeira vez uma mulher assume a Secretaria de Justiça. A procuradora da Justiça Eloisa Arruda foi convidada pelo governador Geraldo Alckmin para assumir o cargo. As mulheres passam a ocupar cargos cada vez mais importantes no cenário nacional. Na política, o ponto máximo foi à chegada de Dilma Rousseff à Presidência da República, a primeira presidente mulher da história do país. Dilma Rousseff (PT), 62, chega ao poder em 2011 com ao menos dois desafios pela frente: enfrentar a resistência e o preconceito por parte dos homens, e conquistar avanços pelos quais as brasileiras vêm lutando ao longo das últimas décadas. Segundo pesquisadoras do movimento feminista ouvidas pelo portal R7 (2010), a vitória da petista consagra a “onda feminina” da América Latina, que, na última década, assistiu às vitórias de Michelle Bachelet (Chile), Cristina Kirchner (Argentina) e Laura Chinchilla (Costa Rica), embora chegue com certo atraso em relação aos vizinhos. Em seu discurso de vitória, a presidente eleita se comprometeu a lutar pela “igualdade de oportunidades para homens e mulheres”, e lembrou que o resultado das urnas consagra um momento histórico da democracia brasileira. 7. Conclusões. Os movimentos feministas e a relativa emancipação da mulher destacaram a importância das relações entre os gêneros. Este debate, que perpassa por todas as esferas sociais, também é enfrentado no âmbito das relações trabalhistas. Atualmente, a mulher encontra-se inserida de forma direta no processo de produção material da sociedade, o que tem gerado uma gama enorme de debates e modificações relevantes na estrutura social, visto que à mulher ainda se atribui a responsabilidade por toda a organização e manutenção moral do espaço doméstico. Neste novo contexto no qual a mulher se encontra é que ganha importância à discussão acerca de sua efetiva inserção no mundo do trabalho e da persistência da discriminação sexista neste meio. Historicamente, as mulheres ocupam posição inferior aos homens no mercado de trabalho. Além dos diversos outros preconceitos e obstáculos que enfrentam pelo simples fato de serem mulheres, os dados demonstram que, mesmo com a existência de alguns avanços, a mão de obra feminina segue desvalorizada em relação ao trabalho masculino. Mesmo todo o aparato legal, de importância inegável, não será capaz de reverter esta situação. Faz-se necessário que a opressão da mulher seja encarada como um problema real ensejando a implementação de políticas públicas voltadas à promoção da igualdade entre os gêneros. As mulheres devem ser as protagonistas no forjamento de uma nova consciência social que impulsione o estabelecimento de simetria nas relações de gênero. A autoorganização feminina com vistas a lutar pela igualdade é que poderá reverter a discriminação ainda presente na sociedade brasileira. Apesar dos avanços conquistados pelas mulheres, ainda é visível a desigualdade de gênero, tanto com relação ao salário pago as mulheres para a mesma função dos homens quanto à inserção no mercado de trabalho. Há muito preconceito, e neste trabalho foi possível verificar que a mulher é tão ou mais competente que os homens. 8. Referências citadas e selecionadas. BLOG MARI FUXICO. Disponível em: http://marifuxico.blogspot.com/2011/02/diferencasalarial-entre-homens-e.html#ixzz1bnheDyrd. Acesso em 13/10/2011 BOAS, Sérgio Villas. 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