REPRESENTAÇÕES DO GÊNERO FEMININO NA POLÍTICA BRASILEIRA NA MÍDIA IMPRESSA Patrícia Tagliaferro (IC-Voluntária), Profª Drª Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira (Orientador), e-mail: [email protected]. Resumo A presente pesquisa propõe uma reflexão sobre a representação da mulher na política brasileira na mídia impressa tomando como corpus manchetes e artigos publicados em revistas de circulação nacional que retratam a posição ocupada por ela na sociedade contemporânea e sua evolução desde os anos 90, em especial a Revista Veja. Dentro dessa perspectiva, essa pesquisa focaliza a presença da mulher no cenário político por meio do estudo da Análise do Discurso de linha francesa. Palavras-chave: mulher, política, mídia, gênero. Introdução Na sociedade burguesa do século XVII, havia a prevalência de características patriarcais, em que o machismo e moralismo tinham grande destaque nas relações sociais. O homem era o portador da habilidade na política, enquanto as mulheres eram totalmente desligadas de tais assuntos. Havia uma distribuição de tarefas para ambos os sexos e essas eram feitas de acordo com as condições culturais da época. A partir do século XX, entre as décadas de 60 e 70, acontece o surgimento da crítica quanto às representações femininas, nas mais variadas posições dentro da sociedade e, ao analisar a questão da inserção da mulher na política, deparamos ainda, mesmo com algumas conquistas das mulheres, com uma grande diferença e uma imposição, que traduz a evidência do homem evidente na arena política. Devido a todos esses obstáculos que se fez e de certa forma, ainda se faz presente, na conceituação das diferenças entre homens e mulheres, vê-se o surgimento e a pertinência de uma intervenção feminina pela busca, cada vez maior, do conhecimento para que assim possa conquistar uma participação ativa, a fim de quebrar com esse paradigma, essa desigualdade que existe na sociedade. É na década de 70, em meio ao regime militar que as mulheres saem às ruas, buscando transformações, e pelos movimentos feministas, que elas conseguem recuperar seus papéis dentro da sociedade e conquistar sua participação na arena política brasileira. No presente trabalho, o intuito é a análise das representações da mulher na política brasileira que ocorre na mídia impressa, os aspectos e os recursos utilizados para se referir à participação feminina. Ao analisar a representação da mulher na mídia impressa, deparamo-nos com o estudo da linguagem, e o uso da formação de idéias nas questões políticas e sociais de um país é importante, para que possamos compreender mudanças que aconteceram, e compreender os contextos ideológicos e sociopolítico que estão inseridos na sociedade que vivemos. Mais do que isso é saber que, é com a representação que conseguimos identificar a construção dos elementos de poder, dominação e os valores que estão de alguma maneira, inseridos dentro da comunidade brasileira. Materiais e Métodos Os materiais utilizados foram revistas “Veja” que fossem representadas por mulheres diretamente envolvidas na arena política brasileira na capas, e, por conseguinte, analisar o modo com que o gênero feminino era representado na mídia impressa, além das capas, foram analisadas as reportagens e a própria linguagem utilizada pela revista. Resultados e Discussão A grande discussão é acerca do preconceito que ainda existe quanto à participação feminina na política, muitas ainda não ganharam força, e ainda lutam pela igualdade e sua representação na política. Conclusões Embora, a mulher não tenha conquistado sua absoluta participação no setor político, verificamos que ela luta insistentemente por sua igualdade social. Não somente no âmbito da política, mas em todos os setores. Com a pesquisa realizada, observamos a revolução feita pelas mulheres, toda a luta em prol do destaque da presença feminina. Apesar de, em 1932, ter conquistado o direito ao voto, sob o sufrágio universal feminino, ela, ainda, substancialmente continua ligada e vinculada ao sistema patriarcal. O que não lhe permite o direito pleno que é dado teoricamente a ela. Foram encontradas poucas revistas que estampa-se na capa mulheres envolvidas no ambiente político, uma vez que essas ainda estão em processo de transformação e de conquista nessa área, que ainda, predominantemente é composta pelo sexo masculino. De certa forma, concluímos que mesmo com tantas conquistas, ainda se vê o poder como algo natural ao homem e é, por isso, que percebemos a dificuldade de se chegar a um patamar consideravelmente igual ao do sexo masculino Referências COELHO, Leila Machado. Identidade feminina no cenário político brasileiro: análise de uma expressão contemporânea do mito Lilith. São Paulo, 2006.191p. Dissertação em Mestrado em Psicologia, Universidade São Marcos. COELHO, Nelly Novaes. A emancipação da mulher e a imprensa feminina (século XIX século XX), São Paulo,2001. Disponível em: <http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=119&rv=Literatura>. Acesso em : 17 de maio de 2007. Sobre gênero e preconceitos: Estudos em análise crítica do discurso ST 2 Ruaro, Gisele de Cássia “Gênero, Poder e Ideologia Política: Formulação de Indicadores Para Identificar A Participação Política da Mulher na Administração Pública Municipal” Disponível em: <http: http://www.fazendogenero7.ufsc.br/artigos/R/Ruaro-Johnson_02.pdf>. Acesso em 25 de junho de 2008. Sufrágio feminino. Disponível em: < http: http://mundoeducacao.uol.com.br/politica/sufragio-feminino.htm>. Acesso em 26 de junho de 2008. Sobre a lei de cotas femininas. Disponível em: < http://www.dominiofeminino.com.br/mulher/mulher_na_politica1.htm>. Acesso em 26 de agosto de 2008.