SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL (SII)

Propaganda
SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL (SII)
-A SII é uma condição crônica, porém benigna, do aparelho digestivo. Seus sintomas principais
são dor abdominal e alteração dos hábitos intestinais (constipação e/ou diarréia),mas esses
sintomas não tem causa identificável. É uma condição muito comum, atingindo cerca de 10 a
20 % da população geral.
-Existem diversos tratamentos e medidas disponíveis para o tratamento da síndrome, que
aliviam os sintomas, mas não curam a mesma.
-Existem diversas teorias a respeito da possível causa desta síndrome, que são:
a) Uma teoria sugere que a origem do distúrbio seriam alterações das contrações do intestino,
que em alguns casos, seriam exacerbadas, causando dor tipo cólica, mas isso não foi
comprovado.
b) Muitas pessoas desenvolvem a síndrome após uma infecção intestinal importante causada
pelas bactérias Salmonella ou Campylobacter ou por alguns vírus, mas isso não ocorre com a
maioria dos pacientes.
c) Pessoas com a SII e que procuram auxílio médico tem mais probabilidade de sofrer com
ansiedade e estresse. Sabemos que esses fatores afetam o intestino e podem piorar os
sintomas, mas provavelmente não são a causa da mesma. Alguns pacientes com a síndrome
têm história de abuso físico, verbal ou sexual no passado.
d) Intolerâncias alimentares são comuns em pacientes com Síndrome do Intestino Irritável,
levantando a possibilidade de que esta é causada por sensibilidade ou alergia ao alimento.
Essa teoria tem sido difícil de demonstrar,mas continua em estudo. Dietas que eliminam
determinados alimentos para avaliar sua influência nos sintomas da síndrome devem apenas
ser realizadas sob orientação e acompanhamento de médico ou nutricionista. Determinados
alimentos podem desencadear os sintomas como derivados de leite, legumes como o feijão e
alguns vegetais como brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, couve manteiga e repolho. Esses
alimentos aumentam o gás intestinal e podem desencadear as cólicas.
e) Alguns pesquisadores acreditam que a SII é causada por um aumento da sensibilidade do
intestino às sensações normais, o que é chamado “hiperalgesia visceral”. Essa teoria propõe
que o intestino de portadores da síndrome reage exageradamente a quantidades normais de
gás ou movimentos no intestino, os quais são percebidos como excessivos ou dolorosos.
Alguns pacientes melhoram com medicamentos que diminuem essa percepção de dor.
A Síndrome do Intestino Irritável surge geralmente no adulto jovem, e é mais comum
em mulheres em alguns países. O sintoma mais comum é a dor abdominal associada com
alteração do ritmo intestinal (constipação e/ou diarreia).
-Dor abdominal: geralmente em cólica e de intensidade variável. Pode variar na localização e
piorar com stress ou com a alimentação e pode ter relação, em mulheres, com o ciclo
menstrual.
-Alternância do hábito intestinal: diarréia, constipação ou uma alternância entre constipação e
diarréia.
-Diarréia: O aumento do número das evacuações geralmente ocorre durante o dia, mais pela
manhã e após as refeições. Pode haver sensação de urgência para evacuar e após eliminação
das fezes, uma sensação de evacuação incompleta. Algumas pessoas podem eliminar muco
junto com as fezes.
-Constipação- Pode ser intermitente e durar alguns dias. As fezes são comumente ressecadas e
fragmentadas. Pode haver sensação de que o reto não está vazio após a evacuação.
Existem outros distúrbios intestinais com sintomas semelhantes aos da Síndrome,
porisso a importância de procurar auxílio médico. Os exames a serem solicitados irão
depender da avaliação do médico, caso a caso.
TRATAMENTO: Existem vários tratamentos para a SII e muitas vezes será necessário que o
médico teste várias opções até encontrar o que é mais efetivo para cada caso específico. Nesse
sentido pode haver alguma demora nessa adaptação e é muito importante a comunicação
entre o médico e o paciente para que outros fatores que possam estar interferindo no
tratamento venham a ser identificados.
-A monitorização dos sintomas pelo paciente através de um diário é importante para tentar
descobrir se algum fator, como estresse ou determinados alimentos, desencadeiam o
surgimento dos sintomas.
-Lactose: em alguns casos, o médico poderá solicitar um teste de tolerância à lactose ou a
outros açúcares e orientar a dieta a depender do resultado.
-Quando os gases incomodam muito, alguns alimentos que promovem uma maior formação
de gás podem ser evitados como: feijão, repolho, couve, couve-flor, brócolis. Algumas pessoas
podem ter desconforto também com cebola, aipo, cenouras, passas, bananas, damascos,
ameixas, brotos e trigo. Por isso a participação do paciente nesta avaliação é tão importante.
-Alguns alimentos podem ser mais fáceis de digerir e o seu médico e/ou nutricionista poderão
orientá-lo a respeito.
-Uma nova dieta, chamada “FODMAP”, está em avaliação para a condução desta síndrome.
-Em alguns casos, principalmente em pacientes com constipação, pode ser necessário
aumentar as fibras da dieta, seja com alimentação, seja com suplementos. No entanto, alguns
pacientes podem apresentar aumento dos gases e do desconforto com as fibras e o médico
deverá fazer algum ajuste.
-Terapias psicossociais-Como o estresse e a ansiedade podem piorar a síndrome, é importante
discutir com o médico a respeito e avaliar a possibilidade de abordar esta situação com outros
tratamentos, sejam estes medicamentosos ou não.
-Exercícios Físicos-são importantes na manutenção do bem-estar e tem efeitos favoráveis no
intestino.
-Medicamentos-Vários tipos de medicamentos são utilizados para tratar a síndrome a
depender dos sintomas apresentados e o médico irá fazer a escolha apropriada, de acordo
com o caso de cada paciente. São reservados para os casos que não respondem às
modificações de dieta e uso de suplementos com fibra.
EVOLUÇÃO CLÍNICA-A maioria dos pacientes com Síndrome do Intestino Irritável irá aprender
a controlar bem os seus sintomas. Apesar desta síndrome causar bastante desconforto físico e
emocional ao paciente, a mesma não evolui para alterações mais graves de saúde. Caso os
sintomas se modifiquem ao longo do tempo, o médico deverá ser informado.
-
Download