MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C HEPATITE C – PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EDUARDO C. DE OLIVEIRA Infectologista DIVE HCV • HCV – RNA vírus – família Flaviviridae • “descoberta do” HVC (1989) – Vírus da “hepatite não A não B” – HEMOCENTROS 1993 • Era responsável por +/- 90% das hepatites pós-transfusionais¹ – 1996 – agravo de notificação compulsória • Genótipos: 1-6 com importância clínica – Cada genótipo com tratamento distinto (até o momento) Fonte: ¹Material instrucional para capacitação em vigilância epidemiológica das hepatites virais - MS/SVS 2008 DISTRIBUIÇÃO HEPATITE C PREVALÊNCIA HCV • 130-150 milhões de infectados crônicos no mundo (OMS)¹ Fonte:http://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2014/chapter-3-infectious-diseases-related-to-travel/hepatitis-c ¹¹ http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs164/en/ - fact sheet april 2014 PREVALÊNCIA HCV • Prevalência – 2,0 – 2,9% (CDC) – 1,38% (2005-2009 nas 26 capitais) • 1999-2011 – 82.041 casos confirmados – Estados Sul –22,3% • >18.000 casos • Genótipos – 1 (67,7%) – 3 (25,9%) – 2 (5,7%) Fonte: Boletim Epidemiológico Hepatites Virais – MS/SVS 2012 TAXA DE DETECÇÃO (INCIDÊNCIA) HCV • Brasil – 5,4 casos/100.000 hab. Ano • Região Sul – Maior (junto com Sudeste) – 9,4 casos/100.000 hab. ano Fonte: Boletim Epidemiológico Hepatites Virais – MS/SVS 2012 TAXA DE DETECÇÃO (INCIDÊNCIA) HCV • Santa Catarina – 9,3 casos/100.000 hab. ano – FLP - 29,7 casos/100.000 hab. ano TRANSMISSÃO DA HEPATITE C TRANSMISSÃO HCV • Exposição percutânea (mais importante atualmente) • UDI; UD inaláveis e crack (30-50% após 5 anos)¹; TATUAGENS E PIERCING prevalência de 75% HCV em UDI (Santos, SP)² • LAMINAS DE BARBEAR; INSTRUMENTOS DE PEDICURE/MANICURE; ESCOVA DE DENTES; • Exposição mucosa e/ou fluídos corporais (menor importância) • Via sexual (relação desprotegida) • • • • Múltiplas parcerias DST HIV Transmissão vertical (menos importante HBV) • 5% mães com CV alta • 17% mães HIV/HCV • Transfusão de sangue e/ou hemoderivados – ANTES DE 1993 Fonte: ¹ CDC/ ² CARVALHO, HIV and infections of similar transmission patterns in a drug injectors community of Santos, Brazil 1996. Protocolo Clínico E Diretrizes Terapêuticas Para Hepatite Viral C E Coinfecções, MS, 2011 VACINAÇÃO • Não existe, até o momento, uma vacina contra o HCV • Frequentes mutações • 100 subtipos virais • Orientar atitudes e práticas seguras: – Uso adequado do preservativo – Não compartilhamento de instrumentos perfurocortantes e objetos de higiene pessoal: • escovas de dente, alicates de unha, barbeadores ou depiladores PACIENTES HCV NÃO IMUNIZADOS PARA HEPATITES A E/OU B DEVEM RECEBER A IMUNIZAÇÃO, PREVENINDO POSSÍVEL DANO HEPÁTICO ADICIONAL HISTÓRIA NATURAL HEPATITE C AGUDA • Evolução subclínica • 80% assintomáticos e anictéricos • Icterícia • Sintomas inespecíficos (anorexia, astenia, mal estar e dor abdominal) • Após infecção: – RNA-HCV pode ocorrer a partir da 2ª. Semana – ALT/TGP começam a aumentar entre 2 e 8 semanas – Sintomas, quando presentes, iniciam 6 a 12 semanas • 20-25% tem clareamento viral espontâneo (cura) – < 40 anos; sexo feminino; aparecimento de icterícia HEPATITE C CRÔNICA • Habitualmente, a hepatite C é diagnosticada em sua fase crônica • Evolução insidiosa, com ausência de sinais ou sintomas – Diagnóstico por exames de rotina • ALT com elevações intermitentes (60-70%) • Sem tratamento - cronificação em 75 a 80% dos casos – 20% podem evoluir para cirrose (20-30anos) – 1 a 4% ao ano, desenvolvem carcinoma hepatocelular (CHC). 48 – 42 CASOS CRÔNICOS 20% 9,6 – 8,4 CASOS CIRROSE 1-4% 0,1 – 0,38 CASOS HEPATOCARCINOMA /ANO 5 ANOS 0,5 – 3,9 CASOS HEPATOCARCINOMA MARCADORES SOROLÓGICOS HCV Marcadores sorológicos na Hepatite Aguda C Níveis sintomas 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18 Meses após a infecção 36 Marcadores sorológicos na Hepatite Aguda C sintomas Níveis ALT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18 Meses após a infecção 36 Marcadores sorológicos na Hepatite Aguda C sintomas Anti-HCV Níveis ALT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18 Meses após a infecção 36 Marcadores sorológicos na Hepatite Aguda C sintomas Anti-HCV HCV-RNA Cura 20% Níveis ALT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18 Meses após a infecção 36 Marcadores sorológicos na Hepatite Aguda C Níveis sintomas 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18 Meses após a infecção 36 Marcadores sorológicos na Hepatite Aguda C sintomas Níveis ALT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18 Meses após a infecção 36 Marcadores sorológicos na Hepatite Aguda C sintomas Anti-HCV Níveis ALT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18 Meses após a infecção 36 Marcadores sorológicos na Hepatite Aguda C sintomas Infecção crônica 80% HCV-RNA Níveis ALT 0 1 2 3 Anti-HCV 4 5 6 7 8 9 18 Meses após a infecção 36 HTTP://LACEN.SAUDE.SC.GOV.BR Mas todo paciente TEM que tratar? Julho/2014 28 HCV- TRATAMENTO • FASE AGUDA: – TAXAS DE “CURA” – 80 – 98% – reduzir o risco de progressão para HEPATITE CRÔNICA – INF monoterapia ou INF +RBV (6 meses) 29 HCV- TRATAMENTO HCV- TRATAMENTO • FASE CRÔNICA: – Depende da Biópsia Hepática • Classificação METAVIR – INFLAMAÇÃO – A (0-3) – FIBROSE – F (0-4) • A≥2 EF≥1 • OU F ≥ 2 – ALGUMAS SITUAÇÕES NÃO NECESSITAM BIÓPSIA • Coinfecção HCV/HIV (10,3%) • COAGULOPATIAS GRAVES • CIRROSE • MANIFESTAÇÕES EXTRA-HEPATICAS DO HCV • (Crioglobulinemia, Glomerulonefrite membranoproliferativa, Hipotiroidismo, Liquen plano...) • GENÓTIPO 2-3 31 HCV- TRATAMENTO • FASE CRÔNICA: – controlar a PROGRESSÃO da doença hepática – PEG-IFN + RBV (6 MESES A 1 ANO) – TERAPIA DUPLA – Genótipo 1: inibidores protease – TERAPIA TRIPLA • Boceprevir e Telaprevir – DROGAS NOVAS: “ESPERANÇA” • Maior sucesso de tratamento • RETRATAMENTO • “SEM INJEÇÃO” 32 OBRIGADO! [email protected] [email protected]