AZEITE, ÓLEO SAGRADO

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AZEITE, ÓLEO SAGRADO
O azeite é a substância de origem vegetal mais utilizada na alimentação mediterrânea
desde tempos imemoriais.
A origem da oliveira, na sua forma mais primitiva, remonta à Era Terciária (antes do
nascimento do homem) e situa-se, segundo dados recolhidos em escavações arqueológicas,
na Ásia Menor (actuais Síria e Palestina).
Nestas regiões foram descobertas ruínas que indicam a existência de lagares onde se
produzia o azeite, bem como fragmentos de vasos utilizados para o seu transporte datados do
início da Idade de Bronze.
Com Gregos e Romanos, deu-se a grande expansão no cultivo da oliveira, uma vez
que estes povos lhe atribuíram muitas propriedades : o Azeite não só era utilizado para fins
culinários, o “líquido precioso” era igualmente utilizado como unguento, bálsamo, perfume,
combustível para iluminação ou impermeabilizante de tecidos.
Estes são os dados históricos que se sabem do azeite.
No entanto, são também muitos os mitos que circulam em torno deste líquido
esverdeado tão benéfico para a nossa saúde : na Grécia Antiga, a Oliveira era vista como um
símbolo da sabedoria, da paz, da abundância e da glória.
Mais ainda : da madeira da Oliveira faziam-se ceptros reais e como próprio Azeite se
ungiam monarcas e sacerdotes.
Um outro costume, que pudemos constatar nos últimos jogos Olímpicos, realizados em
Atenas em 2004, consistia em coroar os vencedores (neste caso, atletas), com grinaldas e
coroas feitas de ramos de Oliveira, a olea europæa.
Já em Portugal, a cultura da Oliveira parece ter sido herdada dos Romanos pelos
Visigodos.
Mas podemos ir ainda mais longe, nomeadamente às origens do termo «Azeite», que
parece ter derivado de “al-zait”, que significa literalmente “sumo de azeitona”.
Efectivamente, a cultura da Oliveira em Portugal foi notoriamente mais acentuada nas
regiões do sul do País, onde a Reconquista Cristã se verificou mais tardiamente.
Os primeiros forais que mencionam a cultura desta árvore foram atribuídos às
províncias portuguesas da Estremadura e do Alentejo.
Já na Idade Média, com a expansão das Ordens religiosas e o seu importante papel de
revitalização da agricultura, o chamado “Óleo Sagrado” irá ter um valioso contributo na vida
económica de irmandades como as do Convento de Santa Cruz de Coimbra, Ordem dos
Freires de Cristo ou Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ver : Óleo de Oliveira. Oliveira. Ramo de Oliveira, Santos Óleos.
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