BIOLOGIA Prof.: Frederico RELAÇÕES ECOLÓGICAS Classificação da relação ecológica intraespecíficas Relações harmônicas Tipo Exemplo colônia coral sociedade abelhas em colmeia comensalismo rêmora x tubarão inquilinismo orquídeas x árvores mutualismo protozoário x cupim protocooperação pássaro-palito x crocodilo canibalismo aranha viúva-negra competição disputa por fêmea amensalismo fungo x bactéria competição árvores por luz parasitismo carrapato predatismo carnívoros interespecíficas intraespecíficas Relações desarmônicas interespecíficas EXERCÍCIOS (ENEM-2011) Os vagalumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se atraírem para o acasalamento. O macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo de vagalume, o Photuris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus, fingindo ser desse gênero. Quando o macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, é atacado e devorado por ela. BERTOLDI, O.G.; VASCONCELOS, J.R. Ciências & Sociedade: a aventura da vida, a aventura da tecnologia. São Paulo: Scipione, 2000 (adaptado). A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do gênero Photinus, é um exemplo de a) comensalismo b) inquilinismo c) cooperação d) predatismo e) mutualismo RESPOSTA D Moradores dizem que há risco de queda de árvores na zona norte. (...) Um dos moradores reclama de duas árvores cheias de cupim, que ficam em frente à sua casa: " - Quero ver quando a árvore cair sobre um carro e matar alguém, o que a prefeitura vai dizer." (...) Folha de S.Paulo, 12.01.2005 Embora se alimentem da madeira, os cupins são incapazes de digerir a celulose, o que é feito por certos protozoários que vivem em seu intestino. As relações inter-específicas cupim-árvore e cupim-protozoário podem ser classificadas, respectivamente, como casos de a) predação e comensalismo. b) comensalismo e parasitismo. c) parasitismo e competição. d) parasitismo e mutualismo. e) inquilinismo e mutualismo. RESPOSTA D Os organismos ORQUÍDEAS, BROMÉLIAS, CIPÓCHUMBO e LEGUMINOSAS são encontrados, geralmente, envolvidos nas relações ecológicas a seguir, respectivamente, a) parasitismo, parasitismo, parasitismo, mutualismo. b) epifitismo, parasitismo, parasitismo, mutualismo. c) parasitismo, epifitismo, parasitismo, mutualismo. d) epifitismo, epifitismo, parasitismo, mutualismo. e) epifitismo, parasitismo, mutualismo, parasitismo. RESPOSTA D CICLO DO NITROGÊNIO EXERCÍCIOS UFPE - Com relação a associações de bactérias e fungos com raízes de plantas, é correto afirmar que a) as bactérias formadoras de nódulos em raízes leguminosas favorecem a entrada de CO2 pelas raízes, acelerando o processo fotossintético. b) as bactérias associadas a raízes de leguminosas realizam processos bioquímicos que resultam na produção de açúcares, que são cedidos à planta. c) certos fungos se associam a raízes de plantas, formando micorrizas; ambos se beneficiam com a associação (mutualismo). d) os líquens, resultantes da associação do tipo amensalismo entre fungos e bactérias, são capazes de transformar nitrogênio (N2) em amônia (NH3) e enriquecer o solo. e) Rhizobium é uma espécie de bactéria que parasita as raízes das gimnospermas e promove a fixação de nitrogênio do ar, tão importante nas lavouras. RESPOSTA E CONCEITOS BÁSICOS DE ECOLOGIA • ESPÉCIE- é o conjunto de indivíduos semelhantes (estruturalmente, funcionalmente e bioquimicamente) que se reproduzem naturalmente, originando descendentes férteis. Ex.: Homo sapiens • POPULAÇÃO- é o conjunto de indivíduos de mesma espécie que vivem numa mesma área em um determinado período. Ex.: população de ratos em um bueiro, em um determinado dia; população de bactérias causando amigdalite por 10 dias, 10 mil pessoas vivendo numa cidade em 1996, etc. • COMUNIDADE OU BIOCENOSE- é o conjunto de populações de diversas espécies que habitam uma mesma região num determinado período. Ex.: seres de uma floresta, de um rio, de um lago de um brejo, dos campos, dos oceanos, etc. • ECOSSISTEMA OU SISTEMA ECOLÓGICO - é o conjunto formado pelo meio ambiente físico, ou seja, o BIÓTOPO (formado por fatores abióticos como: solo, água, ar) mais a comunidade (formada por componentes bióticos - seres vivos) que com o meio se relaciona. • HABITAT- é o lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada, isto é, o seu "ENDEREÇO" dentro do ecossistema. Exemplo: Uma planta pode ser o habitat de um inseto, o leão pode ser encontrado nas savanas africanas, etc. • BIÓTOPO- Área física na qual determinada comunidade vive. Por exemplo, o habitat das piranhas é a água doce, como, por exemplo, a do rio Amazonas ou dos rios do complexo do Pantanal. O biótopo rio Amazonas é o local onde vivem todas as populações de organismos vivos desse rio, dentre elas, a de piranhas. • NICHO ECOLÓGICO - é o papel que o organismo desempenha, isto é, a "PROFISSÃO" do organismo no ecossistema. O nicho informa às custas de que se alimenta, a quem serve de alimento, como se reproduz, etc. Exemplo: a fêmea do Anopheles (transmite malária) é um inseto hematófago (se alimenta de sangue), o leão atua como predador devorando grandes herbívoros, como zebras e antílopes. • ECÓTONO - é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. Na área de transição (ecótono) vamos encontrar grande número de espécies e, por conseguinte, grande número de nichos ecológicos. • BIOSFERA- toda vida, seja ela animal ou vegetal, ocorre numa faixa denominada biosfera, que inclui a superfície da Terra, os rios, os lagos, mares e oceanos e parte da atmosfera. E a vida é só possível nessa faixa porque aí se encontram os gases necessários para as espécies terrestre e aquáticas: oxigênio e nitrogênio. (UERJ) Mergulhando em águas costeiras, encontramos em uma rocha algas, cracas, anêmonas, estrelas-do-mar e ouriços-do-mar. As algas produzem seu próprio alimento. As cracas ingerem, com água, seres microscópios que nela vivem. As anêmonas comem pequenos peixes que ficam presos entre seus tentáculos. As estrelas-do-mar prendem seus “braços” os moluscos contra a rocha e sugam o animal de dentro da rocha. Os ouriços do mar raspam a rocha com seus “dentes”, alimentando-se de detritos. Em função do que foi descrito, pode-se afirmar que as algas e os animais citados apresentam diferentes a) nichos. b) habitats. c) mimetismos. d) competições. e) biomas. RESPOSTA A BOTÂNICA MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS Raiz fasciculada (“cabeleira”) pivotante ou axial (principal) Caule em geral, sem crescimento em espessura (colmo, rizoma, bulbo) em geral, com crescimento em espessura (tronco) Distribuição de vasos no caule feixes líbero-lenhosos “espalhados”(distribuição atactostélica = irregular) feixes líbero-lenhosos dispostos em círculo (distribuição eustélica = regular) Folha invaginante: bainha desenvolvida; uninérvia ou paralelinérvia. peciolada: bainha reduzida; pecíolo; nervuras reticuladas ou peninérvias. Flor trímera (3 elementos ou múltiplos) dímera, tetrâmera ou pentâmera Embrião um cotilédone 2 cotilédones Exemplos bambu; cana-de-açúcar; grama; milho; arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras. eucalipto; abacate; morango; maçã; pera; feijão; ervilha; mamona; jacarandá; batata. PLANTAS XERÓFITAS • As plantas xerófitas possuem um conjunto de características adaptado para clima seco. Dentre essas características, estão: as folhas reduzidas ou modificadas em espinhos, grande capacidade de acumular água em seus tecidos e o mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos é bastante rápido. Dentre as xerófitas, neste bioma, encontramos uma vegetação dominada por cactáceas. As plantas caducifoliares se caracterizam pela queda das folhas na estação seca, representando um modo de reduzir a área exposta à transpiração. Assim, as plantas da caatinga se caracterizam por terem folhas apenas nos três ou quatro meses de “inverno”, que é caracterizado pela estação das chuvas. (da Silva Júnior & Sasson,1995; Uzunian & Birner, 2001) PLANTAS PSEUDOXERÓFITAS - Sistema subterrâneo desenvolvido: Uma das adaptações mais admiráveis é a presença de sistemas subterrâneos. Geralmente espessados, esses órgãos acumulam reservas e possuem gemas, que permitem a rebrota após fogo e seca prolongada. Alguns desses sistemas possuem raízes muito longas que crescem em busca de água. Diversos tipos de sistemas subterrâneos podem ser citados, como os xilopódios, raízes tuberosas, sistemas subterrâneos difusos e os rizóforos. É importante destacar que o fogo pode estimular a formação de brotos. - Caules aéreos espessos: Os caules das plantas do Cerrado normalmente se apresentam espessados em virtude de uma grande camada de súber (camada mais externa da periderme). O súber atua como um isolante, impedindo que o fogo chegue até as partes de tecido vivo da planta. - Ainda sobre os caules, é importante destacar que sua tortuosidade evidente ocorre graças à morte das gemas terminais e do desenvolvimento das gemas laterais, tudo isso em razão da ação do fogo. Outra teoria sugere que sua tortuosidade é uma resposta à toxicidade do solo e baixa fertilidade. - Folhas com estômatos na face abaxial: As folhas recebem grande incidência de raios luminosos na face adaxial (superior), que faz com que ela aumente a transpiração. Estômatos apenas na face abaxial fazem com que a planta tenha menos perda de água. - Cutícula espessa: A cutícula é formada por um composto de lipídios chamado de cutina. Ela é uma substância impermeável que atua como proteção contra a perda de água. - Pilosidade: A presença de tricomas é uma adaptação importante, pois, eles, além de atuarem na defesa da planta contra herbivoria, atuam diminuindo a perda de água por transpiração e diminuem a incidência luminosa na planta.