M AT E M Á T I C A NOTAÇÕES = {0, 1, 2, 3,...} : conjunto dos números reais : conjunto dos números complexos [a, b] = {x ∈ ; a ≤ x ≤ b} (a, + ∞) = ]a, + ∞[ = {x ∈ ; a < x < + ∞} A\B = {x ∈ A; x ∉ B} AC: complementar do conjunto A i: unidade imaginária; i2 = – 1 z: módulo do número z ∈ Re z: parte real do z ∈ Im z : parte imaginária do número z ∈ Mm×n(): conjunto das matrizes reais m × n At: transposta da matriz A det A: determinante da matriz A P(A): conjunto de todos os subconjuntos do conjunto A n(A): número de elementos do conjunto finito A — AB: segmento de reta unindo os pontos A e B tr A : soma dos elementos da diagonal principal da matriz quadrada A Obs.: Os sistemas de coordenadas considerados são cartesianos retangulares. 1 C Sejam A e B subconjuntos do conjunto universo U = {a, b, c, d, e, f, g, h}. Sabendo que (BC A)C = = {f, g, h}, BC A = {a,b} e AC \B = {d,e}, então, n(P(A B)) é igual a a) 0. b) 1. c) 2. d) 4. e) 8. Resolução 1) (BC A)C = {f; g; h} ⇔ (BC)C AC = {f; g; h} ⇔ ⇔ B AC = {f; g; h} ⇔ B\A = {f; g; h} 2) BC A = {a; b} ⇔ A\B = {a; b} 3) AC \B = {d; e} ⇔ U\(A B) = {d; e} De (1), (2) e (3), temos o diagrama Logo, A B = {c} e P(A B) = {Ø, {c}} ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 2 B Uma empresa possui 1000 carros, sendo uma parte com motor a gasolina e o restante com motor “flex” (que funciona com álcool e com gasolina). Numa determinada época, neste conjunto de 1000 carros, 36% dos carros com motor a gasolina e 36% dos carros com motor “flex” sofrem conversão para também funcionar com gás GNV. Sabendo-se que, após esta conversão, 556 dos 1000 carros desta empresa são bicombustíveis, pode-se afirmar que o número de carros tricombustíveis é igual a a) 246. b) 252. c) 260. d) 268. e) 284. Resolução Se, entre os 1000 carros da empresa, x têm motor a gasolina e 1000 – x possuem motor “flex”, temos: (100 – 36)% . (1000 – x) + 36% x = 556 ⇔ ⇔ 640 – 0, 64x + 0,36x = 556 ⇔ 0,28x = 84 ⇔ x = 300 Portanto, o número de carros tricombustíveis é 36 36%. (1000 – 300) = –––– . 700 = 252 100 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 3 E Seja f : → \ {0} uma função satisfazendo às condições: f(x + y) = f(x)f(y), para todo x, y ∈ e f(x) ≠ 1, para todo x ∈ \ {0}. Das afirmações: I. f pode ser ímpar. II. f(0) = 1. III. f é injetiva. IV. f não é sobrejetiva, pois f(x) > 0 para todo x ∈ . é (são) falsa( s) apenas a) I e III. b) II e III. c) I e IV. d) IV. e) I. Resolução Se f: → \ {0}, f(x + y) = f(x) . f(y) para todo x; y ∈ R e f(x) ≠ 1, para todo x ∈ \ {0}, então: 1) f(x) ∈ CD (f) = \ {0} ⇔ f(x) ≠ 0, ∀ x ∈ . 2) f(0 + 0) = f(0) . f(0) ⇔ f(0) = [f(0]2 ⇒ f(0) = 1, pois f(0) ≠ 0. 3) Para qualquer a ≠ 0, tem-se: f(–a + a) = f(–a) . f(a) = f(0) = 1 e, portanto f(a) e f(–a) tem o mesmo sinal. Assim, f não pode ser ímpar. 4) x1 ≠ x2 ⇔ x1 = x2 + k, com k ≠ 0 ⇔ ⇔ f(x1) = f(x2 + k) = f(x2) . f(k) ≠ f(x2), pois f(k) ≠ 1. Assim, f é injetiva. x x x x 5) f(x) = f ––– + ––– = f ––– . f ––– = 2 2 2 2 x = f ––– 2 2 x > 0, pois f ––– ≠ 0. 2 Desta forma, Im(f) + e Im(f) ≠ CD(f), então a função não é sobrejetiva. Assim, apenas a afirmação (I) é falsa. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 4 B π π Se a = cos –– e b = sen –– , então, o número complexo 5 5 π π cos ––– + i sen ––– 5 5 54 é igual a a) a + bi. b) – a + bi. c) (1 – 2a2b2) + ab (1 + b2)i. e) 1 – 4a2b2 + 2ab(1 – d) a – bi. b2)i. Resolução π π Se a = cos –– e b = sen –– então: 5 5 1) π π cos ––– + i . sen ––– 5 5 54π = cos –––– 5 = 54π = + i . sen –––– 5 4π = cos 10π + –––– 5 4π = cos –––– 5 54 = + i . sen 10π + –––– 5 4π = + i . sen –––– 5 4π π 4π 2) cos –––– = – cos –– = – a 5 5 π 4π 3) sen –––– = sen –– = b 5 5 Assim sendo: π π cos –– + i . sen –– 5 5 54 = 4π 4π cos –––– + i . sen ––– = – a + bi 5 5 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 5 E O polinômio de grau 4 (a + 2b + c)x4 + (a + b + c) x3 – (a – b) x2 + + (2a – b + c) x + 2 (a + c), com a, b, c ∈ , é uma função par. Então, a soma dos módulos de suas raízes é igual a a) 3 + 3. b) 2 + 3 3. 2. d) 1 + 2 e) 2 + 2 2. c) 2 + 2. Resolução 1) P(x) = (a + 2b + c) . x4 + (a + b + c) . x3 – (a – b)x2 + + (2a – b + c) x + 2 (a + c) é de grau 4 e é uma função par. Asim sendo: a+b+c+b≠0 a+c=–b a + 2b + c ≠ 0 a+b+c=0 ⇒ a+b+c=0 ⇒ b≠0 a – 2b = 0 a = 2b 2a – b + c = 0 2) Se b ≠ 0, a + c = – b e a = 2b, então P(x) = b x4 – (2b – b) x2 + 2 (– b) ⇔ ⇔ P(x) = bx4 – bx2 – 2b 3) Resolvendo a equação P(x) = 0, temos: bx4 – bx2 – 2b = 0 ⇔ x4 – x2 – 2 = 0 ⇔ ⇔ x2 = – 1 ou x2 = 2 ⇔ x = i ou x = – i ou x = 2 ou x = – 2 4) O conjunto-verdade da equação P(x) = 0 é V = {i; – i; 2 ; – 2} 5) A soma dos módulos das raízes é 1 + 1 + 2 + 2 = 2 + 2 2 6 C Considere as funções f (x) = x4 + 2x3 – 2x – 1 e g(x) = x2 – 2x + 1. A multiplicidade das raízes não reais da função composta f o g é igual a a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5. Resolução Sendo f(x) = x4 + 2x3 – 2x – 1 = = (x2 + 1) . (x2 – 1) + 2x . (x2 – 1) = = (x2 – 1) . (x2 + 2x + 1) = = (x2 – 1) . (x + 1)2 e g(x) = x2 – 2x + 1 = (x – 1)2, temos: (fog) (x) = [(x – 1)4 – 1] . [(x – 1)2 + 1]2 = = [(x – 1)2 – 1] . [(x – 1)2 + 1]3 = = (x2 – 2x) . (x2 – 2x + 2)3, cujas raízes são 0 (raiz simples), 2 (raiz simples), 1 + i (raiz tripla) e 1 – i (raiz tripla). Logo, a multiplicidade de cada raiz não-real da função composta fog é igual a 3. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 7 A Suponha que os coeficientes reais a e b da equação x4 + ax3 + bx2 + ax + 1 = 0 são tais que a equação admite solução não real r com r ≠ 1. Das seguintes afirmações: I. A equação admite quatro raízes distintas, sendo todas não reais. II. As raízes podem ser duplas. III. Das quatro raízes, duas podem ser reais. é (são) verdadeira( s ) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas II e III e) nenhuma. Resolução 1) Seja r = p + qi, com p2 + q2 ≠ 1 e q ≠ 0, a raiz não real da equação x4 + ax3 + bx2 + ax + 1 = 0, de coeficientes reais. 1 2) Se r for raiz, então ––– também o será, pois r 1 a b a ––– + ––– + ––– + ––– + 1 = 4 3 2 r r r r 0 1 + ar + br2 + ar3 + r4 = ––––––––––––––––––––– = –––4 = 0 4 r r 1 1 p – qi 3) –– = –––––– = –––––– ≠ p – qi, pois p2 + q2 ≠ 1 r p + qi p2 + q2 4) Já que a equação tem coeficientes reais, se 1 1 r = p + qi e ––– = ––––––– são raízes, então, p – qi e r p + qi 1 –––––– também serão raízes. p – qi 5) A equação admite, portanto, quatro raízes distintas, sendo todas não-reais. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 8 B Se as soluções da equação algébrica 2x3 – ax2 + bx + 54 = 0, com coeficientes a, b ∈ , b ≠ 0, formam, numa determinada ordem, uma progressão geométrica, então, a –– é igual a b a) – 3. 1 b) – –– . 3 1 c) –– . 3 d) 1. e) 3. Resolução α Sejam –– , α e α . q as raízes da equação em progresq são geométrica de razão q (q ∈ *). De acordo com as relações de Girard, temos: – 54 α –– . α . αq = ––––– ⇔ α3 = – 27 2 q Logo, a = – 3 é uma das raízes e, conseqüentemente, 2 . (– 3)3 – a . (– 3)2 + b . (– 3) + 54 = 0 ⇔ ⇔ – 54 – 9a – 3b + 54 = 0 ⇔ 9a = – 3b ⇔ 1 a ⇔ ––– = – ––– 3 b ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 9 E Dados A ∈ M3x2 () e b ∈ M3x1 (), dizemos que X0 ∈ M2x1 () é a melhor aproximação quadrática do sistema AX = b quando (AX0 – b)t (AX0 – b) assume o menor valor possível. Então, dado o sistema –1 0 0 1 1 0 x y 1 , 1 1 = a sua melhor aproximação quadrática é – 1 . 1 d) 0 . 1 . 0 e) 1 . 1 a) 1 b) c) 0. –2 Resolução Sendo A = –1 0 1 0 1 0 1 1 1 , b= e x0 = y , x Temos: 0 1 0 –1 0 1 x y –x–1 y–1 x–1 II) (A . X0 – b)t = [–x – 1 y–1 I) (A . X0 – b) = = –x y x – 1 1 1 = . – 1 1 1 = x – 1] III) (A . X0 – b)t . (A . X0 – b) = [–x – 1 y–1 x – 1] . –x–1 y–1 x–1 = = [(–x – 1)2 + (y – 1)2 + (x – 1)2] = = [2 . (x2 + 1) + (y – 1)2]. Interpretando C (C ∈ M1x1 ()) como sendo a raiz quadrada do elemento desta matriz, (A X0 – b)t . (A X0 – b) = [2 . (x2 + 1) + (y – 1)2], que assume o menor valor possível para x = 0 e y = 1, pois x2 ≥ 0 e (y – 1)2 ≥ 0. Logo, a melhor aproximação quadrática do sistema ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 –1 0 1 0 1 0 x y = 1 1 1 é x0 = . 10 D a x+b y=c , a1, a2, b1, b2, c1, c2 ∈ , O sistema a1x + b1y = c1 2 2 0 1 2 com (c1, c2) ≠ (0, 0), a1c1 + a2c2 = b1c1 + b2c2 = 0, é a) determinado. b) determinado somente quando c1 ≠ 0 e c2 ≠ 0. c) determinado somente quando c1 ≠ 0 e c2 = 0 ou c1 = 0 e c2 ≠ 0. d) impossível. e) indeterminado. Resolução 1) Se c1 = 0 e c2 ≠ 0, então: a1 . 0 + a2 . c2 = b1 . 0 + b2c2 = 0 ⇔ a2 = b2 = 0 e a equação 0 . x + 0 . y = c2 ≠ 0 não tem solução. 2) Se c1 ≠ 0 e c2 = 0, então: a1 . c1 + a2 . 0 = b1 . c1 + b2 . 0 = 0 ⇔ a1 = b1 = 0 e a equação 0 . x + 0y = c1 ≠ 0 não tem solução 3) Se c1 ≠ 0 e c2 ≠ 0, então: a x+b y=c ⇔ a c x+b c y=c a1x + b1y = c1 2 2 2 a1c1x + b1c1y = c12 2 2 2 2 2 2 ⇔ ⇔ (a1c1 + a2c2) x + (b1c1 + b2c2)y = c12 + c22 ⇒ ⇒ 0 . x + 0 . y = c12 + c2 ≠ 0 e, portanto, o sistema é impossível. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 11 A Seja A ∈ M2x2 () uma matriz simétrica e não nula, cujos elementos são tais que a11, a12 e a22 formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão q ≠ 1 e tr A = 5a11. Sabendo-se que o sistema AX = X admite solução não nula X ∈ M2x1 (), pode-se afirmar que 2 + q2 é igual a a11 101 a) ––– . 25 121 b) ––– . 25 49 d) ––– . 9 c) 5. 25 e) ––– . 4 Resolução Sejam A = a11 a12 21 a22 a x eX= y I) Sendo A uma matriz simétrica e não-nula e (a11, a12, a22) uma progressão geométrica de razão q ≠ 1, a a11 . q A = 11 a11 . q a11 . q2 Como tr A = 5 . a11 ⇔ a11 + a11 . q2 = 5 . a11 ⇔ ⇔ a11 . q2 = 4 . a11 ⇔ q2 = 4, pois a11 ≠ 0 II) A . X = X ⇒ ⇔ ⇔ ⇔ a11 . x a 11 a 11 . a11 . q a11 . q2 q + a11 . q . y . q . x + a11 . q2 . y a11 . x a a11 x x y y ⇔ . = x y ⇔ = + a11 . q . y = x 2 11 . q . x + a11 . q . y = y ⇔ (a11 – 1) . x + a11 . q . y = 0 a 11 . q . x + (a11 . q2 – 1) . y = 0 Para que o sistema linear homogêneo acima admita solução não-nula, devemos ter: a11 – 1 a11 . q a11 . q a11 . q2 – 1 =0⇔ ⇔ 1 – a11 – a11 . q2 = 0 ⇔ 1 ⇔ 1 – a11 – 4 . a11 = 0 ⇔ a11 = ––– 5 2 1 2 Logo, a11 + q2 = ––– 5 101 + 4 = ––– 25 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 12 B Uma amostra de estrangeiros, em que 18% são proficientes em inglês, realizou um exame para classificar a sua proficiência nesta língua. Dos estrangeiros que são proficientes em inglês, 75% foram classificados como proficientes. Entre os não proficientes em inglês, 7% foram classificados como proficientes. Um estrangeiro desta amostra, escolhido ao acaso, foi classificado como proficiente em inglês. A probabilidade deste estrangeiro ser efetivamente proficiente nesta língua é de aproximadamente a) 73%. b) 70%. c) 68%. d) 65%. e) 64%. Resolução Dos 18% de estrangeiros proficientes em inglês, 75%, isto é, 75% de 18% = 13,5% foram classificados como proficientes. Dos 82% de estrangeiros não-proficientes em inglês, 7%, isto é, 7% de 82% = 5,74% foram classificados como proficientes. Se o estrangeiro escolhido ao acaso foi classificado como proficiente em inglês, então a probabilidade de ele ser efetivamente proficiente em inglês é 13,5 13,5 p = –––––––––– = ––––––– ≅ 0,70 = 70% 19,24 13,5 + 5,74 13 E ––– ––– Considere o triângulo ABC de lados a = BC, b = AC e ––– ^ ^ ^ c = AB e ângulos internos α = C AB, β = ABC e γ = B CA. Sabendo-se que a equação x2 – 2bx cos α + b2 – a2 = 0 admite c como raiz dupla, pode-se afirmar que a) α = 90°. b) β = 60°. c) γ = 90°. d) O triângulo é retângulo apenas se α = 45°. e) O triângulo é retângulo e b é hipotenusa. Resolução Se a equação em x : x2 – 2bcos α . x + b2 – a2 = 0 admite c como raiz dupla, então tem-se a seguinte identidade de polinômios: x2 – 2bcos α . x + (b2 – a2) (x – c)2 ⇔ ⇔ x2 – 2bcos α . x + (b2 – a2) x2 – 2cx + c2 ⇔ c cos α = ––– – 2bcos α = – 2c b ⇔ ⇔ ⇔ b2 – a2 = c2 2 2 2 b =a +c Pode-se concluir então que o triângulo de lados a, b e c é sempre retângulo e b é a hipotenusa. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 14 D No plano, considere S o lugar geométrico dos pontos cuja soma dos quadrados de suas distâncias à reta t : x = 1 e ao ponto A = (3, 2) é igual a 4. Então, S é 2 e centro (2, 1). a) uma circunferência de raio b) uma circunferência de raio 1 e centro (1, 2). c) uma hipérbole. 2 e 2. d) uma elipse de eixos de comprimento 2 e) uma elipse de eixos de comprimento 2 e 1. Resolução Se a reta (t) tem equação x = 1, o ponto A = (3, 2) e sendo P(x, y) um ponto genérico do L.G., temos: 2 2 dP,t + dP, A = 4 ⇔ (x – 1)2 + (x – 3)2 + (y – 2)2 = 4 ⇔ ⇔ 2x2 – 8x + 8 + y2 – 4y + 4 = 2 ⇔ ⇔ 2 . (x – 2)2 + (y – 2)2 = 2 ⇔ (y – 2)2 (x – 2)2 ⇔ ––––––– + ––––––– = 1 1 2 A equação representa uma elipse, de centro (2; 2), tal que: I) a2 = 2 ⇒ a = 2 ⇒ 2a = 2 2 é o comprimento do eixo maior. II) b2 = 1 ⇒ b = 1 ⇒ 2 . b = 2 é o comprimento do eixo menor. Os eixos da elipse têm comprimentos 2 2 e 2. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 15 D Do triângulo de vértices A, B e C, inscrito em uma ––– circunferência de raio R = 2 cm, sabe-se que o lado BC ^ mede 2 cm e o ângulo interno ABC mede 30°. Então, o raio da circunferência inscrita neste triângulo tem o comprimento, em cm, igual a 3. a) 2 – 1 b) ––– . 3 d) 2 3 – 3. 1 e) ––– . 2 2 c) –––– 4 Resolução De acordo com o enunciado, podemos montar as seguintes figuras: Assim, sendo S a área do triângulo ABC, em centímetros quadrados, p o semiperímetro desse triângulo, em centímetros, e r o raio, em centímetros, da circunferência inscrita nesse triângulo, tem-se: 3.1 2 AB . 1 3 1º) S = –––––– = ––––––– = 2 2 2º) S = p . r 4 + 2 3 3 = (2 + 3) . r ⇔ Logo: 3 = ––––––– . r ⇔ 2 3 3 (2 – 3) ⇔ r = 2 3–3 ⇔ r = ––––––– ⇔ r = 2 + 3 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 16 E A distância entre o vértice e o foco da parábola de equação 2x2 – 4x – 4y + 3 = 0 é igual a a) 2. 3 b) ––– . 2 c) 1. 1 e) ––– . 2 3 d) ––– . 4 Resolução 2x2 – 4x – 4y + 3 = 0 ⇔ 2x2 – 4x + 3 = 4y ⇔ 3 3 ⇔ x2 – 2x + ––– = 2y ⇔ x2 – 2x + 1 – 1 + ––– = 2y ⇔ 2 2 1 1 ⇔ x2 – 2x + 1 = 2y – ––– ⇔ (x – 1)2 = 2 . y – ––– 4 2 Sendo (x – g)2 = 4 . f . (y – h) a equação reduzida da parábola, comparando-a com a equação obtida, conclui-se que: 1 1º) o vértice da parábola é o ponto 1; ––– 4 2º) A distância entre o vértice e o foco da parábola é 1 a medida f, tal que 4 . f = 2, e portanto f = ––– . 2 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 17 A A expressão 11 x 2 sen x + –––π + cotg2x tg ––2 2 –––––––––––––––––––––––––––––––––– x 1 + tg2 ––– 2 é equivalente a a) [cos x – sen2x] cotg x. b) [sen x + cos x] tg x. c) [cos2 x – sen x] cotg2 x. d) [l – cotg2 x] sen x. e) [1 + cotg2 x] [sen x + cos x] Resolução 11 x 2 . sen x + ––– π + cotg2 x . tg –– 2 2 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– = x 1 + tg2 –– 2 3π x 2 . sen x + ––– + cotg2 x . tg –– 2 2 = ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– = x sec2 –– 2 x sen –– 2 2 . [– cos x + cotg2 x] ––––––––– x cos –– 2 = ––––––––––––––––––––––––––––––– = 1 ––––––––––– x cos2 –– 2 = 2 . sen = sen x . . cos ––– . [cotg ––– 2 2 x cos2x –––––– – cos x sen2x x 2 x – cos x] = = sen x . [cos2x – cos x . sen2x] = ––––––––––––––––––––––––– = sen2x cos x = –––––– . [cos x – sen2x] = cotg x . [cos x – sen2x] sen x ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 18 B Sejam C uma circunferência de raio R > 4 e centro (0,0) ––– e AB uma corda de C. Sabendo que (1,3) é ponto médio ––– ––– de AB , então uma equação da reta que contém AB é a) y + 3x – 6 = 0. b) 3y + x – 10 = 0. c) 2y + x – 7 = 0. d) y + x – 4 = 0. e) 2y + 3x – 9 = 0. Resolução — Sejam t e s, respectivamente, as retas que contêm AB — — e CP, sendo P(1;3), ponto médio de AB. O coeficiente angular da reta s é tal que, 3–0 ms = –––––– = 3. 1–0 O ponto P(1;3) pertence à reta t cujo coeficiente 1 angular é mt = – –––, pois t ⊥ s. 3 Dessa forma, a equação da reta t é 1 y – 3 = – –––(x – 1) ⇔ 3y + x – 10 = 0 3 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 19 A Uma esfera é colocada no interior de um cone circular reto de 8 cm de altura e de 60° de ângulo de vértice. Os pontos de contato da esfera com a superfície lateral do 3 cm do cone definem uma circunferência e distam 2 vértice do cone. O volume do cone não ocupado pela esfera, em cm3, é igual a 416 a) –––– π. 9 480 b) –––– π. 9 512 d) –––– π. 9 542 e) ––––π. 9 500 c) –––– π. 9 Resolução Sendo R o raio da base do cone e r o raio da esfera, ambos, em centímetros, tem-se: r r 3 1º) tg 30° = ––––– ⇔ ––––– = ––––– ⇔ r = 2 3 3 3 2 2 R R 3 3 8 2º) tg 30° = ––– ⇔ ––––– = ––– ⇔ R = ––––– 8 8 3 3 Assim, o volume V da região interna ao cone, nãoocupada pela esfera, em centímetros cúbicos, é dado por: 4 1 V = ––– . π . R2 . 8 – ––– . π . r3 = 3 3 4 64 1 = ––– . π . ––– . 8 – ––– . π . 23 = 3 3 3 32π 416π 512π = –––– – –––– = ––––– 3 9 9 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 20 C (com ressalvas) Os pontos A = (3,4) e B = (4,3) são vértices de um cubo, ––– em que AB é uma das arestas. A área lateral do octaedro cujos vértices são os pontos médios da face do cubo é igual a 8. b) 3. c) 12. d) 4 e) 18. a) Resolução 1º) A medida a da aresta do cubo é dada por (3 – 4)2 + (4 – 3)2 = 2 a = AB = 2º) Entendendo que os vértices do octaedro são os centros das faces do cubo, então a medida da aresta do octaedro regular é tal que: a ––– 2 assim: 2 = 2 = 2 a ––– 2 + 2 a2 ⇔ 2 = ––– 2 2 2 –––––– ⇔ 2 = 1 2 3º) Entendendo que o examinador queira que seja calculada a área S da superfície total do octaedro, já que este não possui área lateral, então, como tal superfície é composta por oito triângulos eqüiláteros de lado , tem-se: 2 3 S = 8 . –––––– ⇔ S = 2 3 2 4 Assim: S = 2 3 . 1 ⇔ S = 12 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 AS QUESTÕES DISSERTATIVAS, NUMERADAS DE 21 A 30, DEVEM SER RESOLVIDAS E RESPONDIDAS NO CADERNO DE SOLUÇÕES. 21 Seja S o conjunto solução da inequação (x – 9) logx +4 (x3 – 26x) ≤ 0. Determine o conjunto SC. Resolução Como o gráfico da função f(x) = x3 – 26x é do tipo temos: 1) Existe o logx + 4 (x3 – 26x) se, e somente se, – 4 < x < – 3 ou – 3 < x < 0 ou x > 26 2) Dentro das condições de existência do logaritmo, (x – 9) . logx+4 (x3 – 26x) ≤ 0 ⇔ x – 9 ≤ 0 ⇔ ⇔ x ≤ 9, para logx + 4 (x3 – 26x) ≠ 0 e x = b ou x = c (do gráfico acima) para logx+ 4 (x3 – 26x) = 0 3) Como b < 9 e c < 9, S = { x ∈ – 4 < x < – 3 ou 26 < x ≤ 9} e – 3 < x < 0 ou C S = { x ∈ x ≤ – 4 ou x = – 3 ou 26 ou x > 9} 0 ≤ x ≤ C Resposta: S = { x ∈ x ≤ – 4 ou x = – 3 ou 26 ou x > 9} 0 ≤ x ≤ ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 22 Sejam x, y ∈ e w = x2(1 + 3i) + y2(4 – i) – x(2 + 6i) + + y(–16 + 4i) ∈ . Identifique e esboce o conjunto Ω = {(x, y) ∈ 2; Re w ≤ – 13 e Im w ≤ 4}. Resolução w = x2 (1 + 3i) + y2 (4 – i) – x (2 + 6i) + y (– 16 + 4i) ⇔ ⇔ w = x2 + 3x2 i + 4y2 – y2i – 2x – 6xi – 16y + 4yi ⇔ ⇔ w = (x2 + 4y2 – 2x – 16y) + (3x2 – y2 – 6x + 4y)i Desta forma: 1) Re w ≤ – 13 ⇒ x2 + 4y2 – 2x – 16y ≤ – 13 ⇔ ⇔ (x – 1)2 + 4(y – 2)2 ≤ 4 ⇔ (y – 2)2 (x – 1)2 ⇔ –––––––– + –––––––– ≤ 1 que é a equação de 4 1 uma região elíptica de centro (1; 2), semi-eixo maior paralelo ao eixo das abscissas e medindo 2 e semi-eixo menor medindo 1. 2) Im w ≤ 4 ⇔ 3x2 – y2 – 6x + 4y ≤ 4 ⇔ (y – 2)2 (x – 1)2 ⇔ 3(x – 1)2 – (y – 2)2 ≤ 3 ⇔ –––––– – ––––––– ≤ 1 1 3 que é a equação de uma região determinada por uma hipérbole de centro (1; 2), eixo transverso paralelo ao eixo das abscissas e medindo 1 e eixo conjugado medindo 2. 3. 3) A representação no plano complexo dessas regiões é a seguinte: Resposta: O conjunto pedido está representado pelos pontos que formam a figura destacada acima. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 23 2x + 3 Seja f: \{–l} → definida por f(x) = –––––– . x+1 a) Mostre que f é injetora. b) Determine D = {f(x); x ∈ \ {–1} } e f –1: D → \{–1}. Resolução Sendo: f: \ {– 1} → definida por 1 2x + 3 f(x) = ––––––– = 2 + ––––– x+1 x+1 conclui-se: a) ∀x1, x2 ∈ \ {– 1}, temos: 1 1 x1 ≠ x2 ⇔ x1 + 1 ≠ x2 + 1 ⇔ –––––– ≠ –––––– ⇔ x2 + 1 x1 + 1 1 1 ⇔ 2 + –––––– ≠ 2 + –––––– ⇔ x1 + 1 x2 + 1 ⇔ f(x1) ≠ f(x2) e, portanto, f é injetora. b) Sendo f –1 a função inversa de f, temos: 1 f(f –1(x)) = x ⇔ 2 + ––––––––– = x ⇔ – 1 f (x) + 1 1 ⇔ ––––––––– = x – 2 ⇔ f – 1(x) + 1 1 3–x ⇔ f –1(x) + 1 = ––––– ⇒ f –1(x) = –––––– x–2 x–2 O conjunto D = {f(x); x ∈ \ {– 1}} e f –1: D → \ {– 1} é o conjunto-domínio da função f –1 e, portanto, D = \ {2}. Respostas: a) demonstração b) D = \ {2} ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 24 Suponha que a equação algébrica 10 x11 + ∑ anxn + a0 = 0 n=1 tenha coeficientes reais a0, a1, ..., a10 tais que as suas onze raízes sejam todas simples e da forma β + iγn, em que β, γn ∈ e os γn, n = 1, 2, …, 11, formam uma progressão aritmética de razão real γ ≠ 0. Considere as três afirmações abaixo e responda se cada uma delas é, respectivamente, verdadeira ou falsa, justificando sua resposta: I. Se β = 0, então a0 = 0. II. Se a10 = 0, então β = 0. III. Se β = 0, então a1 = 0. Resolução 10 A equação x11 + ∑ anxn + a0 = 0 ⇔ n=1 10 x + a9 x9 ⇔ + a10 . + a8 x8 + … + a1x + a0 = 0 é de grau 11 e tem pelo menos uma raiz real. I) Verdadeira, pois se β = 0 as onze raízes são do tipo i γn. Esse número somente será real se γn = 0 para algum valor de n. Desta forma, zero é raiz da equação e 011 + a10 . 010 + a9 . 09 + … + a1 . 0 + a0 = 0 ⇔ ⇔ a0 = 0. x11 II) Verdadeira, pois as onze raízes são da forma (β + γ1 i; β + γ2 i; β + γ3 i; β + γ4 i; β + γ5 i; β; β + γ7 i; β + γ8 i; β + γ9 i; β + γ10 i; β + γ11 i) e tais que (γ1; γ2; …; γ5; 0; γ7; …; γ11) formam uma progressão artitmética de soma zero. Desta forma, a10 a soma das onze raízes será 11β = – ––– = 0, 1 portanto β = 0. III) Falsa, pois, como visto no item (I) se β = 0 então zero é raiz da equação dada. A equação dada é fatorável em x (x10 + a10 x9 + a9 x8 + a8 x7 + … + a2 x + a1) = 0 O produto das outras dez raízes é a1 e elas podem não ser nulas. Poderiam ser, por exemplo, – 5i; – 4i; –3i; – 2i; – i; i; 2i; 3i; 4i e 5i. Observe que, neste caso, (– 5; – 4; – 3; …; 0; 1; 2; …5) formam uma progressão aritmética, de razão não-nula. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 25 Um determinado concurso é realizado em duas etapas. Ao longo dos últimos anos, 20% dos candidatos do concurso têm conseguido na primeira etapa nota superior ou igual à nota mínima necessária para poder participar da segunda etapa. Se tomarmos 6 candidatos dentre os muitos inscritos, qual é a probabilidade de no mínimo 4 deles conseguirem nota para participar da segunda etapa? Resolução A probabilidade de um candidato conseguir nota pa1 ra participar da segunda etapa é 20% = –– e a de não 5 4 conseguir nota é 80% = –– . 5 Dos 6 candidatos, a probabilidade de pelo menos quatro deles conseguirem nota para participar da segunda etapa é: 1 4 4 2 1 5 4 1 1 6 4 C6,4. –– . –– + C6,5 . –– . –– + C6,6. –– . –– 5 5 5 5 5 5 = 1 4 4 = –– . 15 . –– 5 5 2 = 1 4 1 + 6 . –– . –– + –– 5 5 5 2 1 265 53 = –––– . –––– = ––––– 625 25 3125 53 Resposta: ––––– 3125 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 0 26 Sejam A, B ∈ M3x3(). Mostre as propriedades abaixo: a) Se AX é a matriz coluna nula, para todo X ∈ M3x1(), então A é a matriz nula. b) Se A e B são não nulas e tais que AB é a matriz nula, então det A = det B = 0. Resolução Se A ∈ M3×3(), então A = a11 a21 a31 a12 a22 a32 a13 a23 a33 a) Se AX é a matriz coluna nula, para todo X ∈ M3×1(), então a.1) para X = A.X= = a11 a21 a31 A.X= a12 a22 a32 0 0 0 = 0 1 0 a11 a21 a31 a13 a23 a33 . 1 0 0 , temos: a12 a22 a32 A.X= 0 0 0 = 0 0 1 a13 a23 a33 . 0 1 0 , temos: a11 a21 a31 = = ⇒ a12 = a22 = a32 = 0 a12 a22 a32 a13 a23 a33 = ⇒ a11 = a21 = a31 = 0 a12 a22 a32 a.3) para X = = , temos: a11 a21 a31 a.2) para X = = 1 0 0 0 0 0 Desta forma, A = a13 a23 a33 . 0 0 1 = ⇒ a13 = a23 = a33 = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 =O b) 1) Se det A ≠ 0, existe A– 1 e A . B = O ⇒ ⇒ A–1 . A . B = A– 1 . O ⇔ I . B = O ⇔ B = O Contrariando a hipótese de que B é não-nula. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 2) Se det B ≠ 0, existe B–1 e A . B = O ⇒ ⇒ A . B . B–1 = O . B–1 ⇔ A . I = O ⇔ A = O Contrariando a hipótese de que A é não-nula. Dos itens (1) e (2), temos det A = det B = 0. Respostas: a) demonstração b) demonstração ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 27 Sabendo que tg2 x + ––6 π = –––2, para algum 1 1 1 x ∈ 0, –– π , determine sen x. 2 Resolução 1) tg2 π 1 π ⇒ tg x + –– = x + ––6 = ––– 6 2 2 –––– , pois: 2 2π π π ––– ≤ x + ––– ≤ ––– 3 6 6 Assim: π 3 tg x + –––– tg x + tg –– 2 2 3 6 –––––––––––––– = ––– ⇔ –––––––––––– = ––– ⇔ π 2 2 3 1 – tg –– tg x 1 – ––– . tg x 6 3 3 6 2 ⇔ 2 tg x + ––––– = 2 – –––– tg x ⇔ 3 3 3 = 3 2 – 6 tg x ⇔ ⇔ 6 tg x + 2 ⇔ (6 + 6 ) tg x = 3 2 – 2 3 ⇔ 3 2 – 2 3 3 – 2 ⇔ tg x = –––––––––– ⇔ tg x = –––––––––– 6 6 + 1 6 + π 2) Como 0 < x < ––– , podemos então montar o 2 seguinte triângulo retângulo: do qual podemos concluir que: 3 – 2 6 3 – sen x = –––––––––– ⇔ sen x = –––––––– 6 2 3 6 3 – Resposta: –––––––– 6 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 28 Dadas a circunferência C: (x – 3)2 + (y – 1)2 = 20 e a reta r: 3x – y + 5 = 0, considere a reta t que tangencia C, forma um ângulo de 45° com r e cuja distância à origem é 5 3 ––––– . Determine uma equação a reta t. 5 Resolução A circunferência C: (x – 3)2 + (y – 1)2 = 20 tem centro A (3; 1) e raio igual a 2 5. A reta r: 3x – y + 5 = 0 tem coeficiente angular mr = 3 Sendo mt, o coeficiente angular da reta t que forma um ângulo de 45° com r, temos tg 45° = ⇔ 1 = –––––––– –––––––––– 1+m .m 1 + 3m mr – mt r 3 – mt t t 3 – mt ⇔ –––––––– = 1 ou 1 + 3mt 3 – mt –––––––– = –1 ⇔ 1 + 3mt 1 ⇔ mt = ––– ou mt = –2 2 Dessa forma, sendo h ∈ , a equação da reta t é tal que: 1 y = ––– x + h ou y = –2x + h ⇔ 2 ⇔ x – 2y + 2h = 0 ou 2x + y – h = 0 Sabendo que a distância entre a reta t e a origem é 3 5 ––––– , temos: 5 • Para x – 2y + 2h = 0 0 – 2 . 0 + 2h 3 5 3 ––––––––––––––– = ––––– ⇔ h = ± –– 2 5 2 12 + (–2) • Para 2x + y – h = 0 2 . 0 + 0 – h 3 5 ⇔h=±3 –––––––––––––– = ––––– 5 2 12 + (–2) Assim, as equações das retas que formam um ân3 5 da origem são: gulo de 45° com r e distam ––––– 5 3 x – 2y + –– = 0 , 2 3 x – 2y – –– = 0, 2 2x + y – 3 = 0 2x + y + 3 = 0 ou Dentre estas retas, a única que tangencia a circunITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 ferência C é a de equação (t) 2x + y + 3 = 0, cuja distância ao centro de C, A(3; 1), é igual ao raio (2 5). Com efeito, 10 2 . 3 + 1 + 3 dA,t = –––––––––––––– = ––––– = 2 5 5 2 2 2 +1 Resposta: uma equação da reta t é 2x + y + 3 = 0 29 Considere as n retas ri : y = mix + 10, i = 1, 2, ..., n; n ≥ 5, em que os coeficientes mi, em ordem crescente de i, formam uma progressão aritmética de razão q > 0. Se ml = 0 e a reta r5 tangencia a circunferência de equação x2 + y2 = 25, determine o valor de q. Resolução Sendo mi, i = 1, 2, …, n, n ≥ 5, termos de uma progressão aritmética de razão q > 0 e m1 = 0, temos: (m1; m2; m3; m4; m5; …) = (0; q; 2q; 3p; 4q; …) = Assim, a equação da reta r5 é da forma y = m5x + 10 ⇔ y = 4qx + 10 ⇔ 4qx – y + 10 = 0 Sabendo que a reta r5 tangencia a circunferência de equação x2 + y2 = 25, com centro C(0;0) e raio r = 5, resulta 4q . 0 – 0 + 10 –––––––––––––––– ⇔ = 5 ⇔ 10 = 5 16q2 + 1 ⇒ (4q)2 + (– 1)2 3 ⇒ 4 = 16q2 + 1 ⇒ q = ––––– , pois q > 0 4 3 Resposta: q = ––––– 4 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 30 A razão entre a área lateral e a área da base octogonal de uma pirâmide regular é igual a 5 . Exprima o volume desta pirâmide em termos da medida a do apótema da base. Resolução Sendo , h e g, respectivamente, as medidas da aresta da base, da altura, e do apótema da pirâmide regular octogonal, tem-se: 2 = 2a ⇔ 1º) + –––– + –––– = 2a ⇔ + 2 2 2a ⇔ = ––––––– ⇔ = 2 ( 2 – 1) a 2 +1 4g 2º) –––– = 5 ⇔ g = 5 a 4a 3º) g2 = h2 +a2 2 Assim: ( 5 a) = h2 + a2 ⇔ h = 2a 4º) O volume V dessa pirâmide é igual a um terço do produto da área de sua base pela sua altura. Assim: 4 1 V = ––– . 4 . a . h ⇔ V = ––– . 2 ( 2 – 1)a . a . 2a ⇔ 3 3 16 ( 2 – 1)a3 ⇔ V = –––––––––––––– 3 16 ( 2 – 1)a3 Resposta: –––––––––––––– 3 ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008 Comentário Com 18 questões de álgebra, 3 de trigonometria, 4 de geometria e 5 de geometria analítica, algumas muito mal enunciadas e outras apresentando alto grau de complexidade, com enunciados rebuscados e notações não muito usuais, a banca examinadora elaborou uma prova de matemática bastante trabalhosa, que certamente exigiu um grande empenho por parte dos candidatos mais bem preparados, os quais devem ter ficado extremamente extenuados por conta da prova. ITA (3º DIA) - DEZEMBRO/2008