Masturbação e sexualidade infatil

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Masturbacao Infantil
Desde a Idade Média, ela é conhecida, era imposto as crianças e jovens
que se elas praticassem tal ato, elas iriam ficar loucas, isoladas, pelos nos
rostos, mas isto é lenda, crendice popular. Embora, infelizmente ate hoje com
toda a informação disponível na mídia, internet, escolas, este tema ainda
representa um mito para muitos.
A criança é classificada como perversa polimorfa, ou seja, sente prazer
nas mais diversas partes do corpo, possui varias zonas erógenas que a levam
ao prazer.
As crianças são capazes de terem orgasmos a partir da faixa etária de
aproximadamente 4 anos, as meninas começam a se masturbarem mais cedo
que os meninos e com mais freqüência.
Em minha opinião, a pratica da
masturbação infantil não pode ser considerada uma pratica de cunho sexual,
pois as crianças ainda não aprenderam a associá-la ao sexo, nem ao menos
sabem o que isto significa.
A masturbação para criança nada mais é do que um jogo, elas precisam
descarregar sua excitação sexual (aliado a curiosidade que tem pelo próprio
corpo).O que acontece com a criança nesta fase segundo a teoria psicanalítica
sobre o complexo de Édipo, é que o interesse pelo órgão genital e a ameaça
de ser castrada faz com que esta supere a libido pelos objetos parentais. A
criança vive este quadro edipiano, ao adolescer isso muda, começam a sentir
suas glândulas sexuais e a tensão aumenta, e esta tensão sexual retorna aos
objetos infantis, abrindo caminho para a masturbação.
O problema nesta fase reside no fato que:
Os pais muitas vezes sofrem de angustia, sentimentos de culpa, por não
entenderem que a masturbação na infância é algo sadio, corresponde à
normalidade fazendo parte do desenvolvimento pueril. Muitos deles acham
absurdo conceber a idéia de que seus “pequeninos” desempenham tal pratica,
pois eles ainda associam o sexo à reprodução, e por isso muitas vezes punem
as crianças desencadeando nestas um forte sentimento de culpa, fazendo – as
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mais tarde entenderem tal ato como obsceno, e o pior, isso acaba repercutindo
na adolescência, fazendo com que estes se sintam envergonhadas e ate nem
pratiquem tal ato pela culpa que sentem.
Sexualidade Infantil
Os germes de moções sexuais já aparecem desde o recém-nato e eles o
desenvolvem por algum tempo, depois são supremidos, acontecendo a
interrupção por avanços no desenvolvimento sexual do individuo, ou o contrario
pode ser sustentado por peculiaridades individuais.
A pulsão sexual origina-se desde a infância, é um erro achar que ela se origina
na puberdade. Embora ainda hoje, quando se acham relatos de masturbação
na infância, atos ate mesmo semelhantes ao coito, acham que isto corresponde
ao excepcional, mas que na realidade não passa do normal.
Para entender melhor a sexualidade pueril, nada melhor do que abordar as
suas fases distintas.
As fases da sexualidade infantil podem ser divididas como:
-Fase Oral: (nascimento a 1 ano).
Esta fase pode ser conhecida como a fase do chuchar, da sucção. Então o que
seria isto? O chuchar consiste na repetição rítmica do ato de sucção com a
boca. Podemos perceber que depois deste ato a criança fica com a face
ruborizada, isto acontece porque o sugar lia-se a uma absorção completa da
atenção e leva ao adormecimento ou uma reação motora que se pode chamar
como uma espécie de orgasmo. Podemos assim dizer que os lábios da criança
representa a zona erógena e a estimulação pela vinda do leite foi a origem da
sensação prazerosa. Importante ressaltar que o chupar do dedo já aparece na
primeira infância e pode continuar na maturidade ou mesmo persistir por toda a
vida. A criança que chupa o dedo busca o prazer que já foi experenciado e que
agora esta sendo relembrado por ela.
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- Fase Anal ( 1 a 3 anos)
Este período e conhecido como o treino do “toillete”. Nesta fase as crianças
aproveitam da estimulação da zona erógena anal denunciam-se por reterem as
fezes, ate que o seu acumulo provoca intensa contrações musculares, e a
passagem pelo anus produz uma forte estimulação pela mucosa, obtendo
assim uma forma de prazer.
- Fase fálico-edipiana (3-5 anos):
Esta fase apresenta seu foco no interesse do genital , o falo (pênis) é o órgão
de interesse de ambos os sexos. Encontra-se nesta fase a estimulação e
excitação, a masturbação genital é comum; inveja do pênis (insatisfação com
os próprios genitais e desejo de possuir genitais masculinos), vista em
meninas, nesta fase; Complexo de Édipo é universal.
Nesta fase, a criança deseja, sonha em ter relações sexuais e casar com o
membro parental do sexo oposto (pai) e, concomitantemente quer livrar-se do
membro do mesmo sexo.
Fase de latência (dos 5-6 anos a 11 - 12 anos):
Nesta fase a sexualidade esta “adormecida”, “retraída”, “latente”. A criança por
conta da educação que recebe, reprime a pulsão sexual, através de
sentimentos como asco, sentimentos de vergonha. E também pela formação do
superego; uma das três instancias psíquicas que é responsável pelo
desenvolvimento da moral, da ética.
Freud (1924), em “A Dissolução do Complexo de Édipo” é explícito ao escrever
que “... não tenho dúvida de que de que as relações cronológicas e causais,
aqui descritas, entre a dissolução do complexo de Édipo , a ameaça sexual (
castração ), a formação do superego e o começo do período de latência são de
um gênero típico; porém, não desejo asseverar que esse tipo seja o único
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possível. Variações na ordem cronológica e na vinculação desses eventos
estão fadadas a ter uma influência muito importante no desenvolvimento do
indivíduo”.
E por ultimo, tem a Fase genital (dos 11 -12 anos em diante):
Podemos considerar este estágio como o ultimo do desenvolvimento sexual.
Ocorre com o iniciar da puberdade, onde a menina e o menino já possuem
suas identidades sexuais distintas, e começam a busca pela satisfaço de suas
necessidades eróticas e fisiológicas. Nesta fase reaviva-se o Complexo de
Édipo.
Referências:
Freud, S. (1980). A dissolução do complexo de Édipo (C. M. Oiticica,
Trad.). Em J. Salomão (Org.), Edição standard brasileira de obras
completas de Sigmund Freud (Vol. XIX, pp. 217-228). Rio de Janeiro:
Imago. (Original publicado em 1924)
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