30‐10‐2013 Química – 12º Ano Marília Peres Uma reacção de oxidação-redução, ou reacção redox, é uma reacção em que há transferência total ou parcial de electrões, electrões como se verifica pela variação dos números de oxidação de alguns elementos. Uma reacção de oxidação-redução é constituída por duas semi-reacções simultâneas: a semi-reacção de oxidação e a semi-reacção de redução. Na semi-reacção de oxidação há aumento do número de oxidação (n.o.) de um elemento, enquanto na semi-reacção de redução há diminuição do número de oxidação ç ((n.o.)) de um elemento. Reacção de dismutação ou de auto oxidação-redução é uma reacção de oxidação-redução onde o mesmo elemento é simultaneamente reduzido e oxidado. Marília Peres 2 1 30‐10‐2013 Acerto de equações de OxidaçãoOxidação-Redução (meio ácido) 1. q ç ç e de redução ç Escrever as semi semi--equações de oxidação 2. Acertar os átomos em cada equação excepto os de O e H 3. Acertar os átomos de O, acrescentando moléculas de H2O 4. Acertar os átomos de H, acrescentando iões H+ 5. Acertar as cargas, acrescentando electrões no membro com excesso de carga g + 6. Acertar os electrões captados e libertados multiplicando as semi--equações por um factor semi 7. Somar as semi semi--equações membro a membro Marília Peres 3 Acerto de equações de Oxidação - redução (meio alcalino) 1. Escrever as semi-equações de oxidação e de redução 2. Acertar os átomos em cada equação q excepto p os de O e H 3. Acertar os átomos de O, acrescentando iões OH- 4. Acertar os átomos de H, acrescentando moléculas de H2O, por cada átomo de H a acertar; adicionar o mesmo número de iões OH- ao outro membro. 5. Acertar as cargas, g acrescentando electrões no membro com excesso de carga + 6. Acertar os electrões captados e libertados multiplicando as semi-equações por um factor 7. Somar as semi-equações membro a membro Marília Peres 4 2 30‐10‐2013 1781 Luigi Galvani a partir de estudos, realizados em coxas de rã descobriu que músculos e células nervosas eram capazes de produzir electricidade, que ficou conhecida como então como a electricidade galvânica. Tal observação fez com que Galvani investigasse a relação entre a electricidade e a animação ou vida. id P Por iisso é atribuída t ib íd a Galvani a descoberta da bioelectricidade. Fonte: http://www.codecheck.com/cc/HistoryOfEle ctricity2.html Marília Peres 5 1800 Alessandro Volta desenvolveu a pilha voltaica (comprovando que para a produção de electricidade, a presença de tecido animal não era necessária), um predecessor da bateria eléctrica. Volta determinou que os melhores pares de metais dissimilares para a produção de electricidade eram zinco e prata. Fonte: http://www.codecheck.com/cc/HistoryOfEle ctricity2.html Marília Peres 6 3 30‐10‐2013 PILHAS ELECTROQUÍMICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS Uma das aplicações mais úteis das reacções de oxidação-redução é a produção de electricidade. As pilhas electroquímicas, também chamadas células voltaicas ou células galvânicas, são dispositivos capazes de produzir energia eléctrica à custa t d de uma reacção ã de d oxidação-redução espontânea. Adaptado de Texto Editores 7 PILHAS ELECTROQUÍMICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS As duas semi-reacções ocorrem em simultâneo; a transferência de electrões do zinco para o cobre é feita localmente. localmente O fundamento de uma pilha electroquímica é separar as semi-reacções de oxidação e de redução, de modo que os electrões circulem externamente através de um fio condutor. Nas pilhas: Ânodo – eléctrodo negativo - Oxidação Cátodo – eléctrodo positivo - Redução Ponte Salina – migração dos iões electroneutralidade das soluções Adaptado de Texto Editores 8 4 30‐10‐2013 Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=0oSqPDD2rMA Ver também: http://www.youtube.com/watch?v=C26pH8kC_Wk 9 NOTAÇÃO DE UMA PILHA OU DIAGRAMA DE PILHA Na pilha de Daniell tem-se: A pilha de Daniell (também chamada de célula de Daniell) é uma pilha constituída de eléctrodos de cobre e zinco interligados e respectivamente imersos em solução de Cu2+ e Zn2+ . Foi inventada pelo físico-químico britânico John Frederic Daniell em 1836, um grande avanço sobre a pilha de Volta utilizada até então, nos primórdios da criação das baterias 5 30‐10‐2013 Na pilha de Daniell tem-se: Nas Pilhas em que os reagentes são iões é necessário usar eléctrodos sólidos e condutores – Platina e Grafite Pt Red 1, Ox1 Ox 2, red2 Pt Adaptado de Texto Editores 11 O fluxo de electrões do ânodo para o cátodo é o resultado da existência de eléctrodos uma diferença de potencial eléctrico entre esses eléctrodos. A diferença de potencial máxima obtida numa pilha chama-se potencial da célula ΔECélula ou força electromotriz da pilha (f.e.m.) e corresponde à diferença de potencial «em circuito aberto». A ff.e.m. e m funciona como uma força «impulsionadora» que «empurra» os electrões produzidos no eléctrodo onde se dá a oxidação até ao eléctrodo onde se dá a redução Marília Peres 12 6 30‐10‐2013 A diferente tendência das várias espécies químicas para se oxidarem ou se reduzirem pode ser deduzida através do potencial normal de redução (p.n.r.), (p n r ) ou potencial padrão, padrão que revela quantitativamente o poder oxidante de cada espécie. (1,0 mol/dm3 , 1,01x105 Pa; 298 K) O potencial padrão de redução, ou E0, mede a tendência relativa de uma espécie para se reduzir (aceitar electrões) Para conhecer o potencial padrão de uma semi semi-célula, célula, liga liga-se se esta ao eléctrodo padrão de hidrogénio e mede-se a d.d.p.. ΔE º Célula = E º Cátodo – E ºânodo 14 7 30‐10‐2013 Tendência dos metais para se oxidarem. Reactividade crescente: maior tendência dos metais para se oxidarem, maior poder oxidarem redutor dos metais. Reactividade crescente: maior tendência dos iões para se reduzirem, maior poder oxidante dos iões. 12ºQ – Texto Editores 15 Eléctrodo padrão de hidrogénio - EPH E0 (H+ / H2) = 0,00 V 16 8 30‐10‐2013 Medição do potencial padrão de redução (com o eléctrodo padrão de hidrogénio) 17 A f.e.m. de uma pilha, nas condições padrão (E0pilha), pode calcular-se pela diferença entre o p.n.r. da espécie que se reduz na reacção directa e o p.n.r. da espécie que se reduz na reacção inversa. inversa Neste caso, temos: E0pilha = 0,34 – (–0,40) = 0,74 V A f.e.m. de uma pilha pode ser entendida como a diferença de potencial (d.d.p.) produzida entre os dois eléctrodos. Adaptado de Texto Editores 18 9 30‐10‐2013 19 20 10 30‐10‐2013 Espontaneidade das reacções de Oxidação Oxidação--Redução A f.e.m. de uma pilha ou tensão da pilha (ou célula electroquímica) pode ser calculada a partir dos potenciais padrão de redução. E°cel = E°cátodo - E°ânodo Ou de um modo mais simples a reação é espontânea no sentido directo se a espécie que sofre redução apresenta o maior valor de potencial padrão de redução. 21 22 11 30‐10‐2013 Equação de Nernst Q – quociente da reacção redox n – número de eletrões Adaptado de Rosa Pais 23 1 - Represente o diagrama desta pilha. 2 - Calcule a sua f.e.m. (condições padrão) 24 12 30‐10‐2013 Pilhas primárias – São células galvânicas com os reagentes selados dentro g depois p de um invólucro. Como não se p podem recarregar, de gastas não podem voltar a ser usadas. Pilhas secundárias ou acumuladores – podem recarregar-se se forem ligadas a uma corrente eléctrica, podendo ser usadas de novo. Pilh Pilhas d combustível de b tí l – São Sã pilhas ilh cujos j reagentes devem d ser constantemente renovados e os produtos constantemente removidos. Pilhas de concentração – São pilhas cujas semi-células são constituídas pelo mesmo material, mas cujos iões em solução têm concentrações diferentes. 13